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CIRCULAÇÃO VERTICAL

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UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Centro de Tecnologia
Departamento de Engenharia Civil
CIRCULAÇÃO VERTICAL
Disciplina: CIV0329 – TECNICAS DE CONSTRUCAO CIVIL III
Professor: PAULO WALDEMIRO SOARES CUNHA
CIRCULAÇÃO VERTICAL
GENERALIDADES
 		A Circulação Vertical entre os pavimentos de uma edificação pode ser realizada através dos seguintes elementos:
Escadas;
Rampas;
Dispositivos Mecânicos: Elevadores, Monta-cargas e Escadas Rolantes.
 		A ESCADA é o elemento de composição arquitetônica, constituído por uma sucessão de degraus, destinado a possibilitar a circulação vertical entre os diversos pavimentos de uma edificação.
 		A RAMPA é o elemento de composição arquitetônica, constituído por um plano inclinado, cuja função também é viabilizar a circulação vertical entre diferentes níveis de piso.
 		Os ELEVADORES, MONTA-CARGAS E ESCADAS ROLANTES são dispositivos mecânicos que substituem, em casos especiais, as escadas e rampas.
SELEÇÃO DO ELEMENTO
 		A escolha do elemento mais adequado em cada caso, escada ou rampa, para realizar a Circulação Vertical entre dois ou mais pisos, é função dos seguintes parâmetros:
Dos usuários da circulação vertical;
Do uso dos pisos;
Do número de pessoas que farão uso da circulação;
Dos pavimentos interligados;
Da altura entre os pisos;
Da própria finalidade do elemento.
 		As escadas oferecem ligação mais rápida entre dois níveis, resultando, quase sempre, em solução mais econômica do que as rampas, por serem mais curtas e ocuparem menos espaço, contudo as rampas são obrigatórias, ou mais adequadas em algumas situações:
Para um grande fluxo de pessoas;
Para uso de deficientes físicos;
Para vencer pequenos desníveis;
Quando para o trânsito dos veículos.
ESCADAS
3.1 – CONCEITUAÇÃO:
 		Obra ou equipamento constituído de degraus, destinado a possibilitar a circulação vertical entre dois pavimentos.
3.2 – ELEMENTOS CONSTITUINTES:
 		 No projeto de uma escada devem ser considerados os seguintes elementos:
Figura 01
degrau: Conjunto de dois elementos da escada – o piso e o espelho;
piso ou cobertor: superfície horizontal do degrau. A profundidade do piso é representada por “p”;
espelho: superfície vertical, ou inclinada, do degrau. A altura do espelho, ou do degrau, é representada por “h”;
Número de degraus ( n ): O número de degraus é igual ao número de espelhos;
Altura da escada ( H ): Distância vertical entre dois pisos sucessivos.
( H = n x h )
Comprimento da escada ( L ): L = ( n – 1 ) x p
Largura da escada ( l );
Patamar: Elemento de descanso ou de mudança de direção.
Figura 02
Lance ou lanço: Parte da escada compreendida entre dois patamares, ou entre um patamar e um acesso. Na figura 02 são apresentadas escadas com dois lanços.
Saliência ou bocel: Borda saliente do degrau sobre o espelho, ou seja, pequeno acréscimo, em balanço, no comprimento do degrau, conforme apresentado na figura 03.
Figura 03
Linha de percurso ou de piso: Linha imaginária paralela ao guarda-corpo e dele afastada 50 cm, que indica o local mais provável do percurso de quem usa a escada. Nessa linha os pisos devem ter a mesma profundidade, figura 04.
Figura 04
Caixa da escada: Espaço ocupado pela escada quando interna. Suas dimensões serão função do desenvolvimento da escada. A forma da caixa, e da escada, será ditada pelos imperativos de circulação, de construção, pela altura a vencer, ou de disposições diversas ( Arquitetônicas, Código de Obras, Normas Brasileiras e Corpo de Bombeiros ).
Bomba da escada: Espaço vazio ao lado de uma escada desencostada de um lado, assim como o vão entre dois lanços paralelos de uma mesma escada.
Guarda-corpo: Barreira protetora vertical, maciça ou não, delimitando as faces laterais de uma escada, separando-a da bomba e servindo de proteção contra eventuais quedas, fig. 05.
