Buscar

RESUMO TEORIA DO PROCESSO - PARTE 2- PROF ROBERTO - UNDB - 2015-1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RESUMO TEORIA DO PROCESSO 2015-1 PARTE 2
MÓDULO V - JURISDIÇÃO
5.1 Conceito de Jurisdição
Função atribuída á um terceiro imparcial de realizar um direito de forma imparcial e criativa, reconhecendo, efetivando e protegendo situações jurídicas concretamente deduzidas em decisão insuscetível de controle externo.
5.2 Características da jurisdição
5.2.1 Substitutividade
Ex. de heterocomposição.
Terceiro estranho as partes (juiz) recebe a função de decidir de forma imparcial.
5.2.2 Imperatividade
Capacidade que o órgão jurisdicional tem de efetivar suas decisões e seus comandos. 
O poder estatal se afirma através da jurisdição.
- Essa é a qualidade jurisdicional que nos faz confiar nele.
Dentro da imperatividade existem outras duas características, são elas:
Sujeição: Quando as partes procuram o órgão jurisdicional elas estão se sujeitando a decisão que emanar dela.
Inevitabilidade: Após a parte ter se sujeitado a jurisdição inevitavelmente o órgão jurisdicional irá dar continuidade. Cooperando, intimar quando necessário. Se uma parte abandona o processo é arquivado sem resolução de mérito. Se ajuíza por 3 vezes o processo e abandona a causa vai ocorrer a perempção que é um pressuposto negativo e impede que seja ajuizada novamente a causa.
5.2.3 Criatividade
O juiz vai interpretar (fixar alcance e significado) e aplicar, adequar nas circunstâncias do caso concreto aqueles princípios em abstrato.
Os exemplos mais claros e evidentes da criatividade jurisdicional são as clausulas gerais processuais (normas jurídicas que possuem textos abertos) e os hard cases (casos para os quais o ordenamento jurídico não possui uma decisão expressa, clara, imediata, explícita e que necessitam de criatividade para resolver o caso).
5.2.4 Tutela de direitos
É um método de tutela de direitos por meio do processo.
Se dá por meio:
Reconhecimento: é a parte que o juiz vai dizer se o sujeito tem ou não direito, que é a fase de conhecimento.
Efetivação: o direito sendo reconhecido, o Estado vai efetivar sua decisão por meio da execução.
Proteção: através da medida cautelar vai ser resguardado aquele direito, bem jurídico, protegendo o patrimônio.
5.2.5 Caso concreto
Jurisdição sempre atua no caso concreto, ela só regulamenta situações jurídicas concretamente deduzidas em juízo.
Exemplo: Lá no Poder legislativo ele elabora um texto legal que seja capaz de englobar o maior numero possível de situações, e essas situações são em abstrato. O juiz vai pegar essa norma em abstrato e individualizá-lo.
Diferentemente da atividade legislativa o juiz sempre vai atuar em um caso concreto.
A atuação do órgão jurisdicional pode ser:
Tópica: parte do caso concreto e da uma decisão pra ele que vai servir para decisões que sejam iguais a essa anterior.
Problemática: 
5.2.6 Insuscetibilidade de controle externo
Função jurisdicional não é controlada por nenhuma outra função estatal, nenhum outro poder da república pode interferir nas decisões judiciais
O poder judiciário pode interferir na atuação tanto no poder executivo como no poder legislativo (ações diretas de inconstitucionalidade ADI)
5.2.7 Definitividade
É a única função estatal que pode a partir das suas decisões de formar coisa julgada (uma decisão do poder judiciário que estabiliza em definitivo uma determinada situação jurídica).
5.3 ESCOPOS DA JURISDIÇÃO
São os objetivos, a finalidade, o intento da atividade Jurisdicional.
Aspectos sociais: Pacificar a sociedade, resolver os seus conflitos, educar a sociedade. (Resumindo: pacificar e educar)
Aspectos jurídicos: Forma de concretização do direito material
Aspectos Políticos: 
Afirmação do poder estatal através da imperatividade, que é a capacidade que o órgão jurídico tem de impor e efetivar suas decisões.
