Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Notas de Aula: Prof. Gilfran Milfont As anotações, ábacos, tabelas, fotos e gráficos contidas neste texto, foram retiradas dos seguintes livros: -PROJETOS de MÁQUINAS-Robert L. Norton- Ed. BOOKMAN-2ª edição-2004 -PROJETO de ENG. MECÂNICA-Joseph E. Shigley-Ed. BOOKMAN -7ª edição-2005 -FUNDAMENTOS do PROJETO de COMP de MÁQUINAS-Robert C. Juvinall-Ed.LTC -1ª edição-2008 -PROJETO MECÂNICO de ELEMENTOS de MÁQUINAS-Jack A. Collins-Ed. LTC-1ª edição- 2006 8 União Por Parafusos ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT 8.1- INTRODUÇÃO Existe uma variedade de fixadores disponíveis comercialmente, entre as quais, uma das mais importantes utilizadas nas construções de máquinas estão o conjunto parafuso-porca. Os parafusos são utilizados tanto para fixação de peças como para mover cargas, os chamados parafusos de potência ou de avanço. Aqui, iremos nos ater aos parafusos de fixação. Estes parafusos são normalmente submetidos a cargas de tração, de cisalhamento ou ambas, podendo estas cargas serem estáticas ou de fadiga. ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT 8.2- EMPREGO DOS PARAFUSOS • como parafusos de fixação, para junções desmontáveis; • como parafusos de protensão, para se aplicar pré-tensão (tensores); • como parafusos obturadores, para tampar orifícios; • como parafusos de ajustagem, para ajustes iniciais ou ajustes de eliminação de folgas ou compensação de desgastes; • como parafusos micrométricos, para obter deslocamentos mínimos; • como parafusos transmissores de forças, para obter grandes forças axiais através da aplicação de pequenas forças tangenciais (prensa de parafuso, morsa); • como parafusos de movimento, para a transformação de movimentos rotativos em movimentos retilíneos (morsa, fuso), ou de movimentos retilíneos em rotativos (pua); • como parafusos diferenciais, para a obtenção de pequenos deslocamentos por meio de roscas grossas. Os parafusos podem ser de rosca simples ou roscas múltiplas. Os de filetes múltiplos apresentam como vantagem o fato de o avanço ser proporcional ao número de entradas, ou seja: a = nº entradas x passo. ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT 8.3- ROSCAS E APLICAÇÕES ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT 8.4- ALGUNS TIPOS DE PARAFUSOS ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT 8.5- PORCAS E ARRUELAS ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT 8.6- FORMAS PADRONIZADAS DE ROSCA Após a 2ª Guerra mundial, as formas de rosca foram padronizadas na Inglaterra, no Canadá e EUA e são conhecidas como Unified National Standard (UNS). O padrão europeu é definido pela ISO e tem essencialmente a mesma forma de seção transversal da UNS, porém utilizando dimensões métricas. Área sob tração: Onde, para roscas UNS: e para roscas ISO: ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT 8.6a- FORMAS PADRONIZADAS DE ROSCA O padrão UNS apresenta três famílias de rosca: • Rosca Grossa (UNC): é mais comum e recomendada onde se requerem repetidas inserções e remoções do parafuso ou para inserção em materiais moles; • Rosca Fina (UNF): são mais resistentes ao afrouxamento decorrente de vibrações. Tem uma vasta aplicação na indústria automobilística e aeronáutica; • Rosca Ultrafina (UNEF): são utilizadas onde a espessura de parede é limitada. Os padrões UNS e ISO definem intervalos de tolerância de maneira a controlar o seu ajuste. A UNS define três tipos de classe: 1 (uso comum), 2 (projeto de máquinas em geral) e 3 (uso em projetos de maior precisão). Uma letra é utilizada para diferenciar roscas A (externas) e B (internas). Exemplo de especificação de rosca UNS: ¼-20 UNC-2A Que define: rosca externa de 0,250in de diâmetro, com 20 filetes por polegada, série grossa, classe 2 de ajuste. Exemplo de especificação de rosca ISOS: M8 x 1,25 Que define: rosca comum de 8mm de diâmetro por 1,25mm de passo de hélice. As roscas-padrão são direitas (RH), a menos que haja especificação em contrário, por adição das letras (LH). ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT 8.6b- ROSCA WHITWORTH Este padrão de rosca tem sido usado na Inglaterra e tem um ângulo de filete de 55º e, por apresentar o fundo arredondado, tem uma boa resistência à fadiga ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT 8.7- ROSCAS UNS ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT 8.8- ROSCAS ISO ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT 8.9- PARAFUSOS DE ALTA RESISTÊNCIA – SAE Parafusos estruturais ou para cargas pesadas, devem ser escolhidos de acordo com a SAE, ASTM e ISO, que estabelecem critérios de material, tratamentos térmicos e resistência mínima de prova. ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT 8.9- PARAFUSOS DE ALTA RESISTÊNCIA – ISO Equivalências entre normas: SAE 1 ISO 4.6 ASTM A 307 SAE 5 ISO 8.8 ASTM A 325 SAE 8.2 ISO 10.9 ASTM A 490 ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT 8.10- PARAFUSOS DE ALTA RESISTÊNCIA – ASTM ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT 8.11- PRÉ-CARGA DE JUNÇÕES EM TRAÇÃO E a constante de mola: A deformação total do parafuso é : Para o material de geometria cilíndrica da fig. acima: Onde: Se os materiais forem idênticos: Se a área puder ser definida como um cilindro sólido com um Deff: ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT 8.12- PARAFUSOS PRÉ-CARREGADOS (C. ESTÁTICA) Diz-se que se o parafuso não falha na pré-carga, então provavelmente não falhará em serviço, o que é justificado pelas expressões acima. A deflexão comum devido à carga aplicada P é: ou Substituindo na eq. p/ P: ou onde C é chamado de constante de rigidez de junta ou simplesmente constante de junta. De modo semelhante: Força p/separar a junta: Coef. Seg. à separação: ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT 8.13- PARAFUSOS PRÉ-CARREGADOS (C. DINÂMICA) A importância de aplicação de pré-carga em uniões sob carregamento dinâmico é maior que nos carregamentos estáticos . Força alternada e média no parafuso: Coeficiente de Segurança à fadiga: Tensão alternada e média no parafuso: Tensão resultante da pré-carga: ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT 8.13a- FATORES DE FADIGA P/ PARAFUSOS ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT 8.14- FATOR DE RIGIDEZ DA JUNTA Área efetiva da seção cônica do barril: ϕ≈30º Anteriormente, por simplicidade, assumimos que a seção transversal do material sendo sujeitado era um cilindro de pequeno diâmetro. A figura ao lado, mostra uma situação mais realista, mostrando uma seção em forma de barril, como área de influência do parafuso sobre o material. Abaixo, a figura mostra uma análise por elementos finitos de uma união por parafusos. ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT 8.14a- FATOR DE RIGIDEZ DA JUNTA Rigidez do material: ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT 8.14b- FATOR DE RIGIDEZ DA JUNTA As gaxetas ou juntas, apresentam rigidez tão baixas que dominam a equação: Isto significa que Km (rigidez do material sujeitado) deve ser substituído por Kg (rigidez da gaxeta), com exceção das gaxetas metálicas (cobre) ou mistas (cobre asbesto) que apresentam alta rigidez. ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF.GILFRAN MILFONT 8.15- CONTROLE DA PRÉ-CARGA A pré-carga, como fator importante no projeto de parafusos, precisa ser controlada. Os métodos mais precisos requerem a medição da elongação do parafuso, porém métodos mais práticos podem ser utilizados, como é o caso do torquímetro, onde o torque necessário é encontrado através da expressão: ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT 8.16- CISALHAMENTO EM PARAFUSOS A utilização de parafusos para resistir ao cisalhamento em máquinas não é uma boa prática. Se necessário, é melhor a utilização mista de parafusos e pinos passantes. Porém em projetos estruturais é muito comum a utilização de parafusos de alta resistência, pré-carregados, para resistir a esforços de cisalhamento. ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT 8.16a- CISALHAMENTO EM PARAFUSOS No caso de carga excêntrica, o parafuso está submetido a uma tensão de cisalhamento devido ao esforço cortante e outra devido ao momento M. Centróide do grupo de fixadores: Força cortante em cada fixador, devido à carga P: Força cortante em cada fixador, devido ao momento M: A força cortante resultante em cada fixador é a soma vetorial dessas duas componentes de força. ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT EXEMPLO 14-2 (NORTON) ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT EXEMPLO 14-2 (NORTON) ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT EXEMPLO 14-2 (NORTON) ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT EXEMPLO 14-2 (NORTON) ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT EXEMPLO 14-2 (NORTON) ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT EXEMPLO 14-2 (NORTON) ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT EXEMPLO 14-3 (NORTON) ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT EXEMPLO 14-3 (NORTON) ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT EXEMPLO 14-3 (NORTON) ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT EXEMPLO 14-3 (NORTON) ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT EXEMPLO 14-3 (NORTON) ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT EXEMPLO 14-3 (NORTON) ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT EXEMPLO 14-3 (NORTON) ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT EXEMPLO 14-4 (NORTON) ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT EXEMPLO 14-4 (NORTON) ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT EXEMPLO 14-4 (NORTON) ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT EXEMPLO 14-4 (NORTON) ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT EXEMPLO 14-4 (NORTON) ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT EXEMPLO 14-4 (NORTON) ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT EXEMPLO 14-5 (NORTON) ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT EXEMPLO 14-6 (NORTON) ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT EXEMPLO 14-6 (NORTON) ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT EXEMPLO 14-6 (NORTON)-MODIFICADO Alterando o posicionamento dos pinos do problema anterior, teríamos : ksi 10 3 psi P 1200 lbf l 5 in a 1.5 in n 4 r a 2 a 2 r 2.121 in M P l M 6000 lbf in FM M r n r 2 FM 707 lbf FP P n FP 300 lbf FB FP 2 FM 2 FB 768 lbf d 0.375in Sy 117 ksi FB A 4 FB d 2 4 FB d 2 6954.62psi Ns Sy Ns 16.823 ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT ESTUDO DE CASO ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT ESTUDO DE CASO (CONT.) ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT ESTUDO DE CASO (CONT.) ELEMENTOS DE MÁQUINAS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT ESTUDO DE CASO (CONT.)
Compartilhar