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26/03/2013 1 INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS Classificação dos métodos analíticos CLÁSSICOS E INSTRUMENTAIS Baseados em propriedades físicas (químicas em alguns casos ) Chamados de métodos de via úmida Gravimetria Volumetria Eletroanalítico Propriedades elétricas Espectrométrico Propriedades ópticas Cromatográfico Propriedades mistas* *Separação: interações físico-químicas. Identificação/quantificação: propriedades ópticas ou elétricas. Histórico Cromatografia Mikhail (Michael, Mikhael) Semenovich Tswett (1903), botânico russo: Separação de misturas de pigmentos vegetais em colunas recheadas com adsorventes sólidos e solventes variados. éter de petróleo CaCO 3 mistura de pigmentos pigmentos separados 1906 Cromatografia = chroma [cor] + graphe [escrever] (grego) Definição - Princípio Básico Cromatografia é um método físico-químico de separação de misturas, identificação e quantificação de seus componentes. • A separação depende da interação dos componentes da mistura com a fase móvel e com a fase estacionária. A interação dos componentes da mistura com estas duas fases é influenciada por diferentes forças intermoleculares, incluindo iônica, dipolar, apolar, e específicos efeitos de afinidade e solubilidade. • A identificação se dá mediante a comparação da interação de padrões com as fases estacionárias. • A quantificação é feita também pela comparação com padrões de concentrações conhecidas, através de curvas analíticas. Cromatografia Classificação das técnicas cromatográficas • De acordo com o sistema cromatográfico • Em Coluna •Cromatografia Líquida •Cromatografia Gasosa •Cromatografia Supercrítica • Planar •Centrífuga (Chromatotron®) •Cromatografia em Camada Delgada (CCD) •Cromatografia em Papel (CP) Cromatografia Classificação das técnicas cromatográficas • De acordo com a fase móvel • Utilização de Gás •Cromatografia Gasosa (CG) •Cromatografia Gasosa de Alta Resolução (CGAR) • Utilização de Líquido •Cromatografia Líquida Clássica (CLC) •Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) • Utilização de Gás Pressurizado •Cromatografia Supercrítica (CSC) Cromatografia 26/03/2013 2 Classificação das técnicas cromatográficas • De acordo com a Fase Estacionária • Líquida • Sólida • Quimicamente Ligadas • De acordo com o modo de separação • Por Adsorção • Por Partição • Por Troca Iônica • Por Afinidade Cromatografia Classificação das técnicas cromatográficas Cromatografia Técnica Planar Coluna FM FE Líquido Líq Sól Gás Líquido Líq Sól CP CCD CGL CGS CLL CLS CTI CB CLFL CE Exclusão Fase Ligada Troca Iônica Sól Líq Afinidade Tipo de cromato- grafia Analogia O processo cromatográfico pode ser comparado a um grupo de abelhas e moscas sobrevoando uma certa região. Ao passarem por uma flor, espera-se algum efeito sobre as moscas e abelhas. Cromatografia Fase estacionária Analitos Analogia Para uma mesma mistura, a simples troca da fase estacionária pode ser suficiente para alterar completamente a ordem de eluição de componentes da mistura. Cromatografia Fase estacionária Analitos Cromatografia Princípio Básico Separação de misturas por interação diferencial dos seus componentes com uma FASE ESTACIONÁRIA (líquido ou sólido) e uma FASE MÓVEL (líquido ou gás). Cromatografia em papel - CP A mais simples de todas. Pode-se até fazer em casa! Fase estacionária líquida suportada na celulose. Fase móvel Separação Cromatografia A cromatografia em papel (CP) é uma técnica de partição, utiliza dois líquidos (líquido-líquido) sendo um fixado em um suporte sólido (papel de filtro). Um bom exemplo é a separação da tinta verde. Com o processo de cromatografia é possível verificar que a cor verde é uma mistura de tintura azul e amarela. 