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PRINCÍPIOS BÁSICOS Módulo 1Módulo 1 PRINCÍPIOS BÁSICOS DE HIDRÁULICA FLUIDO FLUIDO: Qualquer substância não sólida, capaz de escoar e assumir a forma do recipiente que o contém. líquidos gasosos Uma substância que se deforma continuamente quando sub- metida a uma tensão de cisalhamento. PESO ESPECÍFICO; MASSA ESPECÍFICA; DENSIDADE - Peso específico γγγγ = P peso da substância γγγγ = P V Unidades usuais: kgf/m3; kgf/dm3; N/m3 (SI); lbf/ft3; ... volume Peso específico Massa específica de um fluído é sua massa dividida pelo Volume. ρ=massa/volume Unidade kg/m3,g/cm3 ρρρρ massa específica γγγγ ρρρρ= aceleração da gravidade (9,81 m/s2) Peso específico γγγγ gx -Densidade:É a relação entre o peso específico de um fluido e o peso específico da água. d = fluido γγγγ γγγγd = fluido padrãoγγγγ A densidade é um índice adimensional VISCOSIDADE Propriedade física que exprime sua resistência ao cisalhamento interno. Importante influência no fenômeno do escoamento, no que diz respeito as perdas de pressão dos fluidos; Depende da temperatura e da natureza do fluido; Depende da temperatura e da natureza do fluido; A temperatura tem grande influência na viscosidade. Aumentando a temperatura a viscosidade Diminui para líquidos Aumenta para gases LEI DE NEWTON *A tensão de cisalhamento é proporcional ao gradiente de velocidade. *A viscosidade é a propriedade de um fluido responsável Pela resistência ao cisalhamento. ττττ µµµµ= dvdy gradiente develocidadeττττ dy Tensão de cisalhamento coeficiente de proporcionalidade Fluidos Newtonianos - obedecem esta lei. Fluidos não Newtonianos - não obedecem esta lei. LEI DE NEWTON A tensão de cisalhamento é proporcional ao gradiente de velocidade. ττττ = µ.du/dy VISCOSIDADE DINÂMICA OU ABSOLUTA Exprime a medida das forças internas de atrito do fluido e é justamente o coeficiente de proporcionalidade entre a tensão de cisalhamento e o gradiente de velocidade da Lei de Newton. µµµµµµµµIndicamos pela letra grega “ mü ” Unidades usuais: poise=1 d.s/cm2, centipoise = poise/100 No sistema inglês lbf. s/ pol2, que chama-se “reyn”. VISCOSIDADE CINEMÁTICA υυυυ µµµµ ρρρρ= ρρρρ υυυυµµµµ viscosidade cinemática (nü) viscosidade dinâmica massa específica Unidades usuais: Stoke vale 1 cm2/s, temos também o centistoke que é igual a Stoke/100. PRESSÃO P = F pressão força P = A área Unidades usuais: kgf/cm2; kgf/m2; bar; psi; Pa; atm; mca; mmHg; ... LEI DE PASCAL A pressão aplicada sobre um fluido contido em um recipiente fechado age igualmente em todas as direções do fluido e perpendicularmente às paredes do mesmo. p TEOREMA DE STEVIN A diferença de pressão entre dois pontos de um fluido em equilíbrio é igual ao produto do peso específico do fluido pela diferença de cota entre os dois pontos. pB - pA = γγγγ x hpB - pA = γγγγ x h patm pA = patm +γγγγ x h TEOREMA DE STEVIN Importante: pA = pB pC = pD pA - pC = pB - pD = γγγγ x h ♦♦♦♦ ♦♦♦♦ ♦♦♦♦ A pressão de dois pontos na mesma cota é a mesma, não importa a distância entre eles; A pressão entre pontos na mesma cota é a mesma; A pressão independe do formato, do volume ou da área da base do reservatório. pA - pC = pB - pD = γγγγ x h♦♦♦♦ Influência do peso