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RESUMO BRASIL DITADURA MILITAR E REDEMOCRATIZAÇÃO E CONSTITUIÇÃO DE 1988

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BRASIL: DE 1946 À DITADURA MILITAR 
REDEMOCRATIZAÇÃO E CONSTITUIÇÃO DE 1988
1. O FIM DO ESTADO NOVO
1.1. A guerra dos Aliados contra o nazi-fascismo foi aproveitada pelos grupos liberais brasileiros para combater o fascismo interno do próprio Estado Novo. Combater a ditadura Vargas.
1.2. Sentindo a onda liberal que tomava conta o país, Getúlio Vargas procurou liberar a abertura democrática. Em fevereiro de 1945, o governo fixou prazo para à próxima eleição presidencial. Concedeu anistia ampla a todos os condenados políticos. Soltou os comunistas que estavam na cadeia, entre os quais os líderes Luís Carlos Prestes. Permitiu a volta dos exilados ao país. 
1.3. Nesse ambiente de democracia, renascia a vida partidária. Foram organizados diversos partidos políticos como: UDN (União Democrática Nacional); PSD (Partido Social Democrático); PTB (Partido Trabalhista Brasileiro); PSP (Partido Social Progressista). Foi permitida a legalização do PCB (Partido Comunista do Brasil), que vivia na clandestinidade.
1.4. No decorrer da campanha eleitoral, Getúlio Vargas fazia um jogo político contraditório. Apoiava aparentemente o general Eurico Gaspar Dutra. Mas, às escondidas, estimulava um movimento popular que pedia sua permanência no poder. Era o queremismo, palavra derivada dos gritos populares de “Queremos Getúlio!”. O queremismo era impulsionado pelo PTB e pelo PCB.
1.5. Aproveitando o momento de prestígio popular, Getúlio Vargas decretou, em Junho de 1945, a Lei Antitruste, que dificultava as atividades do capital estrangeiro no Brasil. Essa lei provocou enorme reação das eleições presidenciais. Então, uniram forças para derruba-lo da presidência.
1.6. Em 29 de outubro de 1945, tropas do Exército cercaram a sede do governo (Palácio do Catete) e obrigaram Vargas à renúncia. A presidência da República foi entregue temporariamente a José Linhares, presidente do Supremo Tribunal Federal. 
1.7. Era o fim do Estado Novo. Getúlio Vargas foi afastado do poder sem receber nenhuma punição política. Retirou-se tranquilamente para sua fazenda em São Borja, no Rio Grande do Sul. E com o apoio político de Vargas, o general Dutra venceu as eleições presidenciais.
2. A CONSTITUIÇÃO DE 1946
2.1. Promulgada no dia 18 de setembro de 1946, a Constituição de 1946 foi feita por Eurico Gaspar Dutra, presidente do Brasil entre os anos de 1946 a 1951. Em 46 foi oficialmente promulgada a Constituição dos Estados Unidos do Brasil e o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, o que consagrou liberdades que existiam na Constituição de 1934, mas haviam sido retiradas em 37.
2.2. Alguns dos dispositivos regulados pela Constituição de 1946 foram:
A igualdade de todos os cidadãos perante a lei;
A liberdade de expressão, sem censura, fora em espetáculos e diversões públicas;
Sigilo de correspondência inviolável
Liberdade de consciência, crença e exercício de quaisquer cultos religiosos;
Liberdade de associação para fins lícitos;
Casa como asilo do indivíduo torna-se inviolável
Prisão apenas em flagrante delito ou por ordem escrita de autoridade competente e a garantia ampla de defesa do acusado;
Pena de morte é extinta
Os três poderes são definitivamente separados
2.3. A Constituição Brasileira de 1946, bastante avançada para a época, foi notadamente um avanço da democracia e das liberdades individuais do cidadão. A Carta seguinte significou um retrocesso nos direitos civis e políticos. 
2.4. A Constituição Brasileira de 1946, bastante avançada para a época, foi notadamente um avanço da democracia e das liberdades individuais do cidadão. A Carta seguinte significou um retrocesso nos direitos civis e políticos. 
2.5. Foi a primeira constituição a possuir uma bancada comunista no seu processo constituinte. Depois de seis meses da promulgação da constituição a bancada comunista cai. 
2.6. Conforme as disposições transitórias da Constituição Federal de 1946 foram extintos os territórios do Iguaçu e de Ponta Porã em 18 de setembro, tendo sido reintegrados aos estados que outrora abrangiam suas áreas, em decorrência de articulações engendradas pelos políticos paranaenses no âmbito da Assembleia Nacional Constituinte. 
2.7. Durante a vigência da Constituição de 1946, ocorreu o Golpe militar de 1964, quando governava o presidente João Goulart. A partir de então, a carta-magna passou a receber uma série de emendas, que a descaracterizaram. Foi suspensa por seis meses pelo Ato Institucional Número Um e finalmente substituída pela Constituição de 1967, proposta oficialmente pelo Ato Institucional Número Quatro.
