Buscar

RESUMO DIREITO ROMANO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO ROMANO
1. INTRODUÇÃO
Há muitos que pensam que os romanos eram apenas broncos violentos com ânsia de conquistas e há muitos que nem sequer sabem que em nossa “genética cultural” há tanto de Roma que nem podemos enumerar. O Direito romano influenciou, sobremaneira, a construção dos sistemas jurídicos ocidentais. 
2. FORMAÇÃO DE ROMA
2.1. Desde a fundação de Roma (lenda de Rômulo e Remo – salvos do afogamento e criados por uma loba). Conta à lenda que Rômulo, após matar seu irmão Remo, fundou sua tribo em 754 a.C. (origem romana).
2.2. Roma, como as outras Cidades-Estado da região, era governada por um rei. A realeza em Roma era vitalícia, porém, eletiva, e principalmente, não hereditária. A escolha no Rei cabia à assembleia, denominada Comícios Curiatos, cujo nome havia sido proposto pelo Senado e investiam-no Imperium – poder total que abrangia os âmbitos civil, militar, religioso e judiciário. Este soberano era o juiz supremo, não havendo apelação contra suas sentenças.
2.3. Comícios Curiatos eram reuniões de todos os homens considerados como “povo”, ou seja, os patrícios e os clientes, ficando de fora os plebeus e os escravos. 
3. A REPÚBLICA E SUAS INSTITUIÇÕES POLITICAS
a) Realeza – vitalícia, porém não hereditária e eletiva, ou seja, dependia da escolha da assembleia.
b) Republica – “coisa do povo”; os romanos decidiram pulverizar o poder executivo para as mãos de muitos, com mandatos curtos, um ano, na maior parte dos casos, assim evitando que alguém pudesse ter um poder exacerbado nas mãos.
c) Império – Alto Império e Baixo Império: divisão que se baseia no absolutismo do imperador Justiniano, que era menor no primeiro e incondicional no segundo.
3.1. Somente o Senado era vitalício. Devido à temporalidade do mandato executivo face à vitaliciedade do Senado, coube a este ultimo a autoridade permanente, tornando-se o centro do Governo. 
3.2. A autoridade do governo cabia, portanto, aos magistrados ordinários e aos magistrados extraordinários.
a) Magistrados Ordinários – eram permanentes e eram eleitos anualmente (Cônsules, Pretores, Edis, Questores).
b) Magistrados Extraordinários – como os Censores, eram temporários e somente eram escolhidos quando havia necessidade.
4. CURSUS HONORUM
O Cursus Honorum, ou caminho de Honra, era uma escala de cargos que deviam ser alcançados sucessivamente, a saber: primeiro devia-se alcançar a questura e depois a edilidade, a pretura e o consulado. No século I a.C., ficou estabelecida uma idade mínima para o desempenho de cada uma dessas magistraturas: 31 anos para a questura, 37 anos para a edilidade, 40 anos para a pretura e 43 anos para o consulado.
4.1. Os Questores eram os guardiões do tesouro; pagava o exército e os funcionários do governo, coletava impostos e era a principal autoridade depois do governador da província.
4.2. Os Edis eram responsáveis pela manutenção da ordem pública; supervisionavam o comércio, o mercado e as provisões de água e alimentos, ocupando-se também de vários encargos públicos.
4.3. Os Pretores cuidavam da administração da Justiça, mas não era juiz. Eram dois tipos:
- Pretor Urbano – cuidava de questões envolvendo apenas romanos na cidade.
- Pretor Peregrino – cuidava de questões de justiça no campo e aquelas envolvendo estrangeiros.
A partir da Lei Aebutia (séc. II a.C.), que modificou o processo, os pretores tiveram aumentado mais ainda seus poderes discricionários, visto que, a partir de então, eles podiam fixar os limites da contenda e dar instruções ao juiz particular em como este deveria proceder.
4.4. Os Cônsules eram sempre em numero de dois. Comandavam o exército, presidiam o senado e os Comícios, representavam a cidade em cerimônias religiosas e em questões administrativas.
4.5. Embora os Censores não fizessem parte do Cursus Honorum, era um cargo cobiçado como um dos mais respeitados da República e, geralmente, só era ocupado por cidadãos respeitadíssimos e que já tivessem ocupado o cargo de Cônsul.
