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PATOLOGIA DE ORGANISMOS AQUÁTICOS Prof. William Tonini DCHT - UNEB O QUE É DOENÇA ? • Estado de falta de adaptação. • É uma alteração orgânica geralmente constatada a partir de alterações na função (sintomas) de um órgão ou tecido, decorrentes de alterações bioquímicas e morfológicas causadas por alguma agressão. PATOLOGIA • Dedica-se ao estudo das alterações estruturais e funcionais nas células, tecidos e órgãos que dão origem às doenças. • Explica os porquês e as causas dos sinais e sintomas manifestados por pacientes e ao mesmo tempo, fornecer informações sólidas para a assistência clínica e tratamentos racionais DOENÇA Causa Mecanismo de ação Produzem alterações morfológica/moleculares nos tecidos Resultam em alterações funcionais Produzindo sintomas ASPECTOS CONSTITUINTES DAS DOENÇAS • Etiologia • Patogenia • Alterações morfológicas • Desordens funcionais • Manifestações clínicas Etiologia • A ciência da origem das coisas. Investigação das causas duma doença. • Conjunto dos fatores que contribuem para a ocorrência de uma doença ou estado anormal. Patogenia • Refere-se à sequencia de acontecimentos de resposta das células ou dos tecidos à causa • Desde o estímulo inicial até a última expressão de manifestações da doença (morte). • O modo como os tecidos processam suas transformações funcionais e morfológicas em busca de saúde (da homeostase e da morfostase ), ou, o caráter das respostas corpóreas às agressões. Saúde • A Morfostase e a Homeostase referem-se, respectivamente, ao equilíbrio da forma e da função. • Saúde é a manutenção destes fatores. • Doença é a alteração deste equilíbrio ETIOLOGIA OU CAUSA • Existem duas classes de fatores etiológicos: os intrínsecos ou genéticos e adquiridos. • O conhecimento da causa primária fornece a base sobre a qual se define um diagnóstico, compreende-se a enfermidade ou estabelece- se um tratamento. PATOGENIA • Refere-se à sequencia de eventos na resposta das células ou tecidos ao agente etiológico, do estímulo inicial à expressão final da doença. • Compreende os eventos bioquímicos, imunológicos e morfológicos que expressam as várias etapas da doença. ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS • Alterações estruturais nas células ou tecidos que são típicas da doença ou diagnósticas do processo etiológico. • Alteração de função ou perda da função IMPORTÂNCIA CLÍNICA • A natureza das alterações morfológicas e sua distribuição em diferentes órgãos ou tecidos influenciam a sua função normal e determinam as manifestações clínicas (sinais e sintomas), evolução e prognóstico da doença. – Alteração na oxigenação tecidual X alteração das sinapses. HOMEOSTASE NORMAL • A célula é confinada dentro de uma estreita faixa de função por sua genética de metabolismo, por limitações das células vizinhas e pela disponibilidade de substrato metabólico. • Estresses fisiológicos ou alguns estímulos patológicos podem acarretar uma série de adaptações celulares fisiológicas e morfológicas, preservando a viabilidade da célula e modulando sua função como resposta a esses estímulos. • Se os limites forem ultrapassados, ou, em certos casos, quando a adaptação é impossível, sobrevém uma sequencia de eventos, chamada de genericamente de lesão celular. • A lesão celular é reversível até certo ponto, mas, se o estímulo persistir ou for intenso desde o início, a célula atinge o “ponto sem retorno”, e sofre lesão celular irreversível e morte celular. – A adaptação, lesão reversível, lesão irreversível e morte celular podem ser considerados estados de mudança progressiva na função e estrutura normal da célula. Anomalias de Desenvolvimento • Agentes teratogênicos - ou teratógenos - São os responsáveis pelo aparecimento das malformações. • Fatores genéticos – Fatores gênicos • Envolvem a herança dos genes que causam a anomalia. (policaudia). – Fatores cromossômicos • Abordam as aberrações cromossômicas representadas por erro ou pelo número anormal de cromossomos. (Síndromes). • Fatores Ambientais – Agentes infecciosos • Um teratógeno desse tipo é o vírus da rubéola (microcefalia), – Agentes químicos: • Envolvem substâncias químicas e drogas.(álcool, verde malaquita) – Agentes físicos • Destaca-se, a radiação. (microcefalia). • Fatores Cronológicos – Dependendo do estágio de desenvolvimento embrionário no qual atua o teratógeno, as manifestações das malformações são variadas. • Fatores Constitucionais – A constituição genética de uma população é um fator importante de predisposição a determinado efeito teratogênico (japonês – red cap) TIPOS DE MORTE CELULAR • Necrose ou necrose de coagulação • Apoptose Necrose • É o tipo mais comum de morte celular após estímulos exógenos, ocorrendo após estresses como isquemias e lesão química. Manifesta-se por tumefação intensa ou ruptura da célula, desnaturação e coagulação das proteínas citoplasmáticas e degradação das organelas celulares Apoptose • Ocorre quando a célula morre mediante a ativação de um programa de suicídio controlado internamente. É uma desmontagem orquestrada, dos componentes celulares destinada a eliminar células indesejáveis durante a embriogênese e em diversos processos fisiológicos. • As alterações celulares – lesão celular reversível e irreversível levando a necrose ou apoptose – são padrões morfológicos de lesão celular aguda induzidos por vários estímulos. Fig.: Esquema de uma pequena porção de um túbulo seminífero. 