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Títulos de Crédito: Conceitos e Classificações

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Títulos de Crédito
(doutrinas de Marlon Tomazette e Fábio Ulhoa)
São instrumentos de circulação de riqueza. Segundo Cesare Vivante e o CC, o título de crédito é um documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, que somente produz efeito se preenchidos os requisitos legais.
PRINCIPIO:
Da abstração: o título de crédito se desvincula do negócio jurídico que lhe deu origem, só se beneficia o credor de boa-fé, em caso de má-fé poderá se discutir a origem do título;
Da cartularidade ou incorporação: o crédito se incorpora ao documento, o credor pode exercer seu direito representado na cártula (documento, título de credito);
Da literalidade: só é válido o que está expresso no título;
Da autonomia: não está vinculado a sua causa de origem, o credor de boa-fé pode executa-lo independente do anterior estar de má fé;
Da independência: o titulo vale por si só, não precisa de outro documento.
CARACTERISTICAS:
 Os títulos de crédito são bens móveis de natureza pro solvendo, ou seja, a simples entrega do titulo ao credor não significa que houve um pagamento, a emissão do titulo não extingue a obrigação que lhe deu origem, por isto caso o titulo seja destruído o credor ainda poderá ajuizar ação contra o devedor. O credor de um título de crédito pode repassa-lo, mas para isso ele deve ser apresentado, o titulo só irá circular se for apresentado(fisicamente). É uma obrigação quesível, pois cabe ao credor se dirigir ao devedor portando o titulo para exigir seu cumprimento. É um titulo de resgate, pois o devedor ao pagar deve exigir a entrega do título, pra que não corra o risco deste voltar a circular e ser apresentado novamente por credor de boa fé. Os títulos possuem a característica da executividade, ou seja, não dependem de outro meio de prova para serem executados, são ainda extrajudiciais, ou seja, não precisam de confirmação judicial, quem é credor de um titulo de credito que não foi pago não precisa iniciar um processo de conhecimento, mas diretamente um processo de execução. Há ainda a necessidade do titulo ser certo, liquido e exigível, a certeza diz respeito a existência do crédito, a liquidez é determinação do valor do crédito sem necessidade de cálculos, a exigibilidade geralmente decorre do vencimento da obrigação, é o momento de poder cobrar a obrigação. Poderá haver solidariedade entre os devedores ou credores, caso existam mais de um, pode-se cobrar a um devedor e este terá ação de regresso contra os demais, o mesmo vale para o credor. Além disso os títulos devem obedecer a forma exigida por lei. 
CLASSIFICAÇÃO
Títulos próprios: são os títulos de crédito propriamente ditos;
Títulos impróprios: não obedecem aos princípios dos títulos de crédito, e podem ser divididos em comprovantes de legitimação (documentos meramente probatórios e não são transferíveis, ex: passagem de ônibus) e títulos de legitimação (documentos meramente probatórios, mas transferíveis, ex: vales postais).
Quanto ao modo de circulação:
Títulos nominativos: o proprietário do título será aquele cujo nome se encontra nos registros do emitente, a circulação do título é feita por termo de cessão ou de transferência, assinado pelo proprietário e pelo adquirente, NÃO BASTA A ENTREGA, a transferência por endosso será sempre em preto, ou seja o proprietário irá assinar no verso e indicar o nome da pessoa a quem está transferindo, porém isto não basta, para ter validade para se cobrar do emitente o nome do novo proprietário deve constar em seus registros. O CC admite a conversão de títulos nominais em à ordem.
Títulos à ordem: o nome do beneficiário consta no documento, mas acompanhado de cláusula à ordem, esta permite a transferência do título pelo endosso, com a assinatura do proprietário no verso ou no anverso (frente) do documento. Neste caso não é necessária a autorização do emitente.
Títulos não à ordem: o nome do beneficiário consta no documento, mas acompanhado de uma cláusula NÃO à ordem, o que não permite endosso, mas que permite a cessão de crédito (necessita da assinatura de cedente e cessionário), não precisando de autorização do emitente, mas apenas de sua notificação.
Títulos ao portador: o nome do beneficiário não consta no documento, sua transferência pode ocorrer por simples tradição. Letras de cambio, notas promissórias, duplicatas e cédulas de crédito NÃO podem ser ao portador.