Figura 05
Corrimão: É uma barra, cano ou peça similar de superfície lisa, contínua e de seção arredondada, localizada próxima as paredes ou guardas-corpo, que serve de apoio para quem usa a escada, ou rampa.
Altura livre: A altura livre de um lanço de escada é a distância vertical entre a superfície do piso de qualquer degrau e a laje ou forro, ou lanço de escada imediatamente superior, conforme mostrado na figura 06.
Figura 06
3.3 – DISPOSIÇÕES DE ESCADAS
 		As escadas podem ser projetadas com várias disposições ou formas. Nas Figuras 07 e 08 são apresentadas algumas dessas formas em lanços retos e curvos, respectivamente.
Figura 07 - Lanços Retos
 		Nas escadas em curva ou em leque deve ser feita a compensação, que tem por finalidade estabelecer posições para os degraus de modo que todos os passos na linha de percurso sejam sempre iguais, em toda a extensão da escada.
 		A compensação nada mais é, do que estabelecimento da mudança gradativa da direção da marcha, conservando constante o comprimento do passo. Existem diversos processos gráficos para se obter a compensação, vejamos o da DIAGONAL.
Figura 08 - Lanços curvos devidamente balanceados.
Figura 09
 		Na linha de percurso, marcaremos todos os pisos em 1, 2, 3, 4. . .
 		Naturalmente que as distâncias 1.2.3.4, 4.5. . . . . . . . . são iguais.
 		Prolonguemos AB e CD (diagonal do patamar) até se encontrarem e teremos o ponto 0.
 		A partir desse ponto marcaremos distâncias iguais, tantas quantas forem os degraus a serem compensados. Essas distâncias são arbitrárias.
 		Teremos então os pontos 1', 2', 3', 4', 5', e 6'.
 		Unindo o ponto l' a 9, 2' a 8', 3' a 7, 4' a 6, 5 a 3 e 6' a 2 teremos as novas posições dos degraus. 
 		Da mesma maneira, procederemos para o outro lanço e teremos I, II, III,... VI que uniremos a 11, 12,13,14... 16.
 		É um processo cômodo e de rápida execução. Desta maneira, a partir do 4º degrau a escada já inicia a mudança de direção, conservando sempre o mesmo comprimento na linha de percurso.
3.4 – DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS
3.4.1 – Escadas com Degraus Engastados em Pedra Natural ou em Concreto: Tipo de escada muito utilizada antigamente consistindo, basicamente, em embutir o degrau em parede maciça, conforme mostrado na figura 10.
Figura 10
 		Torna-se fundamental que o degrau seja bem embutido, no mínimo 25 cm, o que implica numa alvenaria com pelo menos 40 cm. O que resulta em custo elevado.
3.4.2 – Escadas com Degraus Engastados em Ferro:
 		As “escadas de marinheiro” são os tipos mais comuns de escadas com degraus engastados em ferro. Consistindo em simples perfis de ferro ou barras redondas curvadas e embutidas nas paredes, são bastante utilizadas para possibilitar o acesso a reservatórios elevados, poços, lajes de cobertura, etc.
Figura 11
 		Também são comuns as escadas de ferro, ou de concreto, helicoidais. Nessas escadas os espelhos são vazados e fixados por meio de parafusos, quando metálicas, a uma coluna metálica, figura 12. Quando de concreto os degraus são pré-moldados, fixados a uma coluna também pré-fabricada ou fundida no local, figura13.
Figura 12
Figura 13
3.4.3 – Escadas com Degraus Apoiados sobre Lajes de Concreto armado:
 		Atualmente o tipo mais comum de escada. Geralmente os degraus são fundidos com o resto da estrutura. As lajes podem ser apoiadas lateralmente nas paredes, nas extremidades ou em vigas (lateralmente ou no centro), conforme pode ser observado nas figuras 14, 15 e 16.
Figura 14
Figura 15
Figura 16
3.4.4 – Escadas com Degraus Apoiados Diretamente sobre Vigas de Concreto armado: Os degraus podem ser de concreto armado (pré-moldados), madeira ou ferro, conforme pode ser visto na fig. 17.