A jurisdição também serve para definir o futuro da nossa sociedade, os caminhos da sociedade. O ativismo judicial ocorre quando a jurisdição vai alem da função de julgar e acaba regulamentando situações para alem do que deveria. (indica-se o livro Ativismo Judicial de Elival Ramos).
Através das tutelas coletivas o judiciário também atua no aspecto político.
5.4 PRINCIPIOS DA JURISDIÇÃO
A jurisdição é uma forma de poder estatal que é una e indivisível, o nosso estado só exerce uma jurisdição.
5.4.1 Principio da territorialidade
A jurisdição necessariamente se exerce sobre um território, no caso o território brasileiro. Que será exercida pelo juiz. Cada um dos juízes que exercem sua função no território brasileiro terá uma medida da jurisdição. Pela lei cada juiz tem competência para processar e julgar determinado tipo de causa.
Decisões emanadas por um juiz no Maranhão é capaz de produzir efeito em todo o Brasil.
Quando se faz necessário a colaboração de um juiz de outra localidade, outra circunscrição para intimar uma testemunha faz-se uma carta precatória, que é uma forma de cooperação que serve tanto para colher uma prova quanto para dar cumprimento a uma decisão judicial e o juiz não pode se recusar de cooperar, não é opção dele. Através da carta precatória um juiz solicita a outro de mesma hierarquia a pratica de atos processuais que não sejam decisórios.
Em caso de solicitação de cooperação de autoridade estrangeira se pede a carta rogatória para que uma decisão proferida por um tribunal estrangeiro seja concretizada, para que a decisão seja validada no Brasil, é necessária que essa decisão seja homologada no STJ, onde ele vai analisar se ela esta em conformidade com nosso ordenamento jurídico.
5.4.2 PRINCIPIO DA INDELEGABILIDADE
O exercício da função jurisdicional não pode ser delegada. Não é possível a delegação da pratica de atos decisórios a qualquer outro órgão. Somente os juízes que podem exercer a função jurisdicional e uma vez recebendo essa função ele não poderá delegar a ninguém a pratica de atos decisórios. O que podem ser delegados são atos de instrução e atos da administração do processo. 
Por meio da carta de órdem uma autoridade judiciária superior delega a prática de um determinado ato judicial a uma autoridade inferior. Porem essa carta não autoriza a outra autoridade de praticar atos processuais decisórios, somente atos de instrução. 
Em nenhuma hipótese delega-se a pratica de atos decisórios
Atipicamente o senado poderá exercer função jurisdicional, como é no caso de julgamento de presidente da republica em caso de crime de responsabilidade.
Somente os atos de administração do processo podem ser delegados ao pessoal da secretaria, aos serventuários e nunca atos decisórios ou atos de instrução.
5.4.3 PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO Previsto no Art. 5º, XXXV da CF e Art. 3º do Novo CPC
Garantia fundamental de acesso à justiça e ao direito de ação. 
Observe-se que não é só o poder judiciário que exerce a jurisdição, tendo em vista que o poder legislativo também exerce essa função como visto no tópico anterior que é exercida atipicamente pelo poder legislativo ao julgar o presidente no caso de crime de responsabilidade.
A própria CF deixa claro que lesão ou ameaça de lesão não deixarão de ser analisadas pelo poder judiciário, seja de uma violação a um direito ou a uma potencial ameaça de lesão a um direito.
A grande controvérsia acerca da inafastabilidade da jurisdição é a necessidade de esgotamento das vias administrativas. Pois existem algumas hipóteses em que o legislador condiciona o acesso ao judiciário ao esgotamento das vias administrativas, a exemplo da previdência nos pedidos de aposentadoria, se o sujeito tiver seu pedido negado é que poderá pedir judicialmente; os casos que envolvam o tema esporte devem ser primeiramente levados a justiça desportiva e posteriormente ao poder judiciário; mandado de segurança: é necessário primeiro entrar com o pedido administrativo pra depois entrar com o mandado de segurança; ex.: seguro DPVAT.
