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Anatomia Patológica - Imunopatologia

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Imunopatologia 
Anatomia Patológica 
Paulo Henrique da Silva Barbosa 
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 
Medicina Veterinária 
 
Inflamação: Reação celular e vascular frente a uma agressão. 
Hipersensibilidade é a resposta imunológica excessiva e inapropriada do organismo a uma 
substância inócua. 
Antígenos alergênicos: Venenos de plantas, pólen, látex, poeira, medicações, picada de 
abelha. 
Auto imunidade: Resultado da falha na auto tolerância com subsequente resposta contra 
antígenos próprios. 
Imunógeno/alérgeno: Substância geralmente de natureza proteica, capaz de induzir uma 
resposta exacerbada caracterizada como alergia. 
Estímulos Agressores: 
 Físicos/Químicos 
 Biológicos (vírus, fungos, protozoários, algas, parasitos, patógenos em geral, células do 
próprio organismo, imunodeficiências). Quando há uma resposta inflamatória frente à 
célula do próprio organismo, caracteriza-se doenças autoimunes. Quando a resposta 
inflamatória for exacerbada, entra então o conceito das hipersensibilidades ou 
doenças alérgicas. No caso de Imunodeficiência entra o vírus da imunodeficiência 
felina e o HIV no caso dos humanos quando o organismo fica incapaz de realizar uma 
resposta imune frente ao agente agressor. 
 
