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ESCOLA PRÁTICA DE INFANTARIA TOPOGRAFIA GUIA PARA O GIRO DO HORIZONTE FEVEREIRO DE 2007 ESCOLA PRÁTICA DE INFANTARIA 1. A publicação “Guia para o Giro do Horizonte”, foi elaborada pelos seguintes militares: − Estudo Técnico: ¾ TEN INF JOÃO CARLOS LOPES POLHO − Colaboração e Supervisão: ¾ MAJ INF JOAQUIM JOSÉ ESTEVÃO DA SILVA Mafra, 07 de Fevereiro de 2007 ESCOLA PRÁTICA DE INFANTARIA 1. A publicação “Guia para o Giro do Horizonte ” passa a constituir um auxiliar para os cursos a ministrar na EPI e destina-se a apoiar as exposições de campo com vista a uma transmissão verbal, clara e concisa, de estudos de situação, planos, ordens, etc. 2. A publicação “Guia para o Giro do Horizonte”, e tem por base as seguintes publicações e fontes: Manual de Tarefas Críticas, EPI; Martins, Maj Inf Carreira (2001/2002), Preparação de Cartas, Gabinete de Táctica de Infantaria, Academia Militar; (2001/2002), Tema Didáctico de Apoio – O Batalhão de Infantaria na defesa avançada, Aspectos Militares do Terreno, Gabinete de Táctica de Infantaria, Academia Militar; Giro do Horizonte, Tema Táctico de Apoio ao Ensino, Gabinete de Táctica de Infantaria, Academia Militar; Paladini, Capitão, (1938), Livro do Observador, Brasil, Casa Editora Henrique Velho; Boswell, Jonh, (1980), Manual de Sobrevivência, Traduzido por Castro, Francisco, Mem Martins, Publicações Europa América; Manual de Topografia, ESE; 02/10/2006, http://ant.online.pt/pitagoras.shtml; 02/10/2006, www.inepi.com.pt/topografia.asp; 02/10/2006, http://enggeografica.fc.ul.pt/documentos/apoio_topografia.pdf. 3. É uma publicação não classificada e não registada. 4. Podem ser feitos extractos desta publicação sem autorização da entidade promulgadora. 5. Todos os comentários, sugestões e possíveis correcções devem ser enviadas à Escola Prática de Infantaria. Aprovo para utilização nos cursos, Mafra, 09 de Fevereiro de 2007 O Comandante ______________________ ________ Índice 1. GENERALIDADES ………………………………………………………………………….. 2. O TERRENO …………………………………………………………………………………. a. Identificação das formas e aspectos característicos do terreno……………………… (1) Linha do horizonte...…………………………………………………………………… (2) Monte, Montanha e Serra…………………………………………….……………….. (3) Colina, morro, cabeço e outeiro……………………………………..………………… (4) Mamelão…………………………………………………………………….…………… (5) Ondulação………………………………………………………………………………. (6) Prega ou dobra de terreno……………………………………………………………. (7) Crista Topográfica……………………………………………………………………… (8) Crista Militar……………………………………………………………………………… (9) Colo………………………………………………………………………………………. (10) Desfiladeiro…………………………………………………………………………… (11) Garganta …………………………………………………………………………… (12) Encosta……………………………………………………………………………….. (13) Contra-Encosta……………………………………………………………………….. (14) Escarpado. …………………………………………………………………………… (15) Vale. ………………………………………………………………………………….. (16) Linha de água. ………………………………………………………………………. (17) Curso de água. ……………………………………………………………………… (18) Planície. ………………………………………………………………………………… (19) Mata. ……………………………………………………………………………….… (20) Clareira. …………………………………………………………………………….… (21) Orla da mata. ………………………………………………………………………… b. Aspectos militares do terreno. …………………………………………………………… 3. SEQUÊNCIA.………………………………………………………………………………..… 4. PREPARAÇÃO NO GABINETE..…………………………………………………………… a. Preparação das Cartas..…………………………………………………………………… (1) Generalidades…………………………………………………………………………. (2) Fixar as Cartas..…………………………………………………… ………………….. (3) Ligar as Cartas…………………………………………………………………………. (4) Iluminar as Cartas……………………………………………………………………… (5) Marcar as Cartas………………………………………………………………………. b. Marcação de medidas de coordenação para o Giro……………………………………. (1) Determinar a localização exacta do PO…………………………………………….. (2) Orientação da carta.…………………………………………………………………… (3) Delimitar e identificar a zona a tratar.……………………………………………...... (4) Dividir a zona em sectores ……………………………………………………….. (5) Levantamento e determinação dos pontos a identificar no terreno……………… c. Elaboração de transparente auxiliar.…………………..………………………….……… d. Elaboração de tabela de registo auxiliar.………………………………………………… 5. PREPARAÇÃO NO CAMPO..……………………………………………………………….. 6. EXPOSIÇÃO…………………………………………………………………………………... a. Métodos de identificação de pontos……………………………………………..………. b. Exposição……………………………………………………………………………………. 