A dúvida é se essa necessidade de esgotamento das vias administrativas é ou não inconstitucional, se ela viola o direito de ação, se ela viola o direito a justiça. A questão é que sendo razoável, é necessárioprimeiramente pedir amigavelmente e somente se for rejeitado é que se irá movimentar o aparato judicial.
5.4.4 PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL PREVISTO NO ART 5º, XXXVII E LIII, CF
Não haverá juízo ou tribunal de exceção, “Ninguém será sentenciado ou processado que não seja pelo juiz competente”.
Juiz natural é o juiz devido, é o juiz competente, aquele que possui competência para julgar determinada causa que é escolhido de acordo com regras objetivas, impessoais e pré-estabelecidas. 
Proíbe o Juízo Post facto, que é um juízo constituído depois do acontecimento para julgar determinada causa.
Proíbe o Juízo ad persona, que é o juízo que foi constituído especificamente para julgar aquela causa, A exemplo do tribunal de lindenberg que foi criado depois da guerra para julgar crimes cometidos durante a guerra.
Proíbe tanto o poder de comissão quanto o poder de avocação;
Comissão: criar um tribunal para julgar casos específicos, tribunal extraordinário;
Avocação: modificação posterior de competência. Ocorre quando um órgão superior chama pra si o julgamento de determinada demanda.
5.4.5 PRINCIPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO
É possível entender que no nosso ordenamento jurídico, o legislador fez opção pela recorribilidade das decisões, haja vista que se estou insatisfeito com a decisão emanada pelo juiz, é possível recorrer a outro grau de jurisdição, que serve para controlar a própria jurisdição, ela mesma se fiscaliza por meio das instancias superiores, controlando a atividade jurisdicional, já que ela é insuscetível de controle externo.
É através dos órgãos colegiados que se uniformiza o entendimento e as decisões, eles uniformização as decisões que deveram ser seguidas pelos órgãos inferiores.
5.5 EQUIVALENTES JURISDICIONAIS
São formas não jurisdicionais de solução de conflitos, são chamadas de equivalentes exatamente porque não são jurisdição, são elas:
Autotutela: solução de conflitos por meio da força;
Autocomposição: quando as partes chegam a um acordo sem necessidade de terceiros;
Mediação: as partes chegam a um acordo por meio de um mediador que trabalha para solucionar conflitos.
Tribunais administrativos: existem tanto na esfera publica (ex. tribunal marítimo, tribunal de contas, que resolvem questões que envolvam contas dos gestores públicos), quanto na esfera privada ex.: justiça desportiva. Por ser administrativa não possui natureza jurisdicional. São procurados para resolver problemas que envolvam conhecimentos específicos, é suscetível de controle da jurisdição. As decisões emanadas por esses tribunais servem para fundamentar as decisões jurisdicionais.
Arbitragem: as partes escolhem um terceiro imparcial que vai solucionar o conflito. Da arbitragem resulta um titulo executivo judicial, e caso a parte não cumpra com o acordo, aquele titulo poderá ser executado. Procura-se a justiça apenas para executar e não mais para analisar se há mérito ou não.
Arbitragem é uma forma de heterocomposição, caracterizada pela Substitutividade;
Definitividade, pois a decisão emanada gera uma decisão definitiva; que não pode ser recorrida;
A decisão do juiz arbitral gera um titulo executivo judicial;
Insuscetível de controle externo, pois não se pode ter seu mérito modificado em juízo, só e suscetível de controle quando se busca a sua anulação.
Recorrer a arbitragem seria renunciar a jurisdição;
Para exercer a jurisdição é preciso estar regularmente vestido de um cargo de juiz (principio do juiz natural). Diferentemente do arbitro que não é necessário nem possuir curso superior.
A arbitragem só serve para a tutela de direitos disponíveis. Se fosse jurisdição, poderia resolver tudo.
A jurisdição possui a característica da imperatividade, que é o poder que ela tem de impor e fazer valer suas decisões, coisa que a arbitragem não faz.
A decisão emanada de juiz arbitral pode ser anulada judicialmente.