5. O IMPÉRIO E SUAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS
5.1. Durante o Império, a figura principal era, obviamente, o imperador, que possuía o Imperium em todos os aspectos: civil, político, jurídico e militar.
5.2. As magistraturas republicanas subsistem, mas sem a mesma importância ou força interior. O Consulado, por exemplo, continua existindo até Justiniano, entretanto é um cargo apenas honorífico.
5.3. O Senado continua existindo, porém com cada dia atribuições mais limitadas. Por outro lado, teve sua competência ampliada nos terrenos legislativo e judicial, já que podia, conforme a vontade dos senadores, conhecer qualquer delito, principalmente atentado contra o Estado ou a pessoa do Imperador.
6. CARACTÉRISITICAS DO DIREITO ROMANO
6.1. Constitui o conjunto de normas elaboradas desde a fundação do povo romano até a morte de Justiniano.
6.2. O sistema jurídico romano dividiu o Direito em público e privado.
6.3. Os estudos e os pareceres dos jurisconsultos romanos ajudaram no desenvolvimento de inúmeros institutos jurídicos.
6.4. Formularam regras jurídicas precisas e organizaram-nas esquematicamente em um ordenamento muito avançado para época.
6.5. O crescimento do Império Romano e suas grandes conquistas pelo mundo fizeram com que aprendessem bastante com outros povos, o que enriqueceu o sistema romano.
6.6. Após a queda do Império Romano (sec. V), os conceitos jurídicos inicialmente traçados por eles foram reavivados no Império Bizantino.
7. ORGANIZAÇÃO SOCIAL
7.1. Patrícios eram descendentes das primeiras famílias que povoaram Roma, os patrícios eram proprietários de terras e ocupavam importantes cargos públicos. Considerados cidadãos romanos, possuíam muita riqueza e escravos. No topo da pirâmide social romana, compunham a minoria da população.
7.2. Os Clientes embora livres viviam "presos" aos patrícios, pois possuíam uma forte relação de dependência. Esta classe era formada basicamente por estrangeiros e refugiados pobres. Tinham apoio econômico e jurídico dos patrícios, porém lhes deviam ajuda em trabalhos e questões militares.
7.3. Os Plebeus formavam a maioria da sociedade romana. A Plebe era composta basicamente por pequenos comerciantes, artesãos e outros trabalhadores livres. Possuíam uma série de restrições, como: não podiam se casar com Patrícios; não possuíam direito de participar da organização politica. Aos Plebeus eram aplicadas leis severas, leis consuetudinárias (direito que surge dos costumes de certa sociedade) e que lhe eram desconhecidas.
8. PERIODOS DA HISTÓRIA DO DIREITO ROMANO
8.1. Período Arcaico (ou Pré-Clássico):
a) Esse período vai da Fundação de Roma, no século VIII a.C., até o século II a.C. Neste, o Direito caracteriza pelo formalismo, pela rigidez, pela ritualidade. A família era o centro de tudo, mesmo do Direito. O Direito é absolutamente consuetudinário, ainda rudimentar e em evolução.
b) O marco mais importante desse período é a Lei das XII Tábuas, feita em 451 e 450 a.C. como resposta a uma das revoltas da Plebe Romana, que após um grande período sem ter direitos, os plebeus decidiram exigir que as leis passassem a ser escritas e que alguns direitos lhes fossem concedidos. Propuseram a criação do Tribuno da Plebe (uma comissão popular). Após 10 anos de luta, os decênviros foram nomeados e foram à Grécia estudar as leis de Sólon. Inicialmente fizeram 10 tábuas e depois mais duas, nascendo assim: a Lei das XII Tábuas. Essa legislação foi uma codificação de regras costumeiras e, mesmo entrando rapidamente em desuso, foi chamada durante toda a História de Roma como a fonte de todo direito.
c) O Senado era composto por trezentos membros, que eram conselheiros do rei. E não tinha poder, somente aconselhava o rei quando solicitado, mas o rei não era obrigado a seguir seus conselhos.
d) O Rei acumula as funções militares, civis, jurídicas e religiosas (era da Realeza).
