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Auditoria Contábil

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Núcleo de Educação a Distância
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
Auditoria Contábil 
SEMESTRE 7
Créditos e Copyright	
TOMIO, Reginaldo Yamashiro.
Auditoria Contábil I. Reginaldo Yamashiro Tomio. Santos: Núcleo de Educação a Distância da UNIMES. (Material didático. Curso de Ciências Contábeis).
Modo de acesso: www.unimes.br
Ensino a distância. 2. Contabilidade.   3. Auditoria Contábil I.
CDD 657
	
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
FACULDADE DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS
PLANO DE ENSINO
CURSO: Bacharelado em Ciências Contábeis
COMPONENTE CURRICULAR: Auditoria Contábil 
SEMESTRE: 7º
CARGA HORÁRIA TOTAL: 80
EMENTA: 
Introdução e conceitos básicos de auditoria. Controle interno e Auditoria Interna. Auditoria Independente. Papéis de Trabalho (PT). Planejamento do trabalho de Auditoria. Proporcionar aos alunos conhecimentos sobre Auditoria, bem como técnicas de execução operacional de auditoria acompanhado do suporte legal que rege a profissão.
OBJETIVO GERAL: 
Desenvolver estudos sobre a técnica contábil de auditoria, seus conceitos, sua aplicação e utilização bem como proporcionar aos alunos condições para que identifiquem os métodos a serem aplicados em cada etapa do trabalho de Auditoria; aprimorar as técnicas que permitam ao aluno mensurar os controles internos básicos em cada área auditada; conscientizar o aluno da necessidade de ser criativo na elaboração do seu papel de trabalho, visando à materialização dos testes de auditoria realizados. 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 
Conhecer as características e práticas sobre a atividade de auditoria;
Preparar o aluno para trabalhar de forma prática a técnica de Auditoria Contábil e Operacional;
Estudar os procedimentos e as técnicas utilizados pela auditoria;
Entender a importância e as características pessoais e profissionais do auditor;
Entender o funcionamento dos trabalhos de auditoria interna e auditoria externa.
Unidade I 
Nesta unidade estaremos desenvolvendo as Normas profissionais que regem a profissão do auditor e a Origem e evolução da Auditoria.
Unidade II
Já nesta unidade a responsabilidade sobre as demonstrações contábeis e a diferenças entre a Auditoria Independente e a Interna.
Unidade III
O estudo nesta unidade é com relação aos Controles internos e os Riscos de Auditoria, continuidade e amostragem.
Unidade IV 
Estudaremos nesta unidade os Papéis de trabalho e a Auditoria das disponibilidades.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: 
Disponibilizamos nestes conteúdos programáticos os itens das unidades referentes aos objetivos específicos.
Unidade I 
Normas profissionais que regem a profissão do auditor e a Origem e evolução da Auditoria.
Unidade II
Responsabilidade sobre as demonstrações contábeis e diferenças entre a auditoria independente e interna.
Unidade III
Controles internos e os Riscos de Auditoria, continuidade e amostragem.
Unidade IV 
Papéis de trabalho e a Auditoria das disponibilidades
BIBLIOGRAFIA BÁSICA: 
CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria Contábil: Teoria e Prática. 9ª Ed. São Paulo: Atlas, 2013.
LUZ, Érico Eleuterio da. Auditoria e Perícia Contábil Trabalhista. 1ª Ed. São Paulo: Pearson, 2015.
MELO, Moisés Moura de, Santos, Ivan Ramos dos. Auditoria Contábil. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Freita Bastos, 2017.
MELHEM, Marcel Gulin, COSTA, Rosenei Novochadlo da. Auditoria Contábil e Tributária. 1ª Ed. Curitiba.: Intersaberes, 2012.
RESOLUÇÃO CFC 2009/001203. Aprova a NBC TA 200 – Objetivos Gerais do Auditor Independente. Disponível em: 
http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2009/001203
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
ATTIE, William. Auditoria: Conceitos e Aplicações. 6ª Ed. São Paulo: 2011.
AVALOS, José Miguel Aguilera. Auditoria e Gestão de Riscos. 1ª Saraiva, 2012.
GREPALDI, Silvio Aparecido, GREPALDI, Guilherme Simões. Auditoria Contábil. 10ª São Paulo: Atlas, 2016.
PEREZ JR, José Hernadez. Auditoria de Demonstrações Contábeis: Normas e Procedimentos. 5ª Ed. São Paulo: Atlas, 2012.
RIBEIRO, Osni Moura, RIBEIRO, Juliana Moura. Auditoria Fácil. 2ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
WILLIAM, Attie. Auditoria: Conceitos e Aplicações. 6ª Ed. São Paulo: Atlas, 2011.
RESOLUÇÃO CFC 2009/001206. Aprova a NBC TA 230 – Documentação da Auditoria. Disponível em: 
http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2009/001206
RESOLUÇÃO CFC 2009/001207. Aprova a NBC TA 240 – Responsabilidade do Auditor em Relação a Fraude. Disponível em: 
http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2009/001207
RESOLUÇÃO CFC 2009/001213. Aprova a NBC TA 320 – Materialidade no Planejamento e na Execução da Auditoria. Disponível em: 
http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2009/001213
RESOLUÇÃO CFC 2009/001217. Aprova a NBC TA 500 – Evidência de Auditoria. Disponível em: 
http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2009/001217
RESOLUÇÃO CFC 2009/001222. Aprova a NBC TA 530 – Amostragem em Auditoria. Disponível em: 
http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2009/001222
METODOLOGIA:
A disciplina está dividida em unidades temáticas que serão desenvolvidas por meio de recursos didáticos, como: material em formato de texto, vídeo aulas, fóruns e atividades individuais. O trabalho educativo se dará por sugestão de leitura de textos, indicação de pensadores, de sites, de atividades diversificadas, reflexivas, envolvendo o universo da relação dos estudantes, do professor e do processo ensino/aprendizagem.
AVALIAÇÃO:
A avaliação dos alunos é contínua, considerando-se o conteúdo desenvolvido e apoiado nos trabalhos e exercícios práticos propostos ao longo do curso, como forma de reflexão e aquisição de conhecimento dos conceitos trabalhados na parte teórica e prática e habilidades. Prevê ainda a realização de atividades em momentos específicos como fóruns, chats, tarefas, avaliações a distância e Prova Presencial, de acordo com a Portaria de Avaliação vigente.
Aula 01_Resoluções referentes à Conduta do Auditor Independente
A auditoria é uma análise cuidadosa, sistemática e independente das operações desenvolvidas em certa organização ou setor, com o objetivo de verificar se elas estão ocorrendo  segundo as condições planejadas e/ou anteriormente estabelecidas, se foram eficazmente implementadas e se estão apropriadas (em conformidade) para o alcance dos objetivos.
Iniciaremos abordando, segundo a legislação, a NBC¹ P1, as Normas Profissionais do Auditor Independente.
Em auditoria, a legislação acompanha passo a passo o trabalho contábil. A leitura e o estudo das Resoluções do Conselho Federal de Contabilidade devem ser realizados durante todo o curso, sendo objeto de pesquisa e leitura, pois ajudam a resolver os exercícios e as provas.
Portanto, é indispensável entender que a leitura das normas específicas de cada título estudado é imprescindível; para isto, veremos na próxima aula  o detalhamento de todos os títulos, bem como o endereço eletrônico para pesquisa das resoluções que dão o suporte legal e didático para o curso.
Essas quatro normas, a seguir, do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), dizem respeito à conduta do Auditor Independente, determinando diretrizes quanto à competência profissional, à independência no exercício da profissão, aos parâmetros para utilização de trabalhos de terceiros, como trabalhos do auditor independente e o comando de equipe de auditores.
Assim, destacaremos os principais tópicos destas resoluções - o que não invalida a leitura completa das mesmas. 
I. Resolução CFC nº. 821/1997 de 17 de dezembro de 1997 (revisada)
Trata da competência técnico-profissional do auditor independente, o qual deve manter seu nível de competência profissional conhecendo profundamente os Princípios Fundamentais da Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC), técnicas contábeis e de auditoria, e as legislações pertinentesà contabilidade e à auditoria.
Também se ressalta a importância na aceitação do serviço de auditoria, que somente deve ser aceito quando o auditor independente estiver plenamente consciente de que poderá realizá-lo dentro do prazo, e que as condições técnicas de execução sejam satisfeitas.
II. Resolução CFC nº. 1.034/2005
A base desta norma é a independência do auditor para realizar seu trabalho. A independência, aqui, objetiva não a liberdade e a condição de trabalho e sim o relacionamento do auditor com a entidade, e/ou vínculos com profissionais que atuam na entidade, ou seja, com a própria entidade, direta ou indiretamente.
Reproduzimos o primeiro tópico da norma, a saber:
“Independência 
Definições
Esta norma estabelece condições e procedimentos para cumprimento dos requisitos de independência profissional nos trabalhos de auditoria.“                                          
Entende-se por independência vários relacionamentos nesta profissionalização, ou seja, independência da empresa de auditoria em relação à entidade auditada, independência dos auditores em relação aos profissionais que atuam na entidade auditada, bem como os fatos que podem ocorrer e caracterizar a perda de independência, tanto da empresa de auditoria em relação à entidade auditada como dos auditores que possam atuar profissionalmente na entidade auditada.
