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Biologia Celular e Genética Estrutura e função DNA X RNA DNA: ácido desoxirribonucleico Estrutura: Duas cadeias helicoidais. Suas cadeias são longas e possuem milhares de nucleotídeos. • Timina • Adenina • Citosina • Guanina Função: Armazenar informação genética, controlar atividade celular e produzir RNA. RNA: ácido nucleico Estrutura: Uma cadeia. Possui cadeia curta com centenas de nucleotídeos. • Uracila • Adenina • Citosina • Guanina Função: Sintetizar proteínas e transferir informação do DNA até o local de síntese de proteínas na célula. Replicação DNA é uma molécula constituídas por duas cadeias torcidas em torno de si em forma de dupla hélice. Cada fio é composto por uma sequência de quatro bases químicas representadas pelas letras A, C, G e T onde as duas fitas são complementares. Isto justifica que sempre que houver um T em uma fita haverá um A na fita oposta, e onde houver um C haverá um G na outra fita. Cada fita tem uma extremidade 5' e outra extremidade 3'sendo que as duas cadeias ocorrem em direções opostas, determinando como cada fita de DNA é replicada. A primeira etapa da replicação do DNA é separar as duas cadeias. Está descompactação é feita por uma enzima chama helicase e resulta na formação de uma replicação. As cadeias separadas fornecem, em cada uma, um molde para a criação de uma nova cadeia de DNA. Uma enzima chamada de primase inicia o processo. Esta enzima faz um pequeno pedaço de RNA chamado de primer (iniciador). Isto marca o ponto de partida para a construção da nova cadeia de DNA. Uma enzima chamada DNA polimerase se liga ao primer e fará a nova fita de DNA. A DNA polimerase só pode adicionar bases de DNA em uma direção, da extremidade 5' para a extremidade 3', onde uma das novas fitas de DNA, a fita contínua, é feita continuamente, a DNA polimerase vai adicionando bases, uma por uma, na direção 5'-> 3' do primer. A outra cadeia, a fita descontínua, não pode ser feita de maneira contínua porque ela corre no sentido oposto a DNA polimerase só pode fazer esta fita em uma série de pequenos pedaços chamados fragmentos de Okazaki, onde cada fragmento é iniciado com um primer de RNA. A DNA polimerase, em seguida, adiciona uma linha curta de bases de DNA na direção 5' -> 3'. O próximo primer é então adicionado mais anteriormente na fita descontínua. Um outro fragmento de Okazaki é então feito e o processo é repetido novamente. Assim que o novo DNA foi feito a atividade exonuclease da enzima remove todos os primers do RNA a partir de ambas as cadeias de DNA, outra enzima DNA polimerase, em seguida, preenche todas as lacunas que são deixadas para trás com DNA. Finalmente, a enzima DNA ligase conecta os fragmentos de DNA em ambas extremidades dos fragmentos para formar uma cadeia dupla contínua, sendo descrita como uma replicação semi-conservadora. Transcrição A síntese de RNA (mensageiro, por exemplo) se inicia com a separação das duas fitas de DNA. Apenas uma das fitas do DNA serve de molde para a produção da molécula de RNAm. A outra fita não é transcrita. Essa é uma das diferenças entre a duplicação do DNA e a produção do RNA. As outras diferenças são: • os nucleotídeos utilizados possuem o açúcar ribose no lugar da desoxirribose; • há a participação de nucleotídeos de uracila no lugar de nucleotídeos de timina. Assim, se na fita de DNA que está sendo transcrita aparecer adenina, encaminha-se para ela um nucleotídeo complementar contendo uracila; Imaginando um segmento hipotético de um filamento de DNA com a sequência de bases: DNA- ATGCCGAAATTTGCG O segmento de RNAm formado na transcrição terá a sequência de