Grátis
10 pág.

protese sobre implante Capitulo5
Denunciar
5 de 5 estrelas









3 avaliações
Enviado por
Diogo Henrique Vaz de Souza
5 de 5 estrelas









3 avaliações
Enviado por
Diogo Henrique Vaz de Souza
Pré-visualização | Página 1 de 5
IMPLANTE PRÓTESE SOBRE O quarto capítulo do curso Prótese Sobreimplante abordou, na edição passada, o “Tratamento protético sobreimplante no desdentado total na atualidade”. No quinto capítulo da série, apresentado nesta edição, os autores tratam da “Estética com implantes na região anterior” V. 3 | No 6 | Novembro • Dezembro | 2006| 560 PR ÓT ES E SO BR EI M PL AN TE INTRODUÇÃO O resultado estético nos implantes osseointegrados é verificado pela gama de recursos cirúrgicos e protéticos que a Odontologia nos oferece reproduzindo a estrutura dentária perdida de uma forma mais agradável e harmo- niosa nos sorrisos dos pacientes. Com esta previsibilidade e o domínio de materiais e técnicas podemos ter controle dos resultados finais. A estética em implantes na região anterior é um gran- de desafio, e influenciado por um conjunto de fatores que se inicia no planejamento dos casos clínicos com previsibi- lidade mais controlada. As estruturas que estão em íntimo relacionamento com a mucosa periimplantar, posição do implante, tipo de sorriso, topografia óssea do espaço edên- tulo, dentes remanescentes adjacentes, antagonista, ante- cipado conhecimento do tipo de restauração acima de tudo a saúde das estruturas que circundam o dente que será re- posto sobre o implante e são fatores de extrema importân- cia para o sucesso das restaurações protéticas (Bahat, Daf- tary1, 1995). Além destes fatores o sorriso pode estar na zona de risco estético que é onde os pacientes acreditam ser har- mônico e depende não só da qualidade da reconstrução dental, mas da quantidade e do tipo de tecido gengival que aparece no sorriso. A linha do sorriso define a faixa de gen- giva que ficará à mostra e a estética vermelha compreende a observação das condições de todo o tecido gengival ex- posto e sugere a partir daí modificações desse tecido a se- rem planejadas para se atingir a estética máxima. Um sorriso alto, onde fica aparente a altura total dos dentes superiores e uma faixa do tecido gengival repre- senta uma situação problemática para obtenção da estéti- ca no setor anterior e até posterior com implantes (Figura 1). A perda de um elemento dental promove remodelação fisiológica dos tecido ósseo e gengival. Um sorriso consi- derado médio, onde está à mostra grande parte ou a tota- lidade dos dentes superiores e parte da papila interdental, é uma situação ainda de difícil reconstrução estética nos casos com envolvimento de vários elementos sobreimplan- Estética com implantes na região anterior Marco Antonio Bottino* Marcos Koiti Itinoche** Leonardo Buso*** Renata Faria**** tes (Figura 2). Uma situação mais favorável encontra-se em um sorriso considerado baixo, onde a área cervical dos dentes não é evidenciada (Figura 3). Outro fator a ser considerado são os lábios. Quanto mais curto for o lábio superior e mais alta a linha do sorriso, maior a exposição dos dentes superiores e do tecido gengi- val. Esta situação, quando encontrada torna-se uma solu- ção estética mais delicada. O objetivo do trabalho protético é a realização de uma restauração biologicamente aceitável e esteticamente agra- dável. Devemos procurar, desta forma, a estabilização e a * Professor adjunto da Disciplina de Prótese Parcial Fixa da Faculdade de Odontologia de São José dos Campos - Unesp; Professor titular em Prótese Dentária da Universidade Paulista - Unip. ** Mestre e doutor em Prótese pela Faculdade de Odontologia de São José dos Campos - Unesp; Professor adjunto I da Disciplina de Prótese Dental da Unip. *** Mestre e doutor em Prótese pela Faculdade de Odontologia de São José dos Campos - Unesp. **** Mestre e doutoranda em Prótese pela Faculdade de Odontologia de São José dos Campos - Unesp; Professora assistente da Disciplina de Prótese Dental