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Constipação Intestinal: Causas e Tratamentos

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Constipação
Enfermagem 5 º Período
Patologia
Conceito
É a retenção exagerada de fezes, evacuação infrequente, dificuldade para evacuar, eliminação de fezes duras ou em pequeno volume.
Quando número de evacuações é inferior a 3 vezes por semana, cujas fezes tem conteúdo em água menor que 40% e com o peso diário total que não atinge 35g.
 
Classificação
Pode ser classificada em:
Simples: clinicamente de curta duração, com desencadeante casual e recente, como mudança alimentar, pós-operatório, quadros febris, medicação. Crônica idiopática, de longa evolução, sem causa orgânica conhecida, que pode mostrar alterações da motricidade (movimento peristáltico).
Orgânica: com alteração estrutural, com evolução rápida ou crônica.
Fisiopatologia
	
	É complexa e de etiologia multifatorial. Destacando-se as práticas alimentares, círculo vicioso de evacuação dolorosa gerando comportamento de retenção fecal, distúrbios da motilidade intestinal e fatores constitucionais e hereditários. 
Manifestações Clínicas
As pessoas podem se queixar de passar dias sem esvaziar os intestinos;
Dificuldades ou lentidão para evacuar, às vezes desde a infância;
Dores abdominais ao evacuar;
Sensação de evacuação insatisfatória;
Necessidade de ajuda manual para extrair as fezes;
Eventuais sangramentos ao evacuar ou proceder à higiene em razão do rompimento de pequenos vasos sanguíneos;
Desconforto abdominal, eliminação de muco e/ou sangue, etc.
 Além disso, as pessoas se queixam de inquietude, indisposição, dor de cabeça e alterações do humor, entre outras alterações comportamentais.
Complicações
Diverticulose;
Hemorroidas;
Fissuras anais;
Câncer do intestino. 
Tratamento
Diminuir a dose ou alterar o tipo de medicamento que possa estar causando o problema;
Aumentar a ingestão de fibras;
Ingerir alimentos com propriedades laxativas;
Usar laxativos orientados pelo médico, etc.
Meios cirúrgicos podem ser usados em casos de lesões obstrutivas ou de lesões anais dolorosas.
Um caso especial de dificuldade de evacuar é o fecaloma (acúmulo de fezes endurecidas e secas no reto), que pode ocorrer em pacientes idosos, psiquiátricos ou neurológicos. A solução demanda o uso de lavagens intestinais e supositórios, mas pode exigir uma descompactação manual das fezes, sob sedação ligeira. 
Fatores de Risco
Estilo de vida: Pouca fibra alimentar, baixa ingestão líquida, sedentarismo, limitações dos movimentos do corpo (seqüelas, reumatismo, velhice).
Certos medicamentos usados com variadas finalidades: Antidepressivos, antitussígenos, analgésicos opiáceos (codeína, morfina), antiparkinsonianos, anti-hipertensivos, antiácidos contendo alumínio, preparados com cálcio.
Alterações que alteram os hormônios ou modificam o aproveitamento e a eliminação de substâncias: Hipotireoidismo, diabete, insuficiência renal crônica.
Patologias neurológicas e musculares: Lesões da medula espinhal, esclerose múltipla, Doença de Parkinson, falha no relaxamento perineal ao esforço de expulsão fecal.
Situações psiquiátricas: Depressão, demência, pós-abuso sexual.
Anormalidades estruturais dos cólons, as anorretais e perineais: Megacólon, fissura anal, complicações hemorroidárias, prolapso retal.
Estreitamentos do intestino grosso: Complicações cicatriciais de diverticulite, inflamações como efeito indesejável de radioterapia, tumores malignos do reto e porção final do intestino grosso.
Trânsito colônico lento: Idiopático (de causa não identificada), falsa obstrução intestinal crônica.
Prevenção
Educação e reeducação alimentar e de hábitos para evacuar com regularidade fezes de consistência macia.
Ingestão de concentrados de fibras regularmente.
Tratamento ou controle de enfermidades subjacentes locais ou sistêmicas, além da revisão dos medicamentos, principalmente, os de uso contínuo.
Caso Clínico
	