Estendem-se aos esclarecimentos quanto aos relacionamentos comerciais, financeiros e profissionais, além de dissertar sobre os relacionamentos pessoais e familiares, indo até a maneira pela qual as infrações são entendidas nestes aspectos e as penalidades a que estão sujeitas. 
III. Resolução CFC nº. 1.042/2005
Esta norma estabelece regras, condições e procedimentos para a utilização de trabalhos de especialistas pelo auditor independente, como parte de evidências de seus trabalhos de auditoria das demonstrações contábeis.
É necessária a utilização de trabalho de terceiro, como parte integrante dos trabalhos de auditoria; o auditor independente terá que se certificar da competência profissional e objetividade do especialista e do “alcance” deste trabalho, ou seja, se trará a evidência procurada pelo auditor independente. Por último, o auditor independente deve avaliar a qualidade e a suficiência do trabalho apresentado, para incorporar aos trabalhos de auditoria que se remetem às demonstrações contábeis.
IV. Resolução CFC nº. 965/03
Nesta norma é demonstrada a preocupação com a manutenção da mesma equipe de trabalho por parte da empresa de auditoria em uma mesma entidade, ou seja, o sócio, gerente e o diretor encarregado do trabalho devem sofrer uma rotação, serem trocados com outras equipes para que não ocorram erros de objetividade e desvio do foco do trabalho.
Aumente seus conhecimentos
Será necessário que você acesse os links, a seguir, para conhecer, na íntegra, as resoluções citadas durante a aula – acessados em maio de 2009.
Resolução CFC 821/1997:
http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/res821.htm
Resolução CFC 1.034/2005:
http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/nbcp1_2.htm
Resolução CFC 1.042/2005:
http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/resolucao1042.htm
Resolução CFC 965/2003:
http://www.trt02.gov.br/Geral/tribunal2/TST/Resol/Res_Adm_965_ 03.html
 ¹NBC - Normas Brasileiras de Contabilidade. Manual de Contabilidade Empresarial. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/> acessado em: jan. 2009
 
  
Aula 02_Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis
Nesta aula, faremos referência quanto à Resolução CFC nº. 820, de 17/12/1997, e à Resolução CFC nº. 1.024, de 15/04/2005. 
A Resolução CFC nº. 820/1997 aprova a NBC T 11 - Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis; e a Resolução CFC nº. 1.024/2005 aprova a NBC 11.3 - Papéis de Trabalho e Documentação da Auditoria.
A Resolução CFC nº. 820/1997 é a norma mais importante das normas em auditoria, portanto, deve ser lida; e a Resolução CFC nº. 1.024/2005 descreve as regras para tudo o que envolve os papéis de trabalho, sendo também de fundamental importância a sua leitura.
Atenção!
Quando recomendamos para que sejam lidas as normatizações, não temos a pretensão de que as decore. A recomendação é somente para que sejam feitas as leituras, pois tornam o curso mais fácil de ser entendido e ajudam na resolução dos exercícios.
Para se ter ideia da importância da Resolução CFC nº. 820/1997 descrevemos a seguir os tópicos dos assuntos que ela trata:
conceituação e disposições gerais;
normas de execução dos trabalhos;
normas do parecer dos auditores independentes;
papéis de trabalhos e documentação da auditoria (Resolução CFC nº. 1.024/2005);
planejamento da auditoria;
relevância na auditoria;
supervisão e controle de qualidade;
continuidade normal das atividades da entidade;
amostragem;
processamento Eletrônico de Dados – PED;
estimativas contábeis;
transações com partes relacionadas;
contingências;
transações e eventos subsequentes;
carta de responsabilidade da administração. 
Estas normas tratam de todos os itens que serão estudados no curso e que fazem parte da profissão do auditor; conceituando a profissão quanto  às normas para execução dos trabalhos de auditoria e da emissão do parecer do auditor independente, elaboração, guarda e manutenção dos papéis de trabalho, planejamento da auditoria, amostragem e muitos outros.
Portanto, a consulta constante das normas que regulam o trabalho do auditor é indispensável.
A seguir, descrevemos as resoluções que aprovam as normas. Elas devem ser consultadas conforme a necessidade que a evolução do curso exige.
Resolução CFC 821/1997 Normas Profissionais de Auditor Independente
Resolução CFC 820/1997 Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis
Resolução CFC 830/1998 Parecer dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Contábeis
Resolução CFC 981/2003 Relevância em auditoria
Resolução CFC 1.012/2005 Amostragem
Resolução CFC 1.022/2005 Contingências
Resolução CFC 1.024/2005 Papéis de Trabalho e Documentação da Auditoria
Resolução CFC 1.029/2005 Processamento Eletrônico de Dados
Resolução CFC 1.034/2005 Independência
Resolução CFC 1.035/2005 Planejamento da Auditoria
Resolução CFC 1.036/2005 Supervisão e Controle de Qualidade
Resolução CFC 1.037/2005 Continuidade Normal das atividades da Entidade
Resolução CFC 1.038/2005 Estimativas Contábeis
Resolução CFC 1.039/2005 Transações com Partes Relacionadas
Resolução CFC 1.040/2005 Transações e Eventos Subsequentes
Resolução CFC 1.054/2005 Carta de Responsabilidade da Administração
Aumente seus conhecimentos
Para esta aula solicita-se que seja feita a leitura da Resolução CFC nº. 820/1997 e da Resolução CFC nº. 1.024/2005.
Aula 03_Origem, Conceito e Objeto de Trabalho de Auditoria Independente
Nesta aula, vamos estudar alguns dos fundamentos que regem o trabalho de Auditoria Independente.
I. Origem do Trabalho de Auditoria Independente
Os trabalhos de auditoria Independente, ou seja, auditores que não mantêm qualquer tipo de vínculo com a empresa, estão relacionados ao desenvolvimento econômico do sistema capitalista.
Inicialmente, as empresas tinham vínculos familiares, eram fechadas à interferência de terceiros e mantiveram-se desta maneira, até o ponto em que os diferentes mercados começaram a crescer e tornaram-se competitivos, obrigando as empresas a crescerem para se manterem no mercado, seja local ou extra regional.
Desta forma, tornou-se necessária a ampliação dos investimentos em capital de giro, instalações e abrangência de novos locais para as unidades industriais, comerciais e novos fornecedores.
Estas novas inversões monetárias foram patrocinadas pelo sistema financeiro, a título de empréstimos, ou com a abertura do capital e consequente lançamento de ações no mercado, o que passou a exigir das empresas o conhecimento da posição patrimonial e financeira, posição no mercado, capacidade degerar lucros e a natureza das fontes de recursos.
Para que isso pudesse ocorrer, os investidores necessitavam de informação referente às Demonstrações Financeiras, Demonstração do Resultado do Exercício, da origem e aplicação de Recursos e, se necessário, explicações sobre os números apresentados.
Com o passar dos tempos, as informações começaram a ter grande importância para análise das instituições financeiras e aos eventuais investidores.
Para que houvesse respeito à integridade das Demonstrações Financeiras, os investidores passaram a exigir que as mesmas fossem analisadas por profissionais isentos de influências advindas das empresas e que, também, tivessem competência e gabarito profissional reconhecido e avalizado por entidades de renome do ramo de finanças e contabilidade.
Assim, nasceu a profissão do Auditor Independente, seja ele profissional liberal ou empresa prestadora de serviço que examina e emite opinião sobre as Demonstrações Financeiras e informações anexas.
 II. Conceito e Objeto da Auditoria
Objetivamente, podemos conceituar Auditoria como sendo o levantamento, o estudo e a avaliação constante das transações, dos procedimentos, das operações e rotinas que suportam as Demonstrações Financeiras de uma entidade.
Este trabalho está suportado pelo exame de documentos, livros e registros, obtenção de informações necessárias e confirmações, tanto internas como externas à empresa, com o objetivo de medir a exatidão dos registros relacionados com o controle do patrimônio.
Para se atingir este objetivo torna-se necessário auditar as operações-chave da entidade, a fim de evitar qualquer tipo de situação que possa permitir fraudes, desfalques, subornos e incorreções, por meio de testes técnicos aplicados de maneiras regulares para certificar-se da eficiência dos controles internos específicos de cada entidade.
É objeto da Auditoria o conjunto dos elementos de controle do patrimônio, como, por exemplo, os registros contábeis, documentos suportes das transações e registros, e qualquer anotação que comprove a legitimidade de atos corretos aplicados pela administração.
A Auditoria ainda tem a possibilidade de trabalhar com informações adquiridas com terceiros para a comprovação de fatos ou registros efetuados pela entidade.
Como exemplo, citamos as confirmações bancárias com advogados e outros, como fontes que oferecem credibilidade, até maior que as obtidas dentro da própria entidade.
A intenção da auditoria sobre o objeto de trabalho é exercer uma ação preventiva e confirmar a veracidade dos registros contábeis, bem como a confiabilidade dos documentos e dos controles internos, para servir como suporte de uma opinião sobre as demonstrações financeiras de uma maneira geral.
Aula 04_Evolução das Diferentes Técnicas de Auditoria
Antes de estudarmos o tema principal desta aula é necessário se ter conhecimento do porquê de contratar os serviços de Auditoria. Como ponto de partida, vamos conhecer as Vantagens e Ganhos com a Auditoria.
