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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO - UFOP ESCOLA DE MINAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Adrião Ribeiro Barbosa Júnior- adriao88@hotmail.com Leonardo Jacomele Caldas - leoj.c@hotmail.com Otavio Antonio Medeiros Fernades - otavioamf@hotmail.com PRENDEDOR DE ROUPAS INTELIGENTE OURO PRETO - MG 2014 “Talvez não tenhamos conseguido fazer o melhor. Mas lutamos para que o melhor fosse feito. Não somos o que deveríamos ser, não somos o que iremos ser, mas graças a Deus não somos o que éramos”. Martin Luther King i SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1 2 PRÉ-DESENVOLVIMENTO ......................................................................................... 2 2.1 Planejamento Estratégico do Produto ......................................................................... 2 2.2 Planejamento do Projeto ............................................................................................. 2 2.2.1 Interessados no Projeto ......................................................................................... 2 2.2.2 Escopo do Projeto ................................................................................................. 2 2.3 Escopo do Produto ...................................................................................................... 3 2.4 Viabilidade Técnica e Econômica .............................................................................. 4 2.4.1 Produtos no Mercado ............................................................................................ 4 2.4.2 Análise Competitiva ............................................................................................. 4 2.4.3 Análise de Viabilidade Econômico-Financeira .................................................... 5 2.5 Análises de Patente ..................................................................................................... 6 3 DESENVOLVIMETNTO ................................................................................................ 6 3.1 Projeto Informacional ................................................................................................. 6 3.1.1 Detalhar o Ciclo de Vida do Produto (CVP) ........................................................ 7 3.1.2 Análise do Ciclo de Vida ...................................................................................... 7 3.2 Requisitos ................................................................................................................... 9 3.2.1 Requisitos dos Clientes ......................................................................................... 9 3.2.2 Requisitos do Produto ......................................................................................... 10 3.2.3 Especificações-Meta do Produto ........................................................................ 10 3.3 Projeto Conceitual .................................................................................................... 11 3.3.1 Modelagem Funcional ........................................................................................ 12 3.3.2 Princípios de Solução ......................................................................................... 12 3.3.3 Arquitetura .......................................................................................................... 12 3.3.4 Sistemas, Sub-Sistemas e Componentes ............................................................ 13 3.3.5 Ergonomia e Estética .......................................................................................... 13 3.3.6 Plano Macro do Processo ................................................................................... 13 3.4 Projeto Detalhado ..................................................................................................... 13 3.4.1 Fabricação e Montagem...................................................................................... 14 3.4.2 Escolha de Máquinas .......................................................................................... 14 3.4.3 Montagem do Produto ........................................................................................ 15 3.5 Preparação da Produção ............................................................................................ 15 ii 3.5.1 Projeto da Embalagem ........................................................................................ 