Por esses motivos uma boa parte da doutrina diz que a arbitragem a exemplo de Didier Jr. é jurisdição, mas a maioria não considera 
5.6 ESPECIES DE JURISDIÇÃO
Critérios para se classificar a jurisdição:
1º CRITÉRIO: Forma como o Juiz se comporta em juízo
Jurisdição contenciosa: o conflito deverá ser decidido pelo juiz, o juiz atua solucionando o conflito que lhe é apresentado 
Jurisdição Voluntaria: é uma atividade estatal de integração (o estado promove a integração da vontade das partes para que uma determinada situação produza efeitos jurídicos) e fiscalização (porque o estado vai fiscalizar o preenchimento dos requisitos legais). 
Inquisitoriedade: pois o próprio juiz pode dar inicio ao procedimento ex: abertura de testamento onde o juiz pode determinar de oficio;
Equidade: a decisão pode ser fundada em equidade, onde o juiz pode fugir um pouco da legalidade para decidir de forma mais justa.
2º CRITÉRIO: Segundo a Matéria
Jurisdição Civil: tudo aquilo que não é resolvido de acordo com o direito penal. Ex direito tributário, família, civil, constitucional, previdenciário, etc.
Jurisdição Penal: Assuntos que são decididas a partir de preceitos do Direito Penal, que envolvem a pretensão punitiva do Estado.
3º CRITÉRIO: Segundo a justiça competente
Jurisdição comum: Tudo aquilo que não é cuidado pela justiça especial
Jurisdição especial: Os tribunais que são especializados em alguma matéria são eles, a justiça Militar, eleitoral e trabalho. 
4º CRITÉRIO: Segundo a posição do órgão julgador
Jurisdição inferior: onde atua o juiz de 1º grau ou juiz singular;
Jurisdição Superior: órgãos colegiados sejam em grau recursal ou originariamente. Jurisdição superior nem sempre é composta por desembargadores, pois pode haver juízes que em órgão colegiado julguem recursos, ex: a turma recursal dos juizados que é composta por juízes.
5º CRITÉRIO: Segundo as fontes formais utilizadas:
Jurisdição de Direito: O juiz tem que julgar de acordo com a legalidade, de acordo com as leis.
Jurisdição de Equidade: O juiz pode decidir de acordo com equidade, de acordo com o que ele achar oportuno, justo.
5.7 LIMITES INTERNACIONAIS DE JURISDIÇÃO
Serve para dizer que tipo de demanda que o Estado brasileiro julga exclusivamente e demandas que só podem ser julgadas por outros Estados Democráticos de Direito.
5.7.1 Competência exclusiva dos juízes brasileiros Art. 89 CPC
Uma demanda que deve ser julgada exclusivamente no Brasil, se for julgado por um juiz estrangeiro não será homologado pelos juízes (STJ) no Brasil, vai ser negado à homologação. Imóveis localizados no Brasil, não importando se o proprietário é brasileiro ou estrangeiro, só será julgado pela justiça brasileira por motivos de soberania. Inventário e herança de bens situados no Brasil, mesmo que de proprietário estrangeiro também será julgado exclusivamente por juízes brasileiros.
5.7.2 Competência concorrente entre juízes brasileiros e estrangeiros Art. 88 do CPC
Tanto os juízes brasileiros, quanto os estrangeiros pode conhecer dessas demandas. As decisões decididas no estrangeiro podem fazer efeito no Brasil, mas precisam necessariamente passar por homologação do (STJ). Pode ser nas hipóteses em que o réu qualquer que seja sua nacionalidade estiver residindo no Brasil, ou quando a obrigação tiver de ser cumprida no Brasil.
Juiz brasileiro pode julgar de acordo com o direito estrangeiro.
Art. 90 do CPC Não induz litispendência processo duplicado no Brasil e no exterior ao mesmo tempo. Pois o legislador prefere que o juiz brasileiro julgue as causas.
6.0 COMPETÊNCIA
6.1 CONCEITO
É o critério de distribuição de competência entre os vários órgãos do Poder Judiciário, das atividades relativas ao desempenho da jurisdição, ou seja, competência nada mais é que a medida da jurisdição. Todo juiz tem jurisdição, entretanto, só pode exercê-la em determinadas matérias e em determinados espaços, segundo a sua competência. É a medida da jurisdição.
