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Trabalho Institucional 1

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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA 
CAMPUS DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 
 
 
Bianca Oliveira Cepinho Bueno RA. T46764-0 
Cristiano Fabiano Santana RA. C64767-5 
Denise de Assis Pinto RA. A9799C-9 
Diane Leal da Costa RA: C502BB-2 
Layza Samara Marques dos Santos RA: C67CEG-1 
Letícia Camargo C. Santos RA: C6988J-7 
Letícia Dantas Palmas RA: C50256-1 
Letycia de Souza Melo RA: C53CIG-4 
Marcos Alisson Lopes Macedo RA: C46EEB-9 
Simone Trevizol Viam Gaddini RA. T50779-0 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE CAMPO 
 PSICOLOGIA CIÊNCIA E PROFISSÃO 
CONTEXTO INSTITUCIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São José dos Campos 
1/2015 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 3 
 
SOBRE A ATIVIDADE ............................................................................................... 4 
 
DADOS OBTIDOS ...................................................................................................... 6 
 
ANÁLISE DOS DADOS ........................................................................................... 10 
 
TABELAS .................................................................................................................. 13 
 
GRÁFICOS ................................................................................................................ 17 
 
CONCLUSÃO ............................................................................................................ 18 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
No trabalho a seguir será retratada a Psicologia no contexto Institucional, 
por meio de entrevistas solicitadas pela professora da disciplina de Psicologia: 
Ciência e Profissão. 
Toma-se por objetivo que, partindo da entrevista em questão, o 
estudante consiga, através da vivencia com a realidade cotidiana deste 
profissional, conhecer o trabalho de um psicólogo neste ramo e entender sua 
atuação com os pacientes, além de questões técnicas como o estado atual do 
mercado de trabalho e a opinião do psicólogo sobre os formandos – obtendo 
assim informações sobre a área e o que se poderá encontrar após o término da 
faculdade. 
A proposta se desenvolve a partir da observação do quão abrangente a 
Psicologia pode ser, e quantas áreas têm-se para poder decidir uma 
especialização até o final do curso. No caso, este trabalho focará no ramo 
Institucional, permitindo, possivelmente, a compreensão dos caminhos e 
decisões tomados pelos psicólogos dessa esfera e como influenciará os 
estudantes. 
Foram entrevistadas quatro psicólogas em áreas diferentes do âmbito 
Institucional. Entre eles, Centro de Reabilitação Lucy Montoro, que atende 
pacientes com lesões e de reabilitação, Fundação Casa, trabalha com jovens 
na medida socioeducativa, A APAE, acompanha o tratamento de crianças com 
doenças mentais e Nossa Casa de Acolhida, que atende crianças e 
adolescentes com soropositivo (HIV). Neles, os alunos se dividiram em 
subgrupos para fazer as entrevistas, em que todos puderam participar e tirar 
suas dúvidas. Posteriormente, compartilharam-se os dados entre os 
participantes dos grupos, para que todos tivessem pleno acesso e consigam 
absorver o máximo de informação obtida. 
Encontrar-se-á neste trabalho: comparações com artigos, textos da 
apostila discutidos em sala de aula, pontos em comuns entre as quatro 
psicólogas, além de outras informações que foram constatadas pelos alunos 
deste trabalho para melhor compreensão desta esfera. 
SOBRE A ATIVIDADE 
 
 
O termo Psicologia Institucional é usado para designar a abordagem 
da psicologia nas diversas instituições, tais como: orfanatos, asilos, ong’s, 
clubes, entre outros. 
 
“Organização de caráter público ou semipúblico que supõe um grupo diretório 
e, comumente, em um edifício ou estabelecimento físico de alguma índole, destinada a 
servir a algum fim socialmente reconhecido e autorizado. A esta categoria 
correspondem unidade tais como os asilos, universidades, orfanatos, hospitais, etc.” 
(BLEGER, 1984, p. 37). 
 