1- Espermatozóide 2- Espermátide 3- Espermatócito secundário 4- Célula de Sertoli 5- Espermatogônia 6- Lâmina basal 7- Fibroblasto 8- células intersticiais do testículo (células de Leydig) 9- Espermatócito primário 10- Célula em divisão 11- Vaso sangüíneo AUTOFAGIA CAUSAS DE LESÃO CELULAR • Privação de oxigênio • Agentes físicos • Agentes químicos e drogas • Agentes infecciosos • Reações imunológicas • Anormalidades genéticas • Desequilíbrio nutricional Mecanismos de reestabelecimento da homeostase • Sensor - detecta rupturas na homeostase (provocadas por impulsos nervosos ou alterações nos níveis hormonais ); • Centro de controle - localizado no SNC que recebe sinais oriundos do sensor e regula a resposta do organismo a essas rupturas (iniciando o mecanismo efetor); • Efetor - Atua restabelecendo a homeostase. Retroalimentação positiva • Movimenta o sistema para fora da homeostase ao estimular uma alteração no sistema. • O coração bombeia numa frequência e aumenta quando o indivíduo encontra-se em choque. Retroalimentação negativa • Opera de modo a restaurar a homeostase ao corrigir uma deficiência no sistema. • Com o nível de glicose sanguínea alto, o organismo aumenta a produção de insulina e se adapta à conversão de cortisol. Alterações Fisiopatológicas • Adaptação celular • Atrofia • Hipertrofia • Hiperplasia • Metaplasia Adaptação celular • As células conseguem manter seu funcionamento apesar das condições alteradas ou de agentes de estresse. Caso essas mudanças sejam intensas ou prolongadas, as mesmas podem destruir as células. • Em presenças dessas mudanças as células utilizam suas reservas pra manter o funcionamento ou sofre alterações adaptativas.Atrofia • Redução do tamanho de uma célula ou um órgão que pode ocorrer quando as células enfrentam uma carga reduzida ou desuso, fluxo sanguíneo insuficiente, má nutrição, ou estimulação hormonal nervosa reduzida. Hipertrofia • É o aumento do tamanho de uma célula ou órgão devido ao aumento de carga. • Existem três tipos básicos: – Fisiológica, – Compensatória e – Patológica Classes Hipertrofia Compensatória: Órgão par aumenta de volume e assume função do homólogo alterado ou ausente; Hipertrofia Vicariante: Tecido intacto de órgão único lesado compensa a função da fração deficiente ; Hipertrofia Subcelular Do Retículo Endoplasmático Liso: Aumento do R.E.L. após a administração de barbitúricos, esteróides, hidrocarbonetos (gases combustíveis), Explicando a tolerância progressiva a estas substancias (aumento da capacidade de detoxificação por aumento da desmetilação oxidativa). Hipertrofia fisiológica • Reflete o aumento da carga que não é provocado por doenças. Hipertrofia compensatória • Ocorre quando o tamanho da célula aumenta para compensar células não funcionais. Hipertrofia patológica • É uma resposta a doença. • Processo de espessamento da musculatura cardíaca à medida que o coração bombeia contra uma resistência crescente nos pacientes com hipertensão. Hiperplasia • Aumento do numero de células provocado por carga aumentada, estimulação hormonal ou densidade tissular diminuída. • Existem três tipos: – Fisiológica, – Compensatória e – Patológica. Hiperplasia fisiológica • É uma resposta de adaptação a alterações normais. • Como exemplo o aumento mensal de células uterinas em resposta a estimulação do endométrio,pelo estrogênio após a ovulação. Hiperplasia compensatória • Ocorre para substituir o tecido removido ou destruído de um órgão Hiperplasia patológica • É uma resposta ou à estimulação hormonal excessiva ou à produção anormal de fatores de crescimento hormonal Classes • Macro: Aumento de volume e peso de um órgão por aumento da demanda funcional (adaptação) ou por aumento de estímulos tróficos (hormoniais) devido ao aumento do numero de células que o compõem. • Micro: Aumento do número de células que o compõem (Células intermitóticas ou estáveis e/ou lábeis), conseqüência do aumento de mitoses. Exemplo clássico: Próstata Metaplasia • É a substituição de um tipo celular por outro, para que o tecido possa resistir melhor ao agente etiológico. • Pode ser fisiológica ou patológica. Metaplasia fisiológica • É uma resposta normal a condições alteradas e, em geral é transitória. • Na resposta normal do corpo a inflamação, os monócitos que migram para os tecidos inflamados transformam-se em macrófagos . Metaplasia patológica • É uma resposta a uma toxina ou a um agente de estresse extrínseco e, em geral é irreversível Displasia • Ocorre a diferenciação anormal das células em divisão, resultando em células anormais quanto ao tamanho, forma e aspectos. AGENESIA • Ausência de iniciação do desenvolvimento. -Macro: ausência total do órgão ou de parte dele. -Letal quando o órgão afetado e' único e essencial à vida. -Exemplos: Anencefalia, acrania, agnatia, mononefrose, ciclopia, amelia. APLASIA • Ausência de formação. -Macro: Só rudimentos do órgão ou tecido. -Iniciou-se o desenvolvimento, porém interrompeu-o precocemente. Letal quando o órgão afetado e' único e essencial. -Exemplo: Microcefalia. Lesão celular • A lesão em qualquer componente celular pode causar doenças a medida que as células perdem sua capacidade de adaptação Degeneração celular • Tipo de dano celular não letal que costuma ocorrer no citoplasma e não afeta o núcleo. • Afeta órgãos com células metabolicamente ativas, como fígado, os rins e o coração. Envelhecimento celular • Durante o processo normal de envelhecimento, as células perdem a estrutura e a função. • Diminuição da elasticidade de vasos sanguíneos, da motilidade intestinal, da massa muscular e da gordura subcutânea. • Muito comum na perda reprodutiva em matrizes. Degenerações A- Hidrópica B- Gordurosa C- Proteica D- Mucóide
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