Figura 17
3.5 – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
As escadas deverão ser obrigatoriamente representadas nas plantas e nos cortes de cada um dos pavimentos da edificação. Na representação deve-se:
Indicar o sentido dasubida por meio de uma seta;
Indicar a passagem do plano de seção horizontal por meio de uma linha interrompida, aproximadamente na altura do 5º degrau;
Representar os degraus visíveis por linha contínua, no ponto de onde parte a escada, e os situados acima do plano de seção horizontal por linha tracejada;
Representar o guarda corpo;
Numerar os espelhos;
Cotar a largura dos pisos, bem como o comprimento e a largura dos lanços e dos patamares.
3.5.1 – Escada de um só lanço. As figuras de nºs 18 a 20 mostram a representação gráfica de uma escada com um único laço reto.
Figura 18 – Planta Baixa
Figura 19- Corte Longitudinal A-A’ 
Figura 20 – Corte Transversal – B-B’
3.5.2 – Escada de dois lanços. As figuras de nºs 21 a 25 mostram a representação gráfica de uma escada desse tipo.
Figura 21- Planta Baixa
Figura 22- Corte Longitudinal A-A’
Figura 23 – Corte Longitudinal B-B’
Figura 24- Corte Transversal C-C’
Figura 25 – Corte Transversal D-D’
3.6 – DIMENSIONAMENTO DAS ESCADAS
 		O dimensionamento das escadas, ou seja, a definição das dimensões de sua largura, da altura (espelho) e profundidade (cobertor) dos degraus, bem como, da necessidade, ou não, de patamar intermediário, deverá ser realizado em atendimento aos seguintes parâmetros:
Tipos de ocupação da edificação;
Lotação da edificação: Número de pessoas que irá transitar nas condições mais desfavoráveis;
Altura da edificação;
O transporte de móveis quando não existir outra solução mais simples, elevador, por exemplo;
A largura cômoda para o cruzamento de 02 pessoas usando a escada em sentidos opostos;
As recomendações estabelecidas nas Normas Brasileiras pertinentes ao assunto;
As prescrições estabelecidas no Código de Obras do Município;
As exigências do Corpo de Bombeiros, consubstanciadas no “Código de Segurança e Prevenção Contra Incêndio e Pânico do Estado do Rio Grande do Norte”;
A garantia de conforto para quem utiliza a escada.
3.6.1 – Determinação da Largura da Escada.
 		A largura mínima da escada de uma edificação será determinada em função do tipo de ocupação da mesma e da sua população. A NBR 9077/85 estabelece que a largura mínima das escadas deverá ser proporcional ao número de pessoas que por elas transitarem em cada pavimento, sendo dimensionadas em função do pavimento de maior lotação. O dimensionamento será dado pela fórmula.
 N = P > sendo:
		 		 C	
N = Número inteiro de unidades de passagem;
P = Lotação do pavimento de maior lotação;
C = Capacidade da unidade de passagem;
Unidade de Passagem: É a largura mínima para passagem de 01 (uma) pessoa. De acordo com as normas da ordem de 60 cm;
Capacidade da Unidade de Passagem: Quantidade de pessoas que passam pela mesma num determinado tempo. A capacidade varia em função do uso do prédio, conforme valores constantes na Tabela 1, onde também são definidos parâmetros para cálculo da população da edificação.
Tabela 1 – Cálculo da População
	Tipo de ocupação
	Cálculo da população
	Capacidade : nº de pessoas por unidade de passagem
	
	
	Acesso e descarga
	Escada
	Portas
	A
Residencial
	2-Pessoas / dormitório
	60
	45
	100
	B
Hotéis
	1,5-Pessoas / dormitório
	60
	45
	100
	C
Hospitais e assemelhados
	1,5-Pessoas / leito
	30
	22
	30
	D
Escritórios
	1-Pessoa / 9,00 m² de área bruta
	100
	60
	100
	E
Escolas
	1-Aluno / m² sala de aula
	100
	60
	100
	F
Locais de reunião
	Restaurantes bares boates etc...