26/03/2013 3 Cromatografia em papel - CP A mais simples de todas. Pode-se até fazer em casa! Cromatografia Desenvolvida por Consden, Gordon e Martin em 1944, é bem simples e utiliza pequena quantidade de amostra. Aplica-se na separação e identificação de compostos polares hidrossolúveis. Cromatografia de Camada Delgada - CCD Teve início em 1938 com os trabalhos de Izailov e Shraiber, mas começou a ser largamente utilizada na dédaca de 1960. O processo de separação está fundamentado, principalmente, no fenômeno de adsorção. Entretanto com fases estacionárias tratadas pode ocorrer também por partição ou troca iônica. Cromatografia Cromatografia de Camada Delgada - CCD Termos e parâmetros técnicos Cromatografia solvente mancha f ΔS ΔS R s a R af s b R bf s c R cf c b a s Cromatografia Cromatografia de Camada Delgada - CCD FASES ESTACIONÁRIAS Sílica (SiO2) Alumina (Al2O3) Celulose Poliamida Ativação de 30 a 60 min de 105 a 110 oC Ativação de 10 min a 105 oC Cromatografia Cromatografia de Camada Delgada - CCD ANÁLISE QUALITATIVA - Comparação com valores de Rf tabelados - Comparação com padrão eluído em conjunto - Extração e aplicação de métodos instrumentais Cromatografia Cromatografia de Camada Delgada - CCD A B Após Eluição Amostra não contém a espécie B Amostra pode conter a espécie A Para se certificar da presença, eluir em outros solventes Conclusões: Amostra 26/03/2013 4 Cromatografia Cromatografia de Camada Delgada - CCD Solvente 1 Solvente 2 Cromatografia Bi-dimensional Cromatografia planar Cromatografia Chromatotron é uma cromatografia de camada fina preparativa acelerada centrifugamente. Pode substituir pequenas colunas e HPLC. Cromatografia Cromatografia em Coluna Cromatografia Cromatografia em Coluna PROCESSOS DE SEPARAÇÃO Exclusão Adsorção Partição Troca Iônica Afinidade Cromatografia Cromatografia em Coluna ADSORÇÃO - Fase Móvel Líq. ou Gás - Fase Estacionária Sólida Processos de Adsorção/Dessorção Ligações de hidrogênio; Forças de Van der Waals Cromatografia Cromatografia em Coluna Diferença entre Absorção e Adsorção 26/03/2013 5 Cromatografia Cromatografia em Coluna ADSORÇÃO Fase Estacionária Sólida: Polar Aumento da Atividade -CO2H > -OH > -NH2 > -SH > -CHO > -C=O > -CO2R > -OCH3 > -CH=CH- Cromatografia Cromatografia em Coluna Hexano < Éter de Petróleo < Ciclohexano < Tetracloreto de Carbono < Benzeno < Tolueno < Diclorometano < Clorofórmio < Éter Etílico < Acetato de Etila < Acetona < Etanol < Metanol < Ácido Acético SOLVENTES: Polaridade em Ordem Crescente A função das fases móveis na cromatografia por adsorção tem sentido amplo: a) Função solvente • Solubilizar os componentes • Ter baixo ponto de ebulição b) Função eluente • Conduzir os componentes da mistura pela coluna • Remover ou dessorver estes componentes do adsorvente (FE) Cromatografia Cromatografia em Coluna Usos: a) Laboratórios de química orgânica separar e purificar reagentes e materiais obtidos em síntese. b) Laboratórios de produtos naturais escala preparativa e analítica. c) Laboratórios de análises clínicas separação de esteróides de urina ou de sangue, etc. ADSORÇÃO Cromatografia Cromatografia em Coluna PARTIÇÃO Fase Móvel Gasosa Fase Estacionária Líquida Processos de Solubilidade O processo de partição é intrafacial e a volta de cada componente para a fase móvel dependeda sua volatilidade. Cromatografia Cromatografia em Coluna PARTIÇÃO Fase Móvel Líquida Fase Estacionária Líquida Processos de Solubilidade O processo de partição é intrafacial e a volta de cada componente para a fase móvel depende da sua solubilidade. Cromatografia Cromatografia em Coluna TROCA IÔNICA Fase Móvel Líquida Fase Estacionária Sólida Processos de Troca Iônica Adsorção reversível e diferencial dos íons da fase móvel pelo grupo trocador da matriz Por volta de 1935 começaram a ser fabricadas resinas de troca iônica orgânicas, muito eficientes, passando a constituir um meio químico de extraordinário valor em processos analíticos. 