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DISTÚRBIOS DO MOVIMENTO: Sindromes Parkinsonianas Lara Sepúlveda de Andrade Dejong,O exame Neurológico,6Ed O SISTEMA MOTOR a. Córtex Motor: comando motor. b. Gânglios da Base: planejamento e estratégias motoras. c. Cerebelo: coordenação dos movimentos. d. Neurônios motores α: efetuadores do movimento. Dejong, O exame Neurológico, 6Ed SISTEMA EXTRAPIRAMIDAL Conceito Funcional GB são os principais componentes Transtornos extrapiramidais= Transtornos do Movimento Hipocinecias ou Hipercinesias PARKINSONISMO Tremor, Bradicinesia ,rigidez e instabilidade postural Média de Idade 55 anos 3H:2M Doença de Parkinson :75% dos casos PARKINSONISMO - CLASSIFICAÇÃO 1. PRIMÁRIA - doença de Parkinson 2. PARKINSONISMO-PLUS - paralisia supranuclear progressiva, atrofia de múltiplos sistemas, degeneração cortico-basal 3. HEREDITÁRIO - d. Wilson, d. corpo de Lewy difusos 4. SECUNDÁRIO - infecção, drogas, toxinas, vascular, trauma, metabólico Doença de Parkinson IMPORTÂNCIA Doença de Parkinson a segunda doença neurodegenerativa mais comum, depois da doença de Alzheimer Ausência de marcador biológico ◦ Subdiagnóstico ► falta de tratamento ◦ Superdiagnóstico (25% dos casos) ► terapêutica inapropriada IMPORTANCIA Prevalente nos idosos Afeta 1% da população acima de 50 anos Compromete a qualidade de vida Ocasiona incapacidade funcional EPIDEMIOLOGIA Prevalência ◦ 1% em > 60 anos ◦ 1 a 3% em > 80 anos Incidência de 8 a 18 por 100.000 pessoas ao ano Maior incidência em homes, sem distinção por raça ou etnia Idade média de inicio da doença: 50 anos EPIDEMIOLOGIA A doença de Parkinson representa 80% dos casos de parkinsonismos A idade é o mais consistente fator de risco DEFINIÇÃO Distúrbio neurodegenerativo, clinicamente caracterizado por um início insidioso com tremor de repouso, bradicinesia, rigidez, instabilidade postural e postura flexionada para frente, e patologicamente, por degeneração progressiva das células da camada ventral da zona compacta da substância negra e do locus ceruleus. ETIOPATOGENIA Causa multifatorial ◦ Fatores genéticos Vários genes ◦ Fatores ambientais MPTP ◦ Fatores Genéticos + ambientais Associação de genes de predisposição + tóxicos ambientais ETIOPATOGENIA Mecanismo básico 1. Disfunção do sistema proteossomal e da ubiquitina ► 2. Acúmulo de proteínas (alfa-sinucleína, parkin) ► 3. Acúmulo de substâncias tóxicas ► 4. Morte dos neurônios dopaminérgicos da substância negra QUADRO CLÍNICO Síndrome parkinsoniana ◦ Tremor, rigidez e bradicinesia inicialmente assimétrico, acometendo um hemicorpo ou membro, tendendo a evoluir simetricamente com o passar dos anos Manifestações não-motoras ◦ Depressão, distúrbios do sono, cognitivos e da fala, dificuldades urinárias e demência QUADRO CLÍNICO Sinais e sintomas iniciais: 1. Movimentos pobres e vagarosos, geralmente em um dos braços ou uma perna (bradicinesia); 2. Tremor em repouso no braço ou na mão, de um ou ambos os lados; quando bilateral, é assimétrico, com um lado mais acometido; 3. Caligrafia menos legível ou com tamanho diminuído (micrografia); 4. Expressão facial em máscara (hipomimia facial); 5. Fala menos articulada, com menor volume (hipofonia) e aumento da salivação (sialorréia); 6. Alterações olfatórias; 7. Sintomas depressivos; 8. Sensação de fraqueza, cansaço ou