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FLOTAÇÃO DA WOLLASTONITA Revisão bibliográfica da dissertação de mestrado: “rotas de concentração por flotação para a wollastonita presente nos depósitos do estado de goiás” (Martins, S. C. ; 2015) Disciplina Flotação de silicatos – emn006 / professor: Paulo roberto Magalhães viana Departamento de engenharia de minas – escola de engenharia – universidade federal de minas gerais Junho / 2015 Israel rodrigues teixeira INTRODUÇÃO A wollastonita é um silicato Inossilicatos Piroxênios Piroxenóides Composição CaSiO3 – 48,3% CaO / 51,7% SiO2 Substituições do Ca: Al, Fe, Mn, Mg, Na INTRODUÇÃO – BASE TEÓRICA Silicatos Unidade fundamental é um tetraedro formado por silício e oxigênio Cátion Si4+ no centro coordenando quatro O2- em seus vértices Inossilicatos Polimerização em cadeias “lineares” Piroxênios – Cadeia simples – Compartilha 2 oxigênios Si:O – 1:3 Anfibólios – Cadeia Dupla – Compartilha 3 oxigênios Si:O 4:11 INTRODUÇÃO – BASE TEÓRICA Piroxenóide Cadeia não é exatamente linear, há um “desvio” que retorce a cadeia Distância de repetição maior INTRODUÇÃO – BASE TEÓRICA Propriedades INTRODUÇÃO – BASE TEÓRICA Esquema da estrutura cristalina INTRODUÇÃO A wollastonita é um mineral bastante versátil o que agrega um valor satisfatório aos seus produtos É largamente utilizada no mundo, contudo, o Brasil ainda não aproveita seu potencial Maiores produtores mundiais (USGS, 2015) China, Índia, Estados Unidos, México e Finlândia Usos Indústria de plásticos, materiais cerâmicos, materiais médicos, tintas Indústria agrícola – correção do solo Indústria civil – cimentos de alta resistência (acicular) e substituto do amianto (fibrosa) INTRODUÇÃO – GÊNESE DOS DEPÓSITOS (PARÂMETROS MUNDIAIS) INTRODUÇÃO – COMPONENTES DA AMOSTRA Associação de minerais presentes no depósito brasileiro Wollastonita - CaSiO3 Diopsídio - CaMgSi2O6 Feldspatos - (Albita: NaAlSi3O8 / Anortita: CaAl2Si2O8 / Microclina: KAlSi3O8) Quartzo - SiO2 Calcita - CaCO3 INTRODUÇÃO – COMPONENTES DA AMOSTRA Propriedades ESTUDOS PRELIMINARES Existe bastante semelhança nas propriedades dos minerais formadores da amostra, especialmente entre os silicatos, o que leva a uma grande dificuldade de concentrar-se a wollastonita A única propriedade diferenciadora mais evidente para os silicatos formadores do minério em questão é a susceptibilidade magnética do diopsídio ESTUDOS PRELIMINARES – POTENCIAL ZETA - WOLLASTONITA Medidas do potencial zeta da wollastonita na presença de eletrólito indiferente , acetato de dodecilamina e oleato de sódio ESTUDOS PRELIMINARES – POTENCIAL ZETA – WOLLASTONITA Potencial zeta da sob a presença de eletrólito indiferente evidencia sua grande faixa de potencial negativo Ponto isoelétrico – pH 4 Adição da amina ocorre a inversão da carga, em torno de pH 10, sendo que a mesma volta a ser negativa em pH 12 Isso mostra que ocorre a adsorção da amina na wollastonita e, considerando que a cabeça polar da dodecilamina adsorve-se na superfície negativa da wollastonita, é possível que a adsorção seja física Adicionando de oleato de sódio, coletor aniônico, observa-se uma possível adsorção de natureza química, já que esse reagente adsorve em toda faixa de pH, independente da carga da wollastonita, fato esse que deixa o potencial zeta ainda mais negativo ESTUDOS PRELIMINARES – POTENCIAL ZETA – DEMAIS MINERAIS Diopsídio (ponto isoelétrico pH 3,5) Inversão de carga ao adicionar amina em pH 9 - 11 Quartzo (ponto isoelétrico pH 2,6) Microclina (ponto isoelétrico pH 1,8) Ambos com potencial negativa em toda faixa de pH ESTUDOS PRELIMINARES – POTENCIAL ZETA – DEMAIS MINERAIS Compilação dos pontos isoelétricos encontrados na literatura Calcita (ponto isoelétrico pH 9,3) ESTUDOS PRELIMINARES – POTENCIAL ZETA Analisando os potenciais dos minerais presentes na amostra percebe-se que os silicatos apresentam ponto isoelétrico em faixa de pH ácida