Surgiu na década de 60 e difundiu-se no Brasil através do estado de Rio 
Grande do Sul, inicialmente teve uma abordagem psicanalítica. 
A Psicologia Institucional é um estudo recente. Ela se insere nas histórias das 
necessidades sociais e na vida da psicologia. Não se trata só de um ramo da 
psicologia aplicada e sim um campo da psicologia que pode significar um 
avanço na investigação e no desenvolvimento da psicologia como profissão. 
A Psicologia institucional (prática) não será mera aplicação da Psicologia 
(ciência) mas, sim, uma forma de fazer Psicologia enquanto ciência e enquanto 
profissão (Guirado, 1986, p. 7). 
De acordo com Bleger (1984), o psicólogo deve passar da atividade 
psicoterápica (doença e cura) para a atividade da psico-higiene (população 
sadia e promoção da saúde), saindo do enfoque individual e indo para o social. 
Para tanto, o psicólogo precisa desenvolver novos instrumentos de trabalho, 
junto à população, na pratica do dia a dia. Os problemas a serem resolvidos 
devem ser retirados da prática e o psicólogo deve atuar como um investigador. 
Para ele, deve-se ver o ser humano total extraído do contexto social. 
Bettoi (2015) afirma que o campo de atuação da psicologia institucional 
“(...) é que aqui está em foco a Saúde da população, em seus múltiplos 
aspectos. É a Saúde do cidadão que está em jogo, quando o psicólogo 
trabalha em orfanatos, asilos ou em instituições equivalentes;”. 
O objetivo do psicólogo no campo institucional é o da psico-higiene, ou 
seja, conseguir a melhor organização e as condições que tendem a promover 
saúde e bem estar aos integrantes da instituição. 
A estratégia mais importante do psicólogo no trabalho institucional 
refere-se primeiramente ao enquadramento da tarefa (relação do psicólogo 
com a instituição na contratação, programação e realização do trabalho 
profissional) e os critérios que sustentam essa relação. 
Bleger (1984) afirma que em psicologia institucional, o psicólogo pode se 
ocupar de uma parte dela, mas sempre em função da totalidade e o mesmo 
deve considerar a diferença entre psicologia institucional e o trabalho 
psicológico em uma instituição. 
A psicologia institucional nos remete a uma aplicação dos conceitos 
clínicos e científicos da psicologia em um ambiente onde a complementaridade 
da atuação na prática nos proporciona um espaço de maior significação social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DADOS OBTIDOS 
 
 
Nesta parte apontamos as respostas obtidas nas entrevistas com as psicólogas 
das instituições. Ficaram apresentadas as respostas da seguinte forma: 
 
 P1 – Psicóloga da Fundação Casa 
 P2 – Psicóloga da Casa da Acolhida 
 P3 – Psicóloga da Rede de Reabilitação Lucy Montoro 
 P4 – Psicóloga da APAE 
 
 
1. Descreva sua(s) atividade(s) como psicóloga, isto é, descreva 
especificamente o que faz e como faz como profissional neste 
contexto. 
 
P1– Avaliação e acompanhamento do desenvolvimento de jovens e 
adolescentes. 
P2 - Preparação e acompanhamento para revelação de diagnóstico. 
P3 – Atendimento clínico voltado para a reabilitação. 
P4 –Triagem de candidatos que buscam atendimento, orientação para 
familiares e profissionais, quando necessário. 
 
 
2. Onde é e como é o seu local de trabalho? 
 
P1 – Fundação Casa, São José dos Campos. Centro de Atendimento 
Socioeducativoao Adolescente. 
P2 – Instituição Casa da Acolhida, São José dos Campos, sala adaptada 
para atendimento (piso frio, pia, local arejado) 
P3 – Rede de Reabilitação Lucy Montoro, São José dos Campos. 
P4 – APAE, São José dos Campos, divide sala com outra psicóloga, 
porém são boas instalações e condições de trabalho. 
 
 
3. Em sua opinião, quais são as condições necessárias para a 
realização de seu trabalho? Você as tem? Você tem autonomia nas 
suas decisões relacionadas à sua atividade? 
 