bases: RNA- UACGGCUUUAAACGC Em uma célula eucariótica, o RNAm produzido destaca-se de seu molde e, após passar por um processamento, atravessa a carioteca e se dirige para o citoplasma, onde se dará a síntese proteica. Com o fim da transcrição, as duas fitas de DNA seu unem novamente, refazendo-se a dupla hélice. Transcrito primário: • Introns: intrusos que não codificam proteínas. • Exons: possuem a “receita”. • RNase: proteína que degrada o RNA. • Campeamento: adição de açúcar na extremidade 5’. • Poliadenulação: adição de caída poli A (adeninas). 1 Códon: • 3 nucleotídeos no RNA • 1 aminoácido Anticódon: códon correspondente. Determina qual aminoácido será transportado. Tradução Também chamada de síntese de proteínas. Quando o RNAm chega ao citoplasma ele se associa ao ribossomo. Após essa associação os RNAt levam os aminoácidos, que serão ligados, formando assim a proteína. Código genético Divisão celular Mitose: Tipo de divisão celular em que uma célula mãe haplóide (n) ou diplóide (2n), sempre com cromossomos duplos, origina duas células filhas contendo o mesmo número de cromossomos da célula mãe, porém simples. Pode ocorrer com células (n) ou (2n) Não altera o número de cromossomos da célula mãe A mitose também é chamada de divisão equacional e simbolizada por E! • Intérfase: Fase que precede qualquer divisão celular. Ocorre a duplicação do DNA e a formação de cromossomos duplos. Possui três subfases: • G1 : pré-síntese (cromossomos simples) • S : Síntese de DNA • G2: Pós-síntese (cromossomos duplos) Meiose: Tipo de divisão celular em que uma célula mãe sempre (2n) com cromossomos duplos origina através de duas divisões sucessivas, quatro células filhas contendo metade do número de cromossomos da célula mãe. Diminui pela metade o número de cromossomos da célula mãe. A mitose também é chamada de divisão reducional e simbolizada por R! • Crossing Over: 1. Um cromossomo tem os alelos A e b 2. E o cromossomo homólogo tem os alelos A e B. SÍNTESE DE DNA 3. A replicação do DNA na fase S produz cromátides-irmãs idênticas. CROSSING OVER 4. Segmentos das cromátides não irmãs são trocadas durante o crossing over na prófase I. MEIOSES I e I I 5. Cada uma das células resultantes carreia uma combinação única de alelos após as meioses I e I I. 1 Lei de Mendel Sistema ABO Eritroblastose fetal Condição: pai Rh+, mãe Rh- e filho Rh+. 1) Mãe Rh- é sensibilizada (exposta ao fator Rh por uma transfusão ou primeira gestação de filho Rh +) 2) Mãe começa a produzir anti Rh 3) Em uma segunda gestação de filho Rh +, os anti Rh produzidos passarão através da placenta atingindo o sangue da criança Rh+. Ocorrerá a destruição das hemácias do feto (icterícia, anemia hemolítica, insuficiência hepática, hepatoesplenomegalia e liberação de eritroblastos). Heredograma - símbolos Montagem do cariótipo GRUPO A - Os seis maiores cromossomos. O par 1 é metacêntrico, o 2 é submetacêntrico e o par 3 é metacêntrico. GRUPO B - Pares 4 e 5, submetacêntricos . O tamanho de seus braços curtos equivale a 1/3 de seus braços longos. Os dois pares não são distinguíveis morfologicamente. GRUPO C - 15 cromossomos no Homem e 16 na mulher. O cromossomo X pertence a este grupo. É impossível a identificação individual dos cromossomos pela análise morfológica. Devem ser distribuídos em ordem decrescente de tamanho. GRUPO D - Pares 13,14 e 15. São acrocêntricos, de tamanho médio com satélites nem sempre visíveis nos braços curtos. Não são distinguíveis entre si pela análise morfológica. GRUPO E - 3 pares de cromossomos. O par 16 é metacêntrico. Os pares 17 e 18 são submetacêntricos. O par 17 tem braços curtos ligeiramente maiores que