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Design de interação e interfaces digitais

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM COMUNICAÇÃO E MARKETING 
EM MÍDIAS DIGITAIS .
Fichamento de Estudo de Caso
Bárbara Grillo Garz
Trabalho da disciplina de Design de Interação e Interfaces Digitais
 Tutor: Prof. Ivan 
Armação dos Búzios, Rio de Janeiro - Brasil 
2019
Estudo de Caso:
A “paywall” do The York Times
REFERÊNCIA: A “paywall” do The New York Times 513 P06 2 5 D E J U N H O D E 2012 
Design de interação e interfaces digitais 
A “paywall” do The New York Times
Nesse estudo de caso, o autor conta rapidamente a história do jornal The New York Times e sua adaptação ao modelo digital por ele adotado, a paywall. O jornal foi fundado em 18 de setembro de 1851 por Henry Jarvis Raymond e George Jones. Raymond também auxiliou na fundação da Associated Press em 1856. A princípio, o jornal circulava, em edições matutinas, durante seis dias da semana, menos no domingo. Durante a Guerra Civil Americana o NYT passou a circular também no domingo, juntamente com outros grandes jornais diários da época.
A primeira experiência da paywalls em 1996 no The Times foi abandonada após dois anos, sendo justificada pelo aumento das receitas publicitárias. O método utilizado foi à cobrança de US$35 mensais para usuários estrangeiros.
A segunda experiência foi a TimesSelect, o valor cobrado era de US$49,95 ao ano para o acesso a textos e análises de importantes colunistas. O acesso às notícias e a outros tipos de conteúdo continuavam gratuito no site Times. Apesar de após dois anos de o seu lançamento ter atingido 227000 usuários, o crescimento das mídias sociais e de blogs de excelente qualidade levou muitos usuários a se perguntarem acerca do valor do conteúdo oferecido pelo TimesSelect. Além disso, os colunistas também não estavam gostando de apenas algumas pessoas terem acesso à coluna, limitando assim o número de leitores.
Em 28 de março de 2011, o site do The New York Times se tornou restrito. A tecnologia trouxe novas oportunidades e desafios para a indústria jornalística. Uma delas foi o novo formato dos jornais, a migração do físico para o digital. O jornal impresso gera conteúdos como; assuntos locais, matérias nacionais e internacionais, análises, editoriais e colunas de opinião, informações sobre o mercado financeiro, programação da tevê, anúncios publicitários entre outros... E tudo isso num único produto. Quando o jornal migra para o online, essa combinação se desfaz.
Clay Shirky, escritor e comentarista de mídias, fez uma colocação muito pertinente:	
“A sociedade não precisa de jornais. O que precisamos é de jornalismo”.
O NYT reformulou um método que anteriormente não havia dado certo, mas que, com a era digital já consolidada, teria mais possibilidade de êxito. O principal objetivo com o método era conquistar novos “clientes” e com isso mais recursos para garantir a continuidade do modelo jornalístico no mundo virtual. 
Existiam quatro grandes opções para a nova paywall, embasadas nas seguintes variáveis: grau de acesso provido dos usuários, tipo de conteúdo, tipo de mídia que estava incluso. A opção escolhida foi o sistema de oferta de acordo com o dispositivo utilizado e o de contagem, que permitia a leitura gratuita de até 20 matérias mensais, porém a página inicial e todas as manchetes de seções continuavam gratuitas para todos os usuários.
Em meio a um turbilhão de tendências da era digital, o lançamento do iPad com um aplicativo do Times representou um grande marco revolucionário. Neisenholtz disse ao lado de Steve Jobs: “Estamos incrivelmente comprometidos com o objetivo de sermos pioneiros da próxima geração de jornalismo digital. Queremos criar o melhor do impresso e o melhor do digital tudo junto numa coisa só”.
Em 2010, uma pesquisa do Reynolds Journalism Institute, anunciava que 99% dos usuários de iPad consumiam notícias através do dispositivo, achavam a experiência de consumo no iPad mais parecida com a do jornal impresso, mas também se mostraram menos propensos a manter assinaturas de jornais impressos.
Uma estimulante opção foi proposta pelo professor de jornalismo e especialista em mídias, como o objetivo de incentivar e recompensar pela lealdade, quanto mais ativos os usuários fossem, menor seria o valor a pagar. Assim surgiu a nova “paywall com frestas” ao invés de uma “paywall a prova de balas”. Essa nova paywall servia para usuários que vinham de geradores de tráfego, como buscadores e redes sociais. Um exemplo disso são os leitores que viessem de mídias como o Facebook e Twitter, não tinham limites em relação ao conteúdo acessado, desde que esse conteúdo fosse linkado diretamente da sua fonte.
O modelo de precificação digital também sofreu grandes críticas e era divido em três níveis, dependendo do dispositivo utilizado para acessar o conteúdo. O Times também realizou uma parceria com o fabricante de automóveis LincoIn, objetivando prover assinaturas gratuitas para heavy users até o final de 2011 e com o objetivo de posicionar a marca e ganhar voz através do jornal digital.
Os primeiros resultados aconteceram em 2012, em uma conferência de imprensa a companhia comunicou ter 390.000 assinantes em seu programa digital, incluindo o The New York Times e o International Herald Tribune. Relacionando os resultados de 2011, Sulzberger, presidente do conselho comentou:
	
Em 2011 foram feitos ajustes significativos na estratégia de modificar e balancear a empresa. O resultado do quarto trimestre representam foco contínuo na construção da base de assinantes no modelo digital do The Times e o progresso de uma nova e resistente fonte de receias advindas do consumidor, tudo isso mantendo a publicidade digital como uma atividade importante para nós.
O futuro dos jornais gerou uma série de questionamentos e especulações que agitavam a indústria. Estaria a “paywall” funcionando?
Jornais de todo o mundo estavam observando a experiência do Times com a paywall, na esperança de oferecer uma saída para o futuro incerto.
*Tendo em vista que este case relata até 2011, gostaria de fazer um adendo: Se passaram oito anos desse a analise proposta pelo autor, e o que se vê hoje é que a paywall se tornou um modelo sustentável e atrativo para as empresas que geram receita a partir de conteúdo.
 
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