6.2 Distribuição
A distribuição de competência faz-se por meio de normas constitucionais, de leis processuais e de organização judiciária, além da distribuição da competência nos tribunais, feitapelos seus regimentos internos. Nossa Constituição já distribui a competência em todo o poder Judiciário Federal (STJ, STF e Justiças Federais; Justiça Militar, Eleitoral, Trabalhista e Federal Comum). A competência da Justiça Estadual é, portanto, residual.
6.3 PANORAMA
6.4 CRITERIOS DE FIXAÇÃO DE COMPETÊNCIA
Regras Absolutas de competência: matéria funcional e hierárquica
Regras Relativas de competência: territorial e valor da causa, pode ser protocolizada no próprio domicilio do réu.
a) Critérios Objetivos
Pessoal:
Material: 
Valor da causa: como regra esse valor corresponde ao proveito econômico daquela demanda. Se uma causa não tem beneficio patrimonial, a parte coloca um valor qualquer para que a causa siga a diante. Existem órgãos da jurisdição que são competentes para julgar causas que são de pequeno valor. Ex: juizados especiais, juizados especiais federais e juizados especiais da fazenda pública. Obs: Se um pedido ultrapassar o valor do teto do juizado, é obrigatório que se entre com a ação na vara competente, pois acima desse teto as varas são absolutamente incompetentes para conhecer das demandas. Se o valor for abaixo do valor do teto do juizado, a exemplo dos juizados da justiça estaduais eles são relativamente competentes, é possível entrar tanto no juizado quanto nas varas; no caso dos juizados especiais federais e nos juizados especiais da fazenda pública eles são absolutamente competentes, é obrigatório que se ingresse nos juizados.
b) critério da competência territorial: é fixada levando-se em conta os aspectos geográficos da demanda, esta prevista nos Arts. 94 a 101 do CPC (professor indicou ler todos os artigos)
ex. ações que versam sobre direito pessoais ou direitos reais mobiliários, direitos que recaiam sobre bens moveis, como regra o código diz que essas ações devem ser ajuizadas no domicilio do réu. 
Ex. inventario a ação vai ser ajuizada no domicilio do autor da herança.
c) critério da competência funcional: ela aparece quando a necessidade de distribuir a competência entre vários órgãos jurisdicionais para pratica de atos processuais no mesmo processo.
INCOMPETÊNCIA
Tem-se incompetência, quando são inobservadas as regras de distribuição de competência.
Podem ser:
Absoluta: quando a inobservância aos critérios absolutos (que decorre do interesse publico) de fixação de competência. Pode ser reconhecida a qualquer tempo inclusive de oficio (quando o próprio juiz se declara incompetente) ou ainda suscitada pelas partes ou ainda pelo ministério publico. Reconhecida a incompetência absoluta, anulam-se apenas os atos decisórios e redistribui pro juízo competente. Não se exige forma especial para suscitar a incompetência absoluta, pode ser feita oralmente, por meio de simples petição pode ser feita a qualquer momento e as partes não podem negociar essa competência. Os critérios absolutos de fixação de competência não podem ser negociados. A parte que não alega no prazo de resposta, ela vai ter que arcar com às custas processuais. As regras de competência absoluta são Competência material, competência funcional e competência pessoal.
Incompetência relativa: decorre da inobservância dos critérios relativos de fixação de competência, que são a territorial e com relação ao valor da causa. Só pode alegar incompetência relativa no prazo de resposta, caso contrario, ocorrerá o fenômeno de prorrogação de competência, que é tornar competente aquele juízo que era relativamente incompetente. Nesse caso de incompetência relativa NÃO se anula os atos decisórios e redistribui. Para se suscitar a incompetência relativa, é necessário se fazer por meio de instrumento próprio que é a Exceção de Incompetência. As partes podem negociar essa regra. 
6.6 CAUSAS DE MODIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA
Ocorre a modificação de competência, quando se amplia a competência de um determinado órgão jurisdicional para eu conheça de uma ação que em regra estaria submetida a outro órgão.
Obs: só é possível modificação de competência, em se tratando de competência relativa.
