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CINTRA, Ana Maria Marques et al. Para entender as linguagens documentárias. São Paulo: Polis, 2002. Capítulo 2 Ideia principal Com o crescimento do conhecimento científico e tecnológico nas décadas de 1950 e 1960, gerou-se uma dificuldade no armazenamento e na recuperação da informação. Na busca para a solução desse problema, optou-se por uma mudança do enfoque e da conceituação da recuperação da informação. Com isso em vista, a ideia principal deste capítulo gira então, em torno da natureza, especificidade e funções das linguagens documentárias, que tem sua utilização nascendo naquelas épocas. Tendo-se então como uma breve definição, as LDs, são sistemas simbólicos instituídos que tem como objetivo facilitar a comunicação, ou seja, tornar possível a comunicação do usuário com o sistema - as mais conhecidas são os tesauros e os sistemas de classificações bibliográficas (CDD E CDU); nesse sentido as LDs são instrumentos intermediários. Citando o autor Gardin (1968), para auxiliar no entendimento, uma LD é um conjunto de termos, promovidos ou não de regras sintáticas e utilizadas para representar conteúdos de documentos técnico-científicos com fins de classificação ou busca retrospectiva de informações. Quando se fala em vocabulário, referente à LD, sabe-se que não se integram vocabulários propriamente diretos, pois são formadas de palavras preferenciais, combinando palavras de vocabulários de alguns domínios e palavras utilizadas pelos usuários, sendo assim, englobam diversos vocabulários, que privilegia uma constituição a partir de origens diferentes. O processo de tradução de textos em linguagem natural para uma linguagem documentária têm como nome indexação, ligado a essa operação está o processo de classificação. Dentro de todo esse processo a LD é usada na entrada do sistema, quando se tem um documento analisado para registro, ocorre então uma espécie de tradução, das mesma forma na saída do sistema, após uma solicitação da informação e o pedido analisado, o conteúdo é traduzido nos termos da LD que foi utilizada. Citações indiretas Enquanto sistema de relações construído, o sentido de cada um dos elementos da LD, vai estar diretamente submisso às definições correspondentes aos elementos postos nas posições superiores do sistema. (p. 35). O vocabulário documentário possui como objetivo reunir unidades tidas como “puras” de tudo aquilo que possa complicar o sentido, seria um exemplo disso a ambiguidade de vocábulo ou de construção sinonímia, como também, a pobreza informativa e a redundância. (p. 42 - 43). Após preparadas e estando disponível para o uso, as linguagens documentárias mais desenvolvidas como os tesauros, passam constantemente por atualizações, sendo elas operações de supressão de termos que caíram no desuso, reagrupamento de descritores relacionados a existência de palavras que são raramente utilizadas e/ou adição de termos novos. (p. 47). Capítulo 3 Ideia principal Falando-se de organização sistemática, apenas a organização nocional de uma área possibilita a utilização de instrumentos eficazes para o tratamento e recuperação da informação, ele é um considerado um aspecto básico dentro das LDs. A ausência desse sistema de noções, gera diversas dificuldades, principalmente no empreendimento de dar a forma a um conjunto de palavras, comprometendo a indexação e a economia da atividade documentária. O capítulo 3 então possui como ideia principal o sistema nocional, explicando sua função e outras características. Continuando, de acordo com uma norma do ISO 1087, se possui como definição de sistema nocional um “conjunto estruturado de noções que reflete as relações estabelecidas entre as noções que o compõem e no qual cada noção é determinada pela sua posição no sistema”, ou seja, existe a necessidade de estabelecer posições relativas, que se consegue através da determinação das relações que as associam. Ainda no ISO 1087, conseguimos saber que noção é a “unidade de pensamento constituído por propriedades comuns a uma classe de objetos”. Entramos então nas relações hierárquicas dentro dessa área, cujas definem entre noções subordinadas em um ou vários níveis. Temos nesse aspecto três características, as relações genéricas, as relações específicas e as relações partitivas, que demarcam relações de gênero; destrinchando cada relação dessa, a primeira se refere a identidade parcial do conjunto das noções superordenadas e subordinadas dentro do universo hierárquico, já a segunda vem a ser as relações subordinadas que compartilham das mesmas características da noção e apresenta pelo menos uma característica a mais que as diferencia, a última relação é do tipo hierárquica, onde a noção superordenada é referida a um objeto considerado como um todo e as noções subordinadas a objetos considerados como suas partes. Citações indiretas Desta forma, nasce a necessidade de estabelecer a priori, que a utilização de qualquer linguagem documentária conjectura a explicitação nocional da área a que refere-se e a sua organização na forma de um sistema. (p. 50). No que se tem a respeito das relações hierárquicas, precisa-se levar em conta a definição de ordem e de subordinação. (p.51) As relações que não fazem parte de uma hierarquia são aquelas que possuem entre si proximidade espacial ou temporal. Sendo assim, essas relações também são conhecidas como relações sequenciais. (p. 54)
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