7. TERMINOLOGIA MAIS COMUM……………………………………………………………. Pág. 1 1 1 1 2 2 2 2 2 3 3 3 3 4 4 4 4 5 5 5 5 6 6 6 6 7 7 8 8 8 8 9 10 11 11 12 12 13 14 15 17 17 18 18 18 21 ANEXOS: A – EXEMPLO DE GIRO DO HORIZONTE COM TABELA DE REGISTO AUXILIAR GUIA PARA O GIRO DO HORIZONTE 1. GENERALIDADES a. A identificação do terreno, vulgarmente designada por “ Giro do Horizonte “, é um método prático que serve de apoio às exposições. b. A identificação do terreno garantida pelo giro do horizonte tem como finalidades: • O estudo do terreno do ponto de vista militar • A exposição dos aspectos principais dos estudos de situação efectuados c. A identificação do terreno a que nos estamos a referir trata-se de estabelecer a relação entre a toponímia constante na carta topográfica e os acidentes existentes no terreno d. Pode assumir um carácter mais ou menos formal atendendo às circunstâncias. Nesta publicação iremos abordar o giro do horizonte no seu aspecto mais formal. No entanto os procedimentos que aqui vão ser apresentados teriam, forçosamente, de assumir um outro cariz se o giro do horizonte decorresse em campanha e em terreno passível de estar sob observação do In. e. A responsabilidade de execução e condução do giro do horizonte é do Oficial de Informações (em unidades de escalão batalhão ou superior) embora tenha o contributo de outros Oficiais do EM 2. O TERRENO O conhecimento da nomenclatura do terreno é indispensável para a compreensão das ordens e para o relacionamento entre combatentes e unidades. Neste âmbito, assumem interesse especial, as formas e aspectos característicos do terreno que a seguir se mencionam e caracterizam. a. Identificação das formas e aspectos característicos do terreno (1) Linha do horizonte Linha limite da observação e na qual o céu e a terra parecem tocar-se ou confundir-se. 1 / 22 GUIA PARA O GIRO DO HORIZONTE (2) Monte, Montanha e Serra Elevações sucessivamente maiores e mais complexas no seu aspecto topográfico. Monte é uma elevação isolada com altura superior a 400 m. Montanha é um monte de grandeza considerável. Serra é uma sucessão de montes (3) Colina, morro, cabeço e outeiro Elevações cujo relevo pouco excede os 250 m (4) Mamelão Elevação entre 100 a 150 m de altura (5) Ondulação Elevação alongada e de pequeno porte (6) Prega ou dobra de terreno Elevação pequena atrás da qual as tropas se podem abrigar. 2 / 22 GUIA PARA O GIRO DO HORIZONTE (7) Crista Topográfica Linha que une os pontos de cota mais alta da elevação (8) Crista Militar Linha de mudança de declive que permite a um observador examinar todo o terreno que lhe fica abaixo, sem que haja qualquer espaço morto. (9) ColoAbaixamento da linha de crista ou linha de cumeada num conjunto de elevações. (10) Desfiladeiro Colo extenso e estreito. 3 / 22 GUIA PARA O GIRO DO HORIZONTE (11) Garganta Desfiladeiro profundo muito estreito e entre vertentes. (12) Encosta Vertente voltada ao inimigo. (13) Contra-Encosta Vertente que fica do lado oposto à encosta. Está protegida das vistas terrestres e dos fogos das armas de tiro tenso do inimigo. (14) Escarpado Encosta talhada a pique 4 / 22 GUIA PARA O GIRO DO HORIZONTE (15) Vale Espaço compreendido entre duas cadeias de alturas. (16) Linha de água Cava do terreno para onde as águas se encaminham quando chove. (17) Curso de água Linha de água por onde corre água permanentemente. (18) Planície Grande extensão de terreno c/ baixa altitude 5 / 22 GUIA PARA O GIRO DO HORIZONTE (19) Mata Zona arborizada com árvores de alto porte (20) Clareira Porção de terreno com vegetação escassa ou mesmo sem vegetação, localizada no interior de uma zona arborizada (21) Orla da mata Linha que delimita uma mata b. Aspectos militares do terreno (1) O terreno exerceu, desde sempre, uma influencia determinante nas operações. O terreno é estudado para se determinar a sua influência nas modalidades gerais de acção que podem ser adoptadas quer pelas forças amigas, quer pelo inimigo. (2) A análise do terreno debruça-se sobre terreno importante para a operação e passa pela determinação de pontos de referência para utilizar no trabalho, quer de gabinete, quer de campo. (3) Os pontos de referência levantados servirão para o subsequente estudo dos aspectos militares do terreno, observação e campos de tiro, cobertos e abrigos, obstáculos, pontos importantes e eixos de aproximação (OCOPE). 