P1 – Código de Ética e regras da Fundação Casa. Tem autonomia. 
P2 – Respeito, estrutura material. Tem total autonomia. 
P3 – Sala, equipamentos, jogos, brinquedos. Temos tudo aqui. Tem 
autonomia. 
P4 – Materiais específicos para um psicólogo trabalhar, devido a ser 
uma instituição filantrópica, falta recursos financeiros, como teste para 
aplicar nos pacientes, materiais como livros. Tem autonomia, mas 
prefere tomar decisões em grupo. 
 
 
 
4. Você, nas suas atividades, trabalha com outros profissionais? Se 
sim, quais? 
 
P1 – Sim, pedagogo, assistente social, juiz e outros psicólogos. 
P2 –Sim, assistente social, nutricionista, psicopedagoga e outra 
psicóloga. 
P3 – Sim, médico e fisioterapeuta. 
P4 – Sim, assistente social, pedagogo, médico, fonoaudiólogo e 
fisioterapeuta. 
 
 
5. Você se considera satisfeito com seu trabalho, atualmente? 
Poderia nos explicar os motivos disso? 
 
P1 – Gosta do trabalho com os adolescentes, mas está desanimada por 
dar “murro em ponta de faca”, por exemplo: o psicólogo pode oferecer 
muitas coisas, mas o tráfico de drogas oferece mais. 
P2 – Está satisfeita. Lidar com crianças com HIV é uma experiência e 
um aprendizado único, algo que não se aprende na faculdade. 
P3 – Está muito satisfeita. A instituição da toda a estrutura e suporte 
para realização de um ótimo trabalho. 
P4 – Está satisfeita. Quando vê o resultado de uma orientação, tem a 
certeza que está no lugar certo. 
 
 
6. Como se caracteriza a clientela atendida por você em relação à: 
faixa etária; sexo; classe social; escolaridade e profissão? 
 
P1 – Crianças e adolescentes, maioria de sexo masculino, classe baixa 
e média, porém, as vezes, aparece alguém da classe média alta. 
P2 – Crianças e adolescentes, atualmente a maioria é do sexo 
masculino, mas já teve maioria do sexo feminino, a maioria é de classe 
social menos favorecida. 
P3 – Desde bebês até idosos. Todos os sexos e todas as classes. 
P4 – De 0 até mais de 50 anos, maioria de baixa renda, pouca 
escolaridade e sem profissão definida. 
 
 
7. De que maneira essas pessoas chegam até você (por ex., por 
iniciativa própria, encaminhadas a você diretamente, encaminhada 
à Instituição etc.)? 
 
P1 – O Juiz encaminha para a instituição. 
P2 – Encaminhados à instituição pelo CRMI (Centro de Referencias de 
Moléstias Infecciosas) 
P3 – Encaminhados pelo Departamento Regional de Saúde. 
P4 – Encaminhados à instituição por médicos, serviço público e alguns 
por iniciativa própria. 
 
 
 
8. Em sua opinião, qual a imagem que a população tem do psicólogo 
e da Psicologia? 
 
P1 – As pessoas têm a visão de que psicólogo é para louco, ainda existe 
muito preconceito e desvalorização. 
P2 – Ainda tem pessoas que falam que psicólogo é para louco, mas 
melhoramos muito e estamos desenvolvendo. 
P3 – Psicólogo para louco é coisa do passado, a sociedade hoje tem 
uma visão menos preconceituosa. 
P4 – Muitos querem que os psicólogos deem a “solução mágica” e nem 
sempre reconhecem que muitas vezes a solução está dentro dela 
mesma. 
 
9. Em sua opinião, quais são as contribuições que a profissão de 
psicólogo tem dado à sociedade como um todo? 
 
P1 – Preparar a pessoa e valorizá-la. 
P2 – Possibilita a pessoa a refletir sobre a vida e repensar valores. 
P3 – Fazer um trabalho sério. 
P4 – Ajuda as pessoas a se relacionar com as emoções, quanto ao 
mundo, ou seja, os relacionamentos sociais. 
 
 
10. No seu ponto de vista, quais são os requisitos necessários para a 
formação do profissional para a sua área de atuação? Seu curso de 
formação na graduação atendeu a esses requisitos? 
 