16 3.6 Lançamento do Produto ............................................................................................ 16 4 PÓS-DESENVOLVIMENTO ....................................................................................... 17 4.1 Acompanhar Produto e Processo .............................................................................. 17 4.2 Descontinuar Produto ............................................................................................... 17 5 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 18 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 19 1 1 INTRODUÇÃO Atualmente, com mercados cada vez mais dinâmicos e exigentes, tanto no que se refere à qualidade, variedade e inovações em períodos cada vez mais curtos, um Processo de Desenvolvimento de Produtos (PDP) eficaz se torna uma determinante ferramenta de Vantagem Competitiva para uma Organização, além de permitir que tais necessidades de qualidade, variedade, e inovações possam ser atendidas em períodos de tempos curtos e garantindo a eficiência nos processos. Pela importância do PDP, um modelo de referência, que condensa a experiência de muitos desenvolvedores de produtos através de um modelo de gestão, foi escolhido para o Desenvolvimento do Produto, e esse modelo é o do Rozenfeld. Dentre muitas opções e necessidades, o projeto escolhido foi o de um Pregador de Roupas Inovador que tem como força motriz um par de imas com uma estrutura de plástico. O projeto busca atender as pessoas que usam pregador de roupas com grande frequência e possui a dificuldade para a utilização dos mesmos. Para o desenvolvimento do Pregador Inteligente, foi usado o modelo de Rozenfeld(2006) a baixo: Figura 1: Modelo de Desenvolvimento de Produtos proposto por Rozenfeld Fonte: ROZENFELD, H. et al, 2006, p.4 O modelo do Rozenfeld foi escolhido por ser nacionalmente conhecido, além de seu foco estar orientado para bens de consumo duráveis ou bens de capital, o que engloba os objetivos do projeto em questão. Além disso, a abordagem de Stage-Gate também será 2 utilizada do modelo de referencia de forma parcial, através de um caderno onde serão anotados os procedimentos realizados para futura consulta. 2 PRÉ-DESENVOLVIMENTO 2.1 Planejamento Estratégico do Produto O planejamento estratégico do produto é elaborar e desenvolver etapas para o desenvolvimento e realização do projeto do produto. O desenvolvimento do produto é feito pela empresa PrendTec. A empresa atua no mercado com produtos de modelo de utilidade. São produtos que buscam a melhoria funcional de um produto já existente no mercado. A missão da empresa é buscar a melhoria funcional de produtos muito utilizados no dia a dia do cliente. O objetivo final do Planejamento Estratégico de Produtos é obter um plano contendoo portfólio da empresa, e o macroprojeto da empresa a ser desenvolvido neste estudo de caso é no ramo de utilidade domestica. 2.2 Planejamento do Projeto 2.2.1 Interessados no Projeto A decisão dos interessados são: os membros da equipe de desenvolvimento do produto, os fornecedores, os clientes primários, os clientes secundários e a empresa Prend tec. Os Clientes Primários são supermercados, atacadistas, mercados menores, grandes lavanderias e lojas especializadas. Os Clientes Secundários são os usuários do pregador inteligente. 2.2.2 Escopo do Projeto Para determinar qual é o escopo do projeto, existe muito planejamento do escopo. Para isso, a equipe precisa ter uma visão unificada sobre quais são os componentes do projeto, dos seus requisitos, da expectativa dos clientes do projeto, e de onde o projeto se encaixa na necessidade destes clientes. O resultado dos processos de planejamento de escopo é a declaração de escopo. A declaração de escopo diz o que está dentro e o que está fora do projeto, de maneira clara e sem ambiguidades, como segue resumido no quadro 2. 