6 / 22 GUIA PARA O GIRO DO HORIZONTE (4) O estudo do terreno pode igualmente ser baseado, ou não, no estudo táctico da área de operações, segundo os seguintes factores de análise: Relevo e hidrografia A Vegetação I Natureza do solo Alterações resultantes da acção do homem 3. SEQUÊNCIA O Giro do Horizonte decorre em diversas fases que culminam na exposição do mesmo. Essas fases são: • Preparação no gabinete • Preparação no campo • Exposição no campo 4. PREPARAÇÃO NO GABINETE A preparação em gabinete, não querendo obviamente dizer que se não houver um gabinete não se prepare o giro, pressupõe uma fase de planeamento do giro do horizonte. 7 / 22 GUIA PARA O GIRO DO HORIZONTE a. Preparação das Cartas (1) Generalidades (1) As cartas topográficas são um elemento de trabalho constante para qualquer oficial com funções de Comando e Estado Maior. (2) A sua utilização em boas condições exige uma preparação prévia, que consiste em: 1. Fixar as cartas numa prancheta, se for o caso de se poder trabalhar sobre ela, ou ligar as diferentes folhas a utilizar, no caso contrário; 2. Iluminar as cartas, na zona que interessa; 3. Marcar as cartas ou um plástico transparente colocado por cima. (2) Fixar as Cartas (a) Antes de mais há que verificar, no conjunto das cartas que foram indicadas para o trabalho, qual a zona de terreno que interessa realmente estudar para a resolução do problema, a fim de colocar essa zona na melhor posição sobre a prancheta. (b) Deve ter-se o cuidado de deixar à vista, em baixo ou em cima e à direita ou à esquerda, os números indicativos das coordenadas, se as cartas as tiverem. Se, deste modo, o conjunto das cartas ficar com dimensões muito superiores às da zona onde interessa trabalhar, deverão dobrar-se os excedentes, de forma a ocupar menos espaço na prancheta. Neste caso haverá que transcrever, para os limites da parte das cartas que ficar a vista, os referidos números das coordenadas. É vantajoso que num canto da prancheta, sobre um papel, se desenhe um pequeno esquema de conjunto das cartas utilizadas, com os respectivos números. (c) Se houver necessidade de trabalhar com cartas pouco conhecidas, é vantajoso também deixar à vista a legenda de uma das folhas utilizadas. (d) Se houver necessidade de trabalhar simultaneamente com dois ou mais conjuntos de cartas de escalas diferentes, convém colocar sobre cada conjunto, de forma bem visível, a indicação da respectiva escala. (3) Ligar as Cartas (a) Quando não for possível trabalhar sobre uma prancheta, o que normalmente sucederá quando se tiver que ir ao terreno, haverá que ligar as diferentes folhas do conjunto de cartas a utilizar. (b) Isso deve fazer-se, de preferência, com fita gomada, a qual nunca deverá ser colocada sobre a parte impressa das cartas mas sim sobre as suas margens. Para, posteriormente, separar as cartas a fita deve ser cortada e nunca arrancada. (c) Depois de ligar as diferentes folhas, o conjunto deve ser dobrado de forma a reduzir as suas dimensões somente a um pouco mais 8 / 22 GUIA PARA O GIRO DO HORIZONTE que as da zona de terreno que interessa ao problema a estudar. Tal com se indicou anteriormente, deve deixar-se à vista ou transcrever para as margens das cartas a utilizar os números indicativos das coordenadas, se as cartas as tiverem. (d) Se houver necessidade de ir ao terreno, as cartas, depois de ligadas e convenientemente dobradas (e depois de iluminadas), deverão ser introduzidas num porta-cartas ou envolvidas num plástico transparente. (4) Iluminar as Cartas (a) “Iluminar” as cartas consiste em fazer ressaltar, a cores, os acidentes do terreno que interessarem ao problema a tratar, facilitando assim a leitura das cartas e o estudo do terreno por elas representado. (b) Na maior parte dos casos, o que mais interessa salientar são a hidrografia e o relevo. As linhas de água são avivadas a lápis azul. Quanto ao relevo, poderá proceder-se de varias maneiras e que a seguir se indicam: 1. Assinalando, com lápis de giz muito macios, as cristas a amarelo ou alaranjado e os pontos mais dominantes a castanho, e esbatendo depois com um esfuminho a “pintura” feita. 