LETRA DE CÂMBIO
Sua história é divida em três períodos:
Italiano: com o crescimento do intercambio comercial, onde comerciantes de uma cidade negociavam com os de outra de moeda diferente, houve a necessidade do surgimento de bancos para trocar a moeda, com o perigo de assaltos na estrada os banqueiros recebiam o dinheiro e entregavam dois documentos, o reconhecimento de dívida e a ordem de pagamento (letera di pagamento), que o comerciante entregaria ao correspondente do banqueiro em outra cidade e receberia seu pagamento, com o tempo os dois documentos se fundiram e se transformaram na letra de câmbio, que era utilizada somente por comerciantes neste período;
Francês: as letras de cambio passaram a ser utilizadas por pessoas que não eram comerciantes, e alguns correspondentes dos banqueiros se negavam ao pagamento uma vez que estes não e assinavam o documento e por tanto não haviam se comprometido, para resolver esta situação criou-se o aceite, onde ao assinar o documento o credor sacado se compromete. Além disso o sacado as vezes não estava na cidade, fazendo com que o credor perdesse sua viagem, para solucionar isto passou-se a admitir que o título fosse transferido para outrem.
Alemão: surgem os princípios do direito cambial, e as letras de cambio deixam de ser só utilizadas nos contratos de cambio trajecticio (de uma cidade para outra, d\a forma utilizada no italiano).
Na letra de cambio tem-se 3 partes envolvidas:
Sacador: também chamado de emitente, é aquele que emite a letra de cambio, que da a ordem de pagamento;
Sacado: a quem é dirigida a ordem de pagamento, somente é obrigado se assinar o título;
Tomador: também chamado de beneficiário, é o credor do título, quem vai receber.
A legislação aplicada a letra de cambio é internacional, a LUG (Lei Uniforme de Genebra), a qual o Brasil se tornou signatário pelo decreto n° 57.663/66, aplica-se também a nota promissória, em caso de omissão da LUG utiliza-se o decreto 2.044/1908.
Requisitos: manifestação válida da vontade (agente capaz), o agente incapaz não está obrigado, mas isto não invalida o título para os demais. O objeto do título deve ser lícito, possível, determinado ou determinável .Existem também requisitos legais que podem ser essenciais(como a cláusula cambial, ou seja, o nome do título; a ordem de pagamento, onde deve constar o valor a ser pago por extenso; o nome do sacado, com um número de documento; nome do beneficiário, pois letras de cambio não podem ser ao portador; data de emissão; assinatura do sacador) ou supríveis (local de emissão, deve ser preenchido com o risco de se tornar nulo, mas não existe a necessidade de que se preencha de imediato; local de pagamento, que também se não for preenchido pode ocasionar na nulidade do título; e vencimento, é dispensável). Os requisitos devem estar presentes no momento da apresentação do título para pagamento, por isto o a letra de cambio pode ser emitida em branco e preenchida depois.
ACEITE
 O sacado não é obrigado a pagar se não se comprometeu, por isto o credor pode indaga-lo se irá pagar ou não antes do vencimento, caso o sacado se comprometa irá assinar no documento, a esta declaração de comprometimento damos o nome de aceite. O aceite é a manifestação da vontade do sacado. A assinatura do sacado ou de seu procurador com poderes especiais deverá ser feita no anverso do título, ou no verso se indicar que aquela assinatura do verso indicar que é um aceite (aceitação, aceitante, de acordo). Poderá se arrepender, neste caso deverá riscar sua assinatura antes de devolver o título, o que não ocorrerá se ao assinar e riscar comunicou por escrito qualquer dos signatáriosda letra. 
 A data do aceite não é essencial, pode-se protestar para adiciona-la ao título, caso não tenha data considera-se feito o aceite no dia de vencimento do título. Existem casos em que é obrigatória a apresentação do titulo para aceite antes da data do pagamento (em regra a apresentação é facultativa), como quando o prazo de vencimento começa apenas a correr quando há o aceite, onde há o prazo de 1 ano para apresentar o título (prorrogável ou reduzível pelo sacador). No caso de títulos à vista a apresentação do título e o aceite já permite ao credor cobrar o valor. O sacado pode pedir no momento de apresentação a confirmação de autencidade, o que lhe dará tempo para entrar em contato com o sacador e confirmar, fazendo com que o credor reapresente o título após isto.
 Quando o sacado aceita, ele se torna o aceitante, o devedor principal do título, não tendo direito de regresso contra os demais aceitantes, a prescrição de execução contra o aceitante é de 3 anos do vencimento do título, prazo maior do que contra os outros devedores. Caso o sacado não dê o aceite, sua recusa irá gerar um vencimento antecipado do título, todos que assinaram se tornar ao devedores e serão chamados para o pagamento imediatamente, pois garantiram que o sacado iria aceitar. O credor precisa provar que não houve aceite, para isto deverá ter em mão o protesto feito em cartório, não importando o motivo da não aceitação. 