1º hipótese: Conexão art. 103 do CPC
Teoria materialista faz uma critica ao posicionamento adotado sobre o tema, ela diz que a conexão deve ser aferida a partir da relação jurídica de direito material. 
2º HIPÓTESE: CONTINÊNCIA
3º vontade das partes: podem entrar em acordo e eleger o foro para sua causa, em caso de competência relativa.
4º Prorrogação de competência ou não oposição de exceção de incompetência.
6.7 PREVENÇÃO (aula dia 22/05/2015)
Prevenção é um critério de exclusão de outro juízo competente ou ainda um método para se confirmar a competência de um órgão jurisdicional.
REGRAS DE CRITÉRIO DE PREVENÇÃO
1º regra: Em competências territoriais idênticas, o juízo prevento é aquele que despachou em primeiro lugar. 
2ª regra: Em competências territoriais distintas, o juízo prevento é aquele que primeiro fez a citação.
Novo CPC: No novo CPC o critério da prevenção é aquele que foi distribuído primeiro. Art 59 do novo CPC
6.8 METODOS PARA IDENTIFICAR O JUIZO COMPETENTE
1º Método: Competência internacional, saber se o órgão jurisdicional brasileiro é ou não competente para julgar aquela demanda. Arts. 88 e 89 do CPC
2º método: se é de competência originária de algum tribunal ou de órgão jurisdicional atípico.
3º método: Se afeta a justiça especial (trabalho, Militar ou eleitoral) ou a justiça comum (Federal – art. 109 da CF ou Estadual - residual)
6.9 CONFLITO DE COMPETENCIA
Ocorre quando 2 juízos se reputam competentes ou incompetentes para julgar essa demanda.
Conflito positivo: os dois juízos reputam-se competentes
Conflitos negativos: os dois juízos reputam-se incompetentes
Sempre quem vai dirimir conflito de competência vai ser um tribunal. Entre varas de um mesmo tribunal é resolvida pelo tribunal ao qual as varas estão vinculadas.
Conflito de competência entre tribunais distintos quem resolve é o STJ.
Não existe conflito de competência entre tribunais hierarquicamente superiores e juízos a eles subordinados.
7.0 TEORIA DA AÇÃO
Direito de ação é um direito fundamental de fundo complexo, já que envolve todas as garantias contempladas pelo Devido Processo Legal, que vai desde o direito de provocar até a satisfação do direito que é aquilo que se busca na justiça.
Fase imamentista o processo tinha como principal característica, que não havia separação nem autonomia do direito processual, nessa fase não se tinha o direito de ação
Posteriormente no processualismo o direito processual ganha autonomia, quando surgem as primeiras teorias como um direito autônomo.
Na fase processualista surgem as primeiras teorias do direito de ação como um direito autônomo, pois ele era um direito diferente distinto do direito material.
Nessa fase surgiram varias correntes, sendo que as principais são;
Direito de ação como direito autônomo e Concreto: quer dizer que sua existência fica condicionada a uma prestação jurisdicional. Aqui diz-seque a jurisdição atuou somente se a parte que requereu o direito teve parecer favorável em sua causa. (obs: por isso que a critica a essa teoria diz que se não se teve o direito de ação, pergunta-se o que foi que se fez durante todo aquele processo, se esse acesso não é direito de ação o que seria?)
Direito de ação como direito autônomo e Abstrato: nessa teoria diz-se que mesmo que o órgão jurisdicional não atue, o sujeito tem o direito de ação, mesmo que ele receba o não do juiz ele teve acesso ao direito de ação.
Teoria eclética (adotada pelo Brasil): se reconhece o direito de ação como direito autônomo e abstrato, mas o seu exercício pleno está condicionado ao preenchimento de determinados requisitos, requisitos esses que são as condições da ação.
7.3 ELEMENTOS DA AÇÃO
Partes: os litigantes que são o autor e o réu.
Causa de pedir: conjunto de fatos e fundamentos jurídicos da demanda.