os do par 18. GRUPO F - Pares19 e 20, os menores metacêntricos. Identificação individual impossível pela análise morfológica. GRUPO G - 4 cromossomos na mulher e 5 no homem devido à presença do cromossomo Y. Os pares 21, 22 e o Y são os menores acrocêntricos. Os pares 21 e 22 apresentam satélites nem sempre visíveis nos braços curtos. Não é possível a distinção destes dois pares. O Y é identificável em muitos casos, pela posição paralela dos braços longos, pela ausência de satélites e localização preferencial na periferia da placa metafásica. Síndromes genéticas • Síndrome de Turner: Mutação monossômica que afeta o sexo feminino, provocada pela ausência de um cromossomo sexual, possuindo apenas um cromossomo X. • Síndrome de Klinefelter: Mutação no cromossomo sexual, a qual afeta indivíduos masculinos portadores de dois cromossomos X e um Y. • Síndrome de Down: Os indivíduos portadores dessa síndrome possuem um cromossomo a mais no par 21 autossômico. • Síndrome de Edwards: Os indivíduos portadores dessa síndrome possuem um cromossomo a mais no par 18 autossômico. • Síndrome de Patau: Possuem um cromossomo a mais no par 13 autossômico. Importante: Nulissomia (2n-2): Inexistência de um par de cromossomos homólogos no genoma. Monossomia (2n-1): Deficiência de um cromossomo. Trissomia (2n+1): Existência de um cromossomo extra no genoma. Tetrassomia (2n+2): Existência de um par de cromossomos em excesso no genoma. Mutações cromossômicas Estruturais: Provocam alterações na estrutura dos cromossomos, podendo ocasionar a perda de genes, a leitura duplicada ou erros na leitura de um ou mais genes. Podem acontecer por deleção, duplicação, translocação ou inversão de partes de cromossomos. • Deficiência ou deleção ➔ quando ocorre a perda de um pedaço do cromossomo, com conseqüente perda de genes. • Duplicação ➔ quando ocorre a presença de um pedaço duplicado do cromossomo, acarretando uma dupla leitura de genes. • Translocação ➔ quando ocorre a troca de pedaços entre cromossomos não homólogos, provocando erros na leitura. • Inversão ➔ quando ocorre a quebra de um pedaço do cromossomo que se solda invertido, provocando erros na leitura dos genes. Mutações gênicas As mutações gênicas são responsáveis por alterações nos genes e consequentemente nas proteínas, determinando, muitas vezes, a formação de novas proteínas ou alterando a ação de enzimas importantes no metabolismo. Alteram uma ou mais bases do DNA, o que afetará a leitura durante a replicação ou durante a transcrição. Podem ser transmitidas hereditariamente quando ocorrem nas células germinativas. Quando ocorrem em células somáticas podem provocar a formação de tumores. • Substituição: ocorre a troca de um ou mais pares de bases. • Substituição ou mutação pontual • Transição: – Purina-purina (A ou G) – Pirimidina-pirimidina (C ou T) • Transversão: – Purina-pirimidina – Pirimidina-purina • Adição ➔ acontece quando uma ou mais bases são adicionadas ao DNA, modificando a ordem de leitura da molécula durante a replicação ou a transcrição. • Deleção ➔ acontece quando uma ou mais bases são retiradas do DNA, modificando a ordem da leitura, durante a replicação ou a transcrição. Consequências na síntese proteica • Mutação silenciosa: A substituição de um determinado nucleotídeo do DNA não provoca alterações nos aminoácidos sintetizados. • Mutação com alteração ou perda de sentido: A troca nucleotídica provoca uma alteração no aminoácido sintetizado, que é substituído por outro na proteína. • Mutação sem sentido: A alteração de um nucleotídeo promove o surgimento precoce de um códon de terminação.
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