mal-estar no fim do dia. QUADRO CLÍNICO Período pré-sintomático: ◦ Aproximadamente 7 anos ◦ Perda neuronal dopaminérgica < 50% das células ◦ De pouco valor para o diagnóstico de DP Alterações de olfato Depressão Constipação intestinal Dores musculares Câimbras parestesias PARKINSONISMO Sinais cardinais: ◦ BRADICINESIA ◦ TREMOR ◦ RIGIDEZ MUSCULAR ◦ INSTABILIDADE POSTURAL ◦ (BLOQUEIO MOTOR/POSTURA FLEXIONADA) ◦ DX = 2/4 SINAIS CARDINAIS Dejong,O exame Neurológico,6 Ed Tremor de repouso (Contar dinheiro) Bradicinesia Rigidez (Roda denteada) QUADRO CLINICO •Hipomimia (Fácies em máscara) •Postura em antero-flexão do tronco e semiflexão dos membros •Marcha de pequenos passos e perda dos movimentos associados, festinação •Instabilidade postural •Micrografia PARKINSONISMO Sinais cardinais: ◦ BRADICINESIA É notada como uma lentificação dos movimentos, inicialmente manifesta pela dificuldade de iniciar o movimento fino das mão, abotoar uma camisa ou escrever Inicia-se, assimetricamente, em 75% dos pacientes e traduz-se em: marcha festinante, não balançar do membro superior ao caminhar e fala hipofônica. PARKINSONISMO Sinais cardinais: ◦ TREMOR Tremor de repouso com freqüência de 3 a 5 Hz e amplitude moderada (“contar notas”), que desaparece com a movimentação ativa do membro, geralmente, inicia-se em um membro, acometendo sua extremidade, mais comumente a mão, sendo o primeiro sintoma em 60 a 70% dos pacientes com Parkinson. O tremor tende a piorar em situações de ansiedade ou estresse e desaparece durante o sono. PARKINSONISMO Sinais cardinais: ◦ RIGIDEZ MUSCULAR Descreve-se como hipertonia dos músculos, pois durante o movimento de flexão e extensão do antebraço ou pronação e supinação do punho, nota- se, facilmente, que são quebrados em partes, roda denteada PARKINSONISMO Sinais cardinais: ◦ INSTABILIDADE POSTURAL Desenvolvimento gradual de desequilíbrio, levando a um risco aumentado de quedas. O caminhar torna-se mais lento, com arrastar dos pés e virando o corpo em bloco PARKINSONISMO Sinais cardinais: ◦ BLOQUEIO MOTOR (Freezing) Bloqueio motor súbito caracterizado pele dificuldade em iniciar o caminhar ou o parar repentino do movimento em curso, aumenta a incidência de quedas ◦ POSTURA FLEXIONADA PARA FRENTE Semiflexão dos cotovelos e joelhos pode ocorrer em qualquer fase, mas geralmente, aparece em estágios avançados da doença, quando a rigidez afeta os quatro membros e os músculos cervicais, produzindo importante incapacidade em fase terminal DIAGNÓSTICO Eminentemente clínico Baseia-se em: ◦ Tremor de repouso assimétrico ◦ Bradicinesia assimétrica ◦ Rigidez assimétrica Exames laboratoriais e TC de Crânio para afastar outras causas Diagnóstico definitivo com necropsia DIAGNÓSTICO Não existe teste sorológico RNM ajuda a diferenciar DP das demais síndromes parkinsonianas, não usar de rotina 20 a 25 % das pessoas diagnosticadas como sendo portadoras de DP, por critério clínico rigoroso e por profissional habilitado, tem têm confirmação diagnóstica à necropsia DIAGNÓSTICO Critérios para o Diagnóstico da DP do Banco de Cérebros de Londres ( Hughes et al. 1992) Primeira Etapa – Diagnóstico de síndrome parkinsoniana Bradicinesia associada a pelo menos uma das seguintes manifestações: rigidez muscular, tremor de repouso ou instabilidade postural. Segunda Etapa – Critérios de