2. Colorido com lápis macios, segundo uma sequência harmónica de cores, as sucessivas faixas de terreno entre curvas de nível de determinadas cotas. Por exemplo: Amarelo para a faixa entre 150 e 250 m; alaranjado para 250 a 350 m; castanho claro para 350 a 450 m, etc. 3. Colorindo, segundo um critério semelhante ao anterior, somente uma pequena margem junto à curva de nível inferior de cada faixa escolhida e as elevações mais destacadas. (c) A primeira maneira de proceder indicada é a mais simples e rápida: só exige dois lápis para o revelo, não obriga ao cuidado de seguir rigorosamente as curvas de nível e só uma parte das cartas é colorida. Não permite, porém, dar uma ideia completa da configuração do terreno, pelo menos numa área grande, pois só estabelece contraste entre pontos dominantes, cristas e linhas de água e não indica, portanto, as altitudes relativas. A segunda permite salientar o relevo com bastante mais exactidão, mas é muito mais trabalhosa. A última é uma simplificação da anterior e tem, portanto, características intermédias. (d) Em certos casos poderá haver interesse em iluminar outros acidentes do terreno, tais como: estradas (a avivar a lápis vermelho); Zonas densamente arborizadas (tracejadas a verde); escarpados ou grandes declives (tracejados a castanho); Certos pontos críticos das vias de comunicação, como pontes, passagens de nível, estrangulamentos (por um circulo envolvendo o local) e troços em mauestado (tracejado por cima); etc. 9 / 22 GUIA PARA O GIRO DO HORIZONTE (e) A iluminação das cartas deve ser feita levemente, sem exageros de colorido, em especial no que diz respeito a hidrografia e ao relevo; doutro modo, poderá conduzir a uma apreciação errada do terreno. Alem disso, deve permitir que todos os sinais, cotas e designações impressas nas cartas possam continuar a ser vistas sem dificuldade. (f) Quando se empregarem lápis de giz, poderá evitar-se que a iluminação feita suje os transparentes e os plásticos a colocar sobre as cartas, e as mãos de quem tem de trabalhar com elas, pulverizando-a com laca. (5) Marcar as Cartas (a) Marcar as cartas consiste em transportar para estas certos dados do problema em estudo, susceptíveis de representação gráfica e, em regra, constantes de um ou mais transparentes: limites, objectivos, dispositivos das nossas forças e do inimigo, etc. Isso deve fazer-se, não nas próprias cartas, mas num plástico a colocar sobre elas. (b) Esse plástico deve ter dimensões suficientes para cobrir completamente as cartas a utilizar e ser previamente colocado sobre estas, solidamente preso à prancheta pela sua margem superior. Em seguida, coloca-se sobre as cartas e por debaixo do plástico o transparente a copiar, ajustando rigorosamente as respectivas referências de posição (cruzamentos de coordenadas, povoações, etc.). (c) Quando se preveja a necessidade de trabalhar sobre o plástico, que é o mais normal, convém garantir que certas indicações não corram o risco de serem apagadas. Para isso: ou se desenham essas indicações nas costas do plástico, isto é, na face deste voltada para as cartas; ou se utilizam dois plásticos, o segundo cobrindo aquele onde se desenharam as referidas indicações. Para se desenhar nas costas do plástico, procede-se primeiro como anteriormente se mencionou, tendo o cuidado de desenhar naquele 3 ou 4 referências de posição. Em seguida coloca-se o plástico às avessas numa mesa ou estirador, de preferência sobre papel claro, e decalca-se para a outra face o que se desenhou na primeira. Finalmente, torna-se a colocar o plástico sobre as cartas, ajustando bem as referências de posição e apagam-se os dados inicialmente desenhados. (d) Para se apagarem os sinais feitos sobre o plástico deve usar-se um pequeno trapo ou papel macio, embebido em “Benzovac”, gasolina ou álcool. (e) Na marcação das cartas devem respeitar-se rigorosamente os sinais gráficos convencionais regulamentados e as cores estabelecidas para o efeito. (f) O que se disse nas alíneas anteriores aplica-se, duma maneira geral, ao plástico que envolve cartas preparadas para ir ao terreno ou a um porta-cartas. Deve haver o máximo de cuidado, quando se utilizam as cartas no terreno, em verificar 10 / 22 GUIA PARA O GIRO DO HORIZONTE frequentemente se as referências de posição marcadas no plástico estão coincidentes com as das cartas. (g) As “marcas” especiais, com cabeças de cor e dimensões diversas, podem também ser usadas na marcação das cartas. Há que ter em atenção, porém, que essas “ marcas”, uma vez colocadas, não permitem que o plástico que cobre as cartas seja levantado. b. Marcação de medidas de coordenação para o Giro Com vista a facilitar quer o trabalho de campo quer a exposição, o trabalho de gabinete deve seguir a sequência. Sendo assim efectuar: 1º Marcação do local do posto de observação (PO); 2º Orientação da carta; 3º Delimitação e identificação da zona do terreno a tratar; 4º Divisão dessa zona em sectores, se necessário; 5º Identificação dos pontos/acidentes do terreno, na zona referida, sector a sector, às longas, médias e curtas distâncias, no sentido dos ponteiros do relógio. (1) Determinar a localização exacta do PO O passo inicial é definir a localização do PO devendo registar-se a sua designação toponímica bem como as suas coordenadas. O local para PO deve permitir, preferencialmente, poder observar todo o terreno que se quer identificar devendo ter-se em atenção à segurança que o local proporciona, itinerários de acesso e/ou retirada, etc. 11 / 22 GUIA PARA O GIRO DO HORIZONTE (2) Orientação da carta Para posterior orientação da carta procurar determinar um acidente bem destacável na carta, visível no terreno e suficientemente afastado para definir a direcção de um dos pontos cardeais. Se não houver nenhum ponto de referência nas direcções cardeais, a orientação será feita por outra direcção, com base noutros pontos bem destacáveis. Para tirar dúvidas sobre se algum destes pontos será visível do PO poderá proceder-se à elaboração de um perfil do terreno. No transparente auxiliar, a partir do centro do triângulo, símbolo do PO, traça-se uma seta que une este ao acidente topográfico escolhido para definir a direcção cardeal escolhida. Uma opção sempre boa é escolher um edifício e traçar a direcção cardeal por uma esquina do mesmo. (3) Delimitar e identificar a zona a tratar Seguidamente identificar um conjunto de pontos que permitam identificar que área do terreno, em relação ao PO, se vai identificar. Por regra a área a tratar no giro do horizonte coincidirá com a área de interesse. Referenciar pontos destacáveis do terreno que permitam definir os limites da zona (de preferência às longas distancias). 12 / 22 GUIA PARA O GIRO DO HORIZONTE A área a tratar poderá ser em 360º relativamente à posição do PO. Ou poderá ser apenas uma parte do terreno devendo-se identificar os pontos que a definem. (4) Dividir a zona em sectores Planeia-se então uma divisão do terreno a tratar em sectores a partir do PO, que não deverão ter mais de 120º e menos de 45º. Os limites entre sectores deverão ser bem referenciáveis. Relativamente à divisão em sectores de uma área em 360º à volta do PO, não nos devemos cingir a apenas 3 sectores uma vez que, dificilmente se conseguirá cumprir a regra de cada um deles ter exactamente 120º. 13 / 22 GUIA PARA O GIRO DO HORIZONTE Vemos aqui uma forma da divisão em sectores da área a tratar, neste caso em 360º relativamente à posição do PO. Verifica-se que, quer a referência aos pontos, quer a referência aos sectores se encontram voltadas para o centro. O motivo desta disposição resulta da necessidade de, mais tarde durante a exposição, não se dever mexer na carta depois desta estar devidamente orientada. Neste caso é o militar que faz o giro que se desloca em redor da carta e sempre voltado para a parcela de terreno a descrever. (5) Levantamento e determinação dos pontos a identificar no terreno (a) Por último levantam-se os pontos a identificar no terreno e que terão de ser os necessários para todas as exposições. (b) Nesta fase deverá reflectir-se sobre qual a finalidade do giro do horizonte. Se a finalidade for apenas familiarizar as pessoas com o terreno dever-se-á escolher um conjunto de pontos que consiga atingir tal Obj. (c) No caso do escalão em causa ter Estado-Maior (EM), o giro do horizonte é normalmente seguido de exposições pelos restantes Oficiais do EM. Neste caso deverá haver uma coordenação prévia com os restantes oficiais do EM que deverão participar indicando ao OfInfo todos os pontos do terreno irão referir nas suas exposições para que este os inclua no seu giro do horizonte e os localize no terreno. De um modo geral serão os necessários para identificar/definir: Limites, LP/LC; Linha de Partida/Linha de Contacto/Orla Avançada da Zona de Resistência; Pontos