26/03/2013 6 Cromatografia Cromatografia em Coluna Maior Interação • Íons de alta carga • Íons de menor tamanho TROCA IÔNICA Resinas Catiônicas e Aniônicas FE altamente carregada F lux o d a F M A diferença de afinidade entre os íons da FM pode ser controlada por pH e força iônica Cromatografia Cromatografia em Coluna O ajuste do pH proporciona a separação das duas proteínas Cromatografia Cromatografia em Coluna EXCLUSÃO Fase Móvel Líquida Fase Estacionária em Gel Enquanto as partículas menores penetram nas cavidades, as maiores vão sendo eluídas contornando as estruturas moleculares da FE. Cromatografia Cromatografia em Coluna EXCLUSÃO A propriedade que distingue a cromatografia de exclusão, introduzida por volta de 1960, de outros tipos de cromatografia é que o recheio (FE) é um gel não carregado constituído de macromoléculas que têm ligações cruzadas, com afinidade pelos solventes, mas que neles são insolúveis. - Separação de tamanhos específicos - Separação de polímeros e proteínas - Determinação de Massa Molar Cromatografia Cromatografia em Coluna EXCLUSÃO Características desejáveis para os Géis -Inércia Química: Não pode haver uma interação química entre a matriz e o soluto. -Estabilidade: O gel deve suportar uso contínuo quanto mantido em condições brandas de temperatura e pH. -Baixo teor de íons: Grupos carregados interferem no processo de separação. Cromatografia Cromatografia em Coluna EXCLUSÃO Tipos de Géis Dextrano (Sephadex) Poliacrilamida Ágar e Agarose F lux o d a F M 26/03/2013 7 Cromatografia Cromatografia em Coluna Fase Móvel Líquida Fase Estacionária Sólida Propriedades Biológicas e Funcionais AFINIDADE Cromatografia Teoria Básica SOLUTO FASE ESTACIONÁRIA FASE MÓVEL Teoria Básica Cromatografia Coluna cromatográfica: série de estágios independentes onde acontece o equilíbrio entre o analito dissolvido (sorvido) na fase estacionária e na fase móvel: FM FE C A A K KC = Constante de Distribuição [A]FE = concentração do analito na FE [A]FM = concentração do analito na FM Ocorre um “quase-equilíbrio” entre o analito sorvido na FE e dissolvido na FM. MENOR RETENÇÃO !!! Volatilidade [A]FM Afinidade pela FE [A]FE Quantificação da eficiência Cromatografia Supondo a coluna cromatográfica como uma série de estágios separados onde ocorre o equilíbrio entre o analito, a FE e a FM: Cada “estágio” de equilíbrio é chamado de PRATO TEÓRICO O número de pratos teóricos de uma coluna (N) pode ser calculado por: Coluna mais eficiente tR wb N Quantificação da eficiência Cromatografia ALTURA EQUIVALENTE A UM PRATO TEÓRICO (H) “Tamanho” de cada estágio de equilíbrio Valores de H para colunas capilares e empacotadas são próximos, mas como L para capilares é MUITO maior tipicamente elas são mais eficientes (L = comprimento da coluna) Valores típicos de H e N: dC df H N 0,10 0,25 0,081 370370 0,25 0,25 0,156 192308 0,32 0,32 0,200 150000 0,32 0,50 0,228 131579 0,32 1,00 0,294 102041 0,32 5,00 0,435 68966 0,53 1,00 0,426 70423 0,53 5,00 0,683 43924 2,16 10% 0,549 3643 2,16 5% 0,500 4000 Capilares, L = 30 m Empacotadas, L = 2 m dc = diâmetro da coluna em mm df = espessura da fase estacionária em m Cromatografia em fase gasosa Fase estacionária Fase móvel Separação Cromatografia Detecção 26/03/2013 8 Cromatografia em fase gasosa Cromatografia Coluna: contendo a fase estacionária está submetida à temperaturas controladas Fase móvel: gás inerte Detector: submetido à temperatura controlada Injetor: submetido à temperatura controlada Cromatografia Gasosa Aplicabilidade Quais misturas podem ser separadas por CG ? Misturas cujos constituintes sejam VOLÁTEIS (=“evaporáveis”) para uma substância qualquer poder ser “arrastada” por um fluxo de um gás ela deve dissolver-se, pelo menos parcialmente, nesse gás. DE FORMA GERAL: CG é aplicável para separação e análise de misturas cujos constituintes tenham PONTOS DE EBULIÇÃO de até 300oC e que sejam termicamente estáveis. Requisitos - Gás de arraste (FM) INERTE: Não deve reagir com a amostra, nem com a fase estacionária ou superfícies do instrumento. PURO: Deve ser isento de impurezas que possam degradar a fase estacionária. Impurezas típicas em gases e seus efeitos: oxida / hidrolisa algumas FE incompatíveis com DCE H2O, O2 hidrocarbonetos ruído no sinal de DIC Cromatografia Gasosa Requisitos - Gás de arraste (FM) CUSTO: Gases de altíssima pureza podem ser muito caros. COMPATÍVEL COM DETECTOR: Cada detector demanda um gás de arraste específico para melhor funcionamento. Seleção de Gases de Arraste em Função do Detector: He , H2 DCT DIC N2 , H2 DCE N2 (SS), Ar + 5% CH4 C U S T O PUREZA A B C A = 99,995 % (4.5) B = 99,999 % (5.0) C = 99,9999 % (6.0) Cromatografia Gasosa Injetor Os dispositivos para injeção (INJETORES ou VAPORIZADORES) devem prover meios de introdução INSTANTÂNEA da amostra na coluna cromatográfica Injeção instantânea: Injeção lenta: t = 0 t = x t = 0 t = x Cromatografia Gasosa Injetor “on column” 1 2 3 4 1 - Septo (silicone) 2 - Alimentação de gás de arraste) 3 - Bloco metálico aquecido 4 - Ponta da coluna cromatográfica Cromatografia Gasosa 26/03/2013 9 Injetor “on column” 1 2 3 1 - Ponta da agulha da microsseringa é introduzida no início da coluna. 2 - Amostra injetada e vaporizada instantaneamente no início da coluna. 3 - “Plug” de vapor de amostra forçado pelo gás de arraste a fluir pela coluna. Cromatografia Gasosa Parâmetros de injeção Cromatografia Gasosa TEMPERATURA DO INJETOR: Deve ser suficientemente elevada para que a amostra vaporize-se imediatamente, mas sem decomposição. Regra Geral: Tinj = 50oC acima da temperatura de ebulição do componente menos volátil. VOLUME INJETADO: Depende do tipo de coluna e do estado físico da amostra. COLUNA Amostras Gasosas Amostras Líquidas empacotada = 3,2 mm (1/4”) 0,1 mL ... 50 mL 0,2 L ... 20 L capilar = 0,25 mm 1 L ... 100 L 0,01 L ... 3 L Sólidos: convencionalmente se dissolve em um solvente adequado e injeta-se a solução Cromatografia Gasosa LÍQUIDOS: Capacidades típicas: 1 L, 5 L e 10 L êmbolo corpo (pirex) agulha (inox 316) Microsseringa de 10 L: Microsseringa de 1 L (seção ampliada): corpo guia êmbolo (fio de aço soldado ao guia) agulha Microsseringas para injeção Cromatografia Gasosa Colunas EMPACOTADA = 3 a 6 mm L = 0,5 m a 5 m Recheada com sólido pulverizado (FE sólida ouFE líquida depositada sobre as partículas do recheio) CAPILAR = 0,1 a 0,5 mm L = 5 m a 100 m Paredes internas recobertas com um filme fino (fração de m) de FE líquida ou sólida Cromatografia Gasosa Temperatura da coluna Além da interação com a FE, o tempo que um analito demora para percorrer a coluna depende de sua PRESSÃO DE VAPOR (p0). p0 = f Estrutura química do analito Temperatura da coluna Temperatura da coluna Pressão de vapor Velocidade de migração ANALITO ELUI MAIS RAPIDAMENTE (MENOR RETENÇÃO) Cromatografia Gasosa Temperatura da coluna AUMENTO DA TEMPERATURA DA COLUNA CONTROLE CONFIÁVEL DA TEMPERATURA DA COLUNA É ESSENCIAL PARA OBTER BOA SEPARAÇÃO EM CG 26/03/2013 10 Cromatografia Gasosa Programação linear de temperatura Misturas complexas (constituintes com volatilidades muito diferentes) separadas ISOTERMICAMENTE: TCOL BAIXA: - Componentes mais voláteis são separados - Componentes menos voláteis demoram a eluir, saindo como picos mal definidos TCOL ALTA: - Componentes mais voláteis não são separados - Componentes menos voláteis eluem mais rapidamente Cromatografia Gasosa Programação linear de temperatura A temperatura do forno pode ser variada linearmente durante a separação: Consegue-se boa separação dos componentes da amostra em menor tempo TEMPO T E M PE R A T U R A tINI tFIM TINI TFIM R TINI - Temperatura Inicial TFIM - Temperatura Final tINI - Tempo Isotérmico Inicial tFIM - Tempo Final do Programa R - Velocidade de Aquecimento Cromatografia Gasosa P r o g r a m a ç ã o l i n e a r d e t e m p e r a t u r a a) I s o t é r m i c o a 4 5 º C ; b) i s o t é r m i c o a 1 4 5 ° C ; c) p r o g r a m a d o d e 3 0 º C a 1 8 0 º C Cromatografia Gasosa Programação linear de temperatura VARIAÇÕES DE VAZÃO DO GÁS DE ARRASTE: A viscosidade de um gás aumenta com a temperatura. viscosidade vazão DERIVA (“DRIFT”) NA LINHA DE BASE: Devido ao aumento de volatilização de FE líquida Possíveis problemas associados à PLT: Cromatografia Gasosa Fase Estacionária REGRA GERAL: a FE deve ter