P1 – Cursos, estágio, supervisão. Sim, a faculdade preparou para isso. 
P2 – Código de Ética, estudar a queixa, o contexto e traçar uma linha de 
atuação. A faculdade ofereceu todo esse conhecimento. 
P3 – O que dá subsídios pra uma atuação é especialização, mas a 
faculdade dá a base de conhecimento. 
P4 – A faculdade apenas oferece uma base e por melhor que seja não 
capacita o profissional para atuar. 
 
 
11. Há necessidade de formação posterior à graduação para que se 
possa trabalhar na sua área de atuação? Como foi com você? 
 
P1 – Sim, uma reciclagem. O mundo avança muito rápido e o psicólogo 
tem que acompanhar. 
P2 – Psicólogo não para de estudar, temos que nos atualizar. Por isso a 
necessidade de cursos, como pós-graduação. Para entrar na minha área 
tive que fazer pós em terapia familiar e de casal e cursos específicos 
sobre HIV/ AIDS e congressos. 
P3 – Necessária uma especialização e uma pós-graduação. 
P4 – Precisa se especializar, como pós-graduação. No meu caso, me 
especializei em Neuropsicologia para entender melhor o funcionamento 
do cérebro 
 
12. Qual a situação atual do mercado de trabalho na sua área (para 
recém-formados e mais experientes)? 
 
P1 – Muito difícil, os concursos são muito competidos. 
P2 – Não tem muita oportunidade, talvez algumas casas de abrigo e 
concursos. 
P3 – Não é favorável. 
P4 – Difícil, principalmente para ingressar. 
 
 
13. E no futuro, como este mercado, em sua opinião? 
 
P1 – Tem esperança que melhore e valorize. 
P2 – Tem muito a crescer e valorizar. 
P3 – É bastante otimista. 
P4 – Acredita que no futuro haverá mais profissionais liberais, 
prestadores de serviços e pequenos empresários do que profissionais 
vinculados à CLT. 
 
 
14. Como foi sua entrada no mercado de trabalho? Como chegou a 
posição que ocupa hoje? 
 
P1 – Terminou a faculdade e foi montar consultório, não tinha pacientes 
por falta de experiência. Está na Fundação Casa através de concurso 
público. 
P2 – Teve facilidade, logo que chegou a carteira da CRP foi trabalhar em 
consultório, depois em ONG. Agora trabalha na instituição e tem 
consultório particular. 
P3 – Terminou a faculdade foi fazer especialização, atendia em 
consultório particular, foi se interessando por instituições e chegou onde 
está hoje. 
P4 – Para ingressar precisou passar por estágio, depois foi contratada 
por uma clínica. 
 
 
15. Em termos de remuneração, como são as condições da sua área? 
Você saberia citar valores médios de remuneração? 
 
P1 - Em média, R$3 mil concursado. 
P2 – Não concursado de R$1 mil a R$3 mil. 
P3 – Entre R$2.000 e R$2.500. 
P4 – Em média, R$3 mil concursado. 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DOS DADOS 
 
 
Para o levantamento dos dados deste trabalho o grupo entrevistou 4 
(quatro) psicólogos institucionais; todas do sexo feminino, que foram 
classificadas como P1, P2, P3 e P4 para garantir o anonimato e assegurar a 
veracidade dos dados fornecidos. 
As psicólogas exercem suas atividades em diferentes instituições com 
objetivos e contextos bastantes distintos. Ficaram assim distribuídas: 
 
 P1 – Psicóloga da Fundação Casa 
 P2 – Psicóloga da Casa da Acolhida 
 P3 – Psicóloga da Rede de Reabilitação Lucy Montoro 
 P4 – Psicóloga da APAE 
 