Importantes; Eixos de Aproximação; Linhas de Observação; Localização do Dispositivo Inimigo; Linhas de Água; Cursos de Água; Estradas; Cobertura Vegetal; Obstáculos; Possíveis Localizações dasNT; Medidas de Coordenação; Localização da Reserva; etc. 14 / 22 GUIA PARA O GIRO DO HORIZONTE (d) Como referência deve ter-se em atenção que a exposição do giro do horizonte não deve ultrapassar os 15 minutos e como tal o número de pontos a levantar deve situar-se entre os 30 e 40. (e) Após o levantamento de todos os pontos necessários deverá determinar-se o azimute magnético e distância do PO para cada um desses pontos (a unidade de medida em gabinete deve ser a da Bússola a utilizar, normalmente milésimos). Este trabalho permitirá identificar posteriormente, de forma mais fácil no campo, os diversos pontos levantados. c. Elaboração de transparente auxiliar Para apoio do Giro do Horizonte deve ser preparado um transparente auxiliar. Este deve ser preparado e utilizado utilizando a seguinte metodologia: (1) Localizar no centro do Transparente o PO e inscrever, a maiúsculas, a sua designação e coordenadas; (2) Colocar o Transparente sobre a Carta; (3) Inscrever no transparente: ¾ A direcção que permite Orientar a Carta e o ponto que, com o PO, a define; ¾ Os limites da zona de terreno a tratarem; ¾ Os limites dos sectores em que se dividiu a zona de terreno; ¾ Os pontos a identificar no terreno; (4) Utilizar um código de cores para referenciar os pontos localizados às distâncias: ¾ Longas - mais dos 3000m ¾ Médias - entre os 3000 e os 600m ¾ Curtas - desde os 600m ao PO (5) Identificar os pontos no transparente de forma visível e perceptível, pelo que as inscrições deverão ser em maiúsculas e viradas para o centro (PO). 15 / 22 GUIA PARA O GIRO DO HORIZONTE (6) Exemplos de Transparente Auxiliar 16 / 22 GUIA PARA O GIRO DO HORIZONTE d. Elaboração de tabela de registo auxiliar (1) A fim de evitar sobrecarregar o transparente auxiliar com informação relativa a cada um dos pontos de referência (cota, distância ao PO, Azimute magnético, descrição, etc) poder-se-á elaborar uma tabela registo desses dados e devidamente organizados por sectores, distâncias, etc. (2) Anexo A – Exemplo de Giro do Horizonte com Tabela de Registo Auxiliar 5. PREPARAÇÃO NO CAMPO a. Deve seguir os mesmos passos da exposição: ¾ Localização do posto de observação ¾ Orientar a carta ¾ Identificação da zona a tratar ¾ Divisão da zona em sectores (se necessário) ¾ Identificação dos pontos do terreno na referida zona, sector a sector e dentro de cada sector, às longas, médias e curtas distancias ( no sentido dos ponteiros do relógio) b. Deverá seguir os mesmos passos da Exposição e o material necessário será: Carta; Bússola; Binóculos; Canetas/Lápis adequados; Régua; Transferidor; Escalímetro; e os elementos preparados no Gabinete. c. Precisar a localização do PO (nome e coordenadas, até ao Hm, se necessário). d. Verificar a direcção escolhida para orientar a carta. e. Verificar a direcção dos pontos que definem a zona e a direcção ou acidente do terreno que define os limites dos sectores 17 / 22 GUIA PARA O GIRO DO HORIZONTE f. Estabelecer pontos de referência, que permitam referenciar os pontos necessários mas não visíveis e coordenar com os restantes oficiais de estado maior essas referências. g. Actualizar o Transparente do Giro. 6. EXPOSIÇÃO Antes de iniciar o giro do horizonte convém referir, a quem o vai ouvir, qual o melhor local a ocupar por: • Uma questão de ocupar uma posição que garanta a melhor observação: • (em termos escolares) Existirem outros EM no local que também irão expor. a. Métodos de identificação de pontos ¾ Directamente ¾ Por posição relativa a um ponto de referência ¾ Por descrição sucessiva do terreno b. Exposição ¾ Indicar o local onde se deve posicionar quem assiste ao giro. ¾ Localizar o PO, assegurando-se de que toda a gente o localizou: Encontramo-nos na região de CALDELAS ∆ com as coordenadas (MD456789). Visto? 