3 Título do Projeto: Pregador de roupas ergonômico e imantado Apelido do Projeto: Prendedor Inteligente Contexto: A fragilidade dos pregadores atuais é causa de grandes aborrecimentos por parte dos usuários. A criação do projeto veio da necessidade de sanar o problema da falta de um produto que fixe as roupas no varal de forma eficaz. A empresa Prend Tec busca desenvolver um produto inovador e de baixo custo. Objetivo: Atender pessoas que lavam roupas com mais frequências. Lista de Produto(s) do Projeto/Metas: O resultado final do projeto é um grampeador de roupas mais eficiente e que deixe a roupa fixa no varal. Ele possui imãs de ferrite internos para a maior fixação das roupas no varal, o pregador também possui uma forma ergonômica para os dedos. Restrições e premissas: A principal limitação do projeto é como será a abertura e fechamento do pregador. Uma vez que a força magnética aplicada é alta e pode necessitar o uso de uma grande força para a abertura do pregador. Metodologia: A metodologia será de acordo com o Modelo de Rozenfeld de desenvolvimento do produto. Prazos Máximos a serem atingidos: O protótipo final do produto deverá ser entregue na data referente a 14/07/2014. Os prazos das sub-etapas do projeto serão definidos nas reuniões semanais. Quadro 2:Checklist do Escopo do Projeto Fonte: Adaptado de ROZENFELD, H. et al, 2006 2.3 Escopo do Produto Houve discussão, com os membros da equipe, sobre um problema que causa o anseio de um novo produto no mercado. Logo após, foi feito um brainstorming com os membros da equipe, e assim, buscou soluções para o problema em questão, escolhendo a ideia que seja mais viável. O principal problema foi à fragilidade dos prendedores de roupas. Essa fragilidade faz com que as roupas se soltem do varal e cai no chão, e assim, é necessária uma nova lavagem. Portanto, é necessária a criação de um prendedor mais resistente e que não se solte com tanta fragilidade. À partir daí, inicia-se Brainstorming com participantes da empresa, onde existiu um “toró de ideias” foram sugeridas durante o encontro, que durou cerca de quarenta minutos. Após refino das ideias e escolha das soluções, temos as três opções que mais representavam as ideias e inovações da empresa PrendeTec. Seguem as 3 propostas de soluções e a escolha: 1. Um prendedor com molas mais resistente, forma ergonômica para os dedos e o material seria de silicone; 2. Um prendedor com ímãs, forma ergonômica para os dedos e o material de silicone; 3. Um prendedor com ímãs, forma ergonômica para os dedos e o material seria de plástico. 4 A solução 3 foi considerada a mais aceitável pois, resolve de forma eficiente o problema em questão e os insumos do produto são de baixo custo. A equipe decidiu que o produto será constituído de dois imãs de ferrite (melhor custo benefício), cada um em um grampo do pregador, um elástico que liga esse dois grampos e os grampos serão de plásticos com uma forma ergonômica para os dedos. 2.4 Viabilidade Técnica e Econômica 2.4.1 Produtos no Mercado A pesquisa realizada no mercado brasileiro pela equipe do projeto encontrou dois produtos com as funções do Pregador Inteligente. São elas: Produto Valor Local de compra Foto Pregador de madeira R$ 0,27 Supermercados, atacadistas e etc Pregador de plástico R$ 0,51 Supermercados, atacadistas e etc Tabela 1-Produtos existentes no mercado Fonte: Elaboração própria 2.4.2 Análise Competitiva Pondo fim ao escopo do projeto foi feita uma análise do produto. As principais questões levantadas são: como seria a inserção do produto no mercado, a viabilidade econômica e técnica do projeto. Isso é feito através de ferramentas que analisam o mercado e a competitividade do produto. Assim, com o intuito de realizar a previsão de vendas em articulação com as condições do mercado e capacidades da empresa em geral, a equipe do projeto desenvolveu uma Matriz SWOT (FOFA), que fornece uma visão das forças, fraquezas, ameaças e oportunidades que a empresa possui no desenvolvimento do projeto. 5 Forças Fraquezas Praticidade Marca desconhecida Resistência - Durabilidade Produto incomum Inovação Oportunidades Ameaças Necessidades não satisfeitas no mercado Concorrencia Preço Quadro 3: Matriz FOFA Fonte: Elaboração própria 2.4.3 Análise de Viabilidade Econômico-Financeira No processo de desenvolvimento do produto é necessário avaliar os custos do produto a fim de estabelecer seu preço final, de forma que os clientes estejam dispostos a pagar. Os custos do produto estão relacionados principalmente com os processos de produção e materiais necessários e ainda, com P&D, transporte, marketing, assistência técnica e outros. Para avaliar a viabilidade técnica e econômica de um novo produto é necessário projetar o processo de produção, considerando os custos com mão-de-obra, energia insumos e outros. O valor de cada material foi determinado com base em buscas na internet e em lojas especializadas. O diagnóstico das matérias-primas necessárias para a produção foi feita através de consulta em sites de empresas especializadas de cada material e a estimativa da mão de obra foi feita através da consulta de artesões que trabalham no ramo. Matéria prima Valor médio (par) Plástico PVC R$ 0,20 Elástico R$ 0,16 Imã de Ferrite R$ 0,46 (o par) Total R$ 0,82 Tabela 2: Custos dos insumos para produção de uma unidade Fonte: Elaboração própria 6 Tabela 3: Investimento 12 meses Fonte: Elaboração própria 2.5 Análises de Patente Consultando os dados disponíveis no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), não foram encontrados produtos similares ao produto desenvolvido pela empresa PrendTec, considerando as funcionalidades magnéticas do prendedor de roupas. Todas as patentes verificadas referem-se ao já conhecido prendedor de roupas. 