Buscar

A9505531-BD34-49E7-BB86-435A00A71D10

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

A DIALÉTICA
DE
HEGEL 
Prof. Me. Marcos Macedo
Filosofia Jurídica
O peregrino sobre o mar de brumas, pintura de Caspar David Friedrich, 1818. O artista tenta apreender um sentimento de infinitude (grandeza) a partir da contemplação de um peregrino postado no topo de uma rocha.
REFLITA
Você já teve a sensação da existência de uma força não visível que envolve tudo o que existe?
Para você, essa força é sobrenatural, isto é, uma força espiritual ou física?
De que maneira esse sentimento faz parte da sua vida?
Odisseu (Ulisses) amarrado ao mastro do navio para não sucumbir ao canto das sereias, passagem da Odisseia representada em mosaico romano do século III.
Século XIX
Revolução Industrial (meados do século XVIII) – Capitalismo;
Inovações tecnológicas;
Exploração do trabalho humano (tripalium);
Dois blocos antagônicos: burguesia empresarial x trabalhadores.
Lutas e correntes socialistas: base no ideário da Revolução Francesa (1789-1799).
ROMANTISMO: 
INDIVÍDUO, EMOÇÃO E NATUREZA
Movimento cultural: arte e filosofia;
Exaltação das paixões e sentimentos valorosos (amor x racionalidade);
Valorização da sensibilidade e subjetividade;
Retomada da ideia da natureza como força vital;
Desenvolvimento do nacionalismo;
Influência direta no Idealismo Alemão.
IDEALISMO ALEMÃO
O sujeito exerce um papel mais determinante no processo do conhecimento;
O que ele conhece são suas ideias, suas representações do mundo e sua consciência.
Base no pensamento kantiano: “das coisas só conhecimentos a priori aquilo que nós mesmos colocamos nelas”.
O saber não é absoluto, mas é absoluto como saber. (Fichte).
“Nada de grande se realizou
 no mundo sem paixão.”
G. W. F. HEGEL
(1770-1831)
George Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831), filósofo alemão. Nasceu Stuttgart, Alemanha. Entre as principais obras de Hegel estão Fenomenologia do Espírito, Princípios da filosofia do direito e Lições sobre a história da filosofia.
Sua obra costuma ser apontada, com frequência, como ponto culminante do racionalismo. Buscando respostas para o maior número de questões, ele tentou reconciliar a filosofia com a realidade. 
Na obra Filosofia do Direito, Hegel afirmou a racionalidade do mundo. “Tudo o que é real é racional, tudo que é racional é real”. 
Da leitura desta frase, é possível inferir que a razão e o real são a mesma coisa. O Absoluto de Hegel é o real, e que vivemos hoje na Terra é o processo de concretização deste absoluto no mundo. As ações éticas alimentam o espírito ético em constante crescimento e rumo à plena realização da ética em nosso mundo.
Hegel partia do conhecimento parcial da consciência comum para demonstrar como a consciência chega a um conhecimento total ou absoluto, que é o conhecimento de si mesma. Quer dizer, para Hegel, as experiências que o sujeito comum desenvolvia eram manifestações inconscientes de um ordenamento racional do Universo.
Segundo o filósofo, para a consciência do ser humano comum, o saber fenomênico, isto é, o saber das representações, é provocado por objetos externos ao homem. Assim, o sujeito do conhecimento e o objeto do conhecimento seriam duas coisas distintas. O sujeito e o objeto se contraporiam.
No entanto, a evolução em direção ao autoconhecimento da consciência levará o sujeito (consciência) a atingir o saber absoluto, momento em que o espírito reconhece a sua própria atividade como criadora de toda a realidade, momento no qual não se estabeleceria mais a divisão entre o sujeito e o objeto, entre o finito e o infinito, entre a natureza e o espírito.
A DIALÉTICA
A dialética hegeliana é inspirada no pré-socrático Heráclito, ou seja, o ser está em constante mudança.
Para o filósofo alemão, a mudança ocorre na natureza, na sociedade e na história por meio de um processo dialético.
14
Em outras palavras, a Dialética, para Hegel, seria a síntese de tese e antítese. Ou seja, o filósofo caracteriza os diversos movimentos sucessivos (e contraditórios) pelos quais determinada realidade se apresenta. 
Em seu texto Fenomenologia do Espírito, Hegel usa o exemplo da planta, desenvolvendo o seguinte raciocínio:
“O botão desaparece no desabrochar da flor, e pode-se dizer que é refutado pela flor. Igualmente, a flor se explica por meio do fruto como um falso existir da planta, e o fruto surge em lugar da flor como verdade da planta. Essas formas não apenas se distinguem mas se repetem como incompatíveis entre si. Mas a sua natureza fluida se torna, ao mesmo tempo, momentos de unidade orgânica na qual não somente não entram em conflito, mas uma existe tão necessariamente quanto a outra; e é essa igual necessidade que unicamente constitui a vida do outro”.
HEGEL, Georg W.F. Fenomenologia do Espírito, p.6
Hegel quer captar em sua filosofia o movimento da realidade. Assim como um botão precisa desaparecer para que a flor surja, e a flor desaparece para que surja o fruto, da mesma forma todas as coisas passam por um processo dinâmico que leva a uma síntese superior.
Nesse exemplo, Hegel ressalta que a realidade não é estática, mas dinâmica, e em seu movimento apresenta momentos que se contradizem, sem no entanto, perderem a unidade do processo, que leva a um crescente auto enriquecimento.
Com a dialética, Hegel explica como o Direito e a Moral criam o costume. Para ele, a síntese (costume) é a relação dialética entre a tese (direito) e a antítese (moral).
JUSTIÇA E DIREITO
Para Hegel, a Filosofia do Direito tem como objeto o estudo do conceito de Direito.
Sintetizamos, na máxima hegeliana, que não esconde sua inclinação kantiana.
“Ser uma pessoa é respeitar os outros como pessoa”
19

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais