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ORIGEM E EVOLUÇÃO DA VIDA Foto: www.cccmkc.edu.hk/kei-kph/Ferns Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho – FEIS - DBZ” Aula – Pteridófitas Características de importância taxonômica Dra. Andréa Macêdo Corrêa Quem são? plantas VASCULARES, sem sementes, São criptógamas (plantas que não produzem sementes, flores ou frutos ) que se reproduzem por meio de esporos, sendo a ESPOROFÍTICA DURADOURA e a GAMETOFÍTICA EFÊMERA (protalo) www.cccmkc.edu.hk/kei-kph/Ferns Semelhança com Algas Pigmentos - clorofilas Parede celular celulósica Amido como reserva Alternância de gerações Semelhança com Briófitas Ciclo Estrutura vegetativa do gametófito Estrutura dos anterídeos e arquegônios Lignina na parede celular Diferença com Algas Arquegônio e anterídeo Diferença com Briófitas Esporófito é a geração mais desenvolvida Tecido de condução Fonte: Raven et al. 2001 Peculiaridade: Venação circinada nas folhas jovens (BÁCULO) www.cccmkc.edu.hk/kei-kph/Ferns www3.moe.edu.sg * Exceções: Drosera, uma angiosperma, também apresenta folhas jovens enroladas; algumas espécies da pteridófita Ophioglossum não apresentam folhas jovens enroladas; No período carbonífero (300-350 milhões de anos) - predomínio das plantas vasculares sem sementes Fonte: Raven et al. 2001 Aspectos evolutivos Pteridófitas 4 Filos extintos Rhyniophyta, Zoserophyllophyta, Trimerophytophyta e Progymnospermophyta 2 Filos atuais Lycophyta Pteridophyta/Monilophyta Pteridófitas: grupo parafilético DIVISÃO: Dois grandes grupos (Pryer et al., 2004) : * T = Tracheophytas; E = Euphyllophyta; L = Lycophyta; M = Monilophytas; S = Spermatophyta Samambaias lepstoporangiadas Cavalinhas Samambaias maratioides Samambaias ophioglossoides Psilotum, Tmesipteris Gnetophyta Coníferas Gnetophyta Cycadophyta Ginkgophyta Angiospermas Licopodiales Selaginellales Isoetales M S L E T MONILOPHYTA LYCOPHYTA Habitat Ampla distribuição mundial 9.000 a 12.000 espécies - variados ecossistemas; - desde o nível do mar até altitudes elevadas; - desde regiões árticas/alpinas até o interior de florestas tropicais úmidas; - desde áreas sub-desérticas no interior dos continentes até regiões rochosas costeiras e mangues. Habitat Américas 3.250 espécies Maior diversidade: trópicos úmidos a moderadamente úmidos e nas montanhas tropicais. Segundo Tryon & Tryon (1982) duas regiões concentram 75% das espécies: Ásia/Malásia e Américas. Habitat Brasil 1.300 espécies maior riqueza nas regiões Sul e Sudeste São Paulo 500 – 600 espécies Hábito (do esporófito): terrestres (arbóreo, herbáceo, trepadeiras), epífitas, hemi-epífitas e aquáticas flutuantes Divisão LYCOPHYTA Lycopodiales (ordem) Lycopodium clavatum Lycopodium alopecuroides www.duke.edu Divisão LYCOPHYTA Selaginellales Selaginella acanthonota www.duke.edu Divisão MONILOPHYTA (samambaias e .... PSILOTOPSIDA - Psilotales Psilotum Tmesipteris Divisão MONILOPHYTA EQUISETOPSIDA (cavalinhas) Equisetum Divisão MONILOPHYTA MARATTIOPSIDA Marattia Divisão MONILOPHYTA POLYPODIOPSIDA Polypodium I. Características de importância taxonômica Padrão de nervuras nas folhas Características de importância taxonômica MICROFILOS Folhas com um único feixe de tecido vascular Presentes em todas as Lycophyta LYCOPHYTA EQUISETOPSIDA (Monilophyta) Isoetes Lycopodium Equisetum Selaginella MEGAFILAS Limbo com sistema complexo de nervura Traços foliares com lacunas ou de esporângios estéreis Presente em todas as Monilophyta MEGAFILAS MONILOPHYTAS Psilotopsida Polypodiopsida Marattiopsida Hábito Características de importância taxonômica AQUÁTICO Isoetes lacustris Isoetales (algumas espécies) (LYCOPHYTA) Características de importância taxonômica AQUÁTICO Azolla Salvinia Salviniaceae (MONILOPHYTA) Características de importância taxonômica AQUÁTICO Marsilea Marsileaceae (MONILOPHYTA) Características de importância taxonômica TERRESTRE Asplenium (MONILOPHYTA) Selaginella (LYCOPHYTA) Características de importância taxonômica Presença ou não de mais de um tipo de folha Adiantum pedatum Pteridaceae FOLHAS MONOMÓRFICAS www.missouriplants.com/ferns Segmento fértil diferenciado Osmunda cinammoneae Osmundaceae www.missouriplants.com/ferns FOLHAS DIMÓRFICAS Organização dos esporângios Características de importância taxonômica Organização dos esporângios: Características de importância taxonômica Esporângios organizados em torno de um segmento fértil diferenciado Segmento fértil diferenciado – “ESPIGA” Bostrichium dissectum Ophioglossaceae www.missouriplants.com/ferns www.missouriplants.com/ferns Segmento fértil diferenciado – “ESPIGA” Ophioglossum nudicaule Ophioglossaceae Segmento fértil diferenciado Osmunda cinammoneae Osmundaceae www.missouriplants.com/ferns Organização dos esporângios: Características de importância taxonômica Sinângios: estrutura resultante da fusão de diversos esporângios, apresenta lóculos ou câmaras onde os esporos se desenvolvem Sinângio Marattia douglasii Marattiaceae Sinângios Marattia oreades Marattiaceae www.anbg.gov.au Organização dos esporângios: Características de importância taxonômica Soros agrupamento simples de esporângios Soros com esporângios Polypodium polypodioides Polypodiaceae Soros arredondados Superfície adaxial Superfície abaxial www.missouriplants.com/ferns Adiantum pedatum Pteridaceae Soros ao longo das margens das pinas www.missouriplants.com/ferns Crystopteris protrusa Dryopteridaceae Soros arredondados www.missouriplants.com/ferns Morfologia da folha (fronde) Características de importância taxonômica Raque (nervura central) Pina Costa (nervura da pinal) Escamas Estipe FRONDE Lâmina Morfologia básica da fronde Diferentes graus de incisão na folha tripinada bipinada-pinatifida bi-pinatifida Folhas SIMPLES COMPOSTAS tripinada bipinada pinada- pinatifida pinada pinatifida simples Simples ou inteira Asplenium nidus Simples ou inteira Ophioglossum nudicaule Composta Polystichum acrosticoides www.missouriplants.com Características do anel (leptosporangiadas) Características de importância taxonômica Abertura do leptosporângio Estômio: fenda através da qual os esporos são expostos Pedicelo Anel ausente Anel longitudinal oblíquo Anel transversal apical Anel longitudinal Anel transversal basal Família SCHIZAEACEAE Anel transversal Família CYATHEACEAE Anel oblíquo, não interrompido pelo pé do esporângio Características dos soros Características de importância taxonômica Soros medianos Soros marginais Soros acompanhando a nervuracentral ESCAMAS e TRICOMAS: Presença ou ausência Formato Características de importância taxonômica ESCAMAS www.hardfernlibrary.com www.uwgb.edu Polystichum acrosticoides Dryopteridaceae Escamas www.missouriplants.com Nóbrega, 2007 Escama do caule Campyloneurum angustifolium Escamas Escama do caule Campyloneurum major Nóbrega, 2007 Escamas Pleopeltis pleopeltifolia Escama do caule Nóbrega, 2007 Polybotria goyazensis Escamas Escama do caule Nóbrega, 2007 Escamas Escama do caule Micrograma lindbergii Nóbrega, 2007 TRICOMAS www.hardfernlibrary.com Tricomas estrelados sobre a raque Tricomas simples entre as nervuras, na superfície adaxial da lâmina Thelypteris biformata Tricomas Nóbrega, 2007 Quadro Resumo • Presença de microfilos ou megafilos • Produção ou não de mais de um tipo de esporos; • Leptosporangiadas ou eusporangiadas • Organização dos esporângios (soros, sinângios, pinas férteis, esporocarpos) • Hábito • Características do anel • Características das escamas e tricomas • Presença ou não de indúsio, características do indúsio • Formato e posição dos soros Para saber mais: JONES, D.L. 1987. Encyclopedia of ferns. Portland: Timber Press. 433p. PEREIRA, A.B. 1999. Introdução ao estudo das pteridófitas. Canoas: Ed. Ulbra.170p. RAVEN, P.H.; EVERT, R.F. & EICHHORN, S.E. 2001. Biologia Vegetal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 906p. SMITH, A.R., PRYER, K.M., SCHUETTPELZ, R., KORALL, P., SCHNEIDER, H. & WOLF, P.G. 2006. A classification for extant ferns. Taxon, 55(3): 705-731. TRYON, R.M. & TRYON, A.F. 1982. Ferns and allied plants. New York: Springer- Verlag. 857p. http://www.life.umd.edu/emeritus/reveal/PBIO/fam/hightaxaindex.html http://www.missouriplants.com
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