3 DESENVOLVIMETNTO 3.1 Projeto Informacional De acordo com Rozenfeld (2006), o objetivo da fase de projeto informacional é, a partir das informações levantadas no planejamento e em outras fontes, desenvolver um conjunto de informações, o mais completo possível, chamado de especificações meta do produto. Essas especificações, além de orientar a geração de soluções, fornecem a base sobre a qual serão montados os critérios de avaliação e de tomada de decisão utilizados nas etapas posteriores do processo de desenvolvimento. Deve -se salientar que verificar ou definir o problemade maneira coerente evitará transtornos futuros, ou seja, se o problema não for bem definido se encontrarão soluções para outros problemas e não para aquele que se deseja encontrar conforme planejado. A definição ineficiente do problema resultará em perdas de boa parte dos recursos gastos no projeto até então. 7 3.1.1 Detalhar o Ciclo de Vida do Produto (CVP) O ciclo de vida de um produto visa a olhar além das fronteiras da empresa, não se preocupando, necessariamente, com as competências da empresa avaliada. Os Estágios do Ciclo de Vida do Produto (CVP) segundo a evolução das vendas do produto, Kotler (2006): Figura2: CVP Fonte: Kotler (2006) Kotler (2006), ressalta que nem todos os produtos passam por todos os estágios de ciclo de vida. 3.1.2 Análise do Ciclo de Vida Análise do Ciclo de Vida é um método utilizado para avaliar o impacto ambiental de bens e serviços. A análise do ciclo de vida do produto especificado nesse trabalho é uma avaliação sistemática que quantifica os fluxos de energia e de materiais no ciclo de vida do produto. Permite avaliar os potenciais impactos ambientais associados a um produto/processo ao longo de todo o seu ciclo de vida. O ciclo de vida inclui todos os estados consecutivos e interligados de um produto/processo, desde a extração das matérias-primas ou transformação de recursos materiais, até à deposição final no ambiente. 8 Figura3: Análise do ciclo de vida Fonte: Kotler (2006) Abaixo segue a identificação dos aspectos ambientais de quatro das cinco etapas de processamento do produto e de posterior avaliação dos potenciais impactos ambientais associados a essesa aspectos. Aspecto Impacto 1 - E x tr a çã o - F a b ri ca çã o Consumo de combustível Esgotamento de recursos naturais Consumo de energia elétrica Esgotamento de recursos naturais Consumo de água Esgotamento de recursos naturais Geração de resíduos sólidos/líquidos/gasosos Alteração da qualidade do solo/ corpo d'água/ar Emissão de ruído Incômodo ao bem-estar Abalos sísmicos Impactos nas estruturas físicas ao redor Retirada do capeamento Perda da fauna e flora do ambiente 2 - U si n a g em - M o n ta g em Consumo de energia elétrica Esgotamento de recursos naturais Consumo de água Esgotamento de recursos naturais Geração de resíduos sólidos/líquidos/gasosos Alteração da qualidade do solo/corpo d'água/ar Emissão de ruído Incômodo ao bem-estar 3 - E m b a la g em - E x p ed iç ã o Consumo de combustível Esgotamento de recursos naturais Consumo de energiaelétrica Esgotamento de recursos naturais Consumo de água Esgotamento de recursos naturais Geração de resíduos sólidos/líquidos/gasosos Alteração da qualidade do solo/ corpo d'água/ar Emissão de ruído Incômodo ao bem-estar 5 - R ec ic la g em - D es ca rt e Consumo de combustível Esgotamento de recursos naturais Consumo de energiaelétrica Esgotamento de recursos naturais Consumo de água Esgotamento de recursos naturais Geração de resíduos sólidos/líquidos/gasosos Alteração da qualidade do solo/ corpo d'água/ar Emissão de ruído Incômodo ao bem-estar 9 Tabela 4: Análise do Ciclo de Vida do Produto Fonte: Elaboração própria Após a identificação e a análise detalhada dos dados acima, contribui-se para: 1. A identificação de oportunidades para melhorar aspectos ambientais