	1-Pessoa / m² de área bruta
	100
	75
	100
	
	Templos cinemas e teatros
	1-Pessoa / m² de área bruta
	100
	75
	100
	
	Ginásio de esportes
	2-Pessoa / m² de área para assistentes
	100
	75
	100
	G
Comércio varejista
	1-Pessoa / 3,00 m² de área bruta para térreo e subsolo
1-Pessoa / 5,00 m² de área bruta para pavimentos superiores
	100
	60
	100
	H
Depósito e comércio atacadista
	1-Pessoa / 30,00 m² de área bruta
	100
	60
	100
	I
Indústrias
	1-Pessoa / 20,00 m² de área bruta
	100
	60
	100
	J
Garagens não automáticas
	1-Pessoa / 40 vagas
	100
	60
	100
	
 		Dessa forma se considerarmos, por exemplo, um Edifício Residencial com 10 pavimentos, com 4 apartamentos por andar, cada um com 4 quartos, teríamos:
P = (4 dormitórios X 2 pessoas/dormitório) x 4 aptos = 32 pessoas
Pelos dados da Tabela 1, temos: C = 45, logo
N = P = 32 = 0,71 => 1 Unidade de Passagem
 C 45
Logo a largura da escada seria de 60 cm.
 		As recomendações para as larguras mínimas das escadas variam de autor para autor. Neufert* apresenta as recomendações apresentadas na fig. 26. 
Figura 26
3.6.2 – Proporções dos degraus: Altura do espelho (h) e profundidade do cobertor (p).
 		Segundo BLONDEL, arquiteto e matemático francês, “O esforço para vencer alturas é o dobro do esforço para vencer distâncias horizontais”. Com base nesse principio e considerando que o “passo humano médio normal” é de 63 a 64 cm, chega-se a fórmula mais adequada para determinar a proporção dos degraus.
63 < 2 h + p < 64 cm
 		O Corpo de Bombeiros adota esse intervalo de valores para todas os tipos de escadas de segurança, como veremos mais adiante.	Também são definidos nas normas do Corpo de Bombeiros valores limites para a altura e profundidade do degrau.
p > 28 cm
h < 17 cm
 		Usando a formula de BLONDEL e tendo como referência os valores limites de “p” e “h” é possível dimensionar qualquer escada, assegurando o conforto e segurança dos usuários.
3.6.3 – Exigência de Patamar
		Nas escadas de uso coletivo, consideradas como de segurança pelo Corpo de Bombeiros, é exigido patamar sempre que ocorrer “mudança de direção ou a altura ultrapassar 2,70m”.
3.7 – REQUISITOS A SEREM ATENDIDOS PELAS ESCADAS
	
 		O Código de Obras de Natal não estabelece requisitos a serem atendidos pelas escadas, sejam elas de Uso Comum ou Coletivo. Dessa forma as mesmas devem atender as exigências e recomendações estabelecidas pelo Corpo de Bombeiros no “Código de Segurança e Prevenção Contra Incêndio e Pânico do Estado do Rio Grande do Norte”. 
3.7.1- Escadas de Uso Privativo:
 		Para as Edificações Residenciais Unifamiliares não são estabelecidas Normas ou Requisitos pelo Corpo de Bombeiros. Portanto, para as mesmas devem prevalecer as condições de conforto e as recomendações das Normas Brasileiras.
 		Assim sendo, são apresentados a seguir, a título de ilustração e orientação, requisitos estabelecidos no Código de Obras de São Paulo para as escadas, e também para rampas, com essas características.
Figura 27: Edificações Residenciais Unifamiliares
3.7.2- Escadas de Uso Comum ou Coletivo:
A - Recomendações do Código de Obras de São Paulo
Figura 28: Edificações de Uso Comum ou Coletivo
Figura 29: Edificações de Uso Comum ou Coletivo
B – Prescrições do Código de Segurança e Prevenção Contra Incêndio e Pânico do Estado do Rio Grande do Norte.
 		As Escadas são classificadas pelo Corpo de Bombeiros em função da ocupação e altura da edificação em 03 três tipos: Convencionais, Protegidas e Enclausuradas.