18 / 22 GUIA PARA O GIRO DO HORIZONTE ¾ Indicar a direcção que permite orientar as cartas e no terreno os pontos que a definem. Após ter decorrido o tempo suficiente para que quem assista à exposição tenha localizado na carta o local onde se encontra indicar a direcção que permite orientar as cartas assegurando-se que mais uma vez toda a gente identificou a referida direcção: Para poderem orientar as vossas cartas vou passar a definir a direcção N/S/E/W. Tal direcção é materializada pela posição onde nos encontramos e a QUINTA DO OLIVAL que é a povoação que podemos observar nesta direcção (apontar) a 500m onde se destaca uma torre de cor amarela com telhado cor de laranja. Visto? ¾ Identificar a zona de terreno e os sectores em que se dividiu, por pontos de referência bem visíveis A região do terreno a identificar neste giro do horizonte é limitada a OESTE pela posição onde nos encontramos e o CASAL DA OLIVEIRA que é a casa no topo daquela colina nesta direcção a 400m com 2 árvores do lado esquerdo e uma antena parabólica do lado direito. Visto? É limitada a ESTE pela posição onde nos encontramos e pelo PICO DO AREEIRO que é a elevação que podemos observar nesta direcção sobre a linha do horizonte onde se destacam 2 antenas. Visto? Nesta zona vamos considerar 2 sectores. O 1º sector é delimitado à esquerda pelo CASAL DA OLIVEIRA anteriormente definido e à direita pelo cemitério de FIGUEIRINHAS que podemos observar 4 dedos à direita do aglomerado de casas que observamos nesta direcção a 600m. Visto? O 2º sector é definido à esquerda pelo cemitério de FIGUEIRINHAS e à direita pelo PICO DO AREEIRO também já identificado. Visto? ¾ Identificar os pontos de cada sector, por faixas, às longas, médias e curtas distâncias, no sentido do movimento dos ponteiros do relógio. Para a audiência não se perder, o método estabelecido para identificar pontos segue a sequência sector a sector começando pelo 1º sector. Dentro de cada sector a identificação dos pontos é feita das longas para as curtas distâncias. ¾ Em cada faixa, correspondente a uma distância, a identificação é feita da esquerda para a direita. ¾ Só se passará para o sector seguinte depois de ter identificado todos os pontos do sector anterior. 19 / 22 GUIA PARA O GIRO DO HORIZONTE ¾ A figura anterior pretende ilustrar a sequência de identificação de pontos em cada faixa dentro de um sector. Seguir-se-ia a ordem alfabética. Note-se que dentro da mesma faixa uma técnica é voltar à esquerda para identificar linhas sucessivas de pontos. Não obstante poderá utilizar-se como referência pontos já identificados na linha de pontos anterior (caso ponto A para identificar ponto D). No 1º sector e ás longas distâncias vemos a região de ..., já identificada, seguindo a linha do horizonte para ....,vê-se uma mata densa e escura, na sua orla aparece um terreno castanho claro e a linha de festo começa a descer. Visto? Imediatamente após a linha de água avista-se um terreno recém lavrado com árvores dispersas onde se vê um marco geodésico que é o lameiras, continuando para ... ¾ Seguir o mesmo critério para as médias e curtas distâncias. ¾ Ir referenciando o terreno, descrevendo-o e salientando os pontos a referenciar. ¾ Voltar aos limites do sector quando mudar de distância. ¾ Descrever o terreno de acordo com a terminologia militar. ¾ Levar a audiência a um ponto por descrição sucessiva das formas do terreno No 1º sector e às longas distâncias vemos o CASAL DA OLIVEIRA já identificado, continuando na linha do horizonte podemos identificar imediatamente à direita uma área arborizada após a qual o terrenosobe e desce. No topo dessa elevação podemos vislumbrar um ponto branco que é o delta SRª PRANTO. Visto? 20 / 22 GUIA PARA O GIRO DO HORIZONTE ¾ Empregar o método do relógio para pontos dificilmente visíveis Descendo do delta SRª PRANTO e seguindo a linha de água nessa encosta observamos que ela bifurca junto de um conjunto de 3 árvores; tomando essas 3 árvores como referência, pelas 4 horas e a 200m (3 dedos) observamos um conjunto de 2 casas, uma delas com o telhado em ruínas.Visto? É a região de Qtª da CAPARICA. ¾ Empregar a localização directa para pontos facilmente visíveis Voltando à esquerda deste sector e às médias distâncias podemos observar nesta direcção a cerca de 1000m uma capela com uma torre no cimo da qual existe um ninho provavelmente de uma cegonha. Visto? É a CAPELA DOS DESESPERADOS. ¾ Proceder de igual forma para o resto deste sector e posteriormente para as curtas distâncias. ¾ Passar para o sector seguinte. Passando para o segundo sector e às longas distâncias… ¾ Será conveniente, quando adequado ir fazendo referências entre o que é o terreno e o que se pode ver na carta para que, quem assiste ao giro do horizonte vá fazendo o paralelismo. … é a CAPELA DOS DESESPERADOS que na vossa carta não se encontra representada ¾ Ou que na vossa carta se encontra imediatamente a Oeste da povoação de LIMADO que não é visível no terreno. 