dos produtos em vários pontos do seu ciclo de vida; 2. A tomada de decisões na indústria, organizações governamentais e não- governamentais; 3. A seleção de indicadores pertinentes de desempenho ambiental, incluindo técnicas de medição; 4. O marketing (por exemplo, uma declaração ambiental, um programa de rotulagem ecológica ou uma declaração ambiental de produto); Análise do ciclo de Vida, de acordo com o crescente avanço tecnológico, se apresenta como uma alternativa abrangente e eficaz para respaldar as tomadas de decisões no ambiente industrial contemporâneo. Além disso, a análise de sua eficiência, promove as ações necessárias para a melhoria da relação indústria-ambiente (sustentabilidade). Porém, uma das grandes limitações da ACV consiste na aquisição de dados, já que a produção de determinado produto envolve a produção de muitos outros. Para facilitar os estudos, utiliza-se bases de dados. Atualmente há grande desenvolvimento na elaboração dessas bases, especialmente em países europeus. No Brasil, a ACV ainda precisa de maior divulgação, e ainda não existe uma base de dados consolidada para a realidade nacional. 3.2 Requisitos 3.2.1 Requisitos dos Clientes O principal objetivo de se estabelecer os Requisitos do Cliente esta no fato do produto se desenvolvido focando no atendimento de suas necessidades, dessa maneira, tende-se a se maximizar o retorno econômico do produto desenvolvimento atendendo objetivamente as necessidades dos clientes. Para tanto, foi realizado um questionário aberto, outro fechado, algumas conversas com potenciais clientes e um brainstorming. Como resultado, foram estabelecidos os seguintes Requisitos dos Clientes, listados abaixo: • Suportar a Roupa no Varal; • Limpeza e Manutenção; • Facilidade do Manuseio da Roupa; • Tempo de vida útil; • Facilidade para Guardar; • Reciclável; 10 • Impacto Ambiental; • Manual de Instruções; • Descrição do Produto; • Design; • Ter preço acessível. 3.2.2 Requisitos do Produto Segundo Rozenfeld, durante o desenvolvimento do projeto do produto, é fundamental que as informações que irão caracterizar o produto estejam e acordo com a linguagem técnica de engenharia (ROZENFELD et al, 2006). Assim sendo, é imprescindível que os requisitos do cliente sejam traduzidos em características táteis, mensuráveis, técnicas e sempre que possível, que elas sejam mensuráveis. De acordo com a natureza do produto, foram estabelecidos os seguintes Requisitos do Produto, bem como suas respectivas unidades de medida, com exceção para o caso de requisitos que tenham caráter subjetivo ou um conjunto amplo de possibilidades. Requisito Unidade de Medida Peso Total Em g. Volume Em cm³ Resistência Térmica Em °C para uma vida útil estimada Carga Máxima Suportada Em kgf Rigidez Em lb/in² Geometria Não Aplicável Tabela 5: Requisitos do Produto Fonte: Elaboração própria 3.2.3 Especificações-Meta do Produto A Rozenfeldet et al (2006) define especificações-meta de um produto como “parâmetros quantitativos e mensuráveis que o produto projetado deverá ter”. Desse modo, as especificações-meta deverão ter valores-meta, os quais estabelecem o desempenho requerido do produto, sendo esse o objetivo principal da fase do Projeto informacional. Para se obter tais valores, seguindo o modelo do Rozenfeld, foi utilizado a QFD, Function Deployment Development, mais conhecido em português como a Casa da Qualidade, que será descrito abaixo: 11 Com base na sequência descrita na Figura 7, observa-se que o desenvolvimento das informações começa em (1) com os Requisitos dos clientes como parâmetro de entrada, aos quais são atribuídos graus de importância para cada requisito, em (2). Em (3) são posicionados os Requisitos do produto já definidos pela equipe. A correlação entre os Requisitos dos clientes e os Requisitos do produto é dada pela Matriz de relacionamento, em (4). Em (5), é identificada a situação atual do produto em relação aos seus concorrentes, com base nos Requisitos dosclientes. O “telhado” da casa é dado em (6) e descreve os efeitos de possíveis interações dos Requisitos do produto com eles mesmos. Por fim, em (7), a quantificação dos requisitos irá determinar as especificações para o produto desenvolvido, ou seja, as especificações-meta. Fonte:Adaptado de Rozenfeldet al (2006) No final desse trabalho, esta casa da qualidade, a última atividade realizada no porjeto Informacional. 