características tanto quanto possível próximas das dos solutos a serem separados (polar, apolar, aromático ...) FE SELETIVA (ideal): Deve interagir diferencialmente com os componentes da amostra. FE Seletiva: separação adequada dos constituintes da amostra FE pouco Seletiva: má resolução mesmo com coluna de boa eficiência Cromatografia Gasosa Fase estacionária sólida • O fenômeno físico-químico responsável pela interação analito + FE sólida é a ADSORÇÃO A adsorção ocorre na interface entre o gás de arraste e a FE sólida • Sólidos com grandes áreas superficiais (partículas finas, poros) • Solutos polares • Sólidos com grande número de sítios ativos (hidroxilas, pares de elétrons...) ADSORÇÃO 26/03/2013 11 Cromatografia Gasosa Fase estacionária líquida • O fenômeno físico-químico responsável pela interação analito + FE líquida é a ABSORÇÃO A absorção ocorre no interior do filme de FE líquida (fenômeno INTRAfacial) • Filmes espessos de FE líquida • Grande superfície líquida exposta ao gás de arraste • Interação forte entre a FE líquida e o analito (grande solubilidade) ABSORÇÃO Cromatografia Gasosa Fase estacionária quirais • As propriedades físico-químicas dos isômeros óticos são MUITO SIMILARES FE convencionais não interagem diferencialmente com os isômeros óticos. FÁRMACOS - Em muitos fármacos apenas um dos isômeros óticos têm atividade farmacológica. PRODUTOS BIOLÓGICOS - Distinção entre produtos de origem sintética e natural (natural = normalmente substâncias oticamente puras; sintético = muitas vezes são misturas racêmicas). Cromatografia Gasosa Detectores Dispositivos que examinam continuamente o material eluído, gerando sinal quando da passagem de substâncias que não o gás de arraste. Características ideais: 1.Alta sensibilidade: 10-8 a 10-15 g de soluto/s. 2.Boa estabilidade e reprodutibilidade. 3.Resposta linear para solutos que se estenda por várias ordens de grandeza. 4.Faixa de temperatura desde a ambiente até pelo menos 400 ºC. 5.Tempo de resposta curto e independente da vazão. 6.Alta confiabilidade e facilidade de uso. 7.Similaridade de resposta para todos os solutos. 8.Não destrutivo. Cromatografia Gasosa Detectores Gráfico Sinal x Tempo = CROMATOGRAMA Idealmente: cada substância separada aparece como um PICO no cromatograma. REGISTRO DE SINAL ANALÓGICO Registradores XY DIGITAL Integradores Computadores Cromatografia Gasosa Detectores UNIVERSAIS: Geram sinal para qualquer substância eluída. SELETIVOS: Detectam apenas substâncias com determinada propriedade físico-química. ESPECÍFICOS: Detectam substâncias que possuam determinado elemento ou grupo funcional em suas estruturas DCT DCE DNP Cromatografia Gasosa Detectores - Funcionamento DETECTOR POR CAPTURA DE ELÉTRONS (DCE OU ECD): Supressão de corrente causada pela absorção de elétrons por eluatos altamente eletrofílicos. DETECTOR POR CONDUTIVIDADE TÉRMICA (DCT OU TCD): Variação da condutividade térmica do gás de arraste. DETECTOR POR IONIZAÇÃO EM CHAMA (DIC OU FID): Íons gerados durante a queima dos eluatos em uma chama de H2 + ar. DETECTOR TERMOIÔNICOS (DNP OU NPD): Modificação do DIC. Os eluatos queimados na chama H2 + ar passam por uma superfície de silicato de rubídio onde se formam íons de moléculas com N e P. 26/03/2013 12 Cromatografia Gasosa Detectores – Limites de detecção DETECTOR POR CAPTURA DE ELÉTRONS (DCE OU ECD): Seletivo. Responde muito bem a halogenetos orgânicos, aldeídos conjugados, nitrilas, nitratos e organometálicos. Sensibilidade: 0,01 a 1 pg com linearidade até ng. (104) DETECTOR POR CONDUTIVIDADE TÉRMICA (DCT OU TCD): Universal. Observa-se para qualquer substância eluída. Sensibilidade: 0,4 a 1 ng com linearidade até dezenas de g (104). DETECTOR POR IONIZAÇÃO EM CHAMA (DIC OU FID): Quase-universal. Detecta qualquer substância que contenha ligações C-H. Não responde a gases nobres, H2, O2, N2, CX4, SiX4 (X=halogênio), CO, CO2, CS2, H2O, NO, N2O, NO2, NH3. Sensibilidade: 10 a 100 pg com linearidade até mg (107 – 108). DETECTOR TERMOIÔNICO (DNP OU