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* * * Doenças de origem alimentar Prof: Daniel M. Tapia T. Eng. Agrônomo MSc 2006 * * * Envenamento ou intoxicação alimentar Ingestão de alimento contendo toxina produzida pelo microrganismo. Exemplo: Botulismo, estafilococose. Definições * * * Infecção alimentar Definições Ingestão de um alimento contendo um grande número de microrganismos que vão invadir o organismo hospedeiro, aí desenvolvendo-se e causando danos aos tecidos. Exemplo: Salmonelose, estreptococose * * * Agentes causadores de toxinfecções Bactérias Fungos Vírus Protozoários Respectivos produtos tóxicos * * * Via de transmissão ORAL Excretas de animais Fezes humanas Insetos e roedores Utensílios contaminados Ambiente contaminado Solo Alimento ou água contaminados * * * De acordo com os estudos estatísticos da Organização Mundial da Saúde, das doenças de origem alimentar 60% Técnicas inadequadas de processamento Contaminação dos alimentos servidos em restaurantes. * * * Toxinfecções alimentares HIGIÊNE TÉCNICA de armazenamento TEMPERATURA TEMPO Fatôres de disseminação MANIPULAÇÃO * * * HIGIENE Ambiental * * * Alimentos Mãos do Manipulador * * * Hábitos do Manipulador Utensílios e Equipamentos * * * TÉCNICA Armazenamento * * * Preparo e Manipulação * * * Conservação * * * Conservação de Matéria-Prima Manipulação e Preparo Armazenamento de Alimentos Exposição ou Distribuição TEMPERATURA * * * TEMPO Armazenamento Manipulação e Preparo Exposição e Distribuição * * * Infecções Alimentares de Origem Bacteriana * * * Escherichia Eschericha coli Constitui um habitante normal do intestino do homem e dos outros animais e só em determinadas situações pode causar infecções Escherichia Alimentos envolvidos: carne de frango, saladas, * * * Bastonetes retos, de 1,1 a 1,5 por 2 a 6 micrómetros, móveis por flagelo peritríqueos ou imóveis, não esporulados, Gram negativos e anaeróbios facultativos * * * Escherichia coli ENTEROVIRULENTA Escherichia coli enterovirulenta (EEC). E. coli enterotoxigênica (ETEC) E. coli enterohemorrágica (EHEC) E. coli invasora (EIEC). E. coli patogênica (EPEC) * * * Patogenia e Sintomas E. coli enteropatogênica Gastroenterite:Crianças menores de 1 ano Diarréia aquosa, sanguinolenta Destruição das microvilosidades E. coli enterotoxigênica todas as idades Diarréia aquosa abundante, semelhante à da cólera. Ação de enterotoxinas * * * Patogenia e Sintomas E. coli enterohemorrágica Diarréia branda e sanguinolenta (colite hemorrágica). E. coli enteroinvasora Semelhante à causada por Shigella Diarréia sanguinolenta ou não, dores abdominais e febre Invasão e destruição de células intestinais Não há produção de nenhum tipo de toxina. * * * Salmonella Móveis por flagelos peritríquios Não esporulados Gram negativos Anaeróbios facultativos. * * * Leite, Queijos Chocolates Carnes frescas Carcaças de aves. Alimentos envolvidos * * * Causam três tipos de síndrome: Febre tifóide: Salmonella Typhi, Febres paratíficas Salmonella Paratyphi A, B e C Gastroenterites, ou salmoneloses, ampla variedade de sorotipos. Mais frequentemente envolvidos: sorotipos Typhimurium e Enteritidis em humanos. * * * Febre, Dor de cabeça, Diarréia, Dor abdominal, Danos respiratórios, hepáticos, esplênicos e/ou neurológicos. As febres paratíficas (A, B e C) são semelhantes à febre tifóide. Sintomas * * * Bacilos Gram negativos Não formadores de esporos. Sihigella * * * Espécies: S. flexneri, S. sonnei, S. dysenteriae tipo1 e S. boydii. Doença: shigelose. A predominância de cada espécie depende da região geográfica. Estados Unidos: S. sonnei, Brasil predomina a espécie S. dysenteriae. * * * Diarréia sanguinolenta Febre e cólicas estomacais Principais