I. Vantagens e Ganhos com a Auditoria
  Vantagens que a Auditoria proporciona sobre o Patrimônio:
no setor administrativo: contribui para que haja sempre a manutenção de procedimentos corretos dos empregados e tranquilidade profissional para os administradores;
no setor fiscal: garante o correto cumprimento das obrigações fiscais resguardando o patrimônio contra eventuais penalidades;
no setor financeiro: resguarda créditos de terceiros contra eventuais deslizes que podem dilapidar o patrimônio da entidade.
Enfim, dentre os vários aspectos da contribuição da auditoria, estes demonstram sua eficácia.
 Vantagens que a Auditoria proporciona para a Administração e Investidores:
contribui para a correta aplicação dos controles internos;
certifica-se da correção dos registros contábeis;
aponta falhas na organização e descreve soluções para análise da alta administração;
contribui para obtenção de melhores informações da situação econômica, financeira e patrimonial da entidade;
garante aos titulares do capital contribuintes, maior exatidão das demonstrações financeiras e assegura maior exatidão dos resultados apurados
Vantagens que a Auditoria proporciona para o Fisco:
permite maior exatidão das demonstrações contábeis assegurando maior exatidão dos resultados;
contribui para uma maior observância dos preceitos legais.
II. Evolução das Diferentes Técnicas de Auditoria
O primeiro passo relativo às técnicas de Auditoria diz respeito ao profissional da área. Como se trata de opinar sobre as Demonstrações Financeiras da organização é necessário que seja um profissional “expert” em Contabilidade.
A isto posto, a primeira grande dúvida se apresenta na chamada “extensão do trabalho do auditor”, ou seja, se o auditor trabalha em base de teste, qual deve ser a extensão dos testes para se opinar sobre toda a Demonstração Financeira?
Claro que o auditor não irá auditar 100% dos lançamentos contábeis, pois se assim procedesse teria que dar a sua opinião sobre as Demonstrações Financeiras do ano anterior somente no ano seguinte.
Para que se tenha segurança no trabalho em que se está executando, primeiramente, tem-se como base os Controles Internos¹ da empresa auditada, que, após os levantamentos, é possível fornecer conhecimento das possibilidades de ocorrência de erros ou fraudes e assim influenciar sua opinião sobre as Demonstrações Financeiras.
Em segundo lugar, há a preocupação com o conceito de “materialidade2”, ou seja, a determinação de valor que, quando da ocorrência de erro ou fraude, não chega a influenciar os números da Demonstração Financeira.
Exemplo3 :
Para um rápido entendimento, quando há um erro de não contabilização de uma despesa no valor de $5.000,00 e o lucro líquido do exercício totalizou $5.000.000,00, entende-se que este valor em nada vai influenciar a decisão de investidor em recebimento de dividendos, e, também, em nada afetará a continuidade da empresa no que diz respeito ao seu capital de giro.
Estes dois itens, entre outros, permitem ao auditor ter segurança no trabalho executado, corrigir a rota do trabalho para maior ou menor intensidade dos testes, corrigir falhas, e até abrir o balanço para acerto, emitir sua opinião com segurança sem ter que analisar 100% dos lançamentos efetuados.
Voltaremos mais algumas vezes aos conceitos de Controles Internos e Materialidade no desenvolvimento do curso.
Aula 05_Evolução da Auditoria Independente no  Brasil e Órgãos  relacionados aos Auditores
A intenção desta aula é estudar a evolução da legislação de Auditoria Independente no Brasil e sua contribuição.
 
I. Evolução da Auditoria Independente no Brasil
As empresas de Auditoria Independente internacionais se instalaram em nosso país em função da necessidade legal, ou seja, de auditar as empresas internacionais que possuíam investimentos substanciais no Brasil. Estas empresas, em sua grande maioria americanas, precisavam ter suas demonstrações financeiras auditadas, pois eram filiais comerciais ou industriais e participavam do balanço consolidado da matriz.
Assim, estas empresas começaram a Auditoria no Brasil e trouxeram um conjunto de técnicas que, com o passar dos tempos, foram adaptadas e aperfeiçoadas.
Em 1965, com a publicação da Lei nº. 4.728 que disciplinou o mercado de capitais e estabeleceu medidas para seu desenvolvimento, é que foi mencionada, pela primeira vez, a expressão “auditores independentes” na legislação brasileira.
Pouco tempo depois, o Banco Central do Brasil emitiu uma série de regulamentos, praticamente tornando obrigatória a Auditoria Independente no Sistema Financeiro Nacional e em companhias que mantinham ações cotadas em Bolsa de Valores, as chamadas companhias abertas.
Os dois primeiros passos em direção à Auditoria foram dados pelo Banco Central do Brasil, com a Circular nº. 170/72 que estabeleceu as normas gerais de auditoria, e o Conselho Federal de Contabilidade que aprovou as normas e procedimentosde Auditoria elaborados pelo então Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, que na época era denominado com a sigla IAIB (atualmente é conhecida como IBRACOM¹ ).
A Lei das Sociedades por Ações, Lei nº. 6.404/76, artigo 177, determina que as demonstrações financeiras das companhias abertas, obrigatoriamente, têm que ser auditadas por auditores independentes com registro na Comissão de Valores Mobiliários – CVM.
Normas de importância específicas para Auditoria foram emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade conforme segue:
Resoluções CFC nº:
820/1997 e 953/2003 - Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis;
 752/1993 - Carta de Responsabilidade da Administração;
828/1998 e 1.024/05 - Papéis de Trabalho e Documentação da Auditoria;
836/1999 - Fraude e Erro;
839/1999 - Transações e Eventos Subsequentes;
 830/1998 - Parecer dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Contábeis;
 780/1995 - Auditoria Interna.
Em 14 de maio de 1999, a Comissão de Valores Mobiliários emitiu a Instrução CVM nº. 308 que dispõe sobre a necessidade de registro e o exercício da atividade de Auditoria Independente no mercado financeiro, e determina os deveres e as responsabilidades das entidades auditadas no relacionamento com os auditores.
II. Órgãos Relacionados com os Auditores
Comissão de Valores Mobiliários - CVM
Criada pela Lei nº. 6.385/76 é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda que tem como principal função a fiscalização do mercado de capitais.
O auditor independente, para exercer atividades no mercado de capitais constituído por empresas abertas e sociedades que integram o Sistema Financeiro nacional, está sujeito ao prévio registro na CVM.
A Instrução nº. 04/78 da CVM determina que o auditor, para obter o registro, deve comprovar cumulativamente:
estar registrado no CRC;
ter exercido a atividade de auditoria por um período não inferior a cinco anos, contado a partir da data de registro;
estar exercendo a atividade de auditoria em estabelecimento legalmente instalado, em próprio nome e com instalações adequadas e compatíveis com a atividade de auditoria independente.
A CVM tem poderes para emitir regras para os auditores independentes e normas de contabilidade a serem seguidas pelas sociedades sob sua égide.
Instituto dos Auditores Independentes do Brasil - IBRACON
Fundado em 13 de dezembro de 1971, é um órgão jurídico de direito privado, sem fins lucrativos, e tem como objetivos principais:
fixar princípios de contabilidade;
elaborar normas e procedimentos relacionados com auditoria e perícias contábeis.
Divide-se em seis câmaras de:
Auditores Independentes;
Auditores Internos;
Peritos Judiciais;
Contadores da Área Privada;
Contadores da Área Pública;
Professores.
Vale lembrar que o IBRACON representa as categorias de associados, membros e estudantes de Ciências Contábeis e a CVM emite normas de contabilidade.
 
Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e Conselhos Regionais de  Contabilidade (CRC)
Criados pelo Decreto-Lei nº. 9.295, de 27 de maio de 1946, representam as entidades dos contadores, ou seja, é o local onde o recém-formado estudante universitário de Ciências Contábeis presta o exame de suficiência e registra-se na categoria de contador.
Os conselhos têm como principal finalidade, o registro e a fiscalização do exercício da profissão de contabilista.
Instituto dos Auditores Internos do Brasil - AUDIBRA
Fundado em 20 de novembro de 1960, é uma sociedade civil de direito privado sem fins lucrativos; tendo como principal objetivo promover o desenvolvimento da auditoria interna através de reuniões, conferências e intercâmbios. Há três categorias de participantes:
membro efetivo – somente para auditores internos;
membro associado – auditores independentes, educadores, escritores e outros ocupados com assuntos relativos à auditoria;
membro honorário – pessoas que prestarão serviços reconhecidos à auditoria interna ou ao Instituto. Necessita da aprovação da diretoria e aprovação do conselho deliberativo.
III. Motivos para contração de um auditor Independente
Alguns dos principais motivos para a contração de um Auditor Independente podem ser assim elencados:
atender a uma obrigação legal, como companhias abertas, e todas as entidades integrantes do Sistema Financeiro Nacional;
medida interna da empresa para melhoria e manutenção dos controles internos;
com a contração de grande financiamento o banco cedente pode exigir auditoria pelo tempo da vigência do empréstimo;
para efeito de aquisição, incorporação e fusão de empresa(s);
para atender às exigências estatutárias da empresa.
¹http://www.ibracon.com.br/conheca/
Aula 06_Demonstrações Financeiras a serem Auditadas
O foco da Auditoria Independente é exercido sobre as Demonstrações Financeiras também denominadas Demonstrações Contábeis, tendo o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício como seus principais pilares.
