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RESENHA DO FILME ALEXANDRIA

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
 CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO – TURMA 3001
Professor: Wellinton Trotta 
Grupo: Eduardo dos S. Paiva, Evandro Elias e Herbert Santana
RESENHA DO FILME ALEXANDRIA (Espanha, 2009)
	Este filme gerou entre nós deste grupo muita discussão, debatemos a veracidade do conteúdo tamanha a estranheza dos fatos desta ficção. Hipátia (351-415) de fato descreve com dignidade o que Johanes Kepler (1571-1630) foi redescobrir mais de mil anos depois.
	No filme é possível ver também a essência do que é a doutrina cristã. Nunca paramos para pensar no que acreditamos e Hipátia diz isso a um de seus discípulos que se tornou cristão, que passa a questionar tudo, mas nunca questiona o que ele acredita. Hipátia afirma que não pode se converter ao cristianismo, ela opta pela neutralidade e o amor à filosofia porque a visão de mundo dela é puramente filosófica e não há espaço aceitação por simples crença. Entretanto a política e a religião estavam acopladas nesta época, tornando a situação delicada até para o prefeito Orestes, seu ex-aluno apaixonado por sua professora. A tensão entre cristãos e judeus cresceu demais. Os cristãos passaram a dominar o território, os pagãos ou foram mortos ou obrigados se converteram ao cristianismo, Orestes era pagão e se tornou cristão. Quem não fosse cristão seria morto. Hipátia foi taxada de bruxa e atéia e por isso pagou caro.
	É notável como fator histórico que o cristianismo não tem uma filosofia como tem os gregos e romanos. Isso é possível ver com clareza no filme, o local onde ocorre e os as doutrinas dominantes. A história é no Egito e lá vemos deuses pagãos, o povo romano com suas tradições inclusive gregas, e conflito entre judeus e cristãos e as suas tensões.
	Cirilo foi o grande propagador da proposta cristão na história e não ficou de fora no filme. Ele claramente propôs a conversão obrigatória. Quem não fosse cristão automaticamente deveria ser apedrejado, inclusive armou ciladas a Orestes o prefeito cristão.
	É importante o debate sobre esse filme agora, pois em um momento que o mundo se escandaliza com a destruição da cultura antiga pelos mulçumanos extremistas no oriente, é importante saber que isso também já aconteceu em outras épocas entre “irmãos de fé cristã no passado”. Hoje aqui em nosso país temos relativa liberdade de expressão, pois vemos ainda muita discriminação principalmente para com os adeptos das religiões africanas, muito pouca se comparando a outros lugares do mundo, principalmente na África, Oriente e Ásia, mas temos sim preconceito religioso. O filme nos faz refletir sobre como eu reajo diante dessas situações? Eu condeno o preconceito, mas será que não tenho atitudes menos agressivas porém que ofendem outras culturas religiosas ? Se for protestante, carrego comigo rancor em relação aos católicos e vice-versa? Esse debate sobre reação a nossa crença frente a crença do próximo é sem dúvida importantíssimo para nos fazer crescer como seres evoluídos e filosóficos e passar conhecimento a uma nova geração a nossa frente e que espera de nós (futuros) professores mais discernimento.

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