3. A DITADURA MILITAR
Podemos definir a Ditadura Militar como sendo o período da política brasileira em que os militares governaram o Brasil. Esta época vai de 1964 a 1985. Caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão aos que eram contra o regime militar.
3.1. O Golpe Militar de 1964 marca uma série de eventos ocorridos em 31 de março de 1964 no Brasil, e que culminaram em um golpe de estado no dia 1 de abril de 1964. Esse golpe pôs fim ao governo do presidente João Goulart, também conhecido como Jango, que havia sido de forma democrática, eleito vice-presidente pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
3.2. Imediatamente após a tomada de poder pelos militares, foi estabelecido o AI-1. Com 11 artigos, o mesmo dava ao governo militar o poder de modificar a constituição, anular mandatos legislativos, interromper direitos políticos por 10 anos e demitir, colocar em disponibilidade ou aposentar compulsoriamente qualquer pessoa que fosse contra a segurança do país, o regime democrático e a probidade da administração pública, além de determinar eleições indiretas para a presidência da República. 
3.3. Durante o regime militar, ocorreu um fortalecimento do poder central, sobretudo do poder Executivo, caracterizando um regime de exceção, pois o Executivo se atribuiu a função de legislar, em detrimento dos outros poderes estabelecidos pela Constituição de 1946. O Alto Comando das Forças Armadas passou a controlar a sucessão presidencial, indicando um candidato militar que era referendado pelo Congresso Nacional. 
3.4. A liberdade de expressão e de organização era quase inexistente. Partidos políticos, sindicatos, agremiações estudantis e outras organizações representativas da sociedade foram suprimidas ou sofreram interferência do governo. Os meios de comunicação e as manifestações artísticas foram reprimidos pela censura. A década de 1960 iniciou também, um período de grandes transformações na economia do Brasil,  de modernização da indústria e dos serviços, de concentração de renda, de abertura ao capital estrangeiro e do endividamento externo.
3.5. Esse regime nunca vai se assumir enquanto ditadura. Na época o regime sempre tentou se passar por democrático, se chamava a revolução de 64. E um regime que vai se recrudescendo aos poucos. Ele não foi planejado para durar 21 anos. Golpe-limpeza-e retorno. Eles chegaram a acreditar que poderiam ficar por apenas um ano. 
3.6. Em 1965 veio o AI2, que previa a extinção dos partidos políticos . Logo depois veio um complemento, prevendo o estabelecimento do bi partidarismo. Prevê eleições indiretas ate q se revogue o mesmo.
3.7. AI3: Em 66, o processo das eleições indiretas é ampliado. Não mais apenas para os presidentes, mas também nos Estados. A Assembleia Legislativa que vai escolher o governador e o prefeito da capital. Nem mesmo os prefeitos das grandes cidades (cidades fronteiriças, cidades com um grande contingente militar).
3.8. AI4: É o ato institucional que está vinculado à constituição de 1967. Através do AI4 o Congresso Nacional vota e aprova a constituição de 67 que englobava os atos institucionais, que eram apenas decretos leis, conferindo-lhes um caráter constitucional. Esta era uma forma de dizer que o regime militar continuava democrático. Quando na verdade os militares estão se assenhorando do Brasil. Eles estão mandando através das eleições indiretas, através dascassações de mandatos, através de tudo o que havia sido imposto pelos atos institucionais, que haviam sido consagrados pela constituição de 1967. 
4. AI5: de Dezembro de 1968 do presidente costa e silva ele recrudesce o regime. O AI5 é visto como uma reação a um deputado que sugere o boicote ao desfile de sete de setembro daquele ano. Isso eh o que eles dizem. Mas na verdade era tudo teatro. Já estava tudo no roteiro, armado e planejado. Suspensão do HC, o presidente poderia intervir diretamente nos estados e municípios. O presidente inclusive ganhou poderes de decretar recesso do congresso nacional podendo legislar durante esse recesso. O regime militar ganhava ares de ditadura. Censura pré.
5. GOVERNO GEISEL (1974-1979) – Em 1974 assume a presidência o general Ernesto Geisel que começa um lento processo de transição rumo à democracia. Seu governo coincide com o fim do milagre econômico e com a insatisfação popular em altas taxas. A crise do petróleo e a recessão mundial interferem na economia brasileira, no momento em que os créditos e empréstimos internacionais diminuem.
Geisel anuncia a abertura política lenta, gradual e segura. A oposição política começa a ganhar espaço. Nas eleições de 1974, o MDB conquista 59% dos votos para o Senado, 48% da Câmara dos Deputados e ganha a prefeitura da maioria das grandes cidades.