O Balanço Patrimonial é uma demonstração dos bens, direitos, obrigações e a participação dos acionistas da entidade, dando ao leitor a posição patrimonial e financeira da entidade, e está assim distribuído:
	ATIVO
	PASSIVO
	CIRCULANTE
	CIRCULANTE
	NÃO CIRCULANTE
	NÃO CIRCULANTE
	REALIZÁVEL
	RESULTADO DE EXERCÍCIO
	SEGUINTEPERMANENTE
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	INVESTIMENTO
	CAPITAL
	IMOBILIZADO
	RESERVAS
	INTANGÍVEL
	
	DEFERIDO
	RESULTADO ACUMULADO
Resumidamente, as transações são classificadas da seguinte forma no Balanço Patrimonial:
ATIVO Circulante
Classificam-se neste grupo de contas os bens e direitos que se realizarão até o final do exercício seguinte, ou seja, os disponíveis e os realizáveis.
ATIVO Não Circulante
Distribuídos em dois grupos:
→  Realizáveis a Longo Prazo: que se referem aos direitos com vencimento após o final do exercício seguinte e;
→  Ativo Permanente que são:
⇒   Investimentos: que se referem ao grupo de contas de participações permanentes em outras entidades,
⇒   Imobilizado: que se referem aos bens destinados à manutenção das atividades da entidade ou exercidos com essa finalidade, e;
⇒    Diferido: onde são classificadas despesas que contribuirão para a formação de mais de um exercício social.
PASSIVO Circulante
Demonstra as obrigações que têm seu vencimento no exercício seguinte.
PASSIVO Não Circulante
Segue o modelo do Ativo Não Circulante e tem os itens que o compõem em:
→   Passivo Exigível a Longo Prazo: que inclui todas as obrigações com vencimento após o exercício social seguinte e;
→   Resultado de Exercício Futuro: onde são classificadas as receitas de exercícios futuros diminuídas dos respectivos custos e despesas.
Patrimônio Líquido: de forma geral, classificam-se as contas que representam as origens de recursos pertencentes aos acionistas da entidade.
A Demonstração do Resultado do Exercício tem como principal objetivo demonstrar o lucro ou o prejuízo do exercício da entidade o qual é demonstrado de forma dedutiva, conforme os agrupamentos abaixo:
RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOS
( – ) DEDUÇÕES DE VENDAS, ABATIMENTOS E IMPOSTOS
( = ) RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS E SERVIÇOS
( – ) CUSTO DAS MERCADORIAS E SERVIÇOS VENDIDOS
( = ) LUCRO BRUTO
( – ) DESPESAS OPERACIONAIS:
 DE VENDAS
 ADMINISTRATIVAS
 FINANCEIRAS LÍQUIDAS
( + ) / ( – ) OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS
( = ) LUCRO OPERACIONAL
( + ) RECEITAS NÃO OPERACIONAIS
( – ) DESPESAS NÃO OPERACIONAIS
( = ) RESULTADO DO EXERCÍCIO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA CSSL
( – ) PROVISÃO P/ IMPOSTO DE RENDA E CSSL
( – ) PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES
( = ) LUCRO (PREJUÍZO) LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
LUCRO POR AÇÃO DO CAPITAL SOCIAL
Os títulos da Demonstração do Resultado do Exercício demonstram as seguintes transações:
Receita Bruta de Vendas e Serviços: são classificadas neste grupo de contas as receitas diretamente relacionadas ao objeto social da empresa.
Deduções de Vendas, Abatimentos e Impostos: refere-sea devoluções de vendas, abatimentos por desconto ou faturamento a maiores impostos incorridos sobre as vendas como ICMS, PIS e outros.
Custo das Mercadorias e Serviços Vendidos: demonstra os custos efetivamente incorridos para se efetivar a receita de venda, seja a entidade comercial ou industrial.
Despesas Operacionais - comerciais, administrativas e financeiras: referem-se às despesas diretamente relacionadas à atividade de venda, tal como comissão, propaganda, frete e as despesas para operacionalizar a entidade, como folha de pagamento, limpeza, ou seja, para manter a ”máquina em operação”; e as financeiras têm os juros pagos sobre financiamentos, descontos de duplicatas e outros valores necessários para manutenção e crescimento da entidade, sempre demonstrado pelo valor líquido.
 Receitas e despesa Não Operacionais: são demonstradas neste título aquelas que não fazem parte das atividades normais da entidade, como venda de imobilizado, resultado em transações com investimentos permanentes.
 Participações e Contribuições: são valores referentes à participação dos empregados, administradores e outros, no resultado da entidade, de acordo com os estatutos.
O trabalho de auditoria tem nestas duas peças contábeis todos os elementos de que necessita para poder formar uma opinião e emitir um parecer sobre as Demonstrações Financeiras como um todo, suportado com testes e outros de competência do auditor independente.
Aula 07_Responsabilidades e Conceitos Básicos  de Auditoria
A auditoria deve ter responsabilidades, com intuito de verificar sua  conformidade com certos objetivos e políticas institucionais, orçamentos, regras, normas ou padrões.
 
I. Responsabilidade sobre as Demonstrações Financeiras no Surgimento de Irregularidades
Interessante salientar a posição do Auditor Independente em relação às Demonstrações Financeiras, pois a empresa é responsável pela implantação dos sistemas de controles internos que visam permitir a correção destas demonstrações, bem como a Demonstração do Fluxo de Caixa, as Mutações do Patrimônio Líquido e a Demonstração do Resultado do Exercício.
Portanto, as Demonstrações Financeiras são de inteira responsabilidade da empresa. O Auditor Independente é um profissional contratado pela empresa para opinar sobre as Demonstrações Financeiras, que são as informações contábeis por ela fornecidas; sendo assim, a responsabilidade do Auditor Independente se restringe a sua opinião ou parecer expresso, sobre essas Demonstrações Financeiras.
O trabalho do Auditor Independente é o de examinar as demonstrações contábeis, obedecendo às normas de auditoria geralmente aceitas; portanto, não é objetivo principal do Auditor Independente detectar irregularidades, como roubos, erro direcionado, apropriação indébita e outros, mesmo que estas situações possam eventualmente ocorrer.
Também vale lembrar que durante a execução da auditoria, o Auditor Independente tem acesso a informações confidenciais como salários, atas de reuniões da diretoria, sistema de apuração de custos, fórmulas e outros.
Portanto, o Auditor Independente, em qualquer lugar ou ambiente, deve manter segredo destas informações, ou seja, medidas de sigilo profissional.
No desenvolvimento do curso estudaremos as normas que regulam a conduta do Auditor.
II. Conceitos Básicos de Auditoria
Nos conceitos básicos de Auditoria, devemos ressaltar as “Normas de Auditoria Geralmente Aceitas”, que representam as condições necessárias observadas pelos auditores no desenvolvimento de seus trabalhos de auditoria, aos quais podemos assim elencar:
 Normas relativas à pessoa do Auditor:
 a auditoria tem que ser executada por pessoa legalmente habilitada perante aos órgãos reguladores;
o auditor mantém posição de independência em todos os assuntos relacionados com seu trabalho;
o auditor executa seu trabalho com o máximo de zelo e sigilo em relação a suas conclusões.
Normas relativas à execução do trabalho do Auditor:
 o trabalho de Auditoria deve ser planejado e quando executado por auditores-assistentes é necessária constante supervisão e revisão;
 o auditor tem que estudar e avaliar os sistemas contábeis e de controles internos da empresa para poder dimensionar a confiança, extensão e profundidade dos procedimentos de auditoria a serem aplicados;
os diferentes procedimentos de auditoria devem ser estendidos e aprofundados para obtenção de elementos comprobatórios para fundamentar o parecer de Auditoria.
Normas relativas ao parecer:
 o parecer deve esclarecer:
a) que o exame foi elaborado de acordo com as normas de auditoria geralmente aceitas;
b) que as demonstrações contábeis auditadas foram preparadas de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitos;
c) que os princípios acima citados foram aplicados de maneira consistente com o ano anterior.
salvo declaração em contrário, o auditor considera satisfatórios os elementos contidos nas demonstrações contábeis auditadas e nas exposições informativas que constam nas notas explicativas das mesmas;
o parecer expressa a opinião do auditor sobre as demonstrações como um todo e, quando não puder expressar opinião sem ressalva sobre todos os elementos das demonstrações contábeis e notas explicativas, devem ser esclarecidas as razões sobre este fato. Em todos os casos, o parecer deve conter indicação precisa da natureza do exame e do grau de responsabilidade assumida pelo auditor.
III. Técnicas e Procedimentos Básicos a serem obedecidos na Auditoria  Independente
É importante sempre ter em mente que o objetivo do Auditor Independente é emitir sua opinião sobre as Demonstrações Financeiras examinadas, que têm como composição básica:
balanço patrimonial; 
demonstração do resultado do exercício; 
demonstração das mutações do patrimônio líquido; (opcional);   
demonstração do lucro / prejuízo acumulado; 
demonstração do fluxo de caixa;  
demonstração do valor adicionado;   
notas explicativas.
Para que este objetivo seja atingido é necessário que haja planejamento adequado do trabalho; avaliação do sistema de controle interno relacionado com a contabilidade; revisão analítica das contas do ativo, passivo, receitas e despesas, detendo-se na natureza dos saldos e contas; requisitar e inspecionar evidências comprobatórias das informações financeiras e avaliar estas evidências.
Para que o trabalho do Auditor seja executado de maneira adequada, é necessária a observância de procedimentos representados por dois principais tipos de testes, a saber:
(1) Testes de Observância ou Exames de Aderência:
Visam à obtenção de razoável segurança de que os procedimentos dos controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento e cumprimento das normas estabelecidas.