Os dados obtidos nas entrevistas encontram-se a seguir em forma de 
tabelas e gráficos. Optamos por tabelas porque assim as respostas para cada 
bloco de perguntas ficariam apresentadas de maneira clara e objetiva. Ao 
visualizarmos cada uma delas foi possível observar a opinião das psicólogas 
entrevistadas e seus posicionamentos em relação ao tema em questão. 
Ao analisarmos os dados fornecidos nas entrevistas, foi possível constatarvários pontos interessantes, alguns que se assemelham e outros que se 
diferenciam entre as psicólogas entrevistadas. 
Cada uma possui uma atividade diferente e atua em um contexto diferente, 
apesar de todas serem institucionais. Segundo Vendruscolo (2012) a presença 
do psicólogo, tem sido cada vez mais valorizada e exigida, nos diferentes 
espaços de atenção a saúde, foi possível ressaltar que a psicologia está 
inserida tanto a partir de uma proposta mais relacionada aos aspectos sociais, 
quanto mais direcionadas às questões pertinentes aos atendimentos clínicos 
institucionais, individuais ou em grupo. 
Constatamos que nem todas as psicólogas possuem condições, que julgam 
necessárias, para trabalhar de maneira adequada, porém todas conseguem 
desempenhar as funções estabelecidas. Todas dizem ter autonomia; fato que 
se confirma com o que postula Bleger (In. Gula e Pinheiro, 2007) que é o fato 
do psicólogo se limitar a executar tarefas determinadas pela própria instituição, 
porém precisa ser constituída certa autonomia que o permita projetar sua 
tarefa, em função do diagnóstico ser efetuado a partir das suas investigações 
iniciais. Assim a instituição pode dar para o indivíduo um suporte para a sua 
personalidade e um espaço que possa oferecer crescimento. 
Todas exercem seus trabalhos de forma multidisciplinar, ou seja, contendo 
mais de um profissional, o que mais trabalha em conjunto com o psicólogo é o 
assistente social; Este fato é de suma importância porque a troca de 
informações e conhecimentos traz benefícios ao paciente. 
 
“Atualmente o trabalho em equipe consiste em uma prática que vem crescendo 
no atendimento à saúde. Diante disso, tem-se a importância e a necessidade do 
trabalho interdisciplinar, que se configura na interação existente quando alguns 
especialistas 4 discutem entre si a situação de um paciente sobre aspectos comuns a 
mais de uma especialidade (TONETTO; GOMES, 2007). Complementando essa ideia, 
Vasconcelos (2002) argumenta que a interdisciplinaridade diz respeito à interação entre 
duas ou mais disciplinas que se comunicam, tentam aproximar seus discursos, 
buscando uma troca de conhecimentos”. (MELO; OLIVEIRA e OLIVEIRA, 2012) 
 
 
Todas as entrevistadas estão satisfeitas com o seu trabalho, apesar de 
acreditarem que pode ser melhorado e que tem o que melhorar. 
A clientela entre os psicólogos entrevistados é diversificada indo desde 
criança e adolescentes até idosos e desde classe baixa até classe alta. 
A grande maioria dos pacientes são encaminhados à instituição por meio 
de outro profissional, como por exemplo: Médicos ou Juiz; ou vão por conta 
própria. 
Todas disseram que a sociedade tem uma visão preconceituosa e 
contrária quanto a realidade do trabalho executado pelo profissional, exceto a 
P3, que diz que hoje a população tem outra visão sobre a profissão do 
psicólogo, uma noção bem melhor. Neste dado houve uma discrepância 
quanto à forma como a psicóloga entende que a sociedade vê a atividade do 
psicólogo. 
 O dado, de que a faculdade é apenas uma base, está presente em 
todas as entrevistas, fazendo-se necessária uma especialização ou pós-
graduação, fato este que é confirmado por Bettoi (2015) n qual diz que “(...) 
para ser psicólogo terá que estudar constantemente, que seu estudo não 
terminará quando ele terminar a faculdade.” 
 Todas relataram dificuldades para o psicólogo ingressar na área da 
instituição; muito provavelmente porque a maioria deles se faz por meio de 
concurso público e que a concorrência é muito grande, uma vez que é muito 
natural o profissional buscar uma estabilidade profissional. 
Com relação ao futuro, todas acham promissor que a psicologia ganhará 
mais visibilidade e espaço. 
 Cada uma ingressou de uma forma diferente no mercado de trabalho, 
porém todas passaram por consultório, fato que nos vem a confirmar a 
psicologia ainda está em transição, que vem crescendo suas áreas de atuação, 
mas que ainda a clínica tem forte apelo a maioria dos formandos, dado 
confirmado por Yamamoto (1996) que afirmava que havia uma grande 
concentração de psicólogos trabalhando em consultórios particulares. 
 O salário de um psicólogo institucional segundo elas fica em torno de um 
mil a três mil reais, uma variação muito pequena, como pode ser visto no 
gráfico 1, abaixo. 
Através desses dados dá para se ter uma noção de que o contexto da 
instituição é um contexto muito diversificado, em que o psicólogo tem a 
oportunidade de entrar em contato com todo o tipo de paciente e em muitos 
tipos de realidades. 
A seguir apresentaremos os dados obtidos em forma de tabela. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TABELAS 
 