	3.7.2.1 - Escadas Convencionais:
Ocupação da Edificação: Residencial Multifamiliar, Comercial, Mista ( residencial e outro tipo de ocupação), Públicas e Industriais;
Altura: Até 15,00m;
Requisitos:
as portas quando abrirem para a circulação, não diminuirão, durante a abertura, a largura mínima exigida;
os lances serão retilíneos não se permitindo degraus em leque;
os pisos dos degraus ou patamares serão revestidos com materiais antiderrapantes;
a dimensão dos degraus deverá obedecer a regra seguinte: a soma de duas alturas (espelhos) e uma largura (piso) dos degraus deve estar entre sessenta e três e sessenta e quatro centímetros (63 a 64 cm), sendo que a altura máxima será de dezessete centímetros (17 cm), e o piso com largura mínima devinte e oito centímetros (28 cm);
a altura máxima entre patamares consecutivos será de dois metros e setenta centímetros (2,70 m );
a largura mínima da escada deverá ser de um metro e vinte centímetros (1,20m), compreendendo o espaço necessário para duas unidades de passagem e instalação de corrimãos;
corrimãos em ambos os lados com altura entre setenta e cinco e oitenta e cinco centímetros (75 a 85 cm) do piso, fixados na face interior, largura máxima de seis centímetros (6,0 cm) com afastamento de quatro centímetros (4 cm) da face das paredes;
a distância máxima a ser percorrida para atingir a escada deverá ser menor ou igual a vinte e cinco metros (25 m) em edifício residencial ou quinze metros (15 m) nos edifícios comerciais;
deverá existir em todos os pavimentos acesso livre, através de área de uso comum, entre o hall de serviço e o hall social, exceto nas edificações que possuam elevador de segurança.
	3.7.2.2 - Escadas Protegidas:
Ocupação da Edificação: Residencial Multifamiliar, Comercial, Mista (residencial e outro tipo de ocupação), Públicas e Industriais;
Altura: Entre 15,00 e 60,00m;
Requisitos: Além dos requisitos estabelecidos para as escadas Convencionais, devem também atender os seguintes:
Ter a caixa revestida com paredes resistentes a 4 horas de fogo;
Não poderão ser utilizada como depósito ou localização de equipamentos;
Não poderão ter aberturas para tubulações de lixo, eletricidade, gás, telefone, ou qualquer outro sistema de instalação ou serviço;
Devem ser providas de iluminação de emergência, com fonte autônoma de energia, garantindo seu funcionamento automático em caso de interrupção do fornecimento de energia;
A iluminação natural deve ser obtida por aberturas providas de caixilho fixo, guarnecido de vidro aramado com espessura mínima de seis milímetros (6 mm) e malha de doze e meio milímetros quadrados (12,5 mm2), com área total de no máximo cinqüenta centímetros quadrados (0,50 m2);
As portas para o acesso à escada serão do tipo corta-fogo, com resistência mínima a noventa minutos (90 min.) de fogo;
As portas abrirão no sentido da saída e a sua abertura não influirá no tráfego da escada ou do acesso à saída;
A porta de acesso à área de refúgio não será obrigatoriamente do tipo corta-fogo, podendo ser trancada para evitar o acesso de pessoas não autorizadas, desde que a chave para sua abertura seja acondicionada em caixa com tampa de vidro, fixada próximo a esta, com a inscrição “EM CASO DE EMERGÊNCIA QUEBRE O VIDRO”;
Caso a área por pavimento seja superior a quinhentos metros quadrados (500 m2), será obrigatório a utilização de mais de uma escada;
A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e números de pavimentos;
Não serão permitidas áreas de circulação comum inteiramente confinadas do corpo de escada, sendo no entanto permitido a utilização de portas convencionais, sem fecho, interligando as áreas citadas;
Para a edificação que contar com um ou mais pavimentos enterrados, independentemente de qualquer outro critério, será exigida escada protegida;
	3.7.2.3 - Escadas Enclausuradas:
Ocupação da Edificação: Residencial Multifamiliar, Comercial, Mista (residencial e outro tipo de ocupação), Públicas e Industriais;
Altura: Superior a 60,00m;
Requisitos: Além dos requisitos estabelecidos para as escadas Protegidas, devem também atender os seguintes:
permitir acesso a todos os pavimentos úteis da edificação;
possuir antecâmara sendo garantida a retirada de fumaça;
as portas de acesso à antecâmara e à escada deverão ser do tipo corta-fogo, podendo ter resistência mínima a 60 min de fogo;
A antecâmara poderá ser constituída por vestíbulo ou terraço, conforme apresentado nas figuras 10 e 11, respectivamente.
3.7.3 - Escadas de Uso Coletivo para Edifícios com outros tipos de Ocupação.