(2) Testes Substantivos:
Visam à obtenção de evidências quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelo sistema contábil da entidade.
1. Testes de Observância ou Exame de Aderência
Para o Auditor atingir o principal objetivo de seu trabalho, que é determinar a natureza, a oportunidade e a exatidão dos procedimentos de auditoria, é necessária a aplicação dos testes de observância ou exame de aderência, sendo que o termo “aderência” tem o significado de adesão, ou seja, adesão/conferência com os procedimentos descritos nos manuais ou no planejamento dos controles para a execução prática destes.
Assim, os testes de observância são aqueles executados pelo auditor para verificar a existência, efetividade e continuidade dos controles internos.
Um teste de observância se dá através de entrevistas, questionamentos com administradores e funcionários da entidade, para verificar quais os procedimentos e controles internos adotados em práticas específicas, como, por exemplo, o sistema de controle e apuração de custo unitário de produção, sistema de contratação de funcionários, ou até mesmo nos procedimentos adotados para contagem física de caixa.
Como exemplo, citamos as diferentes responsabilidades referentes às atividades de controle dosestoques:
O auditor verifica (simplificada e resumidamente):
compra de estoque: existência de funcionário responsável pela determinação da necessidade de compra/reposição de estoques e emite a requisição com a conferência de quantidade mínima, especificação do produto, assinatura do emitente, da aprovação e encaminhamento para o setor de compras;
cotação de preços e seleção de fornecedores: recebimento da requisição autorizada, cotação efetuada, registro das mesmas, seleção e escolha do fornecedor, relacionando prazo, qualidade e preço e autorização para execução da compra por funcionário responsável;
emissão da ordem de compra: qual é o sistema de emissão de ordem de compra, de segurança para evitar alteração; circulação das vias da ordem de compra através de fluxograma;
recepção e guarda dos materiais: verificação dos procedimentos de recebimento e guarda do material e efetiva baixa na ordem de compra e sequência da documentação na entidade, como nota fiscal, fatura e duplicata;
registro contábil da compra: os procedimentos da contabilização da compra, lançamento nas contas de estoque, envio/registro de contas a pagar e respectiva baixa no estoque, quando utilizado o material;
contas a pagar / pagamento da compra: para encerrar o ciclo, verifica-se o controle de pagamento e a autorização necessária para efetuar o pagamento do fornecedor.
2. Testes Substantivos
Após a análise do Sistema Contábil e Controles Internos, o auditor tem condição de direcionar os testes de seu trabalho determinando os procedimentos a adotar, em quais áreas e em que extensão.
Estes são os testes substantivos, os quais são aplicados nas contas de saldos mais relevantes, das operações que apresentam algum tipo de debilidade nos controles internos e que podem alterar os resultados da entidade.
Assim, os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelo sistema contábil da entidade, dividindo-se em Testes de Transações e Saldos e Procedimentos de Revisão Analítica.
Os testes substantivos representam os principais procedimentos de auditoria; assim sendo, é preciso ter mais alguns detalhes.
Entende-se:
por evidência quanto à suficiência, a razoável garantia de que todos os fatos contábeis relevantes estão escriturados e documentados; 
por evidência quanto à exatidão, a razoável garantia de que tais fatos foram contabilizados e documentados corretamente, e que os saldos evidenciados nas Demonstrações contábeis não contém erros relevantes;    
por evidência quanto à validade, a razoável garantia de que os registros e documentos fiscais e comerciais representam operações que de fato ocorreram.
Quanto à divisão dos testes substantivos:
Testes de Transações e Saldos: compreendem os procedimentos aplicados para a verificação das operações registradas, correspondem a fatos ocorridos e os saldos não contêm erros significativos;
 Procedimentos de Revisão Analítica: compreendem os procedimentos realizados por meio de análises que visam identificar tendências anormais e diferenciadas, como, por exemplo, variações significativas de saldos.
Nesta revisão analítica de saldo há a necessidade de investigação, análise e explicação do porquê ocorreu tal variação no saldo da conta de salários horistas.
Aula 08_Aspectos e Obrigações dos  Procedimentos de Auditoria
O auditor independente deve compreender as premissas e métodos utilizados para poder avaliar a entidade auditada. Assim, é necessário conhecer alguns aspectos conceituais  e os procedimentos devidos.
I. Aspectos Conceituais dos Procedimentos de Auditoria.
Este tema é continuidade da aula anterior relativo aos testes de Observância e Substantivos, e devido à importância do conteúdo estamos tratando em unidade separada para que seja melhor acompanhado.
Os Testes de Observância e Substantivos são aplicados através de Procedimentos Básicos de Auditoria, regulados pela “NBC T 11”, que estabelece:
11.2.6 – APLICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA.
11.2.6.1.   – A aplicação dos procedimentos de auditoria deve ser realizada, em razão da complexidade e volume das operações, por meio de provas seletivas, testes e amostragem, cabendo ao auditor, com base na análise dos riscos de auditoria e outros elementos de que dispuser, determinar a amplitude dos exames necessários à obtenção dos elementos de convicção que sejam válidos para o todo.
11.2.6.2. – na aplicação dos testes de observância e substantivos, o auditor deve considerar os seguintes procedimentos técnicos básicos:
a. inspeção – exame de registros, documentos e de ativos tangíveis;
b.observação – acompanhamento do processo ou procedimento quando de sua execução;
c. investigação e confirmação – obtenção de informações junto a pessoas ou entidades conhecedoras da transação, dentro e fora da entidade;
d. cálculo – conferência e exatidão aritmética de documentos comprobatórios, registros e demonstrações contábeis e outras circunstâncias; e
e. revisão analítica – verificação do comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situações ou tendências atípicas.
Sendo assim, concluímos que os procedimentos básicos de auditoria, tanto para os testes de observância como para os testes substantivos, são: inspeção, observação, investigação, confirmação, cálculo e revisão analítica.
Agora vamos aos detalhes destes procedimentos, a saber:
Inspeção: o procedimento técnico de inspeção é executado pelo auditor quando examina os registros contábeis relativos às operações selecionadas, sendo estas inspeções a verificação dos documentos fiscais e comerciais e os ativos tangíveis, como, por exemplo, o inventário físico, seja ele qual for.
Como exemplos, citamos a inspeção de notas fiscais de compra de matéria prima, seu lançamento nos registros permanentes (de controle de estoque), e confirmação através de verificação física do material.
Observação: depois de efetuado o levantamento de um procedimento, como o procedimento de compra de matéria prima, o auditor executa o procedimento denominado “andar sobre”, ou seja, coloca em prática o procedimento descrito através da observação de sua execução no acompanhamento do processo escolhido e segue com a documentação passo a passo a fim de testar se as informações foram corretas e estão cercadas por controles internos pertinentes.
Investigação e confirmação: neste caso, o auditor executa o procedimento técnico de investigação e confirmação quando ocorre o envio de correspondência junto a terceiros para obtenção de informações. Estas confirmações são, por exemplo, dos saldos de Duplicatas a Receber, Advogados, Estoques em Consignação e outras. Ocorre a investigação quando há divergência entre os valores enviados e os valores confirmados.—
Cálculo: procedimento técnico executado pelo auditor quando necessita certificar-se da exatidão dos valores em questão, como, por exemplo, cálculo da distribuição de dividendos, das gratificações, de simples totalização de somas e outros. É necessário deixar evidenciado a execução do procedimento.
Procedimento de revisão analítica: elabora-se este procedimento técnico para se ter conhecimento de flutuação atípica através de índices, como a análise horizontal e a análise vertical e, consequentemente, acompanhada das devidas explicações das flutuações.
II. Principais e Obrigatórios Procedimentos de Auditoria
Deve-se lembrar que não existe trabalho técnico de auditoria se não forem executados, no mínimo, os seguintes procedimentos:
Contagem Física
Confirmação com Terceiros
Conferência de Cálculos 
Inspeção de Documentos
Detalhando
Contagem Física:
Esse procedimento é muito utilizado para os bens componentes do Ativo e requer a identificação e quantificação física dos valores registrados nas  Demonstrações Financeiras.
Para que haja a certeza da existência e da valorização, o Auditor procede, normalmente, a contagem física dos seguintesitens:
dinheiro em caixa através do procedimento de Contagem de Caixa; estoques através do procedimento de Inventário Físico;
 títulos, que podem ser ações, cautelas de aplicações e outros - também através do procedimento de Inventário Físico;
bens componentes do Ativo Imobilizado são conferidos através do procedimento de Inspeção Física.
 —  Confirmação de Informações junto a Terceiros:
Procedimento muito utilizado pelo Auditor para confirmar as informações obtidas na entidade, normalmente através de correspondência escrita, referente a informações de bens da entidade em poder de terceiros, saldos de direitos a receber, saldos de obrigações a pagar, conforme exemplos abaixo descritos:
dinheiro em conta corrente bancária;
contas a receber de clientes;
estoques em poder de terceiros; 
títulos diversos em custódia ou em poder de terceiros; 
contas a pagar para fornecedores; 
obrigações bancárias a pagar, como os empréstimos e contratos de câmbio.
Conferência de Cálculos:
Os funcionários da entidade elaboram uma grande quantidade de cálculos na elaboração das Demonstrações Financeiras, nas quais um erro de cálculo pode ocasionar interpretação distorcida em relação às demonstrações.