Hipersensibilidade do Tipo I: Mecanismo IGe. Evolução de mais ou menos 10 minutos. 
Hipersensibilidade à picada de insetos – Anafilaxia. 
É chamada de hipersensibilidade imediata. Ocorre após exposição ao antígeno e esse antígeno 
é opsonizado no interior de uma célula dendrítica e produz um anticorpo específico. Esse 
anticorpo na membrana da célula dendrítica é apresentando a um linfócito. Esse linfócito ativa 
uma célula de memória. (ou seja, esse hospedeiros já havia sido exposto a esse antígeno 
previamente, portanto, esta não é a primeira vez que o organismo foi exposto ao antígeno.) Só 
ocorre quando já houve uma exposição prévia. Então esse linfócito sensibiliza um mastócito e 
esse mastócito vai degranular (liberação de grânulos enzimáticos para fora do citoplasma). 
Depois que o mastócito degranula, ele libera histamina que causa contração da musculatura 
lisa, aumento da permeabilidade vascular, sensibilização dos terminais nervosos periféricos, 
quimiotaxia para eosinófilos (células que frequentemente estão presentes nas reações de 
hipersensibilidade). Isso pode vir a desencadear um choque anafilático. Em que situações 
ocorre esse choque? Se essa hipersensibilidade acometer os vasos periféricos de uma maneira 
geral. Se houver uma vasodilatação geral da periferia irá ocorrer o choque anafilático. Pode 
ocorrer morte por asfixia se a região da glote sofrer uma vasodilatação e um edema tão 
grande a ponto de obstruir a passagem. Também há liberação de prostaglandinas. Causa 
broncoconstrição, liberação de muco, aumento da permeabilidade vascular, edema, prurido e 
rash/exantema (placas vermelhas na pele). O IgE é produzido pelo linfócito T e ele sim é 
responsável pela degranulação dos mastócitos. No primeiro contato com o alérgeno não tem 
célula de memória e, portanto, não corre a degranulação dos mastócitos, no segundo contato 
que ocorre essa degranulação pois os IgE já foram formados. 
A anaflaxia sistêmica se dá quando os mastócitos degranulam grande quantidade de histamina 
e atingem principalmente as células endoteliais, epiteliais e músculo liso. Causa urticária, 
angioedema (edema profundo) e diminuição da Pressão Arterial. Quando o animal entra em 
anafilaxia tem-se que tomar medidas com urgência para que o animal não venha a óbito. 
Hipersensibilidade do Tipo II: Mecanismo Anticorpos (principalmente IgG/IgM e outros). 
Evolução variável. Anemia Hemolítica auto imune. Miastenia gravis. 
Decorrente do efeito citopático de anticorpos dirigido contra antígenos presentes na superfície 
ou matriz celular. 
Na anemia hemolítica auto imune são reconhecidas proteínas na superfície das hemácias e há 
uma lise das hemácias e exposição de todo o conteúdo do interior do eritrócito para o soro, 
causando icterícia. Acomete cães. 
Miastenia gravis: Nas placas motoras existem receptores de acetil colina que são reconhecidos 
como invasores, então há uma reação inflamatória contra esses receptores que são 
destruídos. O sinal clínico é paralisia flácida. O animal perde o tônus muscular, tem fraqueza, 
incoordenação, debilidade. 
[Professor não passou o mecanismo] 
No final ocorre a fagocitose da estrutura que foi reconhecida como estranha. 
Anemia hemolítica no caso de transfusão de sangue incompatível também é hipersensibilidade 
do tipo II porque o sangue não é do próprio indivíduo, e sim de outro. 
Hipersensibilidade do Tipo III: Mecanismo Imuno complexos. Evolução de 6-18h. Doença do 
soro. 
Inoculação de substância que tem capacidade de formar imuno complexo. 
No primeiro contato, os antígenos ligam-se aos anticorpos formando imuno complexos. 
Quando acaba a concentração de antígeno, ainda tem-se uma parte de anticorpos livres. Num 
segundo contato, portanto, os anticorpos livres estão altos, então se juntarão com todo o 
antígeno podendo ocorrer uma maior formação de imuno complexo. O imuno complexo que é 
entendido como corpo estranho. É uma massa eosinofílica que lembra a fibrina. Esse aumento 
de imuno complexos causam lesão tecidual que será proporcional a quantidade de imuno 
complexos e vasculite. 
Reação de Arthus: Deposição dos imucomplexos nos tecidos e depois inflamação. 
Necrose/degeneração fibrinóide: Na parede dos vasos causa acúmulo de materiais proteicos 
que lembram a fibrina, comum em reações de hipersensibilidade do tipo III. 
Hipersensibilidade do Tipo IV: Mecanismo Linfócitos T. Evolução de 48h. Tuberculose. 
Ocorrem tardiamente. No caso da tuberculose, um caso clássico seria o diagnóstico cutâneo da 
tuberculose. Faz-se inoculação de tuberculina bovina/aviária para descartar falsos positivos e 
lê-se depois de 48h. Quando tem-se uma reação intensa na pele a reação é positiva. 
A resposta celular induz lesões nos locais onde o antígeno penetra. 
Mecanismo: O antígeno é apresentado para a célula e, a partir daí, há um recrutamento de 
fagócitos e extravasamento de líquido, causando o aumento de volume. 
Enteropatia sensível ao glúten (Doença Celíaca nos humanos). 
------------------------------------------------------- 
Reações de hipersensibilidade causam inflamações sistêmica (choque anafilático) ou local 
(edema de glote). 
Adultos que não tiverem contato com antígenos quando crianças, ao terem contato na fase 
adulta, desenvolvem uma resposta de hipersensibilidade. 
Dermatite alérgica por picada de ectoparasito, dermatite de contato e hipersensibilidade 
alimentar são algumas das reações de hipersensibilidade mais comuns na clínica de pequenos 
animais. 
Anafilaxia: Reação sistêmica aguda grave, potencialmente fatal, decorrente da ação de 
mediadores inflamatórios liberados por mastócitos e basófilos, ativados após o contato com 
uma substância causadora específica. 
Doenças Auto imunes 
Algumas doenças se encaixam na hipersensibilidade do tipo II. 
Resposta imune específica para antígenos próprios – perda da tolerância imunológica para os 
próprios tecidos ou antígenos. 
Atividade anormal ou excessiva das células imunes efetoras próprias. 
Específica de órgão, localizada ou sistêmica e mediada por auto-anticorpos ou por linfócitos T 
reativos para os próprios antígenos. 
 Pênfigo Foliáceo – A desmogleína é o alvo primário do auto antígeno. 
 Pênfigo Eritematoso – Variante rara do pênfigo foliáceo, forma benigna. Lesões 
mediantes luz UV. Crostas bilaterais simétricas, exsudação, alopecia, despigmentação 
dorsal do focinho e plano nasal. Semelhante ao Pênfigo foliáceo mas não tão grave. 
 Pênfigo Vulgar– Desmogleína 3. Fenda e pústula acima da lâmina basal, ou seja, na 
epiderme. Forma mais grave, forma lesões generalizadas. Vesículas e bolhas frágeis 
que progridem para úlceras, eritema. Cavidade oral, junção muco cutânea. 
 Penfigóide Bolhoso – Glicoproteína presente em queratinócitos basais. Lesão sub 
epidérmica. Separação completa da epiderme. Vesículas intactas, máculas 
eritematosas, ulcerações multifocais, crostas. Mucosa oral, junções mucocutâneas 
(boca, ânus, vulva e prepúcio) e regiões periorbitais, axilas, virilhas, pele em torno das 
unhas. 
 Lúpus Eritematoso Discóide – Etiologia. Genética, infecções víricas, UV. Lesão cutânea. 
Forma mais branda. Face (Plano nasal). Despigmentação, úlceras. 
 Lúpus Eritematoso Sistêmico – Anticorpos contra componentes nucleares e 
citoplasmáticos. Doença multissistêmica. Face, pavilhão auricular, mucosa oral, 
extremidades distais. Eritema, despigmentação, alopecia, escamas e crostas, 
ulceração, ocasionalmente estomatite e paniculite. Lesão geralmente simétricas. 
Imunodeficiência 
 Imunodeficiência primária: Defeito congênito ou genético em um componente do 
sistema imune. Envolve a imunidade inata. 
 Imunodeficiência Secundária: Perda adquirida da função imunológica, como 
complicação de infecções, má nutrição ou envelhecimento ou ainda efeito colateral de 
imunossupressão, irradiação ou quimioterapia para câncer ou doença autoimune. 
AIDS, FIV. 
o Amiloidose: Existe primária (Erro de plasmócitos na produção de anticorpos e 
eles produzem demasiadamente quantidades excessivas de proteínas não 
organizadas, grandes demais. Essas proteínas tornam-se circulantes e ficam 
aderidas ao vaso por conta do tamanho. Causada pela distrasia plasmocitária.) 
e secundária (Causada por imunocomplexos formados por anticorpos normais 
que foram depositadas anormalmente por estímulos prolongados. Nesse caso 
esses imunocomplexos não são imunogênicos, não causam reação 
imunogênica mas quando se depositam causam a amiloidose secundária). 
Prova!

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