Pedido: é efetivamente a tutela jurisdicional, que envolve tanto a tutela jurisdicional quanto o bem da vida. Pois quando se recorre ao Estado a condenação, que é a tutela jurisdicional e obem da vida é o que se pediu.
7.4 CONDIÇÕES DA AÇÃO Art. 267, VI do CPC
São elas: 
Interesse de agir
Legitimidade das partes
Possibilidade jurídica do pedido
Faltando qualquer uma delas extinguem-se as ações sem resolução de mérito.
Para se retirar a justiça da inércia, é necessário preencher alguns requisitos, e esses requisitos são as condições da ação. 
Mérito é a sentença, e para se fazer jus a esse mérito é necessário se preencher os requisitos da condição da ação.
Não preenchidas as condições da ação, tem-se a chamada carência de ação, onde o juiz irá extinguir o processo sem a resolução de mérito. Se extinta o processo sem resolução de mérito, podem-se re-propor a ação com as condições da ação preenchidas, porem se o juiz der uma solução de mérito, irá gerar a coisa julgada, que irá pacificar aquela situação e não mais será possível re-propor a ação.
Legitimidade das partes ou (legitimatio ad causam): é aquela que esta em uma posição processual coincidente com a situação jurídica legitimadora, caso contrario extingue-se o processo sem resolução de mérito. Se o autor é parte ilegítima, tem-se ilegitimidade ativa. Quando o réu é parte ilegítima do processo, tem-se ilegitimidade passiva.
Legitimados ordinários: quando a parte atua em juízo em nome próprio e defendendo direito próprio.
Legitimados extraordinários: Quando se ingressam em juízo em nome próprio para se defender interesses alheios. Ex.: sindicatos ao entrar para defender direitos de uma categoria. Ela pode ser: 
Concorrente: ocorre quando tanto os legitimados extraordinários quanto os legitimados ordinários podem ingressar em juízo. Ex violação de direito de uma determinada categoria, tanto o sindicato quanto o trabalhador podem entrar.
Subsidiaria: o legitimado extraordinário só poderá ingressar em juízo em caso de omissão do legitimado ordinário. Ex.: no caso em que alguém que seja legitimado ordinário de uma determinada empresa não ingresse em juízo, os legitimados extraordinários podem ingressar de forma subsidiaria. 
Obs não confudir legitimidade extraordinária com representação ou assistência processual e sucessão processual (habilitação de herdeiros no processo).
Interesse de agir: é verificado a partir do binômio: necessidade utilidade, necessidade do pronunciamento judicial, que é a necessidade da tutela jurisdicional para se obter determinada utilidade ou vantagem. O interesse de agir é aferido a partir da analise se aquele pronunciamento judicial é ou não necessário. A adequação é o procedimento buscado e deve ser adequada, a tutela do direito.
Possibilidade jurídica do pedido: pedido juridicamente impossível é aquele que viola qualquer preceito de direito material. Ex.: divida de jogo. A ilicitude de um pedido pode estar tanto na causa de pedir quanto no próprio pedido ex.: cobrar a entrega de drogas que foram pagas e não foram entregues.
Principais polêmicas relacionadas a condição da ação: 
1º: Em caso de carência de ação, tem-se o direito de ação, o que não se tem é o direito a uma tutela de mérito.
2º é o fato de que muitas das vezes as condições da ação se confundem com o mérito da demanda. Ex; faz-se um pedido juridicamente impossível, a solução nesse caso será extinta sem resolução de mérito, o que da direito de se ingressar novamente em juízo, e se ingressar mais uma vez o juiz mais uma vez irá extinguir o processo sem resolução de mérito. O grande problema das condições da ação porque em alguns momentos ela se confunde com o mérito e em outros momentos a condição da ação demanda de uma produção probatória para que ela seja verificada, e nisso aquela ação ainda pode ser re-proposta, por isso surgem inúmeras criticas a condição da ação.
Uma parte da doutrina defende a teoria da asserção, diz que as condições da ação devem ser analisadas no inicio do processo e a partir das alegações do autor, que tem como conseqüência, se preenchidas as condições da ação naquele momento e posteriormente, depois da produção probatória se observa que uma das condições não foram preenchidas, tem-se a extinção da ação sem resolução de mérito.