Exclusão da DP História de acidentes vasculares encefálicos de repetição com progressão em degraus dos sintomas. História de traumas cranianos repetidos. Antecedente comprovado de encefalite. Síndromes oculógiras. Uso de neurolépticosdesde o início dos sintomas da doença. Mais que um caso de acometimento familiar. Remissão prolongada dos sintomas. Persistência de acometimento unilateral após três anos. Paralisia ocular supranuclear. Sinais cerebelares. Acometimento autonômico precoce e acentuado. Demência em fases iniciais da doença. Sinais piramidais – Babinski presente. Presença de lesões expansivas intra-cranianas: tumores, hidrocefalia à neuroimagem. Exposição ao MPTP. Reposta terapêutica ruim a altas doses de levodopa. Terceira Etapa – Critérios de sustentação para o diagnóstico da DP (três ou mais para o diagnóstico definitivo) Início unilateral, acometimento assimétrico. Presença de tremor de repouso. Doença progressiva. Assimetria persistente afetando principalmente o lado de início da doença. Reposta excelente à levodopa (melhora de 70 a 100%). Resposta à levodopa por cinco anos ou mais. Discinesia induzida pela terapia com levodopa. Evolução clínica de dez anos ou mais. DIAGNÓSTICO Sensibilidade: 91,1% Especificidade: 98,6% Critérios de Diagnóstico Clínico de Doença de Parkinson Idiopática Clinicamente possível – Um de: - Tremor de repouso assimétrico - Rigidez assimétrica - Bradicinesia assimétrica Clinicamente provável – Qualquer dois de: - Tremor de repouso assimétrico - Rigidez assimétrica - Bradicinesia assimétrica Clinicamente definitivo - Critérios de clinicamente provável - Resposta definitiva às drogas antiparkinsonianas Critérios de exclusão - Exposição a drogas que possam causar parkinsonismo, tais como: neurolépticos, antieméticos, tetrabenazina, reserpina, flunarizina, cinarizina - Sinais cerebelares - Sinais do trato corticoespinal - Movimentos anormais dos olhos - Disautonomia severa - Distúrbio precoce de marcha moderado a grave ou demência - História de encefalite, TCE recorrente (tais como os vistos em boxeadores), história familiar de Parkinson em dois ou mais membros da família - Evidência de severa doença da substância branca subcortical, hidrocefalia, ou outra lesão estrutural à RNM DIAGNÓSTICO Além da avaliação clínica deve-se utilizar uma das escalas para graduação da incapacidade: ◦ Escala de Hoehn & Yahr Fácil e prática, indica o nível relativo de incapacidade em estágios de 0 a 5 ◦ UPDRS - Unified Parkinson Disease Rating Scale Mais utilizada, avaliação com 42 perguntas divididas em quatro subseções Estágios da Escala de Hoehn & Yahr 0: Sem sintomas visíveis da doença de Parkinson 1: Sintomas em apenas um lado do corpo 2: Sintomas nos dois lados do corpo e sem dificuldade para caminhar 3: Sintomas nos dois lados do corpo e com dificuldade mínima para caminhar 4: Sintomas nos dois lados do corpo e com dificuldade moderada para caminhar 5: Sintomas nos dois lados do corpo e incapaz de caminhar DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Doença de Parkinson responde por 80% dos pacientes com parkinsonismo Diagnóstico diferencial de DP inclui: ◦ Doenças que simulam o parkinsonismo Tremor essencial ◦ Doenças em que o parkinsonismo integra o quadro clínico Parkinsonismo secundário Parkinsonismo plus ou atípico PARKINSONISMO