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Anatomia Patológica - Alterações Celulares

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ALTERAÇÕES CELULARES IRREVERSÍVEIS 
 
Paulo Henrique da Silva Barbosa 
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 
Medicina Veterinária 
Necrose Caseosa 
A mineralização que ocorre nos centros caseosos em lesões de tuberculose é uma lesão de que 
tipo? R: Distrópica. Na metastática há mineralização em diversos órgãos (metástase), 
mineraliza tecidos elásticos principalmente, como a túnica média das artérias, principalmente 
a aorta, e também os pulmões, então mineraliza todos esses órgãos que tem tecido elástico, já 
a distrópica mineraliza onde tem lesão. 
A linfadenite caseosa afeta os linfonodos e pode acometer outros órgãos como rins, fígado, 
etc. Na histologia observa-se necrose caseosa, tecido que jpa necrosou e não tem mais 
características originais do seu tecido. Ao corte, essas áreas de necrose são organizadas sob a 
forma de lamelas concêntricas. 
Oesophagostomum faz ciclo biológico que atravessa a parede intestinal fazendo nódulos de 
hipobiose na parede e fica dentro de uma área incistada, essa área sofre uma reação 
inflamatória, gerando uma necrose caseosa que posteriormente mineraliza e tem aspecto de 
pedra. Os macrófagos vão limpar essa área e, o que sobra, mineraliza. A área de necrose 
caseosa contém restos de células mortas que vão ser drenadas pela corrente linfática e vão 
entrar em circulação, causando o ressecamento da lesão e deixando a área calcificada. 
Necrose de Liquefação 
Sobrecaga de carboidratos fazem lesões/úlceras no rumen dos animais e os microrganismos 
do rumem entram na circulação através dessas úlceras e caem na circulação, chegando ao 
fígado onde farão lesão, abscessos hepáticos. 
Exemplo: linfadenite abscedativa. 
A diferença da necrose de caseificação para a de liquefação: Na liquefação o conteúdo será 
pastoso ou líquido, já a caseosa é mais sólida. 
 
Poliencéfalo Malácia 
Doença que causa necrose da substância cinzenta 
- Deficiência Tiamina 
- Infecção por BoHv5 
- Intoxicação por enxofre, sódio, chumbo 
No sistema nervoso tem astrócitos que fazem sustentação do tecido nervoso que ficam 
edemaciados (cheios de líquido) que tem consistência mais mole, por isso o termo malácia 
(mole). Quando as células morrem, elas deixam restos celulares, então os monócitos saem da 
circulação e vão em direção ao tecido injuriado, tornando-se macrófago. No sistema nervoso 
esse macrófago chama-se gitter cell. O edema fica com líquido que faz pressão dentro da 
calota craniana fazendo com que o cerebelo seja empurrado para fora do forame magno, 
dando origem a uma hérnia cerebelar. Também compacta o cérebro como um todo, fazendo 
com que os sulcos e giros fiquem mais planos. A parte mais caudal do cerebelo fica 
sobreposto. Lesão muito frequente na poliencefalo malácia. Doença muito frequente em 
confinamento de bovinos. 
Para fazer o diagnóstico macroscópico pode usar lâmpada ultravioleta que ficará fluorescente. 
Pode ser feito na hora. 
Com o passar do tempo esse conteúdo do edema e de tecido morto será drenado pelos 
macrófagos formando áreas depreciadas. 
Observa-se sinais cranianos, com relação à localização. Nessa região mais cranial tem o bulbo 
olfatório e, se ele tiver afetado, terá problemas olfatórios, Pode comprometer visão, etc, 
conforme a localização da lesão terá sinais específicos. Não tem-se sinais medulares e sim 
encefálicos. Clinicamente testam-se todos os nervos cranianos do animal como visão, olfato, 
audição, etc. A partir do exame clínico neurológico você abre o animal na necropsia e já tem 
ideia de onde estará a lesão. 
Histopatologia 
Por que causa o amolecimento? Há perda de tecido encefálico. O sistema nervoso normal, não 
se vê célula da glia com halo claro, o halo é o edema que amolece o tecido. Muitos edemas 
acabam causando o amolecimento. Os macrófagos será responsáveis pela drenagem desse 
conteúdo. 
O tratamento é com corticoide para diminuir edema e vitamina B1 (supre tiamina) que suprirá 
o sistema nervoso. 
 
Tempo para ocorrer necrose: 
- Ultraestruturalmente (organelas, microscopia eletrônica): 6h 
- Microscopia óptica: 6-12h 
- Macroscopicamente: 24-48h 
 
 
 
 
 
 
Outros Tipos de Necrose 
 Necrose da Gordura 
Cavidade abdominal ou sob a pele, 
Induz a inflamação e fibrose, 
Condição: trauma (tecido subcutâneo), vagina (partos distócicos), 
Obstrução do intestino e ureter = morte, 
Esteatite = inflamação do tecido adiposo. 
 
1) As enzimas pancreáticas extravasam dos ductos pancreáticos que normalmente 
são drenadas para o duodeno, num caso de pancreatite necrosante essas enzimas 
ficam soltas sobre o tecido pancreático e gordura, com isso há lise e morte da 
gordura e, secundariamente, inflamação. 
2) Em vacas que têm parto distócico, o feto empurra a gordura ao redor do osso 
coxal e causa compressão, causando necrose da gordura. 
3) Em bovinos é um achado inespecífico a necrose da gordura do mesentério 
4) Obstrução do intestino e do ureter o animal vai morrer. 
5) Esteatite é inflamação do tecido adiposo. 
 
Gangrena 
Consequência de uma necrose de coagulação + putrefação. Acontece em órgãos que são 
frequentemente muito sujos por conta de grande quantidade de flora bacteriana. Exemplo: 
úbere, pele, extremidade dos órgão, orelha, ossinho, intestino, pulmões. 
Tipos de gangrena: 
Gangrena úmida: Frequente em órgão com irrigação abundante: intestino, úbere. Exemplo: 
torção no intestino do equino e as bactérias causarão putrefação. 
 Escaras: áreas necróticas se soltam do tecido de origem. Cascas que se soltam. 
Gangrena seca: Em pele e extremidades. Exemplo: tromboembolismo bacteriano nas hilíacas 
comuns, obstrução de uma delas, toda a irrigação do membro correspondente estará 
comprometida, tendo isquemia e genrando uma necrose por falta de irrigação. Outro exemplo 
é o frio que causa vasoconstrição nas extremidados, deixando de ter irrigação, gerando 
necrose. 
 Quando há uma torção ante mortem, de uma maneira geral as artérias são calibrosas e 
tem uma consistência que irriga o órgão, mas quando as veias são bem fininhas, o 
sangue não será drenado e não volta pra circulação, fica preso no órgão pois há 
impedimento do retorno venoso, congestão e hemorragia. Torção pós mortem não 
terá hemorragia. 
 Necrose gangrenosa é subsequente a necrose de coagulação + putrefação. 
 
Exemplo de Gangrena seca: 
Ergotismo: mico toxicose causada por Ergotis que são fungos que produzem toxinas. O 
Claviceps purpúrea causa o ergotismo em bovinos. Causa vasoconstricção generalizada. 
Quando causa vasoconstricção dos membros, culmina em gangrena seca. (Ingestão de trigo e 
aveia contaminados pelo fungo, por exemplo).

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