da Unip. Figura 1 Linha do sorriso. Figura 2 Linha média do sorriso. Figura 3 Linha baixa do sorriso. V. 3 | No 6 | Novembro • Dezembro | 2006 561 | PR ÓT ES E SO BR EI M PL AN TE preservação dos tecidos moles com correto contorno da res- tauração facilitando a remoção do biofilme. AVALIAÇÃO DO ESPAÇO PROTÉTICO Os fatores a serem avaliados com relação ao espaço edêntulo em área para instalação de implante são: distân- cia mesiolingual, altura e forma do espaço protético, volu- me ósseo (vertical e horizontal), quantidade e qualidade do tecido gengival. Devemos observar no contorno interproxi- mal se a presença da crista óssea é convexa ou plana; e o relacionamento proximal entre os dentes. A presença da papila mesial e distal é um fator determinante para obten- ção da estética. a. Posição do implante A harmonia do sorriso pode ser comprometida pelo ina- dequado posicionamento tridimensional dos implantes nos arcos dentais. Desde o advento dos implantes os- seointegrados tem-se aprendido muito sobre a impor- tância do posicionamento correto da fixação. Este não só facilita a confecção da prótese e reproduz melhor re- sultado estético para o paciente como, também, permi- te melhor direcionamento das forças axiais transmiti- das aos implantes. É, também, considerado fundamen- tal para manter a estabilidade em longo prazo e, ainda, manter saudáveis os tecidos de suporte. Com relação à estética, o melhor resultado é dado quando o perfil de emergência transversal da restauração do implante con- diz com a do dente adjacente. Assumindo que as di- mensões do tecido mole sejam adequadas, o resultado estético torna-se, então, quase que totalmente depen- dente da posição do implante. O posicionamento envolve o plano ápico-oclusal, me- siodistal e vestíbulo-lingual. No sentido ápico-oclusal, a posição do implante deve estar 2 mm a 3 mm abaixo da junção amelo-cementária do dente adjacente (Figu- ra 4). No sentido mesiodistal, a centralização é impor- tantíssima para proporcionar dimensões das papilas in- terdentais e, também, para se evitar a proximidade do implante com a raiz do dente adjacente. Com relação ao sentido vestíbulo-lingual, o limite vestibular da plata- forma do implante deve se localizar a 1 mm para lingual do ponto de emergência da coroa. Se o implante estiver posicionado muito distante da vestibular irá resultar em uma coroa volumosa na face vestibular sendo desfavo- rável para a estética e, também, para a higienização. A situação contrária, com o implante muito próximo da vestibular, é difícil se corrigir proteticamente, mesmo com a utilização de pilares angulados (London17, 2001). Os componentes intermediários na sua maioria nos for- necem um bom resultado estético. O ideal seria que sem- pre pudéssemos dispor de um componente que tenha a forma da raiz do dente a ser substituído. b. Seleção do implante Para a seleção do implante quanto a sua forma e diâme- tro, as dimensões do espaço lateral e o tamanho da raiz e a sua anatomia devem ser avaliados para um corres- pondente diâmetro do implante permitindo assim uma emergência mais natural favorecendo a estética da res- tauração. c. Posição mesiodistal Um implante de diâmetro 4,1 mm na sua plataforma necessita 7 mm entre dois dentes adjacentes (Figura 5). A posição mesiodistal do implante depende da largura coronária e cervical dos dentes laterais, da proximida- de das raízes e da presença ou não de diastema. Quan- do há a finalidade de desenvolver ou manter a integri- dade da papila interdental a distância de 2 mm do ní- vel cervical do implante é sugerido entre o implante e o dente adjacente (Figura 6). Entretanto, quando a re- lação da distância entre implante e dente for reduzida, a altura do osso proximal acarretará em redução da al- tura de papila interdental. Esta distância aumenta para 3 mm no mínimo entre dois implantes (Tarnow et al28, 2000), Figura 7. Figura 4 Esquema da posição ápico-oclusal do implante. Figura 6 Esquema da distância mínima entre implante e dente. Figura 5