afetados: crianças com menos de dois anos de idade e os idosos. Sintomas da Shigelose * * * Bastonetes Gram negativos Não esporulados Causadora de infecções alimentares por ingestão de alimentos constituídos à base de leite e de carnes brancas (perú). Yersinia enterocolitica * * * Sintomas Dores abdominais, Náuseas, diarréia e vômitos, 16 a 48 horas após a ingestão dos alimentos. * * * Bacilos curtos e curvo, Gram-negativo, não formador de esporos. Vibrio * * * Contém várias espécies, causadoras de doenças no homem, A cólera é a mais importante por ser endêmica em várias partes do mundo. A cólera é causada pelo Vibrio cholerae Outras espécies patogênicas no gênero Vibrio: V. parahemolyticus V. vulnificus. * * * Vibrio parahaemolyticus Causador de gastroenterite no homem. Habitat é o ambiente marinho Ingestão de peixe, moluscos e crustáceos contaminados * * * Vibrio vulnificus Halofílico, Infecções em feridas, Gastroenterite Habiat: ambiente marinho, associado a várias espécies marinhas, como: plâncton, crustáceos (ostras, mariscos, caranguejos) moluscos. * * * Sintomas da gastroenterite por V. parahaemolyticus Diarréia, cãibras abdominais, dor de cabeça, febre baixa e calafrios. Em casos mais graves, ocorre disenteria com fezes mucóides e sanguinolentas Casos severos a hospitalização é necessária. Nesses casos, faz-se tratamento com antibióticos (tetraciclina) e a reposição dos líquidos. * * * Clostridium C. perfringens também conhecida por C. welchii, Microrganismo anaeróbio, amplamente distribuído na natureza (solo, água, intestino do homem e de animais) * * * Doenças causadas por Clostridium perfringens Infecção em vários órgãos e tecidos: Gangrena gasosa Infecções intra-abdominais, cutâneas e do tecido subcutâneo Intoxicação alimentar. A intoxicação alimentar clássica é causada por uma enterotoxina produzida por Clostridium perfringens do tipo A. * * * Enterotoxina proteína formada durante o processo de esporulação no interior do intestino interferência no transporte de água, sódio e cloretos através da mucosa intestinal Característica peculiar dos surtos de intoxicação alimentar por C. perfringens é que eles frequentemente envolvem um número grande de pessoas simultaneamente * * * Ingestão de carne ou frango pré-cozidos que não sejam adequada e rapidamente refrigerados. Capacidade de crescer a uma temperatura de 45ºC e a pH 7, com um tempo de geração muitíssimo pequeno, da ordem dos 10 minutos. Isto significa que com esta capacidade de crescimento uma só célula pode originar uma população superior a 250.000 células em 3 horas !... Alimentos envolvidos * * * Campylobacter Bacilo Gram-negativo, geralmente de forma espiralada, não formador de esporos que causa doença no homem e em animais. * * * Campylobacter jejuni. Comum em aves, que albergam esse microrganismo sem ficarem doentes. Sensível à: Desidratação Presença de O2 Congelamento: Reduz o número de microrganismos presentes nas carnes cruas. * * * C. jejuni. Infecção: Casos isolados, Surtos Diarréia, Cólicas e dores abdominais Febre, de 2 a 5 dias após a exposição ao microrganismo. * * * Listeria De grande importância em termos de saúde pública Espécie Listeria monocytogenes: causadora de importantes infecções (listerioses) * * * Bastonetes curtos, regulares, não esporulados, móveis por flagelos peritríquios, Gram positivos e anaeróbios facultativos. * * * Criança com listeriose * * * Normalmente associadas a: Carnes frescas (carne de porco e frango) Leite crú ou deficientemente pasteurizado Vegetais não cozidos Alimentos processados com contaminação pós-processamento, como queijos moles e frios Alimentos envolvidos L. monocytogenes * * * Assemelha-se a resfriado comum, acompanhado