8.2. Período Clássico:
a) Este período, do século II a.C. até o século III d.C., foi o auge do Direito Romano e, mais especificadamente, foi o auge do desenvolvimento do DireitoRomano.
b) Nesta fase, na República estava instaurado, o Senado. 
c) O poder executivo estava nas mãos do magistrado. Os magistrados: ordinários e extraordinários (cônsules - exército, pretores: urbano e peregrino - justiça, edis – gestão da cidade e questores - finanças). Os censores cuidavam da fiscalização, do policiamento dos costumes.
d) O poder do Estado foi centralizado e dois personagens – pretores e jurisconsultos –adquirindo maior poder de modificar as regras existentes, puderam revolucionar constantemente o Direito.
8.3. Período Pós-Clássico:
a) Nesse período, do século III até o século VI d.C., o Direito Romano não teve grandes inovações, vivia-se do legado da fase áurea; entretanto, para acompanhar as novas situações, o Direito vulgarizou-se e sentiu-se a necessidade de fixar-se definitivamente as regras por meio de uma codificação que, a principio, era muito mal vista pelos romanos, já que depois da Lei das XII Tábuas nenhuma codificação foi empreendida pelos romanos por não considerarem uma codificação necessária.
b) Centralização do poder nas mãos do Imperador. As figuras da magistratura subsistiam, mas todo o poder estava concentrado nas mãos do imperador. No Baixo Império Romano aquilo que agradava o imperador tinha força de lei.
c) Foi criado o processo extraordinário (excessivamente burocrático).
d) Decadência do Império Romano.
8.4. Período Justinianeu:
a) Império Bizantino, fase de grande evolução da legislação.
b) O Corpus Juris Civilis (Corpo de Lei Civil) é uma obra fundamental da jurisprudência, publicada por ordem do imperador bizantino Justiniano I. O livro é composto por quatro partes: o Código de Justiniano (Codex), que continha toda a legislação romana revisada desde século 2; o Digesto, composto pela jurisprudência romana; Institutas, os princípios fundamentais do direito; e as Novelas, com leis formuladas por Justiniano.
c) O maior intuito, era além de estimular o desenvolvimento do Direito Romano, era também resgatar a produção já existente.
9. FONTES DO DIREITO ROMANO
9.1. Costume: fonte mais antiga. 
9.2. Mos Maiorum: considerado como o suporte fundamental da cultura romana e do seu modo de vida, das suas tradições no sentido da observância dos costumes dos antepassados. FIDES (boa-fé), PIETAS (respeito diante do sagrado), GRAVITAS (serenidade para honrar o compromisso), DIGNITAS (dignidade; exercício de cargos públicos), HONOR (reconhecimento público de mérito), GLÓRIA (só homens de bem podem alcançar tal reconhecimento).
9.3. Leis e Plebiscitos: O plebiscito que era lei restrita a plebe, tornar-se-á em seguida uma lei de alcance universal.
9.4. Edito dos Magistrados: Inicialmente era um pronunciamento verbal. Posteriormente torna-se algo escrito, num local externo (fórum), a tinta vermelha (rubrica), num espaço branco (álbum). Era trabalho dos Pretores.
9.5. Jurisconsultos: Eles são guindados a questão de fonte, pois era de interesse do imperador ter seu prestígio ao lado, com o aval deles.
9.6. Senatus Consultos: O imperador tem interesse de sendo suas intenções de caráter impopular para o povo, atribuir ao Senado, ou seja, transferir para esse corpo político o ônus de decisão antipática.
9.7. Constituições Imperiais: São de força do imperador, porém cabem aos legisladores, os jurisconsultos, a elaboração destas. Destacam-se sob o governo de Diocleciano, pois fazem parte da monarquia como fonte única do direito. Em relação à edificação destas constituições, evidenciamos quatro tipos: edicta, mandata, decreta e rescripta.
- Edicta: proclamações do imperador a posse de seu cargo.
- Mandata: são instruções feitas pelo imperador como um plano diretor para os cargos administrativos seguirem em exercícios nas províncias.
- Decreta: tomadas de decisões por parte do imperador para julgar processos que são submetidos por particulares em litígio. Sentenças extraordinárias.
- Rescripta: respostas dadas pelo imperador para as consultas jurídicas que lhe são feitas por particulares ou magistrados.

Outros materiais