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RESUMO AS REVOLUÇÕES EUA E FRANÇA

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AS REVOLUÇÕES – ESTADOS UNIDOS E FRANÇA
1. INDEPENDÊNCIA DOS EUA
Antes da Independência, os EUA era formado por treze colônias controladas pela metrópole: a Inglaterra. Dentro do contexto histórico do século XVIII, os ingleses usavam estas colônias para obter lucros e recursos minerais e vegetais não disponíveis na Europa. Era também muito grande a exploração metropolitana, com relação aos impostos e taxas cobrados dos colonos norte-americanos.
1.1 Os ingleses começaram a colonizar a região no século XVII. A colônia recebeu dois tipos de colonização com diferenças acentuadas:
a) Colônias do Norte: região colonizada por protestantes europeus, principalmente ingleses, que fugiam das perseguições religiosas. Chegaram na América do Norte com o objetivo de transformar a região num próspero lugar para a habitação de suas famílias. Também chamada de Nova Inglaterra, a região sofreu uma colonização de povoamento com as seguintes características: mão-de-obra livre, economia baseada no comércio, pequenas propriedades e produção para o consumo do mercado interno.
b) Colônias do Sul: colônias como a Virginia, Carolina do Norte e do Sul e Geórgia sofreram uma colonização de exploração. Eram exploradas pela Inglaterra e tinham que seguir o Pacto Colonial. Eram baseadas no latifúndio, mão-de-obra escrava, produção para a exportação para a metrópole e monocultura.
1.2 A partir do século XVIII a Inglaterra havia saído de uma guerra com a França (a Guerra dos Sete Anos – 156/1763) e, embora vitoriosa, teve enormes gastos com a campanha militar e desejava que a colônia contribuísse para cobrir este problema orçamentário. 
1.3 Então, a Inglaterra resolveu aumentar vários impostos e taxas, além de criar novas leis que tiravam a liberdade dos norte-americanos. Dentre estas leis podemos citar: Lei do Chá (deu o monopólio do comércio de chá para uma companhia comercial inglesa), Lei do Selo (todo produto que circulava na colônia deveria ter um selo vendido pelos ingleses), Lei do Açúcar (os colonos só podiam comprar açúcar vindo das Antilhas Inglesas). 
Estas taxas e impostos geraram muita revolta nas colônias. Um dos acontecimentos de protesto mais conhecidos foi a Festa do Chá de Boston (The Boston Tea Party). Vários colonos invadiram, à noite, um navio inglês carregado de chá e, vestidos de índios, jogaram todo carregamento no mar. Este protesto gerou uma forte reação da metrópole, que exigiu dos habitantes os prejuízos, além de colocar soldados ingleses cercando a cidade.
1.4 Os colonos do norte resolveram promover, no ano de 1774, o Primeiro Congresso Continental de Filadélfia para tomarem medidas diante de tudo que estava acontecendo. Este congresso não tinha caráter separatista, pois pretendia apenas retomar a situação anterior. Queriam o fim das medidas restritivas impostas pela metrópole e maior participação na vida política da colônia.
Porém, o rei inglês George III não aceitou as propostas do congresso, muito pelo contrário, adotou mais medidas controladoras e restritivas como, por exemplo, as Leis Intoleráveis. Uma destas leis, conhecida como Lei do Aquartelamento, dizia que todo colono norte-americano era obrigado a fornecer moradia, alimento e transporte para os soldados ingleses. As Leis Intoleráveis geraram muita revolta na colônia, influenciando diretamente no processo de independência.
1.5 Em 1776, os colonos se reuniram no Segundo Congresso Continental da Filadélfia com o objetivo maior de conquistar a independência. 
1.6 A Virginia tomou a frente neste processo e declarou-se independente ntes de todos os outros Estados. Como forma de deixar claro sua independência e seus ideais, os representantes do povo da Virgínia redigiram um documento chamado de “Declaração de Direitos do Bom Povo da Virgínia”.