3.3 Projeto Conceitual Durante a fase de projeto conceitual, as atividades estão relacionadas com a busca, criação, representação e seleção de soluções para o problema de projeto. Inicialmente, define- se a função global do produto que, em seguida, é desdobrada em várias estruturas de funções do produto até que uma seja selecionada, o que define a modelagem funcional do produto. 12 Cada função é descrita como um conjunto verbo-substantivo, tal como “iniciar comunicação”, “tocar som” ou “interpretar sinal”, por exemplo. Para cada uma das funções são gerados princípios de solução capazes de realizá-las. A combinação destes princípios resulta nas alternativas de solução do produto. Para cada alternativa, é definida uma arquitetura que contém a estrutura do produto, em termos de seus componentes e conexões. Tais arquiteturas são mais bem desenvolvidas dando origem às concepções. Estas passarão por um processo de seleção para apontar aquela que melhor atende as especificações-meta do produto (ROZENFELD et al., 2006). 3.3.1 Modelagem Funcional A modelagem funcional busca definir a função total do produto e desmembrá-la em funções parciais a partir das especificações-meta do Projeto Informacional. Como Função Total do Prendedor de roupas, fica claro que é prender roupas no varal utilizando as mãos. Como função parcial, temos de forma linear: • Estrutura para se pegar o pregador com a mão. • Geometria que possibilite o manuseio do Pregador. • Força Motriz magnética para prender o Pregador no varal. 3.3.2 Princípios de Solução Foi utilizado um brainstorming para propor as soluções para cada função, visto que o produto é de baixa complexidade, não necessitando de Métodos Sistemáticos ou Orientados. Para a primeira Função, foi escolhida a proposta de uma estrutura rígida. Porém ergonômica, que facilite o ato de pegar e abrir o prendedor. Tal geometria deve, simultaneamente, conter nela solução também para a segunda função, possibilitando um manuseio simples e objetivo do prendedor. A força motriz, como já havia sido decidida, será um par de imas protegido pela própria estrutura utilizada para se pegar o pregador, com geometria interna para um encaixe melhor nas roupas. 3.3.3 Arquitetura Na arquitetura, a estrutura segue em proporções praticamente semelhantes às Arquiteturas Modular e Integral, visto que a segunda função e parcialmente a primeira função são resolvidas pelo mesmo princípio de solução (geometria ergonômica). 13 3.3.4 Sistemas, Sub-Sistemas e Componentes Para a estrutura Rígida, foi escolhido o plástico, por ser um material barato e a atividades de processamento sobre ele serem conhecidas. Sua geometria será um paralelepípedo com os vértices arredondados que na parte externa, terá uma forma com encaixe para os dedos. Internamente, haverá uma geometria que facilite o encaixe das roupas. Dentro da estrutura, haverá um imã (o produto consiste num par dessas estruturas), e essas duas estruturas serão presas por um fio elástico. 3.3.5 Ergonomia e Estética A análise Ergonômica e Estética do produto deve se concentrar na interação entre o usuário e o produto. A análise ergonômica possui o enfoque nos dois grampos do pregador. Eles devem possuir um formato adequado para os dedos da mão, assim não provocar um incômodo ou até feridas nos dedos. A estética é essencial para atrair o público, como se trata de um produto novo no mercador, houve a necessidade de utiliza cores chamativas como o vermelho e amarelo. A embalagem é transparente, pois o consumidor se familiariza com o produto de forma mais rápida. 3.3.6 Plano Macro do Processo Para auxílio à tomada de decisões através da análise de aspectos críticos do produto, tais como desempenho, fabricação, montagem, etc., utilizou-se o método Design for X (DFX), dando-se enfoque para o Design para Manufatura e Montagem (DFMA). Foram considerados os seguintes princípios: • Redução do número de componentes; • Seleção de processos compatíveis com o material; • Desenvolvimento de projetos modulares com componentes padronizados; No entanto, houve-se integração dos aspectos ambientais no desenvolvimento do produto, Design para o Meio Ambiente e Reciclagem (DFER), selecionando-se materiais renováveis, redução de embalagem e centralização de fornecedores. 3.4 Projeto Detalhado O projeto detalhado tem como desenvolver e finalizar a todas as especificações do produto para então serem encaminhados à manufatura e a outras fases do desenvolvimento. Conceituamos que a fase de projeto detalhado está integrada com a fase de projeto conceitual 14 e conhecemos os ciclos de detalhamento, aquisição e otimização, agora fica mais fácil entender a visão geral desta fase e a relação de interdependência entre as suas atividades. 