NPD): Específico. Responde a compostos orgânicos com N e P. Sensibilidade: 0,1 a 1 pg (P) e 0,4 a 10 pg (N) com linearidade até ng. (103 - 105) Cromatografia Gasosa Detectores – Espectrometria de massas CG-EM (GC-MS): Universal / Seletivo / Específico. Um dos detectores mais poderosos para a cromatografia gasosa é o espectrômetro de massas. Observa-se para qualquer substância eluída um sinal, mesmo que complexo, no espectrômetro de massa. É seletivo ou específico quando monitora-se um fragmento de determinada razão m/z. Detecção TIC Universal Similar a DCT SIM Seletivo Maior Sensibilidade Cromatografia Gasosa CG-EM (GC-MS): Universal / Seletivo / Específico. T E M PO CONTAGENS M A S S A / C A R G A CONTAGENS Cromatograma de íons totais: TIM ou TIC Em cada posição do cromatograma tem-se um espectro de massa. Detectores – Espectrometria de massas Cromatografia Gasosa CG-EM (GC-MS): Universal / Seletivo / Específico. T E M PO CONTAGENS Cromatograma de íons selecionados: SIM Em cadaposição do cromatograma tem-se o sinal somente da m/z selecionada. MASSA / CARGA C O N T A G E N S Oferece a vantagem de registrar somente o sinal do constituinte de interesse, sendo “cego” para os demais. Detectores – Espectrometria de massas Cromatografia Gasosa CG-EM (GC-MS): Interface CG-EM. CG EM Vácuo Separador Molecular O gás de arraste leve (He) difunde mais rapidamente que o analito e tende a ser drenado para o vácuo. Câmara de Ionização Coluna Capilar Interface Capilar Direta Com colunas capilares a vazão baixa de gás de arraste pode ser drenada pelo sistema de vácuo. Detectores – Espectrometria de massas Cromatografia Gasosa Análise qualitativa t R t M t R ’ = t R - t M T E M P O SINAL O parâmetro diretamente mensurável de retenção de um analito é o TEMPO DE RETENÇÃO AJUSTADO, tR’: tR = Tempo de Retenção (tempo decorrido entre a injeção e o ápice do pico cromatográfico) tM = Tempo de Retenção do Composto Não-Retido (tempo mínimo para um composto que não interaja com a FE atravesse a coluna) tR’ = Tempo de Retenção Ajustado (tempo médio que as moléculas do analito passam sorvidas na FE) 26/03/2013 13 Cromatografia Gasosa Análise qualitativa Coluna HP-Innowax (PEG – altamente polar): 30 m x 0,25 mm x 0,25 m Detector FID: 250 ºC Injetor com divisão de fluxo 1:25: 250 ºC Volume injetado: 1 L Como se explica esta ordem de eluição? Mistura de benzeno, n-propanona, n-propanol, n-butanol, isobutanol e n-pentanol. A n-propanona elui primeiro devido à sua maior volatilidade. O benzeno em segundo devido sua natureza apolar (menor ). Para os demais compostos, cujas diferenças de polaridade não são elevadas, a volatilidade se torna o principal parâmetro que define a ordem de eluição. Cromatografia Gasosa Análise quantitativa T E M P O SINAL O parâmetro diretamente relacionado à quantidade de analito é: • Altura da banda cromatográfica: não recomendado, pois a banda necessita ser perfeitamente simétrica. • Área da banda cromatográfica. Altura Área Cromatografia Gasosa Análise quantitativa tempo C oncentração Área amostra Cromatografia Gasosa Análise quantitativa MASSA Á R E A A partir de certo ponto o sinal não aumenta mais linearmente O fim da zona de linearidade pode ser detectado quando a razão (Área / Massa) diverge em mais de 5 % da inclinação da reta na região linear: MASSA Á R E A / M A S S A 0,95 S 1,05 S Cromatografia Gasosa tempo amostra C oncentração A d icionad a Área concentração na amostra Análise quantitativa Cromatografia em fase líquida Cromatografia Líquida 26/03/2013 14 Cromatografia Líquida - CLAE Aplicabilidade Quais misturas podem ser separadas por CLAE ? Líquidos e sólidos, iônicos ou covalentes com massa molar de 32 até 4000000. para uma substância qualquer poder ser “arrastada” por um líquido ela deve dissolver-se nesse líquido. DE FORMA GERAL: CL é aplicável para separação e análise de misturas cujos constituintes sejam solúveis na FM. Não há limitação de volatilidade ou de estabilidade térmica. Cromatografia Líquida Tipos e Aplicações da