7. TERMINOLOGIA MAIS COMUM • TERGO ou CRISTA • LINHA DE CUMEADA, LINHA DE FESTO ou LINHA DE SEPARAÇÃO DE ÁGUAS • VERTENTE ou ENCOSTA • ESPORÃO • VALE • FUNDO CHATO o Cultivados - CAMPINAS - VÁRZEAS - VEIGAS - PRADOS o Incultos - CHARNECAS - ARNEIROS - GÂNDARAS o Alagadiços 21 / 22 GUIA PARA O GIRO DO HORIZONTE - LEZÍRIAS - LAMEIROS o Alagados - PÂNTANOS - ATOLEIROS - BREJOS • FUNDO CÔNCAVO • FUNDO RAVINOSO o BARRANCOS o GARGANTAS o RAVINAS o CÓRREGOS • TALVEGUE ou LINHA DE REUNIÃO DE ÁGUAS • MARGENS ou FLANCOS • LINHA DE AGUA • ELEVAÇÕES • PLANÍCIES • CUME ou TOPO • FALDA ou ABA • BASE ou SOPÉ • COLINAS • MORROS • CABEÇOS • OUTEIROS • MONTES • MONTANHAS • DEPRESSÕES • CÔVADOS • CRATERAS • LAGOS • LAGOAS • COLO / QUEBRADA / PORTELA / DESFILADEIRO 22 / 22 Anexo A (Exemplo de Giro do Horizonte com Tabela de Registo Auxiliar) ao Guia para o Giro de Horizonte GIRO DO HORIZONTE APRESENTAÇÃO 1. LOCALIZAÇÃO 2. DIVISÃO DO TERRENO EM SECTORES A descrição da zona vai ser feita em 180º (360º) pelo que esta foi dividida em 2 ( 4) sectores, que vou passar a identificar, e de seguida passarei á identificação dos pontos notáveis do terreno que cada um contém. 1º SECTOR limite Esq Linha definida pela nossa posição e SSSSS ∆ ( 234567)( junto a Lapas Grandes ) a 4 Km - 225º limite Dir Linha definida pela nossa posição e RRRRR ∆(321321) a 3 Km - 315º 2º SECTOR limite Esq Direcção que acabei de referir (limite Dir 1º Sector) limite Dir Linha definida pela nossa posição e vvvvvv ∆ (222444) - 3 Km 50º. 3º SECTOR ( OPCIONAL ) limite Esq Direcção que acabei de referir (limite Dir 2º Sector) limite Dir Linha definida pela nossa posição e DDDFFF ∆ (555888)- 2,5 Km 130º. 4º SECTOR ( OPCIONAL ) limite Esq Direcção que acabei de referir (limite Dir 3º Sector) limite Dir Linha definida pela direcção Norte anteriormente identificada ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ Bom Dia meus Senhores. Nos minutos que se seguem irei efectuar o Briefing do Giro do Horizonte e para o qual me irei apoiar nas Cartas Militares 1/50.000 Folhas 30-I ,30-II, 30-III e 30-IV e ainda num transparente auxiliar previamente elaborado. Encontramo-nos no ponto de observação designado por XXXXXX ∆, com a cota de YYYm e cujas coordenadas são 123123. Com a finalidade de orientarem as vossas cartas vou começar por definir a direcção NORTE que é materializada pela linha definida entre o ponto onde nos encontramos e XYXYXY ∆ (456456) que se enconta a aprox 3 Km – desta posição. VISTO? Anexo A ao GUIA PARA O GIRO DO HORIZONTE 1º SECTOR Longas Distâncias Médias Distâncias Curtas Distâncias 2º SECTOR Longas Distâncias Descrição Rumo Cota Coordenadas Dist(Km) Obs POV CASAL DO AZEITE 325 800395 9 GCC(-) ∆ OUTEIRO DO SOBRADO 330 136 815895 8 CATMEC POV VALE GRANDE 340 160 8343 11 ∆ OUTEIRO DA CABEÇA 348 180 851370 5 CATMEC 1 KM ÀQUEM POV BOMBARRAL 350 865480 14 GCC DIV1 KM ÀLEM ∆ ESTORNADIÇO 13 146 880405 8 CATMEC ∆ BACALHAU 5KM ALÉM DE ESTORNADIÇO ∆ PERAL 23 138 939451 15 SERRA TODO O MUNDO 35 260 975491 19 ∆ VINHEIRA 40 155 953444 15 CATMEC (NO) ∆ ZAMBUGEIRA 5 236 985431 16 ∆ PENEDO DOS OVOS 5 373 911357 5 SERRA MONTEJUNTO 50 Descrição Rumo Cota Coordenadas Dist (Km) Obs RIO SIZANDRO 245 8 TORRES VEDRAS 245 112 7727 8 ∆ CASAL MEIRINHO 265 152 769319 8,5 ∆ OURAÇA 260 110 808313 5 ∆ LAPAS GRANDES 230 293 831290 4 LIMITE POVOAÇÃO DO RAMALHAL ( Rio Alcabrichel ) 280 90 795339 5 CATMEC ∆ OUTEIRO DA MINA 290 112 826339 5 PEL MORT ∆ ALTO DOS CAMPELOS 312 141 800372 8 Descrição Rumo Cota Coordenadas Dist (Km) Obs ∆ ABRUNHEIRA ( RV) 275 90 825325 2,5 CAT MEC ∆ LAGOA DOS PEIXES 315 130 836345 3 Descrição Rumo Cota Coordenadas Dist(Km) Obs EN 115 A / 2 Anexo A ao GUIA PARA O GIRO DO HORIZONTE Médias Distâncias Curtas Distâncias 3º SECTOR ( OPCIONAL) Longas Distâncias Médias Distâncias Curtas Distâncias 4º SECTOR ( OPCIONAL) Longas Distâncias Médias Distâncias Curtas Distâncias Descrição Rumo Cota Coordenadas Dist(Km) Obs EN 115 Descrição Rumo Cota Coordenadas Dist(Km) Obs A / 3
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