 		O Corpo de Bombeiros estabelece requisitos específicos a serem atendidos pelas escadas para as edificações destinadas a outros tipos de ocupação, tais como: Hospitalar, Garagem, Reunião Pública e Uso Especial Diverso.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Iluminação Natural:
Caixilho fixo e vidro aramado, com área inferior a 0,50 m².
	
	
	
	
	
	
Paredes: RF = 4hs
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Portas: RF = 1 hs
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Figura 30 – Antecâmara em Vestíbulo
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Iluminação natural:
Caixilho fixo com vidro aramado. RF = 4 hs
	
	Paredes: RF = 4hs
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Guarda corpo:
1,20m > altura > 0,90 m
	
	Portas: RF = 1 hs
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Figura 31 – Antecâmara em Terraço
3.8 – EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO
		Dimensionar uma escada em 02 lanços retos, para vencer uma altura de 2,90m, sabendo-se que: lmin + 80cm; pmin = 28cm; hmax = 18cm; e 60 ≤ 2h + p ≤ 65cm.
Cálculo do número de degraus (n).
n = H = 2,90 = 16,11,
 h 0,18
como usou-se o valor máximo para a altura do espelho (h),
necessariamente: 		n = 17 degraus
Cálculo da altura do degrau (h).
h = H = 2,90 = 17,06 cm,
 n 17
Determinação da profundidade do cobertor (p). Adota-se, por economia o valor mínimo possível, logo:
p = 28 cm
Verificação do conforto
60 ≤ 2h + p ≤ 65; 60 ≤ (2 x 17,06) + 28 ≤ 65
2h + p = 62,12, ou seja, atende as condições de conforto
Definição da forma e dimensões da caixa.
Em dois lances retos na mesma direção, figura 32.
Em dois lances retos com mudança de direção
 Figura 32
Em dois lances retos com mudança de direção, figura 33.
Figura 33
4 - RAMPAS
4.1 – CONCEITUAÇÃO
Rampa é o elemento de composição arquitetônica cuja função é possibilitar a circulação vertical entre dois ou mais pisos de diferentes níveis por meio de um plano inclinado.
As rampas são menos econômicas do que as escadas, por ocuparem muito espaço, porém, quando bem projetadas e corretamente dimensionadas, são mais confortáveis.
O uso de rampas, indispensável em edifícios públicos, torna os espaços acessíveis a pessoas portadoras de necessidades especiais ou mesmo facilita o acesso a pessoas idosas ou de multidões ( em teatros, ginásios, estádios, etc.). É também obrigatória em edifícios destinados à saúde ( hospitais, postos de saúde, etc.), ao trânsito de veículos e para unir pisos com pequenos desníveis (H ≤ 0,48m).
4.2 – TIPOS DE RAMPA
Assim como as escadas, as rampas podem ter lanço reto ou curvo, devendo ser divididas em segmentos separados por patamares, conforme o desnível a vencer. 
FIGURA 34 – Rampas de lanço reto e curvo.
4.3 – DIMENSÕES
4.3.1 – Largura
 		De acordo com a NBR 9050-2004 a largura das rampas deve ser estabelecida de acordo com o fluxo de pessoas. A largura mínima recomendável é de 1,50m, sendo o mínimo admissível 1,20m.
4.3.2 – Patamares
 		É obrigatório o uso de patamares intermediários sempre que houver mudança de direção ou quando a altura a ser vencida ultrapassar 3,70m.
 		No início e no final de cada segmento da rampa devem ser previstos patamares com profundidade, no mínimo igual a largura, na direção do movimento.
FIGURA 35
4.3.3 – Corrimão e Guarda-Corpos
De acordo com a Norma todas as rampas localizadas em edifícios públicos devem ser dotadas de corrimãos;
Os corrimãos devem ser contínuos, sem interrupção nos patamares, e instalados em duas alturas, 70 e 92 cm, de forma a também poderem ser utilizados pelas pessoas em cadeiras de rodas;
A utilização de guarda-corpos, de forma semelhante ao especificado para as escadas, é obrigatória nas rampas soltas;
Os corrimãos devem prolongar-se pelo, menos 30 cm antes do início e após o término das rampas, sem interferir nas áreas de circulação;
Quando necessária a utilização de corrimãos intermediários deve ser respeitada adistância mínima de 1,20m entre eles;
A projeção dos corrimãos pode incidir dentro da largura mínima admissível da rampa em até 10 cm de cada lado. 