Cromatografia Líquida Insolúvel em água Solúvel em água Aumento de p o l a r i d a d e Polar não iônico Apolar Iônico M assa m ole cular 102 103 104 105 106 Troca iônica Partição Partição em fase reversa Partição em fase normal Exclusão Permeação em gel Filtração em gel Adsorção Componentes típicos - CLAE Cromatografia Líquida Cromatografia Líquida Esquema de um equipamento para CLAE Cromatografia Líquida Requisitos dos sistemas de bombeamento 1 – Geração de pressões até 6.000 psi 2 – Saída com ausência de pulsos 3- Velocidades de fluxo de 0,1 a 10 mL/min 4 – Controle e reprodutibilidade de fluxo de 0,5% ou melhor 5 – Componentes resistentes à corrosão Bomba recíproca (também são chamadas de bombas de pistão ou de diafragma) Cromatografia Líquida Suportam pressões de até 7.000 psi Volumes típicos: 5 a 500 L Microamostragem: 0,5 a 5 L Sistemas de injeção de amostras 26/03/2013 15 Cromatografia Líquida A eluição com gradiente produz efeitos similares aos produzidos pela programação de temperatura na CG. Solvente puros ou misturas de solventes de acordo com a polaridade requerida na separação. Fase móvel para CLAE Eluição isocrática: Quando a separação é feita utilizando um único solvente de composição constante. Eluição com gradiente: São utilizados dois ou três sistemas de solventes que diferem bastante entre si em polaridade. Depois que a eluição começa, a razão entre os solventes é variada de modo programado, de forma contínua ou em passos. Cromatografia Líquida Eluição com gradiente Coluna C18, 5 m, fase reversa Detector fluorescência: excit. 334 nm – emis. 425 nm Cromatografia Líquida Colunas para CLAE As colunas geralmente são construídas de aço inox, embora tubos de vidro com paredes resistentes sejam encontrados ocasionalmente. No entanto, estes últimos são restritos a pressões mais baixas do que 600 psi. Existem comercialmente centenas de colunas empacotadas, diferindo entre si no tamanho e na fase estacionária. Preços variam de 200 a 500 dólares. Cromatografia Líquida Colunas para CLAE Pré-coluna •Remoção de material particulado •Contaminantes do solvente •Contaminantes da amostra •Saturar a FM com a FE Aumenta a vida útil da coluna COLUNAS TÍPICAS •Material: aço inox •Comprimento: 10 a 30 cm •Diâmetro: 4 a 10 mm •FE: Partículas de 5 a 10 m •Eficiência: 40 mil a 60 mil pratos/metro Cromatografia Líquida Separação isocrática de alta velocidade 1– p-xileno 2- anisol 3- acetato de benzila 4- dioctil-ftalato 5- dipentil-ftalato 6- dibutil-ftalato 7- dipropil-ftalato 8- dietil-ftalato - 4 cm de comprimento - 0,4 cm d.i. - FE: spherisorb 3 m Coluna de alta velocidade e alta eficiência FM: 4,1% EtAc em n-Hexano 100.000 pratos/metro • Pelicular: • Consiste de leitos de polímero ou vidro não-poroso, esférico, com diâmetros típicos da ordem de 30 a 40 m, recoberto com uma camada fina e porosa de: • Sílica • Alumina • Resina de poliestireno-divinil-benzeno • Resina trocadora de íons • Partícula porosa: • Consiste de micropartículas porosas com diâmetros de 3 a 10 m. As partículas são constituídas dos mesmos materiais do recobrimento pelicular. Cromatografia Líquida Basicamente são dois tipos de FE: Fase estacionária para CLAE 26/03/2013 16 Cromatografia Líquida Detectores As características desejáveis para os detectores para CLAE não são diferentes daquelas para CG. Existem dois tipos de detectores: • Propriedades universais (índice de refração, densidade ou constante dielétrica). • Propriedades do soluto (absorbância, fluorescência, etc). Características ideais: 1.Alta sensibilidade: 10-8 a 10-15 g de soluto/s. 2.Boa estabilidade e reprodutibilidade. 3.Resposta linear para solutos que se estenda por várias ordens de grandeza. 4.Tempo de resposta curto e independente da vazão. 5.Alta confiabilidade e facilidade de uso. 6.Similaridade de resposta para todos os solutos. 7.Não destrutivo. 