Os militares de linha dura, não contentes com os caminhos do governo Geisel, começam a promover ataques clandestinos aos membros da esquerda. Em 1975, o jornalista Vladimir Herzog á assassinado nas dependências do DOI-Codi em São Paulo. Em janeiro de 1976, o operário Manuel Fiel Filho aparece morto em situação semelhante.
Em 1978, Geisel acaba com o AI-5, restaura o habeas-corpus e abre caminho para a volta da democracia no Brasil.
6. GOVERNO FIGUEIREDO (1979-1985) – A vitória do MDB nas eleições em 1978 começa a acelerar o processo de redemocratização. O general João Baptista Figueiredo decreta a Lei da Anistia, concedendo o direito de retorno ao Brasil para os políticos, artistas e demais brasileiros exilados e condenados por crimes políticos. Os militares de linha dura continuam com a repressão clandestina. Cartas-bomba são colocadas em órgãos da imprensa e da OAB (Ordem dos advogados do Brasil). No dia 30 de Abril de 1981, uma bomba explode durante um show no centro de convenções do Rio Centro. O atentado fora provavelmente promovido por militares de linha dura, embora até hoje nada tenha sido provado.
Em 1979, o governo aprova lei que restabelece o pluripartidarismo no país. Os partidos voltam a funcionar dentro da normalidade. A ARENA muda o nome e passa a ser PDS, enquanto o MDB passa a ser PMDB. Outros partidos são criados, como: Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Democrático Trabalhista (PDT).
7. REDEMOCRATIZAÇÃO E A CAMPANHA PELAS DIRETAS JÁ
7.1. Nos últimos anos do governo militar, o Brasil apresenta vários problemas. A inflação é alta e a recessão também. Enquanto isso a oposição ganha terreno com o surgimento de novos partidos e com o fortalecimento dos sindicatos.
7.2. Em 1984, políticos de oposição, artistas, jogadores de futebol e milhões de brasileiros participam do movimento das Diretas Já. O movimento era favorável à aprovação da Emenda Dante de Oliveira que garantiria eleições diretas para presidente naquele ano. Para a decepção do povo, a emenda não foi aprovada pela Câmara dos Deputados.
7.3. No dia 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral escolheria o deputado Tancredo Neves, que concorreu com Paulo Maluf, como novo presidente da República. Ele fazia parte da Aliança Democrática – o grupo de oposição formado pelo PMDB e pela Frente Liberal.
7.4. Era o fim do regime militar. Porém Tancredo Neves fica doente antes de assumir e acaba falecendo. Assume o vice-presidente José Sarney. Em 1988 é aprovada uma nova constituição para o Brasil. A Constituição de 1988 apagou os rastros da ditadura militar e estabeleceu princípios democráticos no país. 
8. A CONSTITUIÇÃO CIDADÃ
A Constituição Federal Brasil de 1988, também conhecida como a Constituição Cidadã, foi à sétima constituição do Brasil desde a Independência. Elaborada por 558 constituintes durante 20 meses, ela foi promulgada no dia 5 de outubro de 1988. Possui 245 artigos, dividida em nove títulos. Esta Constituição é considerada a mais completa, principalmente, no sentido de garantir os direitos a cidadania para o povo brasileiro.
8.1. Títulos da Constituição de 1988
- Título I - Princípios Fundamentais
- Título II - Direitos e Garantias Fundamentais
- Título III - Organização do Estado
- Título IV - Organização dos Poderes
- Título V - Defesa do Estado e das Instituições
- Título VI - Tributação e Orçamento
- Título VII - Ordem Econômica e Financeira
- Título VIII - Ordem Social
- Título IX - Disposições Gerais
8.2. A constituição de 1988 pode ser classificada como:
Promulgada – Foi elaborada por uma assembleia constituinte formada democraticamente.
Escrita – É um documento escrito e organizado.
Analítica- Descreve extensamente todos os seus dispositivos.
Formal – Possui dispositivos que não são normas essencialmente constitucionais, apesar de conter também a classificação material.
8.3. Principais características:
Restabeleceu eleições diretas para os cargos de presidente da República, governadores de estados e prefeitos municipais;
Definiu o mandato presidencial de 5 anos;
Estabeleceu o direito de voto para os analfabetos;
Definiu o voto facultativo para os jovens de 16 a 18 anos de idade;
Sistema pluripartidário; 
Colocou fim a censura aos meios de comunicação, obras de arte, músicas, filmes, teatro, etc
8.4. A constituição de 1988 é mais longa que todas as anteriores. São 250 artigos mais 70 nas disposições transitórias. Possui uma minúcia excessiva, o que contribuiu para o grande número de emendas.
8.5. Tentou regular toda a vida social e acabou se tornando um instrumento político-ideológico-econômico.
8.6. A constituição estabeleceu muitas formas de participação popular, como plebiscito, referendo e a possibilidade de qualquer cidadão propor novas leis.

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