Assim, o auditor tem que conferir, mesmo que em base de teste, os cálculos elaborados pelos técnicos da entidade, conforme exemplos abaixo descritos.
Conferência dos cálculos de:
valorização dos estoques;
amortização das despesas antecipadas;
depreciações do ativo imobilizado;
juros provisionados.
Aqui, vale o lembrete de que, mesmo que estes cálculos estejam inseridos no sistema de informação computadorizado, a auditoria contábil e fiscal não é auditoria de segurança de sistemas, portanto, continua válido o procedimento do auditor enquanto não obtiver o aval da citada auditoria.
Inspeção de Documentos:
É importante salientar que, quanto à inspeção de documentos, é necessário ter em mente a existência de dois tipos de documentos.
Os documentos internos são aqueles produzidos pela própria entidade como:
memorandos;
atas de assembleia;
requisição de compras;
demonstrativo de folha de pagamento entre outros.
Os documentos externos são aqueles recebidos de terceiros nominais à empresa como:
notas fiscais; faturas;
duplicatas de fornecedores;
contratos diversos;
apólices e outros.
Os documentos externos comprovam as transações da entidade e tanto os documentos externos como os internos, representam provas cabais, documentos hábeis que suportam  os lançamentos contábeis nas contas do balanço patrimonial, tanto no ativo, passivo como nas receitas e despesas, e são inspecionados pelo auditor com o objetivo de constatar a veracidade dos valores contabilizados.
Aula 09_Auditoria Independente e Auditoria Interna
Neste ponto, em que estudamos os controles internos da empresa, é oportuno ressaltar as diferenças existentes entre os trabalhos das auditorias Interna e Independente, também a denominada de “auditoria externa”.
É importante ter em mente que os trabalhos desenvolvidos pelas auditorias interna e independente são autônomos, ou seja, a ideia de que a auditoria interna existe para trabalhar para a auditoria independente é distorcida; no máximo, pode-se entender que parte do trabalho da auditoria interna (ressalto, apenas parte!) é o de suprir o trabalho da auditoria independente e nunca subjugar-se a ela.
Um exemplo desta postura é que a auditoria interna deve entrar em acordo com os trabalhos a serem desenvolvidos pela independente, elaborando, basicamente, os mesmos testes, só que com maior profundidade e adotando os mesmos procedimentos, que serão revisados pelos auditores independentes.
Para a empresa auditada isso é ótimo, pois recebe uma redução de horas de trabalho de campo dos auditores independentes e tem o aval de terceiros sobre os procedimentos adotados em diferentes áreas de atuação.
Portanto, dois bons trabalhos de auditoria podem ser executados em conjunto, com proveito para os três envolvidos, a empresa de auditoria independente, a auditoria interna e a própria empresa auditada, sendo isto passivo de ocorrer quando da execução do trabalho de planejamento por parte da auditoria independente.
Auditoria Interna
A Auditoria Interna tem a regência através da Norma Brasileira de Contabilidade T. nº 12 (NBC.T.12). Os trabalhos têm o objetivo de constituir o conjunto de procedimentos técnicos que objetivam examinar a integridade, adequação, eficiência e eficácia dos controles internos e das informações físicas, contábeis, financeiras e operacionais da empresa.
Os Procedimentos da Auditoria Interna são os exames das diferentes contas e grupos de contas que compõem o balanço patrimonial, incluindo os testes de observância e substantivos, além de uma maior dedicação na elaboração e confirmação da operacionalidade dos manuais de controles internos.
Não adianta a empresa implantar um excelente sistema de controle interno sem que alguém verifique periodicamente se os funcionários estão cumprindo o que foi determinado no sistema, ou se o sistema está sendo adaptado às novas circunstâncias. Os objetivos da auditoria interna são exatamente esses, ou seja:
verificar se as normas internas estão sendo seguidas;
avaliar a necessidade de novas normas internas ou de modificação das já existentes.
A Auditoria Interna obedece ao mesmo procedimento do Planejamento, como a auditoria independente, considerando todos os fatos relevantes na execução do trabalho, como:
conhecimento detalhado do sistema contábil e dos controles internos;
natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos;
existência de entidade, associados, filiais e partes relacionadas;
ciclo operacional;
conhecimento das atividades operacionais da empresa;
conhecimento da execução orçamentária.
O auditor deve elaborar relatórios conclusivos sobre os controles internos e respeitar a N.B.C. P. 3, referente à Competência Técnica com contador registrado no Conselho Regional de Contabilidade e manter a autonomia profissional e a responsabilidade na execução dos trabalhos.
Auditoria Independente
A Auditoria Independente tem como um dos principais guias legais a Norma Brasileira de Contabilidade T. 11 (NBC. T. 11), onde no objetivo se constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por finalidade a emissão do parecer sobre a adequação com que estes representam a posição patrimonial e financeira, o resultado das operações, as mutações do Patrimônio Líquido e as origens e aplicações de recursos da entidade auditada, consoante às Normas Brasileiras de Contabilidade.
Quanto aos Procedimentos de Auditoria deve-se ter em mente que representam um conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter evidências ou provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião e abrangem testes de observância e substantivos.
O item referente ao Planejamento deve ser elaborado de acordo com as normas de contabilidade incluindo:
conhecimento detalhado do sistema contábil e de controles internos da entidade e seu grau de confiabilidade;
os riscos de auditoria;
a natureza e extensão dos procedimentos de auditoria a serem aplicados;
existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas;
e, se necessário, o uso de trabalho de especialistas.
 
A Conclusão é o parecer dos auditores independentes.
No que diz respeito à Competência Técnica (NBC. P.1), implica em profissionais com registro no Conselho Regional de Contabilidade (CRC), manter a independência, responsabilidade, guarda da documentação, sigilo e adoção dos trabalhos da Auditoria Interna.
 Comparativo de dados entre Auditoria Independente e Interna
Aula 10_Controles Internos
Este é um dos tópicos de que não pouparemos detalhes, pois é de muita importância para execução e suporte do trabalho do auditor e está distribuído nas diversas aulas que compõem esta unidade. Recomenda-se a habitual leitura das referências bibliográficas no final desta unidade.
As normas de auditoria, geralmente aceitas, estabelecem que o auditordeva avaliar o sistema de controles interno da entidade para determinar a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria a serem adotados em cada circunstância.
Sendo assim, para avaliar o sistema de controle interno, o auditor executa no mínimo os seguintes passos: 
faz levantamento do sistema de controle interno por área trabalhada e elabora o fluxograma documental, ou programa descritivo do sistema;
verifica se o sistema levantado e descrito está sendo realmente seguido através do procedimento denominado “walk trought”, ou seja, segue o caminho dos documentos conforme os procedimentos descritos;
avalia a possibilidade de o sistema revelar de imediato erros ou irregularidades;
determina o tipo, extensão e volume dos testes de auditoria a serem aplicados.
Sempre devemos ter em mente que o auditor está interessado em valores significativos relativos a erros e irregularidades; valores que podem afetar as demonstrações financeiras induzindo os leitores e analistas a erros de interpretação.
Um bom sistema de controle interno funciona como um filtro na detecção dos erros e irregularidades, portanto o auditor pode reduzir ou aumentar os testes a serem executados de acordo com a qualidade dos sistemas de controles internos estabelecidos pela entidade.
Observe que o auditor sempre deverá executar testes para avalizar o sistema de controle interno mesmo que seja excelente.
Conceito
O controle interno de uma entidade representa o conjunto de procedimentos, métodos e rotinas com os objetivos de proteger os ativos, produzir dados contábeis confiáveis e ajudar a administração na condução ordenada dos negócios da entidade. Conforme conceito descrito, os dois primeiros objetivos representam os controles contábeis e o último os controles administrativos.
Exemplos de controles internos contábeis:
procedimentos de conferência, aprovação e autorização;
segregação de funções, ou seja, a ocupação conflituosa de cargos (ex. quem compra não recebe a mercadoria);
procedimentos para controles físicos dos ativos;
trabalho da auditoria interna.
Exemplos de controles internos administrativos:
procedimento referente ao controle de qualidade;
treinamento de pessoal; 
comparativo e análise dos valores orçados e reais.
O principal objetivo do auditor independente é emitir uma opinião sobre as Demonstrações Financeiras auditadas. Portanto, o auditor deve somente avaliar os controles internos relacionados com estas demonstrações, que são os controles contábeis.
No caso de algum controle interno administrativo exercer influência nos relatórios contábeis, obrigatoriamente o auditor terá que considerar a necessidade de avaliá-lo.
Aula 11_Princípios Fundamentais dos Controles Contábeis
Em relação aos controles internos, a administração da entidade tem as seguintes responsabilidades:
elaboração e implantação;
constatação da obediência às rotinas estabelecidas;
modificação e alteração do rumo às novas circunstâncias.
Para o bom andamento dos controles internos, torna-se necessário observar os seguintes tópicos:
I. Responsabilidade:
As atribuições de responsabilidades aos funcionários, dos diferentes setores envolvidos, com os controles internos da empresa devem ser claramente definidas e limitadas, estabelecidas por escrito, mediante emissão de manual interno da entidade.
Como razões para atribuições de responsabilidades a serem definidas podemos citar:
 assegurar que todos os procedimentos de controles internos sejam conhecidos e executados;
detectar irregularidades e saná-las de imediato;
—apurar responsabilidades por eventuais omissões na realização das transações da entidade, ou seja, detectar por que o controle interno não foi obedecido.