Existe o aceite qualificado, onde o sacado pode mudar algumas cláusulas, como pagar a mais ou somente parte do valor devido, o que o credor pode concordar ou não, caso não concorde será equivalente a uma recusa de aceite. O sacador pode incluir no titulo uma cláusula não aceitável, onde o beneficiário só pode apresentar o titulo ao sacado no dia do vencimento, isto evita que se o sacado não aceitar o titulo possa ser cobrado antes do vencimento.
ENDOSSO
Endossante= quem endossa; endossatário=a quem é endossado;
 Forma de transferência da propriedade de um título de crédito, para isto o título precisa ser à ordem, se for não à ordem não será possível endosso, as notas promissórias, as letras de câmbio e os cheques são à ordem, a não ser que esteja expressa cláusula não à ordem. O endosso é feito com a assinatura no verso do titulo de crédito, se assinar no anverso deve indicar que se trata de uma transferência. AQUELE QUE TRANSFERE DEVE ASSINAR, se indicar o nome do endossatário o endosso será em preto, se não indicar o endosso será em branco.
ENDOSSO EM PRETO= TITULO NOMINAL (já que houve indicação do beneficiário. Precisa de novo endosso para nova transferência);
ENDOSSO EM BRANCO= TITULO CIRCULA COMO SE FOSSE AO PORTADOR, não é ao portador, mas circula como se fosse (não houve indicação do beneficiário, então será aquele que o possui, pode haver transferência apenas pela tradição, ou seja, pela entrega);
*não existe endosso parcial;
Ao endossar o endossante perde os direitos inerentes ao título, mas continua vinculado na condição de coobrigado, respondendo pela aceitação e pagamento (indiretamente), salvo cláusula em sentido contrário (endosso sem garantia, com cláusula de não responsabilidade por aceite ou pagamento).
*o sacador não pode utilizar de cláusula de não responsabilidade;
*existe a cláusula de proibição de novo endosso, que não proíbe novo endosso, mas que se estiver expressa o endossante não poderá ser cobrado pelas pessoas a quem o título será endossado em seguida.
ENDOSSO ≠ CESSÃO DE CRÉDITO: o endosso é unilateral, já a cessão de crédito depende da vontade das duas partes; o endosso deve ser escrito, a cessão não precisa; o endosso independe da comunicação ao emitente, já a cessão de credito depende, só produz efeitos quando notificada; o endossante garante o aceite e o pagamento, o cedente apenas responde pela existência de crédito.
*O endosso pode ocorrer após o vencimento do título, mas se já tiver ocorrido o protesto (ou transcorrido o prazo do protesto) ele não produzirá efeitos de endosso, mas de cessão de crédito.
 Endosso translativo= transfere propriedade do título e consequentemente, a titularidade dos direitos inerentes ao documento;
 Endosso mandato= não transfere a propriedade, apenas torna o endossatário uma espécie de procurador, para isto deve-se indicar por cláusula expressa quem é o endossatário e que ele possui o titulo apenas para cobrança, surge aí o endossante-mandante e endossatário-mandatário, ficando o endossante responsável pelos atos do endossatário;
 Endosso caução= também chamado de endosso pignoratício, neste tipo de endosso não se deseja transferir a propriedade do título, mas apenas constituir um penhor sobre ele, não se transfere o crédito, apenas o deixa como garantia, deve estar expresso no documento, surgindo aí o endossante-pignoratício e endossatário-pignoratício, caso o endossante não pague a dividida o endossatário poderá exercer direitos sobre o título, exceto o de transferi-lo para outrem.
AVAL
AVALISTA= PRESTA AVAL, GARANTE PAGAMENTO;
AVALIZADO=FOI AVALIZADO, TEVE PAGAMENTO DE SUA DIVIDA GARANTIDO POR OUTREM;
 O aval é um ato cambiário pelo qual uma pessoa se compromete a pagar o título de crédito pela outra, para isto deve declarar sua vontade no documento, assinando no anverso do título, pode acontecer da assinatura estar no verso, mas deve constar expressão que ajude a identificar o aval, como “por aval”. Caso o avalista seja casado deverá ter autorização do cônjuge para prestar aval, exceto se for casado por separação absoluta de bens. O cônjuge que não concordou com aval prestado poderá pede anulação da garantia até dois anos após a separação, terceiros prejudicados poderão pleitear ação regressiva contra a cônjuge que prestou aval sem autorização. 
 Existe a possibilidade de avalizar somente uma parte do valor do título, embora seja rara. Parte da doutrina admite que pode existir, também, o aval antecipado, aquele aval prestado ao sacado que ainda não deu o aceite, por tanto a obrigação do avalista só irá se iniciar quando o sacado aceitar, não aceitando não existe obrigação.
*NÃO SE IDENTIFICANDO QUE É O AVALIZADO ESTE SERÁ O SACADOR! AVAL EM BRACO!