	 A Sra. E.E.K, 38 anos, comerciante, amarela, casada, 2 filhos, 4 cachorros, mora em casa de alvenaria, saneamento básico adequado. Compareceu à consulta com queixa de desconforto abdominal. Ela relata que há mais de 05 anos apresenta sensação de “peso” no abdome, que “está sempre inchado”. Esporadicamente há piora dos sintomas, com surgimento de cólicas na fossa ilíaca esquerda e hiporexia. O quadro tem permanecido estável neste período, e ela nega diarréia, emagrecimento ou presença de sangue visível nas fezes.
Ela evacua em períodos de até três dias, apresentando fezes endurecidas, é necessário bastante esforço e que tem a sensação evacuação incompleta. A paciente está em tratamento de hipertensão arterial (verapamil 80 mg TID), depressão (nortriptilina 100 mg à noite) e osteopenia (carbonato de cálcio 1.250 mg MID). É sedentária, costuma jantar na cantina da faculdade e geralmente de manhã sai de casa correndo atrasada para o trabalho. Muitas vezes tem vontade de evacuar depois do almoço, mas a demanda do trabalho é muito e não da tempo “deixa para quando chegar em casa”.
Uma amiga “receitou” uma geléia natural (Tamarine®) e a vizinha recomendou chá de sene, mas ela ouviu dizer que mesmo as substâncias naturais podem trazer prejuízos à saúde. O exame físico revelou apenas fezes no cólon descendente.
Diagnósticos de Enfermagem 
Constipação intestinal relacionado ao estresse emocional, evidenciado por relato do paciente .
Constipação intestinal percebida relacionado a redução da motilidade do trato gastrintestinal, evidenciado por tempo de evacuação em até 3 dias.
Motilidade gastrintestinal prejudicada relacionado ao estilo de vida sedentário, evidenciado por dor ao evacuar, fezes ressecadas e dificuldade de evacuar.
Risco de lesão relacionado à disfunção do trato gastrintestinal.
Conforto prejudicado relacionado à constipação intestinal, evidenciado por presença de dor e edema abdominal.
Dor aguda relacionado à retenção de fezes, evidenciado por queixa de dor.
Nutrição desequilibrada menos que as necessidades corporais relacionada à fatores psicológicos evidenciado por má alimentação.
Intervenções de Enfermagem
Descrever fisiologia da defecação.
Orientar a ingesta hídrica de pelo menos 2L por dia.
Enfatizar a importância de atender a vontade de defecar.
Instruir e estimular a ingestão de uma dieta balanceada com fibras e alimentos que formam o volume fecal.
Estimular a pratica de exercícios e atividades dentro dos limites individuais para estimular contrações intestinais.
Aplicar pomada lubrificante ou anestésica no anus se for necessário. 
Estimular banhos de assento depois da evacuação, por seu efeito suavizante na região retal
Administrar analgésico quando necessário.
Orientar o paciente quanto ao risco de complicações da constipação.
Administração medicação laxativa conforme prescrição médica.
Monitorar ruídos hidroaéreos.
Avaliar condição atual do cliente levando em consideração a história pregressa relativa ao trato gastrintestinal.
Monitorar sinais e sintomas de constipação.
Estimular a adoção de técnicas de relaxamento e distração quando a ansiedade parece desempenhar papel importante na disfunção do GI.
Ensinar como estabelecer um rotina intestinal e ensinar que tem um horário regular para a defecação pode ajudar no inicio do reflexo.
Referências
http://www.efdeportes.com/efd189/constipacao-intestinal-definicao-etiologias.htm
http://www.abcdasaude.com.br/gastroenterologia/constipacao-intestinal

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