variando em torno de 1,8 a 4,0, sendo que acima dessa faixa de pH tais silicatos apresentam carga negativa A calcita apresenta ponto isoelétrico em pH em torno de 9,3, sendo sua carga superficial positiva para faixas de pH inferiores Os valores obtidos para os potenciais evidenciam que a separação da calcita dos demais minerais é favorável, porém, a concentração individual da wollastonita apresenta-se difícil, haja vista sua semelhança com os demais silicatos presentes. ESTUDOS PRELIMINARES – SOLUBILIDADE MICROFLOTAÇÃO E ÂNGULO DE CONTATO Ensaios realizados por Prabhakar, (2005) Faixas granulométricas (-212 +0) μm e (-212 +38) μm Wollastonita pura em pH natural (após a adição de wollastonita o pH estabiliza-se em 9,5) Um grama do mineral foi condicionado com solução de diamina durante cinco minutos, com concentração e pH pré-determinados. Em seguida a suspensão transferida para o tubo de Hallimond. MICROFLOTAÇÃO E ÂNGULO DE CONTATO MICROFLOTAÇÃO E ÂNGULO DE CONTATO CONCENTRAÇÃO POR FLOTAÇÃO É comum utilizar-se a flotação da calcita, antes ou depois da remoção dos minerais paramagnéticos (diopsídio e minerais do grupo das granadas) através de separação magnética, e tendo como afundado a wollastonita. Realizada em pH neutro ou básico, utilizando-se, em geral, ácidos graxos como coletores e como depressor amido ou silicato de sódio Outra rota envolve a concentração da wollastonita por flotação direta utilizando-se como coletor eteraminas, antes ou depois da concentração magnética Em ambas as rotas, após a retirada da calcita, é necessária outra flotação a fim de se separar a wollastonita dos outros silicatos CONCENTRAÇÃO POR FLOTAÇÃO – ENSAIOS REALIZADOS POR MARTINS, 2015 Foram testadas três rotas distintas Duas rotas – flotação “bulk” para concentrar os silicatos por flotação direta catiônica Uma rota utilizou-se flotação reversa aniônica Coletores utilizados Modulador de pH NaOH e HCl Depressor da calcita Amido de milho FLOTAÇÃO DIRETA CATIÔNICA Etapa I - Flotação “bulk” - visou flotar os silicatos com o emprego dos coletores catiônicos amina flotigam EDA e K2C (em um único ensaio utilizou-se o amido com função de deprimir a calcita) Etapa II - Flotação “bulk” - Feita após análise da melhor dosagem de reagentes seguida da flotação final, usando como coletor 700 g/t de ácido oleico. A última flotação foi realizada em pH 7-8, com coleta até a exaustão FLOTAÇÃO DIRETA CATIÔNICA Fluxograma seguido FLOTAÇÃO REVERSA ANIÔNICA Uma etapa de flotação Coletor da calcita Ácido oleico Dosagens – 400, 700 e 1000 g/t Tempo de condicionamento – 15 minutos pH 7-8 Coleta até a exaustão FLOTAÇÃO DIRETA CATIÔNICA – RESULTADOS (Amina e K2C) FLOTAÇÃO DIRETA CATIÔNICA – RESULTADOS (Ácido oleico) FLOTAÇÃO DIRETA CATIÔNICA – RESULTADOS (Perda ao fogo) A flotação bulk utilizando-se amina como coletor apresentou uma maior recuperação e uma menor perda ao fogo FLOTAÇÃO REVERSA ANIÔNICA – RESULTADOS (Ácido oleico) FLOTAÇÃO REVERSA ANIÔNICA – RESULTADOS (Ácido oleico) A baixa perda ao fogo do concentrado indica baixo teor de calcita, além disso, é visível a concentração dos silicatos, assim como ocorreu nas outras flotações FLOTAÇÃO – COMPILAÇÃO DOS RESULTADOS CONCLUSÃO A concentração da wollastonita viável através das três rotas utilizadas Partindo de uma alimentação com teor de cálcio de 41,15%, teor de silício de 11,47% e perda ao fogo de 25,80% , obteve-se um concentrado com: Perda ao fogo a valores próximos ou menores que 1,00%, os teores de cálcio a cerca de 20,00%, além de elevar o teor de silício para aproximadamente 30,00% Entre as três rotas utilizadas, a flotação reversa aniônica utilizando ácido oleico como coletor se mostrou a mais adequada, uma vez que teve maior recuperação em massa, 28,83% e menor perda ao fogo, 0,18%, indicando menos calcita no concentrado final OBRIGADO ISRAEL RODRIGUES TEIXEIRA
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