SECUNDÁRIO Infecção Pós encefalítico, complexo AIDS - demência Drogas Bloqueadores dos receptores da DA (neurolépticos, antiheméticos, flunarizina, cinarizina), reserpina, tetrabenazina, α-metil dopa, lítio, fluoxetina, anticolinesterásicos, anticonvulsivantes, antiarrítimicos Toxinas MPTP, Mn, CO, cianeto, CS2, metanol, etanol, pesticidas (diquat, paraquat, organofosforados) Vascular Multiinfartos cerebrais TCE Encefalopatia pugilística Hidrocefalia HPN, hidrocefalia ex-vácuo, hidrocefalia hipertensiva Metabólico Hipotireoidismo, hipoparatireoidismo, degeneração hepatocerebral Degenerativa Hemiparkinsonismo-hemiatrofia outras Tumor, hematoma, seringomesencefalia PARKINSONISMO SECUNDÁRIO Induzido por drogas ◦ Potencialmente reversível com a suspensão do medicamento, porém pode durar semanas a meses PARKINSONISMO PLUS Os sintomas parkinsonianos estão associados a sintomas e sinais pouco comuns à DP, existe uma resposta precária à terapia dopaminérgica, mesmo em altas doses Red flags Prognósticos diferentes Red Flags Sugestivos de Parkinsonismos Atípicos • Instabilidade Postural e quedas precoces •Paralisia supranuclear do olhar • Rápida progressão •Mioclonias • Demência precoce/síndrome do lobo frontal •Identificação de movimentos sacádicos • Alucinações visuais • Blefaroespasmo ou apraxia da abertura ocular •Disartria/Disfagia importantes e precoces • Estridor laríngeo • Sinais piramidais • Disautonomia precoce •Sinais cerebelares •Pobre resposta a L-dopa •Sialorréia severa e precoce • Antero ou retrocolis Síndromes PARKINSON-PLUS Paralisia Supranuclear progressiva (Síndrome de Steele-Richardson-Olszewsky) Atrofia de Múltiplos Sistemas Atrofia Olivo-Ponto-Cerebelar Síndrome de Shy-Drager Degeneração Estriato-Nigral Demência dos corpos de Lewy Degeneração Ganglionar Córtico-Basal PARKINSONISMO PLUS Paralisia Supranuclear Progressiva (PSP) ◦ Distúrbio neurológico subcortical, que acomete, geralmente, pessoas > 60 anos ◦ Perda progressiva dos movimentos oculares verticais (olhar fixo para baixo) ◦ Bradicinesia ◦ Rigidez muscular e instabilidade postural ◦ Paralisia pseudobulbar com disfagia, disartria, labilidade emocional e demência ◦ Típica “face do espanto” ◦ O início do parkinsonismo é simétrico, com instabilidade postural precoce, rigidez axial severa, ausência de tremor, e olhar fixo para baixo ◦ Não responde à levodopa, não possui tratamento além de suporte Paralisia Supranuclear Progressiva (Rosenberg) (Síndrome de Steele-Richardson-Olszewski Atrofia de Múltiplos Sistemas •Degeneração dos GB, cerebelo, Corno anterior, Córtex cerebral, tronco. •Forma rígido- acinética é mais comum •Função cognitiva preservada •Pouca ou nenhuma resposta aos antiparkinsonianos PARKINSONISMO PLUS Atrofia de Múltiplos Sistemas ◦ Degeneração nigroestriatal Parkinsonismo simétrico, bradicinesia, rigidez, sem tremor e com instabilidade postural precoce, com forte tendência a quedas ◦ Degeneração olivopontocerebelar Sinais cerebelares e parkinsonismo ◦ Síndrome de Shy-Drager Parkinsonismo e disfunção autonômica com hipotensão ortostática grave e disfunção urinária ◦ Não respondem à Levodopa PARKINSONISMO PLUS Demência com Corpúsculos de Lewy ◦ Caracterizada por parkinsonismo progressivo e demência precoce ◦ Pouco ou nenhum tremor é relatado ◦ Sinais psiquiátricos e cognitivos são precoces ◦ Alucinações, distúrbios do sono e psicose podem estar presentes ◦ Característica intolerância a neurolépticos típicos PARKINSONISMO PLUS Degeneração corticobasal ◦ Taupatia que compartilha características clínicas e biológicas com a PSP ◦ Parkinsonismo simétrico pronunciado e sinais corticais ◦ Ocorre distonia e apraxia, sinais do trato corticoespinal (mioclonias, déficits sensoriais corticais e o fenomeno do membro alienígena) PARKINSONISMO PLUS PSP AMS DCL DCB Simetria dos déficits +++ +++ ++ - Rigidez axial +++ ++ ++ ++ Distonia de membros + + + +++ Paralisia supranuclear (vertical) +++ ++ + ++ Comprometimento frontal +++ + +++ ++ Disautonomia - +++ ++ - Resposta inicial a L-Dopa + ++ ++ -TERMOR ESSENCIAL Distúrbio monossintomático caracterizado por tremor de ação, fino, rápido, geralmente bilateral, na freqüência de 5 a 7 Hz Ocorre em qualquer idade, mais comum depois dos 40 Mais freqüente em mãos seguido da cabeça Piora com estresse, fadiga e com o avançar da idade Geralmente acompanhado por voz trêmula Melhora consideravelmente com bebida alcoólica e betabloqueadores Escrita grande e trêmula História familiar de tremor, devido à herança autossômica dominante Tremor essencial X Parkinson Tremor essencial Doença de Parkinson Tremor Ação, fino, rápido, bilateral, ↑ movimento Repouso, unilateral, ↓ movimento Frequência 5 a 7 Hz 3 a 5 Hz Início Simétrico Assimétrico Escrita Grande e trêmula Pequena e irregular (micrografia) História familiar Presente Ausente voz Trêmula monótona TRATAMENTO Visa o controle sintomático objetivando autonomia, independência funcional e equilíbrio psicológico o maior tempo possível, além de proteção contra destruição neuronal e salvamento dos neurônios em sofrimento, com substituição ou, no mínimo, restauração funcional dos neurônios Não existem medicamentos que previnam a progressão da doença, até o momento TRATAMENTO Estratégias neuroprotetoras Medidas farmacológicas Medidas não-farmacológicas Tratamento cirúrgico TRATAMENTO Estratégias neuroprotetoras 1. Primária: não é viável Não existem drogas capazes de impedir o processo de morte neuronal da substância negra Não é possível, do ponto de vista prático, o diagnóstico da DP antes da manifestação dos sintomas 2. Secundária: muito controverso Selegilina (IMAO-B): análise mais cuidadosa e de longa prazo mostrou que o benefício se devia a seu efeito sobre a doença que, embora fraco, é capaz de diminuir os escores motores TRATAMENTO Medidas farmacológicas ◦ Tratamento sintomático: iniciado quando os sintomas tornam-se incômodos ou causam incapacidade. Pode ser iniciado com: Levodopa Agonistas dopaminérgicos Anticolinérgicos Amantadina Inibidores seletivos da monoamina-oxidase B TRATAMENTO Medidas farmacológicas ◦ Agonistas Dopaminérgicos São utilizados em duas fases da doença: Sintomatologia inicial, sem comprometimento marcante da função motora Após longo período de terapia com levodopa, com o surgimento de flutuações motoras e discinesias Não sofre competição na absorção intestinal Início da terapia com doses baixas e titulação gradual, minimiza os efeitos adversos: Náuseas, vômitos Hipotensão ortostática Manifestações psiquiátricas (alucinações, delírios, confusão mental) Sonolência, tontura e discinesia TRATAMENTO Medidas farmacológicas ◦ Agonistas Dopaminérgicos Vantagens Retarda o