Uma boa parte da doutrina já defende a abolição das condições da ação e o novo código de processo não fez menção a essa categoria das condições da ação. Art. 485 Novo CPC.
8.0 PROCESSO
Processo como simples procedimento – fase imamentista/praxismo/sincretismo.
Processo como contrato – arbitragem
Processualismo – autonomia cientifica do direito processual
Processo com relação jurídica
Instrumentalismo – Processo como uma entidade complexa porque é a um só tempo procedimento, forma de resolução de conflito e relação jurídica processual
Pressupostos processuais: são elementos que devem estar presentes ou ausentes para que o processo tenha inicio e regular desenvolvimento.
Provocação inicial é o pressuposto de existência que pode ser feito por meio da petição inicial ou de outro instrumento adequado.
Jurisdição: Só existe processo perante um órgão jurisdicional
Citação inicial: é possível que um processo exista sem que haja citação inicial, pois o juiz pode de oficio julgar improcedente uma ação com base na jurisprudência da referida matéria.
Pressupostos de validade:
O 1º pressuposto é a aptidão da provocação inicial, a provocação inicial deve preencher determinados requisitos mínimos para que tenha regular desenvolvimento
Endereçamento da ação ao juízo competente: competência do juízo
Capacidade de ser parte: todos cidadãos titulares de direito possuem
Capacidade de estar em juizo: somente os plenamente capazes podem estar em juizo
Capacidade postulatória: autorização legal para atuar em juizo (advogados, procuradores, etc)
Citação valida art. 213: deve estar revestida de todas as garantias fundamentais para que o processo siga.
Pressupostos processuais negativos:
Litispendencia: é a repetição de uma ação que já esta em curso
Coisa julgada: ação que já teve decisão final, sentença transitada em julgado, pacificada.
Perempção: repetição pela quarta vez de uma ação já abandonada por 3 vezes pelo autor. (perda do direito de ingressar novamente em juízo)
Convenção de arbitragem: quando as partes convencionam que as divergências de um contrato serão resolvidas perante o arbitro, não poderá uma das partes recorrer a jurisdição
Falta de caução exigida por lei: uma garantia dada a um juízo para que a outra parte não sofra prejuízo. Ex.: um processo que o autor tem decisão favorável em primeira decisão, contudo o réu recorre, apela da decisão, assim o autor para tomar posse do bem objeto do litígio antes da decisão, julgamento do recurso, terá que dá uma caução, uma garantia para caso a decisão do recurso não seja favorável a este, a outra parte não seja prejudicada com aquele ato.
9.0 ATOS PROCESSUAIS
Ato esta relacionado com a conduta humana e o fato esta relacionado com o acontecimento que ocorre independentemente da vontade humana.
São todos os atos jurídicos que possuem relevância para o plano do processo.
9.1 Forma dos atos processuais
Em regra não possuem uma forma especifica, podem ser praticados de qualquer forma desde que aptos a produzir resultado. (principio da instrumentalidade das formas).
Devem obrigatoriamente ser realizados em lingua portuguesa.
9.2 Lugar dos atos processuais
Como regra os atos processuais são praticados na sede do juízo onde tramita o processo, mas podem também se concretizar em outras comarcas.
9.3 Tempo dos atos processuais
Como regra podem ser praticados em dias úteis das 6:00 às 20:00. Em casos excepcionais podem ser praticados em horário ou dia diverso daqueles assinalados por lei.
10.0 PRECLUSÃO
Pra que o processo atinja seus objetivos, é necessário limitar os poderes processuais das partes.
A preclusão serve como forma para limitar os poderes processuais das partes.
1º Preclusão temporal: é a perda de um poder processual pela não pratica de um determinado ato no tempo adequado, sob pena de perder o poder processual.
2º Preclusão consumativa: é aquela perda de um poder processual, através da práticado ato que se pretende praticar. Na contestação a defesa precisa apresentar toda a sua defesa em apenas um ato, em apenas uma vez.
3º preclusão lógica: é a perda de um poder processual, a partir da prática de um ato incompatível com o que se pretende praticar.

Outros materiais