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Os papéis que desempenhamos nos grupos

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1 
 
Disciplina: Teorias e Técnicas de Grupos. 
Profa. Marilucia Ricieri 
Curso: Psicologia – 7º semestre 
 
Os papéis que desempenhamos nos grupos 
 
Papéis desempenhados dentro dos grupos 
 
Cada pessoa cumpre vários papéis sociais na vida real. Suas 
características de personalidade mesclam-se às variáveis externas no 
desempenho de cada papel, dando a este um colorido ou “marca” 
absolutamente singular. A educação, como processo fundamental de 
socialização, tende a fazer-nos semelhantes para ajustamento à cultura da qual 
somos parte. Somos, por conseguinte, semelhantes e também diferentes na 
mesma cultura global, embora compartilhando hábitos, atitudes, valores e 
normas de conduta. 
 
Veja na tirinha da Mônica e do Cebolinha, o exemplo de papéis sociais. 
 
 
O ser humano é caracterizado pela sua identidade (nome, local onde 
vive, data de nascimento, filiação, DNA, impressões digitais, arcada dentária), 
pelos papéis que desempenha (profissional, pai, filho, mãe, amigo, irmão, 
esposo, etc) e por suas características que são acentuadas exatamente no 
 2 
desempenho de papéis, no dia-a-dia. São papéis construtivos e não-
construtivos. Vejamos a descrição de alguns deles: 
 
Papéis construtrivos: 
• Conciliador: busca um denominador comum. Quando em conflitos, 
aceita rever sua posição e acompanha o grupo para não chegar a 
impasse, ajuda buscar alternativas de solução comum a todos. 
• Mediador: resolve as divergências entre outros membros, alivia as 
tensões nos momentos mais difíceis, intercede com palavras de ânimo. 
• Animador: demonstra afeto e solidariedade aos outros membros do 
grupo, bem como compreensão e aceitação de outros pontos de vista, 
idéias e sugestões, concordando, recomendando e elogiando as 
contribuições dos outros. É ativo, proativo, entusiasta e festivo. 
• Ouvinte interessado: acompanha atentamente as atividades do grupo e 
aceita as idéias dos outros, servindo de auditório e apoio nas discussões 
e decisões do grupo. Fala menos e faz intervenções inteligentes, 
procurando sempre agregar. 
 
Papéis não-construtrivos: 
• Dominador: procura afirmar sua autoridade ou superioridade dando 
ordens incisivas, interrompendo os demais, manipulando o grupo ou 
alguns membros, sob a forma de adulação, afirmação de status superior, 
etc. A sua verdade é única e não aceita argumentação de terceiros. 
• Dependente: busca ajuda, sob a forma de simpatia dos outros membros 
do grupo, mostrando insegurança, autodepreciação e carência de apoio. 
Adota, freqüentemente, a postura de vítima. 
• Criador de obstáculos: discorda e opõe-se sem razão, mantendo-se 
teimosamente negativo até à ridicularização, obstruindo o progresso do 
grupo, mesmo após uma decisão ou solução já atingida. Não importa a 
situação ou tema discutido: ele sempre é “do contra”. 
• Agressivo: ataca o grupo ou o assunto, fazendo ironia ou brincadeiras 
agressivas, mostrando desaprovação dos valores, atos e sentimentos 
dos outros. Costuma utilizar franqueza depreciativa. 
 3 
• Gozador: aparentemente agradável, entretanto evidencia seu completo 
afastamento do grupo, podendo exibir atitudes cínicas, desagradáveis, 
indiferentes à preocupação e ao trabalho, através de poses estudadas 
de espectador, que se diverte com as dificuldades e esforços dos outros. 
Tem sempre uma piada ou um comentário “engraçado” ou pejorativo. Na 
verdade, tudo isso para chamar a atenção para si. 
 
Segundo Albigenor & Militão (2000), essa classificação não pode ser 
considerada rígida, mas sim, servir como parâmetro de análise e percepção 
dos papéis que se desempenha nos grupos. Dependendo do contexto e das 
circunstâncias em que o grupo se encontre, um papel se apresentará como 
sendo construtivo ou não-construtivo. 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
 
ANDRADE, Suely Gregori. Teoria e Pratica de dinâmica de grupo – Jogos e 
exercícios. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1999. 
 
BOCK, Ana Mercês; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. 
Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia. 13. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2006. 
 
FAILDE, Izabel. Manual do Facilitador para dinâmicas de grupo. Campinas, 
SP: Papirus, 2007 
 
FREUD, Sigmund. Mal-estar da civilização. In: Obras psicológicas completas 
de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1980. 
 
MOSCOVICI, Felá. Desenvolvimento Interpessoal – treinamento em grupo. 
Rio de Janeiro: Ed. José Olympio, 7ª Ed., 1997 
 
OSÓRIO, Luiz Carlos; ZIMERMAN, David. Como trabalhamos com grupos. 
Porto Alegre: Artmed, 1997.

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