específico ESCALAS DE PRESSÃO Pressão absoluta - Pabs medida em relação ao vácuo total Pressão exercida pelo peso da atmosfera.Pressão atmosférica - Patm Pressão manométrica - Pman medida, adotando-se como referência a pressão atmosférica. PRESSÃO ATMOSFÉRICA varia com a altitude Patm = 1,033 kgf/cm2 = 760 mmHg = 1,033 x 105 N/m2 = 2,1116 x 103lb/pé2 = 29,92 polegadas de Hg. varia com as condições meteorológicas. RELAÇÃO ENTRE PRESSÕES Pabs = Patm + Pman 2,1116 x 10 lb/pé = 29,92 polegadas de Hg. Escalas de referência para medida de pressão ESCOAMENTO Regime permanente As condições do fluido, como temperatura, peso específico, velocidade, pressão, etc, são invariáveis com o tempo. Regime laminar Regime turbulento NÚMERO DE REYNOLDS Osborne Reynolds, em 1883, realizou experiências para identificar o tipo de regime. água líquido colorido tubo transparente Filete líquido colorido válvula NÚMERO DE REYNOLDS Re = v x D υυυυυυυυ Re v D υυυυ número de Reynolds (adimensional) velocidade de escoamento do fluido diâmetro interno da tubulação viscosidade cinemática do fluido NÚMERO DE REYNOLDS Limites do número de Reynolds para tubos Re ≤≤≤≤ 2000 2000 < Re ≤≤≤≤ 4000 Re > 4000 escoamento laminar escoamento transitório escoamento turbulento VAZÃO E VELOCIDADE Vazão volumétrica Q = VQ = V t Unidades usuais:m3/h; l/s; m3/s; gpm VAZÃO E VELOCIDADE Vazão mássica Qm = mQm = m t Unidades usuais: kg/h; kg/s; t/h; lb/h. VAZÃO E VELOCIDADE Vazão em peso Qp = GQp = G t Unidades usuais: kgf/h; kgf/s; tf/h; lbf/h. RELAÇÃO ENTRE VAZÕES Q = Qmρρρρ = Qp γγγγQ = Qm ρρρρ Em nossos estudos, daremos ênfase à vazão volumétrica, a qual designaremos apenas por vazão (Q). = Qp γγγγ VELOCIDADE Relação entre vazão, velocidade, e área da seção transversal de uma tubulação. Q velocidade diâmetro áreadiâmetro área Q = v x A v = QA A = pipipipi xD 2 4 EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE A1 A2 v v2 v1 Qm1 = Qm2 Q1 = Q2 Q1 = v1 x A1 = Q2 = v2 x A2 P/ Fluidos Incompressí veis DEDUÇÃO DA EQUAÇÃO DE BERNOULLI: ++−++= s s se e eVC zg VhzgVhmW . 2 (). 2 . 22 22 Para um processo reversível: T.ds=du+p.dv dh=du+d(p.v)=du+p.dv+v.dp T.ds=dh-pdv-v.dp+p.dv T.ds=dh-v.dp Da primeira lei para volume de controle: Para trabalho nulo: Wvc=0 1 dudwdq =− 2 ∫=∆ dpvh . 0.. 22 . 22 =−+−+− se se se zgzg VVhh T.ds=dh-v.dp dh=T.dS+v.dp Para um processo adiabático: T.ds=0, logo: dh=v.dp, ou: Combinando 3com 4, temos: 0)..( 2 )()( 22 =−+ − + − zegzsgVeVspeps ρ 3 4 EQUAÇÃO DE BERNOULLI: ctezgVp =++ . 2 2 ρ Energia por unidade de massa (m2/s2): 2ρ Restrições: 1.Escoamento permanente; 2.Sem atrito 3.Escoamento ao longo de uma linha de corrente 4.Fluido incompressível TEOREMA DE BERNOUILLI -líquidos perfeitos p v 2 p v 2 Energia por unidade de peso (m) Z1 p1 γγγγ v1 2 2g++ Z2 p2 γγγγ v2 2 2g++= ENERGIA - Princípio da conservação de energia A energia não pode ser criada , nem destruída, mas apenas transformada. A energia total é constante. Apresenta-se de diversas formas, mas estudaremos somenteApresenta-se de diversas formas, mas estudaremos somente as de nosso interesse. Energia potencial, de posição ou geométrica (Hgeo) de pressão (Hpr) cinética ou de velocidade (Hv) ENERGIA -energia potencial, de posição