3.4.1 Fabricação e Montagem O processo de fabricação do Prendedor Inteligente PrendeTec vai ser baseado em máquinas que trabalham por injeção plástica, onde um molde principal em preenchido por um plástico que possa ser moldado. No nosso caso, o escolhido foi o plástico PVC. 3.4.2 Escolha de Máquinas Existem as máquinas Injetoras de plásticos e também de metais, que é derretido em altas temperaturas e injetado no molde específico. O plástico sofre as mesmas transformações que o metal. O polipropileno (PP) consiste num polímero de fácil moldagem, este material é derretido a uma temperatura aproximada de 200 a 250 graus Celsius, ficando em bombonas ao lado da máquina; o polipropileno é sugado por um aparelho denominado Bomba a vácuo, que o transporta até um grande funil. Neste funil o polipropileno vai sendo derretido de acordo com cada ciclo de injeção. A injeção do plástico envolve um espaço de tempo relativamente muito curto, para evitar o resfriamos inadequados do bico de injeção. O plástico é misturado juntamente com os corantes num campo denominado canhão, sendo misturado formando uma pasta homogênea que tende mais ao estado líquido. Com a ajuda da rosca plastificadora este plástico derretido é empurrado violentamente para dentro do molde, num ciclo determinado de produção. Cada ciclo envolve o fechamento do molde, injeção, recalque, resfriamento da peça já pronta, abertura e extração num intervalo de mais ou menos 20 segundos. A injeção de cada peça varia entre 3 e 5 milésimos de segundo, considerado a operação mais curta dentro do ciclo de injeção. O preço das máquinas varia tanto quanto seu porte. Existem diferentes rendimentos e formas de operação. Em nosso planejamento, as máquinas devem fabricar uma média de 4400 unidades mensalmente. Um ritmo de fabricação pouco estressante para as máquinas, onde diariamente serão apenas 250 unidades. Sendo assim, escolhemos as máquinas de menor porte disponíveis no mercado, investimento inicial de R$120.000,00 e uma taxa de produção que pode chegar a 2.000 unidades diárias. 15 Imagem 1: Injetora Plástica 3.4.3 Montagem do Produto A máquina injetora terá seu molde preparado de forma a receber o ímã de ferrite facilmente, sendo o mesmo inserido na parte interna dos corpos principais. A união desses dois corpos será feira manualmente, onde pedaços de elásticos com tamanho pré definidos e com as pontas já preparados para esseprocesso, serão inseridos em furos planejados e feitos já no molde. 3.5 Preparação da Produção A preparação da produção ou, pré-produção é um processo cuja finalidade é desenvolver um “sistema de produção”, no menor tempo possível para satisfazer as exigências da qualidade do projeto, da produção e do custo. Deve ser aplicada quando houver lançamento de um novo produto, mudanças de projeto de produto ou mudanças na demanda de um projeto já existente. Na nossa empresa, o processo de produção se inicia na recepção das matérias primas, ímãs em unidades, os elásticos em metros, e plástico PVC em quilos, que serão direcionadas a estoques. Separadas em lotes de Fabricação e posteriormente direcionadas as linhas de montagem. Na linha de montagem serão acabadas e embaladas manualmente, em porções de 20 pares. Depositados em caixas de transporte, conferidos e despachados. 16 3.5.1 Projeto da Embalagem Embalagem é um recipiente que deve acondicionar e proteger determinado produto, assim como criar condições de transporte, sendo utilizada, também para exercer apelo estético, promovendo o produto para os consumidores (ANJOS; CONDE, 1991 Apud DANTAS, 1998), sendo a chave de sucesso para muitos produtos (STEVENS et al., 2001). Uma Embalagem quando bem projetada, tem a capacidade de elevar significativamente as vendas de um produto (NEGRÃO; CAMARGO, 2008). Pensando nisso, é que a PrendeTec quer fazer da embalagem do produto, uma de suas características. Por se tratar de um produto com características magnéticas, pensou-se em utilizar um corpo cilíndrico principal de material metálico, onde os prendedores de roupas que não estiverem sendo usados estarão ali presos também de forma magnética, servindo até de aparato decorativo, devido a formato e cores do produto, lembrarem o formato de um cacho de uvas. 3.6 Lançamento do Produto O desenvolvimento e lançamento de novos produtos ou serviços é um tema cada vez mais importante nos dias de hoje e que merece ter mais importância, pois, tem um papel muito preponderante na sobrevivência, manutenção ou crescimento de uma empresa, na forma como estase vai adaptando às mudanças nos mercados. Estoque Matéria-Prima • Recebimento • Separação em lotes Linha de Montagem • Injeção PVC • União dos Pares Estoque Produto Acabado • Embalagem e empacotamento • Despacho 17 Campanhas de Marketing para público alvo específico serão estruturadas e a campanha terá início na capital mineira, Belo Horizonte, por ser a capital mais próxima da sede da empresa. A região Sudeste será escolhida como base para disseminação e venda do produto. 