A. Caracterização do campo (contexto, área) de atuação 
Questões 
P1 P2 P3 P4 
Psicólogo(a) na Fundação 
Casa 
Psicólogo(a) na Nossa 
Casa da Acolhida 
Psicólogo(a) na Lucy 
Montoro 
Psicólogo(a) na APAE 
Atividade 
como 
psicólogo (a) 
Avaliação e 
acompanhamento do 
desenvolvimento dos jovens 
diante da medida 
socioeducativa. 
Avaliação e 
acompanhamento psicológico 
das crianças e adolescentes 
vítimas do vírus HIV 
Atendimento clínico voltado 
para a reabilitação física 
Triagem de candidatos que 
buscam atendimento, 
orientação familiar e aos 
profissionais quando 
necessário. 
Local de 
Trabalho 
Fundação Casa - SJC 
Nossa Casa da Acolhida - 
SJC 
Rede de Reabilitação Lucy 
Montoro SJC 
Associação de Pais e Amigos 
dos Excepcionais - SJC 
Condições 
necessárias 
para a 
realização 
do trabalho e 
autonomia 
Decisão do Poder Judiciário; 
Sala com jogos, livros e boa 
estrutura para que a consulta 
tenha um bom 
aproveitamento 
Sala com equipamentos, 
jogos e brinquedos 
adequados 
Materiais específicos e 
recursos financeiros para 
aplicação de testes e compra 
de material 
Atenção às influências 
externas como, por exemplo, 
o crime organizado; 
Participação 
de outros 
profissionais 
no trabalho 
Juiz, Psicólogo, Assistente 
Social, Pedagogo, Equipe de 
Segurança e Saúde 
Psicólogo, Assistente Social, 
Psicopedagogo e 
Nutricionista 
Psicólogo, Assistente Social, 
Nutricionista, Fisioterapeuta, 
Médico e Enfermeiro 
Assistente Social, Pedagogo, 
Médico, Fonoaudiólogo e 
Fisioterapeuta. 
Satisfação 
com o 
trabalho 
Sim, aprecia a profissão, 
porém vê muitas limitações 
que desanimam às vezes, 
como exemplo, o poder da 
influência do tráfico na vida 
dos jovens 
Sim, lidar com crianças 
soropositivas é uma 
experiência e um 
aprendizado único. 
Sim, a instituição fornece 
toda a estrutura e suporte 
para realização de um ótimo 
trabalho. 
Sim, quando o resultado de 
uma orientação é positivo, sabe 
que está no lugar certo. 
 
 
 