Relacionamos alguns procedimentos relativos aos controles internos que necessitam definição de funcionários responsáveis:
aprovação para compra de bens e serviços com limite de aprovação de valor;
rotina para execução do processo de compra, desde a requisição até a chegada do material;
habilitação do documento fiscal do fornecedor para liberação do pagamento;
guarda e manutenção dos talões de cheque em branco;
preenchimento e conferência dos cheques para pagamento;
assinaturas de cheques;
pagamento ao fornecedor;
elaboração e conferência da folha de pagamento;
controle físico dos ativos;
registro contábil dos ativos.
 
II. Procedimentos / Rotinas Internas
No manual de organização interna, a entidade deve definir todas as suas rotinas com a maior clareza possível para que não haja dualidade de interpretação na hora da aplicação.
Manuais de Procedimentos elaborados para diferentes setores da entidade, a saber:
compras nacionais e estrangeiras;
contas a pagar;
controles de caixa;
concessão de crédito e procedimentos de cobrança;
procedimentos para vendas a varejo e a atacado.
Procedimentos para os formulários internos e externos: Manual de Instrução para o preenchimento e destinação dos formulários internos e externos.
requisição de compra de materiais;
formulário de cotação para solicitar preços aos fornecedores;
ordem de compra para formalizar a operação junto ao fornecedor;
aviso de recebimento de material;
pedido de venda.
Manual de Instrução para o preenchimento e destinação dos formulários internos e externos.
—Evidências das execuções dos procedimentos determinados nos manuais de controles internos como nomes, rubricas e/ou assinaturas e datas.
 III. Acesso aos Ativos
A entidade tem por obrigação limitar o acesso dos funcionários aos seus ativos e estabelecer controles físicos para limitar este tipo de circulação.
O acesso aos ativos da empresa representa:
manuseio de numerário recebido antes do depósito em conta corrente;
emissão de cheque com assinatura única (conhecido por cheque “sozinho”);
manuseio de cheques assinados;
manuseio de dinheiro referente a pagamentos em “caixa”;
recebimento e guarda de ativos como estoques, dinheiro em caixa, ativo imobilizado e cautelas de títulos.
Para este ativo é necessário estabelecer controles, como manter o local do caixa em local segregado de circulação, guardar títulos em cofre de local não aparente, controlar depósitos de mercadorias, produtos acabados e/ou matérias primas, manter circulação restrita a funcionários autorizados e manter a unidade industrial totalmente cercada e com controle de volumes e funcionários, carros e terceiros, revistados como segurança patrimonial permanente.
IV. Segregação de Funções
A segregação de funções implica em estabelecer que uma mesma pessoa não tenha acesso total aos ativos e aos registros contábeis, ou seja, nenhum funcionário ou setor administrativo deve controlar todas as fases inerentes a uma operação; cada fase deve, preferencialmente, ser executada por pessoas e setores independentes entre si, pois essas funções são incompatíveis dentro do sistema de controle interno.
Vale lembrar que os registros contábeis englobam o “razão geral”, onde contém os saldos iniciais e finais das diferentes contas, e o acesso a estes registros permite à pessoa que prepara ou manuseia a informação (que serve de base para sua elaboração) modificar os dados deste registro.
Como exemplo, citamos o funcionário que tem acesso aos registros contábeis e também participa do processo de compra de materiais; isso pode levar à ocorrência de um desvio físico de um ativo, baixando-o contabilmente para despesa, o que levaria a ocultar de forma permanente essa transação.
V. Comparação dos Ativos com os Registros Contábeis
Mesmo que a empresa opere com um sistema integrado, devem-se estabelecer procedimentos para que ocorra a comparação periódica entre os ativos físicos com os registros contábeis, bem como a análise e explicação das diferenças encontradas.
O objetivo deste procedimento é certificar-se de que as diretrizes estão sendo seguidas e que não há desfalques ou erros ocultos entre o físico e o contábil.
Como exemplos de confronto entre físico e contábil têm-se:
contagem de caixa e comparação com o razão;
contagem física dos títulose comparação com a conta de investimentos;
inventário físico dos diferentes tipos de estoque e comparativo com os saldos demonstrados no razão;
inventário físico dos bens do imobilizado e comparativo com os controles do setor de Bens Patrimoniais e com o razão.
Vale o alerta para que a empresa adote o procedimento de comparar os ativos com os registros contábeis, pois, se não adotar esta prática fica em aberto a possibilidade do funcionário desviar/errar indevidamente o custo diante de um ativo, sem que este fato seja notado, mantendo-se falho por um período muito longo.
É necessário ressaltar que este procedimento de controle deve ser executado por funcionário que NÃO tenha acesso físico aos ativos.
VI. Amarração do Sistema
O sistema de controle interno deve ser concebido de tal maneira que sejam registradas as transações autorizadas e que tenham seus valores corretos e dentro do regime de competência, com a conferência independente do estágio em que se encontrem.
Como exemplos, citamos:
transporte dos valores dos documentos para os registros iniciais, como, por exemplo, o lançamento na ficha de controle e valorização de estoque (kardex);
— transporte dos valores dos registros iniciais para os registros intermediários, como, por exemplo, para as fichas de apuração de custos;
transporte dos registros intermediários para os registros finais, como, por exemplo, o razão de custos de produção, e, finalmente;
o transporte dos valores dos registros finais para o razão geral.
Conferência dos cálculos, como:
da valorização das quantidades de estoques baixados ou transferidos para a produção (quantidade x preço unitário de matéria prima, de produto em processo e de produto acabado para dar baixa no custo do produto vendido);
cálculo das depreciações;
cálculo das atualizações de empréstimos em moeda estrangeira.
estabelecer controles setoriais de forma que setores que se conectem com outros tenham seus controles “checados” pelo recebedor ou pelo emitente. Como exemplo, citamos:
sistema de compra com sistema de pagamentos; 
sistema de vendas com sistema de crédito e cobrança; s
sistema de recebimento de materiais com sistema de controle de qualidade.
 
VII. Auditoria Interna
A necessidade de implantação do departamento de Auditoria Interna deve ser dimensionada pela empresa, sempre tendo em mente que a Auditoria  Interna é um órgão que trabalha para TODA a empresa e que de nada adianta a implantação de vários manuais de controle interno se não há quem verifique se os mesmos estão sendo seguidos e adaptados à nova realidade da empresa.
Em nosso curso há um tópico específico sobre a Auditoria Interna, mas vale ressaltar os principais objetivos, que são:
Verificar se as normas internas estão sendo seguidas;
Avaliar as normas internas existentes e modificações a serem efetuadas para acompanhar a evolução da empresa e do mercado.
VIII. Custos dos Controles Internos versus Benefícios
Uma das leis faladas e não escritas da Administração é que “o ótimo é inimigo do bom”. A mensagem aqui é que os controles internos devem existir até o ponto de satisfazerem as necessidades da empresa e não atrapalharem o bom andamento administrativo.
Assim, o custo do controle interno não deve exceder os benefícios que dele se espera obter. Portanto, os controles internos mais sofisticados e mais onerosos devem ser estabelecidos para transações de valores relevantes, enquanto os controles menos rígidos devem ser estabelecidos para transações mais rotineiras que envolvam valores menos substanciais.
Como exemplo, citamos o estabelecido na Curva ABC, a saber:
Mas torna-se importante ter em mente que por melhor e maior que seja a extensão do controle interno ainda tem suas limitações em relação a erros e fraudes.
Por exemplo, citamos conluio entre funcionários para apropriação de bens da empresa; são funcionários que negligenciam as normas estabelecidas pela empresa e que não são adequadamente treinados para exercerem suas funções.
Vale lembrar que, há alguns anos, nos Estados Unidos, organizou-se uma  “gangue” unindo à alta direção da empresa, executivos de bancos e auditores da, então, segunda maior empresa de auditoria do mundo, e deram vários golpes¹ financeiros na maior empresa do mundo, na época, que resultou em grande prejuízo para investidores, setor financeiro e para a credibilidade da auditoria propriamente dita. Detalhe: fez-se justiça com falência e descredenciamentos e reclusões dos envolvidos.
A auditoria é um ramo que, além dos conhecimentos técnicos e da metodologia, exige muita experiência tanto na formulação como na verificação dos testes encaminhados às empresas auditadas.
Aula 12_Levantamento do Sistema de  Controle Interno
Nesta aula, faremos abordagens sobre o levantamento de dados para o desenvolvimento de um Sistema de Controle Interno.
I. Levantamento do Sistema de Controle Interno
Os caminhos para se obter as informações sobre os controles internos seguem os seguintes passos:
caso existam, a leitura dos manuais de controles internos e rotinas da organização;
entrevista com os funcionários para obtenção de respostas ou para certificação da validade das informações contidas nos manuais;
inspeção física dos procedimentos, desde o início da operação até o lançamento dos valores das transações no razão;
elaboração de questionário de auditoria para elaboração de teste e certificação da veracidade dos controles internos.
As informações obtidas pelo auditor, referentes aos controles internos, são registradas das seguintes maneiras:
memorandos narrativos dos procedimentos; 
fluxogramas;
questionários descritivos das tarefas a serem cumpridas, sendo este tipo de procedimento o mais adotados pelas auditorias;
“walk thru”, ou seja, “andar sobre”, outro procedimento muito adotado que consiste em seguir o caminho da documentação conforme a descrição dos procedimentos.