1.7 Durante o Segundo Congresso Continental de Filadélfia, Thomas Jefferson redigiu a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América. Porém, a Inglaterra não aceitou a independência de suas colônias e declarou guerra. A Guerra de Independência, que ocorreu entre 1776 e 1783, foi vencida pelos Estados Unidos com o apoio da França e da Espanha.
1.8 Em 1787 ficou pronta a Constituição dos Estados Unidos com fortes características iluministas. Garantia a propriedade privada (interesse da burguesia), manteve a escravidão, optou pelo sistema de república federativa e defendia os direitos e garantias individuais do cidadão.
2. DECLARAÇÃO DA VIRGÍNIA
2.1. Assinada pelos primeiros colonos ingleses na Virgínia em 1776.
2.2 Representa o nascimento do constitucionalismo norte-americano.
2.3 A intenção era estabelecer direitos para a nova nação que estava para nascer.
2.4 Esta declaração estimulou a independência dos Estados Unidos.
2.5 A ideia era garantir que a nova sociedade já nascesse com princípios básicos estabelecidos.
3. FRANÇA PRÉ-REVOLUÇÃO 
3.1 Em 1789, a população da França era a maior do mundo, e era dividida em três estados: clero (1º estado), nobreza (2º estado) e povo (3º estado).
a) Clero: 
- alto clero: como bispos e abades;
- baixo clero: padres e vigários.
b) Nobreza: 
- nobreza palaciana que vivia nas pensões do rei e usufruía de cargos públicos;
- nobreza provincial que vivia no campo;
- nobreza de toga que era composta por pessoas oriundas da burguesia que haviam comprado cargos e títulos de nobreza.
c) Povo:
- alta burguesia: composta por banqueiros, empresários e financistas;
- média burguesia: formada por profissionais liberais como professores e médicos;
- pequena burguesia: onde se encontrava os pequenos lojistas, etc.
- entre outros: artesões, aprendizes, empregados e a enorme massa rural.
O clero e a nobreza tinham vários privilégios: não pagavam impostos, recebiam pensões do estado e podiam exercer cargos públicos.
3.2 A economia francesa era conduzida principalmente pelos burgueses. O comércio e as indústrias geravam muitos lucros para o país e esta riqueza era usada para manter o Estado.
3.3 Sentindo que seus privilégios estavam ameaçados, o 1º e 2º estado se revoltou e pressionou o rei para convocar a Assembleia dos Estados Gerais que ajudaria a obrigar o povo a assumir os tributos. A Assembleia dos Estados Gerais não se reunia há 175 anos. Era formada por integrantes dos três estados, porém, só era aceito um voto para cada estado, como clero e nobreza estavam sempre unidos, isso sempre somava dois votos contra um do povo.
3.4 No dia 26 de agosto de 1789 a Assembleia Nacional Constituinte proclamou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, cujos principais pontos eram:
O respeito pela dignidade das pessoas
Liberdade e igualdade dos cidadãos perante a lei
Direito à propriedade individual
Direito de resistência à opressão política
Liberdade de pensamento e opinião
4. CONTEXTO POLÍTICO
4.1. A Revolução Francesa, resumidamente, possuiu três fases:
a) Fase da Assembleia Nacional (1789-1792) – período em que houve a aprovação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão e da primeira Constituição francesa.
b) Fase da Convenção Nacional (1792-1795) – o governo ficou monopolizado por dois grupos: os girondinos e os jacobinos.
c) Fase do Diretório (1795-1799) – caracterizado pela instalação de um novo governo, pelo retorno da alta burguesia no poder e uma grande instabilidade econômica e política. No ano de 1779, Napoleão Bonaparte derrubou o Diretório com o Golpe dos 18 Brumário e assumiu o governo francês.