B. População atendida 
Questões P1 P2 P3 P4 
Caracterização 
da clientela 
Predominação da classe 
baixa e média, raramente 
classe alta 
Predominação da classe 
baixa 
Todas as classes sociais Predominação classe baixa 
Escolaridade fundamental e 
média 
Escolaridade primária, 
fundamental e média 
Todas as escolaridades Pouca escolaridade 
Sem profissão definida 
Início da profissionalização 
como menor aprendiz 
Várias profissões, sem 
predominação 
Sem profissão definida 
Meninos de 12 a 21 anos 
Meninos e Meninas de 5 a 17 
anos 
Homens e mulheres, sem 
limitação de idade 
Homens e Mulheres, sem 
limitação de idade 
Como chegam 
até a 
Instituição 
Através de decisão judiciária 
Através do CRMI (Centro de 
Referencias de Moléstias 
Infecciosas) 
Através do Departamento 
Regional de Saúde 
Através de médicos, serviço 
públicoe iniciativa própria 
Opinião 
referente à 
imagem que a 
população tem 
da Psicologia 
e do Psicólogo 
Visão "psicólogo para loucos" 
Visão "psicólogo para loucos" 
decaindo 
Declínio da visão "psicólogo 
para loucos" 
Sociedade busca no psicólogo 
uma solução "mágica" 
Desvalorização da psicologia 
clínica (muitos acreditam que 
não precisam) 
Melhora significativa na visão 
da sociedade em relação a 
importância do tratamento 
psicológico 
Valorização da psicologia e 
do psicólogo Valorização da psicologia 
Hospitalar e Educacional Os cadastrados na instituição 
procuram muito, entendem a 
importância do tratamento 
Os jovens da fundação os 
veem como uma "porta de 
saída" 
Contribuição 
do Psicólogo 
para a 
sociedade 
Na Instituição trabalhada: 
Preparar um adolescente 
melhor Melhora a qualidade de vida 
das pessoas. Possibilita a 
reflexão sobre a vida e 
valores 
Fazer um trabalho sério 
Ajudar a sociedade a se 
relacionar com as emoções 
quanto ao mundo, ou seja, 
relacionamentos sociais Trazer o melhor da pessoa, 
aumentar a autoestima 
 
 
C. Formação profissional na graduação (Faculdade de Psicologia). 
Questões P1 P2 P3 P4 
Requisitos 
para a 
formação 
profissional 
do Psicólogo 
Aulas práticas e estágio 
supervisionado para trazer 
mais conhecimento e 
segurança depois de se 
formar 
Aprofundamento de uma 
abordagem 
Especialização após a 
formação 
Supervisão de um profissional 
mais experiente 
O curso oferece uma base para a atuação, mas para a capacitação completa é necessário formação posterior 
Necessidade 
de formação 
posterior 
Especialização e reciclagem. 
Sempre buscar atualizar os 
conhecimentos 
Cursos e pós graduação 
Sim, especialização e/ou pós 
graduação 
Sim, especialização e/ou pós 
graduação 
Como foi 
para o 
psicólogo(a) 
a formação 
posterior 
Curso de Arte Terapia 
Pós graduação em terapia 
familiar e de casal e cursos 
específicos sobre HIV/ AIDS 
em congressos 
Especialização em Psicologia 
Hospitalar 
Especialização em 
Neuropsicologia 
 
 
 
 
 
 
 
D. Mercado de trabalho 
Questões P1 P2 P3 P4 
Na área de 
atuação qual 
a situação 
do mercado 
para recém-
formados e 
mais 
experientes 
Muito competitiva. São 
geralmente disputadas em 
concursos públicos 
Poucas vagas na área 
Institucionais 
Não é favorável, necessário 
após a faculdade fazer 
trabalhos voluntários para 
ganhar experiência 
Difícil ingresso e após muita 
resistência da sociedade 
Futuramente 
como estará 
o mercado 
Uma perda na área 
organizacional devido a 
introdução de outros 
profissionais 
Melhora na área Institucional 
pois as pessoas estão 
buscando mais e valorizando 
mais o tratamento psicológico 
Mercado mais receptivo de 
forma que se tenha uma 
ampliação da atuação do 
serviço da psicologia 
Haverá mais profissionais 
liberais, prestadores de 
serviços e pequenos 
empresários do que 
profissionais vinculados à CLT 
Entrada no 
mercado de 
trabalho 
Primeiramente com abertura 
de consultório, depois com 
prestação de concurso 
público 
Logo depois da formação já 
iniciou plantões e depois 
abriu um consultório do qual 
dividia com outro psicólogo 
Ingressam em trabalhos 
voluntários para ganhar 
experiência 
Estágio não remunerado nos 
primeiros 6 meses após a 
formação 
Alcanço da 
posição que 
ocupa hoje 
Concurso público e anos de 
experiência 
Aproveitou todas as 
oportunidades 
Ingressam em vários projetos Anos de experiência 
GRÁFICOS 
 
Para a análise da remuneração das 4 psicólogas entrevistadas fizemos 
um gráfico no qual mostra a opinião delas em relação ao mínimo e máximo 
salários. 
 