4 PÓS-DESENVOLVIMENTO 4.1 Acompanhar Produto e Processo Como o nome diz, a subfase de acompanhamento do produto e processo é quando a organização verificará os níveis de aceitação e desempenho do produto. Essa subfase conta com três atividades, quais sejam: • Avaliar satisfação do cliente. • Monitorar desempenho do produto. • Realizar auditoria pós-projeto. Na primeira atividade deve-se planejar cuidadosamente a avaliação, aplicá-la e analisar e consolidar os dados de nível de satisfação do cliente, fins de entender o impacto do produto sobre o cliente. O monitoramento do desempenho do produto conta a verificação do desempenho técnico do produto no mercado e serviços associados e na produção. São monitorados, ainda, o processo de produção, as vendas, o custo de produção, bem como a avaliação econômica do produto. A auditoria pós-projeto nada mais é do que a verificação de lições aprendidas no processo, que podem auxiliar no desenvolvimento de novos produtos no futuro. 4.2 Descontinuar Produto Essa fase não se inicia somente após o fechamento da fase anterior (acompanhar produto e processo).Normalmente, uma empresa deve estar preparada para executar o plano de fim de vida do produto logo após o término da fase de lançamento do produto. O início efetivo da descontinuidade de produtos produzidos e vendidos acontece a partir da primeira devolução do produto por um cliente. A vida útil de um produto varia em função das condições de seu uso pelo cliente, caracterizando o longo período que pode acontecer entre a primeira devolução e o que poderia ser considerada a última devolução. O final da fase é marcado pela finalização do suporte ao 18 cliente, quando restaria somente a atividade de receber os produtos devolvidos pelos clientes. As decisões tomadas nessa fase são efetuadas pelo time de acompanhamento. Para descontinuidade do produto, a empresa propõe que todos seus pontos de venda sejam também pontos de coleta, onde o setor de logística reversa atuará de forma a trazer de volta para reciclagem todos os produtos dos quais queira que se descarte. 5 CONCLUSÃO O mercado atual exige certas mudanças e atualizações dos produtos existentes no cotidiano. Essas mudanças são feitas através da maior exigência dos consumidores e o desenvolvimento da tecnologia atual. Assim, a Prend tec buscou um produto com novas funcionalidades e atualizado com o mercado. É necessário a utilização de métodos estruturados para o desenvolvimento do produto, possibilitando atender as expectativas e necessidades dos clientes de maneira adequada. Se fez uso de ferramentas de desenvolvimento de produto e pesquisas. Houve uma analise de mercado, cos produtos existentes no mercado bem como tecnologias de fabricação. Assim, identificou o que era necessário para o projeto e as modificações para o projeto de um produto que atendesse as necessidades dos usuários de pregadores de roupas. A decisão da final foi escolhida com base em várias alternativas de solução propostas de acordo com os estudos realizados antes do projeto. 19 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ROZENFELD, H. et al. Gestão de desenvolvimento de produtos: uma referência para a melhoria do processo. São Paulo: Saraiva. 2006. ROMEIRO FILHO, E. et al. Projeto do Produto. Coleção Campus/ABEPRO de Engenharia de Produção. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. https://gru.inpi.gov.br/pPI/servlet/PatenteServletController, acessado 20/05/2014 às 15:30 KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração de Marketing: A Bíblia do Marketing. Prentice Hall Brasil, 2006, 12a edição. 776p OGLIARI, A. Sistematização da Concepção de Produtos Auxiliada por Computador com Aplicações no Domínio de Componentes de Plásticos Injetados. 1999. 250 f.70 http://www.institutodopvc.org/publico/?a=faq&faq_topico_id=6
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