ou geométrica (Hgeo) HgeoHgeo ENERGIA -energia de pressão (Hpr) Hpr = p γγγγ Hpr Hpr ENERGIA -energia de velocidade (Hv) Hv = v 2 2g Hv Hv TEOREMA DE BERNOUILLI p v1 2 2g p2 γγγγ v2 2 2g plano de carga total -líquidos perfeitos v1 v2 Z1 p1 γγγγ Z2 γγγγ plano de referência c a r g a t o t a l TEOREMA DE BERNOUILLI p v1 2 2g p2 γγγγ v2 2 2g plano de carga total -líquidos reais Hp v1 v2 Z1 p1 γγγγ Z2 γγγγ plano de referência c a r g a t o t a l TEOREMA DE BERNOUILLI -líquidos reais Energia por unidade de peso(m) p v 2 p v 2Z1 p1 v12 2g++ Z2 p2 γγγγ v2 2 2g++=γγγγ + Hp PERDAS DE CARGA EM TUBULAÇÕES Perda de carga Atrito entre as partículas fluídas com as paredes do tubo Atrito do fluido com o próprio fluido. Perda de energia ou perda de pressão PERDAS DE CARGA EM TUBULAÇÕES - Tipos de perda de carga Distribuída L P PP1 P2P1 > P2 Perda de Carga: • Distribuídas - Fórmula de Darcy-WeisbacK: ..)( 2VLfasdistribuidh = ctezgVp =++ . 2 g V D LfasdistribuídH p .2 ..)( 2 = 2 ..)( V D Lfasdistribuidhp = g h H pp = ctezgVp =++ . 2ρ DARCY-WEISBACK FÓRMULAS DE PERDAS DE CARGA - Distribuída =Hp Lf X v 2 X coeficiente de atrito =Hp f X D X 2g - Reynolds (Re) - rugosidade relativa (k/D) rugosidade da parede do tubo (m) diâmetro do tubo (m) MATERIAL Aço galvanizado 0,00015 - 0,00020 0,0046 0,0060 0,0005 - 0,0012 0,0024 lisos --------- 0,0010 - 0,0030 0,0004 0,00004 - 0,00006 lisos 0,000013 Aço rebitado Aço revestido Aço soldado Chumbo Cimento amianto k (m) - TUBOS NOVOS k (m) - TUBOS VELHOS Rugosidade das paredes dos tubos --------- --------- --------- lisos 0,0024 0,0030 - 0,0050 --------- 0,0030 lisos lisos 0,000013 lisos 0,0003 - 0,0010 0,0010 - 0,0020 0,00004 - 0,00006 0,00025 - 0,00050 0,0002 - 0,0010 0,0006 lisos lisos Cimento amianto Cobre ou latão Concreto bem acabado Concreto ordinário Ferro forjado Ferro fundido Madeira com aduelas Manilhas cerâmicas Vidro Plástico DIAGRAMA DE MOODY - ROUSE DIAGRAMA DE MOODY - ROUSE Ex. de determinação do coeficiente de atrito “ f ”, por Moody: Fluido Material da tubulação Diâmetro Vazão Água a 200C; Ferro fundido novo; 200 mm; 0,0616m3/s;Vazão Viscosidade cinemática 0,0616m3/s; 0,000001 m2/s. 1- Determina-se a velocidade média do escoamento : v(m/s) Q= v Ax Q= v x pipipipi xD24 v = 4 x 0,0616 pipipipi x 0,22 v = 1,961m/s DIAGRAMA DE MOODY - ROUSE 2- Determina-se o número de Reynolds: Re Re = v x Dυυυυ Re = 1,961 x 0,2 0,000001 Re = 3,92 . 10 5 Re = 392200 escoamento turbulentoRe = 392200 escoamento turbulento 3- Determina-se a rugosidade relativa: k/D - para ferro fundido novo, podemos adotar: k = 0,00025 m. k D = 0,00025 0,2 0,00125 DIAGRAMA DE MOODY - ROUSE 0,021 PERDAS DE CARGA EM TUBULAÇÕES - Tipos de perda de carga Localizada P1 P1 > P2 P2 Perda de Carga: • Localizadas - Método Direto: g VKslocalizadaH p .2 .)( 2 = LfK .= - Método do Comprimento Equivalente D fK .= g V D LfslocalizadaH eqp .2 ..)( 2 = Perda de Carga: • Localizadas -Curvas;-Curvas; - Joelhos; - Válvulas; - Entradas; - Reduções Perda de Carga: Perda de Carga: Perda de Carga: Perda de Carga: Perda de Carga: Perda de Carga: Perda de Carga: PERDAS DE CARGA EM TUBULAÇÕES - Tipos de perda de carga Total P1 P2 P3
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