 
 
 Gráfico 1 
 
 
Nas perguntas relacionadas à satisfação do trabalho e autonomia 
fizemos o gráfico 2 para mostrar que todos compartilham de uma mesma 
opinião, que se segue abaixo: 
 
R$ 0,00
R$ 500,00
R$ 1.000,00
R$ 1.500,00
R$ 2.000,00
R$ 2.500,00
R$ 3.000,00
R$ 3.500,00
R$ 4.000,00
P1 P2 P3 P4
Remuneração
Mínimo Salarial
Máximo Salarial
Satisfação com o trabalho e Autonomia
SIM
NÃO
CONCLUSÃO 
 
 
No ramo Institucional que foi o objetivo deste trabalho, notou-se que 
dentro desse ramo há vários locais onde a psicologia pode ser trabalhada e 
como é a atuação em cada um deles. A maioria das psicólogas entrevistadas 
tem o suporte de uma equipe multiprofissional, e trabalha com métodos em 
grupo ou individual, mas também ambos, quando necessário. Logrou-se notar 
que o psicólogo neste ramo segue regras dadas pela própria instituição, mas 
deve ter devida autonomia para que consiga efetivar seu trabalho, sendo isto 
identificar os principais pontos a serem moldados para conseguir realmente 
alcançar seu objetivo: a melhora do individuo, independentemente do 
problema. 
Inferimos que a psicologia, desde seus primórdios, teve um grande 
avanço, procurando ser valorizada desde então, mas ainda com questões a 
serem respondidas e objetivos a serem alcançados. Ser psicólogo será um 
estudo diário, de dedicação teórica e como constatado, a prática convergindo 
para a construção de um psicólogo competente e qualificado. 
Após as entrevistas e toda a comparação do trabalho com artigos, textos 
da apostila e afins, pudemos constatar que a Psicologia se desenvolve em 
diferentes ramificações, e quanto à escolha do estudante, ela não é imediata, e 
será decidida ao decorrer do curso, conforme houver afinidade por determinada 
abordagem. 
 O trabalho contribuiu muito para o aprofundamento na área Institucional, 
para agregar um conhecimento maior, ouvir a opinião do próprio profissional 
que trabalha na área e ter uma visão realista depois de formado, como noção 
de salário, satisfação profissional, reconhecimento, entre outras coisas que a 
partir do questionamento que nos foi passado conseguiu mostrar para os 
estudantes, como nós, o que será e o que faremos ser. 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
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para fins didáticos. UNIP. São Paulo, 2015. 
 
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Médicas, 1984. 
 
 GUIRADO, M. Psicologia Institucional: O Exercício da Psicologia Como 
Instituição. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2009. 
 
 
 GULA, P; PINHEIRO,N. Entre o limite e a esperança: relato de uma 
experiência em psicologia institucional. 2007. Disponível em: 
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
98932007000200015&lng=pt&nrm=iso. Acesso em 16 abril 2015. 
 
 
 MELO, L.M; OLIVEIRA, M.V; OLIVEIRA, V.F de. Psicologia Institucional: 
a interdisciplinaridade e o papel do psicólogo nesse contexto. Unifra. 
2012. Disponível em: 
http://www.unifra.br/eventos/interfacespsicologia/Trabalhos/2849.pdf. 
Acesso em 12 abril 2015. 
 
 
 VENDRUSCOLO, J. Atendimento psicológico em instituições: da 
tradição à fenomenologia existencial. Rio de Janeiro, 2013. Disponível 
em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-
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 http://www.portaleducacao.com/educacao/artigos/10960/psicologia-
institucional#ixzz3Y4BHZIOa. Acesso em 20 abril 2015.

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