4.3.4 – Guia de Balizamento
Quando não houver paredes laterais as rampas devem incorporar guias de balizamento com altura mínima de 0,05 m, instaladas ou construídas nos limites da largura da rampa e na projeção dos guarda-corpos, conforme figura 36.
4.3.5– Declividade
Recomenda-se que as rampas para pedestres tenham declividade máxima de 10%, e para veículos de, de 20%
Segundo a NBR 9050/94, que estabelece as condições de acessibilidade de pessoas portadoras de necessidades especiais a edificações e espaços urbanos, a declividade igual a 10% só é admitida quando o desnível máximo a ser vencido pelo segmento da rampa for igual a 75cm. Na tabela a seguir são apresentadas as dimensões mínimas e máximas recomendadas pela referida norma;
Para rampas curvas admitem-se inclinação máxima de 8,33%, ou seja, 1:12, e raio mínimo de 3,00m, medidos no perímetro interno a curva.
	Inclinação
admissível de cada segmento da 
rampa
(%)
	Desníveis máximos
de cada segmento
da rampa (d)
(m)
	Número máximo
de segmentos da 
rampa
(n)
	Comprimentos
máximos de cada segmento da 
rampa (s)
(m)
	5% ou 1:20
	1,50
	-
	30.00
	6,25% ou 1:16
	1,00
1,20
	14
12
	16.00
19.20
	8,33% ou 1:12
	0,90
	10
	10.80
	10,00% ou 1:10
	0,274
0,50
0,75
	8
6
4
	2.74
5.00
7.50
	12,50% ou 1:18
	0,183
	1
	1.46
Fonte: NBR 9050/94.
4.3.6 – Inclinação Transversal
	A inclinação transversal não pode exceder 2% em rampas internas e 3% nas externas, figura 36.
FIGURA 36: Corrimãos, guias de balizamento, largura e inclinação transversal das rampas
4.4 – DIMENSIONAMENTO
		O comprimento da rampa é dado pela divisão da altura a ser vencida pela declividade adotada, observando-se o desnível máximo de cada segmento.
CR = H / D
CR = Comprimento da rampa;
H = Altura a ser vencida (m);
D = Declividade adotada (%).
4.5 – EXEMPLO: Dimensionar uma rampa para vencer uma altura de 2,00m, com declividade de 5% e largura de 1,50m:
CR = H / D = 2,00 : 5/100 = 40,00m
O comprimento encontrado quando do dimensionamento pode ser dividido em vários segmentos separados por patamares, ou pode tomar formas variadas em função do espaço disponível para implantação da rampa e do efeito arquitetônico desejado.
Como no exemplo o desnível máximo de cada segmento é da ordem de 1,00 m, e não existe limite para o número de segmentos, poder-se-ia adotar a seguinte solução:
4.6 – RAMPAS CURVAS
Para rampas em curva, a inclinação máxima admissível é de 8,33% (1:12) e o raio mínimo de 3,00 m, medido no perímetro interno à curva, conforme figura 81.
FIGURA 37: Rampa em Curva
4.7 – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE UMA RAMPA
Na representação gráfica de uma rampa – planta, cortes longitudinal e transversa, conforme apresentada nas figuras de 60 a 62, deve-se:
Indicar o sentido da subida por meio de uma seta;
Determinar a declividade da rampa;
Indicar a passagem do plano de seção horizontal por meio de linha interrompida, aproximadamente a 1,50 m do piso inferior;
Representar o plano inclinado visível por linha contínua e o situado acima do plano horizontal de seção da planta por linha tracejada;
Representar o guarda-corpo;
Cotar o comprimento e a largura de cada um dos segmentos, bem como dos patamares.
Figura 38: Planta baixa
Figura 39: Corte longitudinal A.A’
�
�
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�PAGE �
�PAGE �28�
_1315381516/ole-[42, 4D, 86, 70, 0A, 00, 00, 00]
_1315394383/ole-[42, 4D, B6, 89, 08, 00, 00, 00]
_1150039373.dwg

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