 II. Questionário de Controle Interno
Como exemplo de procedimento de auditoria, para avaliar o controle interno da empresa, apresenta-se o “Questionário de Avaliação de Controle Interno“ – QACI –, o mais usual entre os trabalhos de auditoria.
Este questionário tem como finalidade a avaliação da adequação dos controles operacionais e contábeis adotados pela empresa, e o auditor deve observar se
os controles contábeis permitem/asseguram o correto registro das transações; 
os controles operacionais permitem eficiência e observância das políticas estabelecidas pela empresa e pela legislação em vigor;
as averiguações internas permitem segurança na constante aplicação das normas estabelecidas.
De acordo com as averiguações, o auditor independente determina a extensão dos testes a serem executados e efetua o levantamento dos procedimentos.
Levantamento e Descrição da Rotina
O auditor independente deve levantar e descrever as rotinas objetivando:
identificar pontos críticos, fortes ou fracos, que facilitem a definição dos exames; 
fornecer dados para simplificar os trabalhos de auditoria e futuros trabalhos de auditoria.
O levantamento das rotinas é feito de forma simples, clara, objetiva, concisa e padronizada, garantindo que as informações sejam entendidas por todos que lerem a descrição.
Assim sendo, durante o levantamento sempre devem estar presentes os questionamentos:
O que fazer?
Por quê?
Qual a extensão do levantamento?
Qual a profundidade do levantamento?
Qual o tempo envolvido para o levantamento?
O levantamento em si nada mais é do que o ato de entrevistar formalmente os integrantes dos procedimentos que a empresa diz adotar, relacionar os procedimentos ordenadamente e, após isto, elaborar os testes para certificação da veracidade dos procedimentos captados e descritos.
Como exemplos, descrevemos, resumidamente, as seguintes rotinas:
Geral para todas as Áreas:
As atribuições e responsabilidades dos funcionários, divisões, departamentos, gerências e filiais estão claramente definidas nos manuais de procedimentos internos da entidade?
Os procedimentosdas principais atividades da empresa, como vendas, recebimentos, compras, pagamentos, contabilização, estão igualmente definidos nos manuais de procedimentos internos da entidade?
A entidade adota um manual de contabilidade onde contém a estrutura das contas, quando e quais contas devem ser debitadas e creditadas, histórico padrão e modelos padronizados das demonstrações financeiras e relatórios gerenciais internos, bem como as práticas contábeis utilizadas a fim de permitir o registro ordenado e consistente de suas transações?
A empresa usa um sistema orçamentário detalhando origens e aplicações de receitas, despesas, compras de imobilizados e outros?
Os valores incorridos são comparados com os orçados e são analisadas as variações significativas?
As transações e os controles internos estão sujeitos a uma verificação periódica por parte de um setor de auditoria interna?  
Continuaremos fazendo referência quanto ao questionário na próxima aula.
Aula 13_Questionários de Controles Internos – Parte I
Nesta aula, preparamos o aluno para ter uma visão dos questionários de controles internos de algumas das seções do trabalho do auditor, sempre tendo em mente que os questionários aqui descritos são “Padrão”, ou seja, para serem aplicados a uma empresa específica necessitam de ajustes nos procedimentos.
 I. Exemplos de Questionários de Avaliação de Controle Internos (QACI)
 Questões a fazer quanto a Vendas:
Elabora-se um estudo para concessão de limite de crédito ao cliente antes de ser processada a venda a prazo?
—As informações constantes nas notas fiscais são conferidas, e a conferência é assinalada (quantidades, preços, cálculos, impostos, nome, endereço)?
Os controles adotados asseguram que todas as vendas sejam imediatamente contabilizadas e permitem segurança quanto à certificação de que:
as notas fiscais são numeradas sequencialmente?
as notas fiscais são emitidas por ocasião das vendas?
quando da expedição e da saída da empresa há conferência para que não haja saída de mercadoria sem a respectiva nota fiscal?
a cópia da nota fiscal é enviada para a contabilidade?
a contabilidade confere a sequência numérica das notas fiscais emitidas, conferindo se todas foram recebidas e devidamente contabilizadas?
Os custos das vendas são contabilizados de forma a não permitir que uma venda seja contabilizada sem o custo correspondente? - Para isto considere: 
Os custos das vendas são contabilizados em conjunto com o lançamento de vendas, ou seja, a apuração do custo da venda com base na quantidade de produtos vendidos conforme descrito nas notas fiscais de vendas?
lucro bruto por produto é analisado em períodos constantes (mensal...)?
Questões a fazer quanto a Recebimentos:
 Os controles atuais asseguram que sejam conhecidas prontamente e tomadas providências para as contas a receber em atraso, como, por exemplo, a análise das contas em base mensal de distribuição por idade de vencimento (Aging List¹)?
Os controles existentes garantem que os recebimentos de vendas a prazo sejam de imediato depositados/creditados na conta corrente da empresa? Para isto, considere:
O acesso de funcionários aos recebimentos é limitado?
São segregadas as funções de manuseio de recebimentos e registros contábeis?
Os recebimentos são controlados de forma independente por outras pessoas que não os manuseiam?²
Os cheques recebidos são imediatamente cruzados para depósitos?
Todos os recebimentos em dinheiro são em seguida depositados em conta corrente bancária? (portanto não utilizados para pagamentos).
Existem controles adequados sobre vendas à vista? Para isto considere:
São adotadas caixas registradoras observáveis pelos clientes e recibos pré-numerados?
O funcionário que manuseia o recebimento confere o total do valor do registro da caixa registradora, ou até a somatória dos recibos, se concorda com os valores efetivamente depositados na conta corrente bancária da empresa?
Os atuais controles permitem a certeza de que os recebimentos sejam contabilizados na época devida? Para isto considere:
Os recibos pré-numerados ou controles de totais de caixas registradoras são enviados para contabilidade?
A contabilidade controla as fitas, a sequência numérica dos recibos e checa com os recibos de depósitos bancários?
A contabilidade elabora conciliações bancárias em base mensal?
¹Aging List: demonstra os Recebíveis totalizados por tempo de vencidos ou a vencer com percentuais e prazo médio por período e Prazo Médio da carteira inteira. ²Detalhamento – custódia independente de duplicatas; conferência da sequência numérica de recibos pré-numerados; conferência de valores com os numerários efetivamente depositados e outros.
Aula 14_Questionários de Controles Internos – Parte II
Nesta aula, vamos observar mais alguns exemplos de Questionários de Controles Internos.
 I. Exemplos de Questionários de Avaliação de Controles Internos (QACI)
 Questões a fazer quanto a Compras:
O sistema de controle interno assegura que sejam formalizadas apenas as compras previamente aprovadas e nas melhores condições de mercado?
Os setores internos da empresa emitem requisições de bens ou serviços pré-numerados e devidamente aprovados e remetem para o setor de compras? 
O setor de compras confere a sequência numérica das requisições e a aprovação? 
O setor de compras tem um cadastro de fornecedores atualizado por natureza de bem ou serviço?
 É feita cotação de preço junto aos fornecedores a fim de obter as melhores condições comerciais?
A formalização da compra é realizada por escrito suportada por ordem de compra, contrato e outros documentos? 
Os controles internos garantem que os bens passam a ser de propriedade da empresa, ou os serviços a ela prestados sejam as obrigações resultantes dessas transações imediatamente contabilizadas?  
Existe centralização no recebimento das notas fiscais dos fornecedores? 
No momento da chegada do bem à empresa ou da prestadora de serviços, é dada nas notas fiscais uma sequência numérica pelo setor centralizador de recebimentos, emitindo um documento pré-numerado ou pré-numerando as notas fiscais com carimbo datador-numerador?
O funcionário da contabilidade que emite a documentação (voucher) para o lançamento contábil confere a sequência numérica dada nas notas fiscais?
Questões a fazer quanto a Pagamentos:
Existe segurança de que somente as compras efetivamente recebidas e de acordo com autorização são liberadas para pagamentos?
É dada a evidência na nota fiscal de que o bem foi realmente recebido ou o serviço efetivamente prestado? 
Há evidência do setor de contas a pagar ter liberado as notas fiscais para pagamento? 
Esse setor evidencia a conferência antecipada do documento fiscal com a ordem de compra, contrato de fornecimento para pagamento? 
Os controles internos asseguram que os documentos sejam pagos na época correta?
A documentação (voucher) de lançamento contábil é emitida em sequência numérica? 
A área financeira controla a sequência numérica da documentação (vou-cher) de pagamento?
Os controles para guarda, preparo e assinatura dos cheques são adequados? 
Os talões de cheques são mantidos em lugar seguro, como o cofre?
Os talões de cheques são acessíveis apenas às pessoas que os utilizam nas suas funções diárias e constantes?
Os cheques são emitidos unicamente para os documentos liberados para pagamento pelo setor de contas a pagar?
Todos os cheques são nominativos? 
Os cheques contêm sempre duas assinaturas de funcionários com poderes para tanto?
A documentação comprobatória de pagamento (documentos como nota fiscal, fatura, ordem de compra e outros) acompanha os cheques quando de sua emissão e assinatura?
Os signatários examinam a documentação antes da assinatura e evidenciam o ato?
Os signatários cancelam ou identificam com marca especial os documentos comprobatórios quando da assinatura do cheque a fim de evitar sua reapresentação?
Os controles internos asseguram que os pagamentos sejam contabilizados no período de competência?
Todo

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