uso da levodopa ↑ eficácia antiparkinsoniana em pacientes em uso de levodopa T ½ longa, podendo ser administrada em 3 doses/d Possível ação neuroprotetora Risco de desenvolver discinesia ou flutuações motoras é bem menor, em comparação com levodopa Desvantagens ↓ eficácia que a levodopa ↓ tolerância que levodopa (alucinações, delírios, confusão mental TRATAMENTO Medidas farmacológicas ◦ Agonistas Dopaminérgicos Bromocriptina: 5 a 40 mg/d Carbegolida: 2,5 a 5 mg dose única diária Ropirinole: 1,5 a 8 mg/d 3x Pramipexole: 1,5 a 4,5 mg/d 3x Apomorfina: SC em infusão contínua TRATAMENTO Medidas farmacológicas ◦ Anticolinérgicos São eficazes na redução dos tremores. Mínimos benefícios para rigidez e bradicinesia. Uso limitado pelos efeitos colaterais = Confusão mental, alucinações, retenção urinária e taquicardia Contra-indicações: Glaucoma e hipertrofia prostática Efeitos colaterais : Secura na boca, constipação e borramento visual. Triexifenidil = Artane® - 2 a 8 mg/dia Biperideno = Akineton® - 2 mg, 3 a 4 x/dia TRATAMENTO Medidas farmacológicas ◦ Amantadina Antiviral. Aumenta a liberação de dopamina (bloqueia a recaptação de dopamina nos terminais pré-sinápticos) Nas fases iniciais é eficaz em 2/3 pacientes. Benefício aparece em 2 dias. Comum: Livedo reticular Adia o uso da Levodopa ou age como adjuvante Amantadina (Mantidan®) - 100 mg , 2 x/dia Contra-indicada nas doenças renais (excr. urinária) TRATAMENTO Medidas farmacológicas ◦ Levodopa: padrão-ouro Precursor da dopamina Agente antiparkinsoniano mais efetivo e associado com menor morbimortalidade Sempre associada a um inibidor dopa-descarboxilase (carbidopa ou benserazida) Deve ser iniciada com doses baixas (¼ cp), 1-2 hs antes das refeições e a cada 3-4 horas, devido sua meia vida curta Doses intermitentes muito generosas e afastadas não atingem a meta terapêutica e são associadas ao surgimento precoce de complicações motoras TRATAMENTO Medidas farmacológicas ◦ Levodopa Seu uso terapêutico provoca: Flutuações motoras Wearing-off On-off Freezing Resposta negativa No on Discinesias Distúrbios psiquiátricos TRATAMENTO Medidas farmacológicas ◦ Inibidores da COMT (Catecol-o-metiltransferase) aumenta biodisponibilidade da levodopa maior efeito antiparkinsoniano / aumento tempo “on” maior incidência de efeitos colaterais dopaminérgicos requer redução da dose de levodopa Efeitos colaterais não dopaminérgicos Hepatotoxicidade Diarréia: 6% Aumento transaminases: 3% TRATAMENTO Medidas farmacológicas ◦ Inibidores da COMT Tolcapone: 100-200 mg 3x/dia (Tasmar) Entacapone: 200 mg 3x/dia (Comtan) Stalevo – associação Levo/Carbi/Entacapone 50/12,5/200 100/25/200 150/37,5/200 TRATAMENTO Medidas não-farmacológicas ◦ Educação sobre a doença ◦ Exercícios e fisioterapia Não impedem a progressão da doença, mas preservam o estado funcional muscular e osteoarticular Impacto sobre a disposição e o humor ◦ Orientação nutricional ◦ Fonoaudiologia Disfagia Fonoarticulação ◦ Terapia Ocupacional Adaptações domiciliares TRATAMENTO Tratamento cirúrgico ◦ Técnicas lesionais 1. Talamotomia: redução do tremor. Não utilizada em idosos 2. Palidotomia estereotática do globo interno: discinesias induzidas por levodopa e bradicinesia refratária à medicação ◦ Estimulação cerebral profunda ◦ Transplante
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