de febre e dores musculares Sistema nervoso: Dor de cabeça Torcicolo Confusão mental Perda de equilíbrio Convulsões. Infecções durante a gravidez podem causar aborto, parto prematuro e infecções no recém-nascido, como bacteremia e meningite. Sintomas * * * Intoxicações Alimentares de Origem Bacteriana * * * Bacillus cereus Bastonetes, móveis, esporulados, Gram positivos e anaeróbios facultativos. Ocorrência: Meio ambiente (forma de esporos e forma vegetativa) * * * Bacillus cereus Contamina facilmente alimentos como: Grãos, cereais, Vegetais, Condimentos Animais, como produtos cárneos e lácteos Conseqüentemente, os alimentos podem ser importantes veículos desse microrganismo * * * Enterotoxina: Natureza protéica Termolábel Destruída a uma temperatura de 60º C durante 20 minutos, Bacillus cereus * * * Sintomas Vômitos, diarréias e dores abdominais. Aparecem entre 1 a 5 horas após a ingestão do alimento contaminado. * * * Cocos, arranjos irregulares, Imóveis, não esporulados, Gram positivos, Anaeróbios facultativos Staphylococcus aureus * * * Habitat Cavidade nasal Pele de pessoas e animais normais É capaz de produzir enterotoxinas termorresistentes que causam uma doença no homem, denominada intoxicação estafilocócica * * * * * * A quantidade necessária para desencadear a intoxicação 1 micrograma corresponde à quantidade encontrada no alimento quando a contaminação por Staphylococcus aureus atinge 100.000 células por grama * * * Intoxicação estafilocócica Ingestão de alimentos contendo enterotoxinas produzidas por cepas enterotoxigênicas de Staphylococcus aureus. Há sete tipos de enterotoxinas que Staphylococcus aureus é capaz de produzir. * * * Aparecimento dos sintomas 20 minutos a 2 horas após a ingestão do alimento com a enterotoxina. Sensibilidade às enterotoxinas Quantidade de toxina produzida no alimento Quantidade de alimento ingerido e saúde geral Sintomas e intensidade * * * Sintomas característicos Náusea Ânsia de vômito, Vômitos, Cólicas abdominais, Sudorese e prostração. * * * Clostridium botulinum Bacilos, Gram-positivo, produtores de esporos, Encontrada no solo e se multiplica na ausência de oxigênio. * * * * * * Sete tipos diferentes de toxina botulínica Designadas pelas letras A até G Somente os tipos A, B, E e F causam doença no homem Os outros tipos causam botulismo em animais. Toxinas * * * Botulismo alimentar Três tipos de botulismo Botulismo de ferida Botulismo infantil * * * Botulismo infantil * * * Doença neuroparalítica, Paralisia simétrica descendente dos nervos motores e autônomos, Normalmente começando com os nervos cranianos. A doença pode evoluir e causar paralisia descendente da musculatura respiratória, braços e pernas. Botulismo * * * Psiu!! Você vem comigo * * * Aqueles que sofrem alguns tratamentos térmicos com vista à sua conservação Alimentos enlatados, em conserva ou defumados Alimentos envolvidos * * * Prevenção Adoção de sistemas HACCP SSOP GMP SOP * * * Bibliografia Biology of Microorganisms (1991) Brock, T.D.; Madigan, M.T.; Martinko, J.M. e Parker, J. Editado pela Prentice -Hall International, Inc Elly,A.R. Intoxicaciones alimentarias de etiología microbiana. Zaragoza: Acribia, 1994, 208p.. Food hygiene, microbiology and HACEP. 3.ed. Dordrecht:Kluwer Academic, 2001, 449p. Forsythe,S.J. Microbiologia da segurança alimentar. Editora Artmed, 2002, 424p. Frazier,W.C.; Westhoff,D.C. Microbiología de los alimentos. Zaragoza: Acribia, 1992, 698p Hobbs,B.C.; Roberts,D. Toxinfecções e controle higiênico-sanitário de alimentos. São Paulo: Varela, 1999, 376p Jay,J.M. Microbiología moderna de los alimentos. Zaragoza: Acribia, 2002, 661p * * * * * * FIM
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