5. A DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO
5.1 A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão se inicia com o seguinte preâmbulo: Os representantes do povo francês constituídos em Assembleia Nacional, considerando que a ignorância, o esquecimento ou o desprezo dos direitos do homem são as únicas causas das desgraças públicas e da corrupção dos governos, resolveram expor, numa declaração solene, os direitos naturais, inalienáveis e sagrados do homem... Isso demonstra que a Assembleia sabia da necessidade dessa declaração e que estariam realizando um fato importante, historicamente. 
5.2. Dentre as mais importantesnormas estabelecidas pela “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão” em prol dos Direitos Humanos, destacam-se a garantia da igualdade, da liberdade, da propriedade, da segurança, da resistência à opressão, da liberdade de associação política, bem como o respeito ao princípio da legalidade, da reserva legal e anterioridade em matéria penal, da presunção de inocência, assim também a liberdade religiosa e a livre manifestação do pensamento.
6. REVOLUÇÃO FRANCESA
6.1 Inicialmente a Revolução apresentou-se como uma mudança não muito radical, com o objetivo principal de subordinar o rei à lei e a instituir uma maior igualdade entre as pessoas.
6.2 Porém, este período “pacífico” marcado pela tentativa de manutenção da realeza foi se desfazendo conforme o próprio rei não admitia nenhuma perda de poder, chegado a inclusive tentar se unir aos contra-revolucionários e fugir da França, mas foi reconhecido, capturado, preso e mantido sob vigilância.
6.3 Com o inicio da Guerra contra-revolucionária de outros países europeus contra a França, a Assembleia não conseguiu conter a insatisfação do povo que acabou apoiando a Convenção Nacional, que eleita por eleição universal masculino, substituiu a Assembleia. A Convenção condenou o rei à morte e proclamou a República. 
6.4 Uma das missões da Convenção Nacional era elaborar uma nova Constituição para a França.
6.5 Foram criados o Comitê de Salvação Pública e o Tribunal Revolucionário (responsável pela morte na guilhotina de muitas pessoas que eram consideradas traidoras da causa revolucionária). Esse período ficou conhecido como “Terror”.
7. ERA NAPOLEÔNICA E O CÓDIGO CIVIL
7.1 O general francês Napoleão Bonaparte é colocado no poder, após o Golpe de 18 de Brumário (9 de novembro de 1799) com o objetivo de controlar a instabilidade social e implantar um governo burguês. Napoleão assume o cargo de primeiro-cônsul da França, instaurando uma ditadura.
7.2 Em 1802 Bonaparte recebeu o titulo de “cônsul vitalício” e, em termos gerais, foi um bom administrador: reorganizou e centralizou a administração, criou um corpo de funcionários para a arrecadação de impostos, fundou o Banco da França, dando exclusividade a este na emissão de papel-moeda, conseguiu melhorar muito a situação econômica do país.
7.3 Dado o enorme poder que passou a concentrar no cargo de cônsul, Napoleão se autonomeou imperador, em 1804, tornando-se imperador dos franceses.
7.4 Napoleão passou a estabelecer uma série de mudanças na França, desde a reabilitação da Igreja Católica, promovendo reformas no clero e, em certa medida, controlando-o, até a instituição de um novo Código Civil, que veio a estruturar uma complexa legislação que até hoje tem seu reflexo no Direito Constitucional e Internacional do mundo todo.
7.5 O Código Civil reúne as leis ligadas ao direito civil, penal e processual a serem observadas pelo povo francês. Grande parte do código, em especial os artigos que tratam do direito privado e do direito das obrigações permanece em vigor na França, neste que é certamente a contribuição mais duradoura de Napoleão para a história.
7.6 O novo código eliminou os privilégios dos nobres, garantiu a todos os cidadãos masculinos a igualdade perante a lei, separou Igreja e Estado, legalizou o divórcio, além de dividir o direito civil em duas categorias: o da propriedade e o da família, e de codificar diversos ramos do direito ainda organizados em documentos esparsos.

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