8.Volume interno mínimo e compatível com a vazão e com a pressão. Cromatografia Líquida Detectores • Absorbância• UV/Vis – S: 10-9 g/mL – FL: 105 • IV • Fluorescência – S: 10-9 a 10-12 g/mL – FL: 103 • Índice de refração (universal) – S: 10-7 g/mL – FL: 104 Cromatografia Líquida Detectores • Eletroquímicos: existem vários tipos disponíveis atualmente. Embora não sejam tão explorados quanto os detectores ópticos, eles apresentam algumas vantagens como alta sensibilidade, simplicidade e ampla aplicabilidade. • Amperométricos • Coulométricos • Condutométricos – S: 10-8 g/mL – FL: 104 • Polarográficos – S: 10-12 g/mL – FL: 106 Cromatografia Líquida Detectores • Espectrometria de massa - universal • Assim como na CG-EM, o acoplamento de um espectrômetro de massa potencializa a técnica de separação e quantificação • Um grande problema é o descompasso entre os volumes relativamente grandes de solventes na CL e os requisitos de vácuo na EM. Interface CL-EM Cromatografia Líquida Detectores • Espectrometria de massa T E M PO CONTAGENS M A S S A / C A R G A CONTAGENS TEMPO C O N T A G E N S MASSA / CARGA C O N T A G E N S TIC SIM Cromatografia Líquida Tipos de CLAE Ao contrário da CG, onde a FM se comporta como um gás ideal e não contribui para o processo de separação, a FM líquida da CLAE interage tanto quanto a FE com os componentes da amostra. Isto torna o desenvolvimento dos métodos em CLAE um tanto mais complexo que na CG. 26/03/2013 17 Cromatografia Líquida Tipos de CLAE • PARTIÇÃO: líquido-líquido e fase ligada. A diferença entre elas consiste em como a FE é mantida nas partículas do suporte do empacotamento Adsorção e ligação química. Dois tipos podem ser distinguidos: Fase normal e Fase reversa. Fase normal: FE de natureza fortemente polar (ex. água) FM apolar (ex. hexano ou éter isopropílico) O componente menos polar é eluído primeiro por ser o mais solúvel na fase móvel. Fase reversa: FE de natureza apolar (ex. hidrocarbonetos) FM polar (ex. água, metanol ou acetonitrila) O componente mais polar aparece primeiro e o aumento da polaridade da fase móvel aumenta o tempo de eluição. Cromatografia Líquida Tipos de CLAE • É provável que ¾ de toda a CLAE esteja baseada na fase reversa ligada, onde o grupo R do siloxano nesses recobrimentos é uma cadeia C8 (n-octil) ou C18 (n-octadecil) Cromatografia Líquida Tipos de CLAE Campo Misturas típicas Farmacêutico Antibióticos, sedativos, esteróides, analgésicos Bioquímico Aminoácidos, proteínas, carboidratos, lipídios Produtos alimentícios Adoçantes artificiais, antioxidantes, aflatoxinas, aditivos Produtos químicos Aromáticos condensados, surfactantes, propelentes, corantes industriais Poluentes Pesticidas, herbicidas, fenóis, PCB (bifenilas policloradas) Química forense Drogas tóxicas, venenos, álcool no sangue, narcóticos Clínica médica Ácidos de bílis, metabólitos de drogas, extratos de urina, estrógenos Cromatografia Líquida Tipos de CLAE • ADSORÇÃO: líquido-sólido. FE sílica ou alumina. É a forma clássica da CL introduzida no início do século 20. Sofreu adaptações e tornou-se o mais importante dos métodos de HPLC. • TROCA IÔNICA: líquido-sólido. FE resina com capacidade de troca iônica. • EXCLUSÃO: líquido-gel. FE gel. Um material polimérico, hidrofóbicos ou hidrofílicos, com muitas ligações cruzadas, são capazes de promover a separação de acordo com os tamanhos das moléculas EXCLUSÃO DE TAMANHO. Se o material reticulado for uma resina de troca iônica, tem-se a cromatografia de EXCLUSÃO DE ÍONS. Para refletir e responder: Duas substâncias diferentes com a mesma concentração apresentarão a mesma área sob suas bandas cromatográficas? Cromatografia Para um mesmo analito, a área ou altura aumentam com o aumento da concentração. A área sob a banda cromatográfica de duas substâncias diferentes dependerá da resposta do detector para aquele tipo de substância, independentemente do tipo de detector utilizado. Para refletir e responder: A CG pode ser usada indistintamente para qualquer tipo de analito? A CL é útil quando a CG não pode ser usada. Quais são os casos em que isto ocorre? Cromatografia
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