Aval simultâneo= ocorre quando dois ou mais avalistas avalizam a mesma pessoa, sendo solidários quanto ao pagamento da dívida, se algum deles pagar a totalidade poderá cobrar ao outro somente a quota parte que lhe é devida. Exemplo: dois avalistas, cada um obrigado pela metade da dívida, A paga a divida inteira, e poderá mover ação de regresso contra B em 50%, ou seja, a quota parte devida por B;
Aval sucessivo= ocorre quanto um avalista avaliza outro avalista que está avalizando outra pessoas, não são solidários, mas tem direito de regresso da totalidade da dívida caso a pague. Exemplo: A é avalizado por B que é avalizado por C, C paga a dívida e poderá cobra-la 100% dela a B, que por sua vez também poderá cobrar 100% a A. Se houver algum avalista posterior a C em aval sucessivo ele estará desobrigado ao pagamento, da mesma forma se quem pagar a dívida for B, C estaria desobrigado.
*o avalista será devedor indireto se seu avalizado for devedor indireto, e será devedor direto quando seu avalizado for devedor direto.
*tais devedores são chamados de indiretos por que eles não prometeram efetuar diretamente o pagamento do título, mas garantem que o sacado irá efetuar esse pagamento.
*por não ser obrigação personalíssima o aval se transfere aos herdeiros dentro da força da herança.
VENCIMENTO/PAGAMENTO
O vencimento pode ser à vista quando não está datado ou poderá ter dia certo quando está datado, ocorre o vencimento antecipado quando:
Há recusa total ou parcial de aceite;
Falência do sacado;
Execução frustrada contra o sacado;
Falência do sacador do título não aceitável.
 A doutrina distingue dois tipos de pagamento, o extintivo (é o pagamento que extingue a obrigação de pagar, sem direito a regresso), e o recuperatório (aquele que faz nascer um novo direito, como o de regresso).
Para realizar o pagamento deve-se apresentar a cártula e exigi-la como provade pagamento.
PROTESTO
 É o ato praticado pelo credor, perante o competente cartório, para fins de incorporar ao título de crédito a prova de fato relevante para a relação cambial (fato que pode ser a falta de pagamento, a recusa de aceite, por falta da devolução de letra de cambio ou duplicata ou por falta de data do aceite).
*qualquer que seja o tipo de protesto, será sempre uma prova solene feita perante competente cartório;
*o protesto por falta de devolução do título terá efeitos idênticos aos do protesto por falta de aceite, se o título foi remetido para aceitação, ou efeitos idênticos ao do protesto por falta de pagamento, se o título foi remetido para pagamento.
Efeitos do protesto:
Por falta de aceite= possibilidade de cobrança antecipada dos devedores indiretos;
Por falta de pagamento= cobrança dos devedores indiretos, interrupção da prescrição, inscrição no cadastro de inadimplentes, etc.
*se o titulo foi aceito o protesto será facultativo, se não foi aceito será essencial, pois somente com o protesto poderá se cobrar dos devedores indiretos.
O protesto por falta de aceite só pode ser realizado enquanto ainda é possível dar o aceite, isto é, até o vencimento do título. Após o vencimento só se faz o protesto por falta de pagamento que pode ser feito a qualquer momento enquanto existir a dívida, mesmo que transcorrido a prescrição de execução.
Sustação do protesto = é uma medida judicial contra o titular do crédito, para impedir que o protesto seja lavrado e consequentemente produza seus efeitos, só poderá ocorrer enquanto não consumado o protesto, após lavratura do protesto o máximo que irá conseguir será a sustação DOS EFEITOS do protesto.
*pode ser deferida por meio de uma tutela antecipada em uma ação de conhecimento.
*a jurisprudência vem reconhecendo que o protesto necessário não pode ser sustado, esse é o caso do protesto contra letra de cambio e a duplicata sem aceite.
Cancelamento do protesto= o protesto fica registrado nos assentamentos do cartório, para retira-lo de lá é necessário pedir o cancelamento do protesto. Poderá ser feito o cancelamento com a prova do pagamento (admite-se como prova a declaração do credor, com sua identificação e firma reconhecida), já o cancelamento que seja por outro motivo que não seja o pagamento deve ser feito por ordem judicial.
 Protesto indevido= protesto irregular sob o ponto de vista formal, ou aquele que cobra dívida inexistente, da mesma forma que aquele considerado abusivo. Nestes casos haverá o pagamento de indenização ao prejudicado.
Cláusula sem protesto= não impede a realização de protesto, mas o torna uma faculdade, ou seja, ao se inserir esta cláusula a cobrança aos devedores indiretos passa a não depender de protesto. Servirá para todos se for feita pelo sacador e se for feita por avalista ou endossante só haverá efeito entre eles.

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