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Farmacologia II - Eméticos e Antieméticos

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Eméticos e Antieméticos 
Farmacologia II 
Paulo Henrique da Silva Barbosa 
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 
Medicina Veterinária 
 
A utilização de um laxante tem como objetivo eliminar parte do conteúdo intestinal ou a 
totalidade ou quase totalidade do conteúdo intestinal, com o objetivo de fazer determinados 
exames, e não com o objetivo de se obter regularização do trânsito intestinal. 
Devem ser administrados em alta quantidade senão não haverá o efeito de eliminação total do 
conteúdo. 
Irritação da Mucosa Intestinal (Laxantes de Contato) 
 Derivados do Difenilmetano 
Laxantes de natureza irritante. Se forem administrados como supositórios, causarão irritação 
e, por mecanismo reflexo, intensificarão o movimento peristáltico favorecendo a defecação. 
Por via oral, se não houve nenhuma modificação, esses agentes irão irritar a mucosa gástrica, 
constituindo um estímulo à ocorrência do vômito antes da ocorrência do efeito laxante. 
Se fores usados com o objetivo de eliminar conteúdo desde o intestino delgado, o fármaco 
deve ser modificado/adaptado para que não cause irritação no estômago e vômito, por 
exemplo, a fenolftaleína foi adaptada para apenas liberar seu princípio ativo no intestino. 
 Antracênicos 
Exemplo Emodina. 
Estão presentes em diversas espécies vegetais e são comercializadas com o objetivo de obter 
certa regularização do trânsito intestinal. Regularização intestinal com qualquer um desses 
agentes é inadequado pois constante processo de irritação da mucosa intestinal pode causar 
úlceras e/ou uma reação inflamatória crônica podendo favorecer o desenvolvimento até 
mesmo de carcinomas. Correção de trânsito intestinal deve ser através de mudanças na 
alimentação. 
 Óleo de rícino 
 Sofre hidrólise das lipases intestinais, ocorrendo formação de glicerol e ácido ricinoleico que é 
o princípio ativo promotor da irritação da mucosa intestinal. Tem efeito laxante potente. 
Também faz processo de lubrificação que torna os movimentos peristálticos mais eficientes, 
favorecendo a evacuação. 
Laxantes Lubrificantes 
 Óleos Minerais/Vegetais: Acabam se depositando na mucosa intestinal e esse depósito 
geral reação inflamatório, podendo favorecer formação de carcinoma. 
 Docusato de Na 
 
Eméticos e Anti Eméticos 
A princípio só vamos querer que um animal venha a vomitar em condições de intoxicação. Na 
maior parte da intoxicação a indução do vômito pode causar estragos ainda maiores, o mais 
adequado dentro da disponibilidade seria a lavagem gástrica. No caso da ingestão de um 
agente corrosivo não sabe-se o tamanho da lesão, e o vômito gera uma contração da 
musculatura lisa, o que poderia romper o estômago. Além disso, estaria expondo o esôfago a 
uma segunda lesão. Também pode ocorrer falsa via que ocasionará depressão respiratória. 
É muito rara situação em que valha a pena estimular o vômito em casos de intoxicação. 
Para produzir vômito existem eméticos 
 De Ação Local 
o Tártaro emético: Produz irritação intensa no estomago e desencadeia o 
vômito. 
o Alcalóides da Ipeca: Atividade emetogênica bastante intensa. Possui os 
compostos emetina, cefalina e psicotrina que apresentam propriedades 
irritantes. 
o Sulfato de cobre/zinco: 
 De Ação Central 
o Apomorfina: Agonista de receptor dopaminérgico. Ativa receptores 
dopaminérgicos da zona do gatilho. 
Existe uma zona chamada de zona quimiorreceptora do gatilho que, ao ser estimulada, ativa o 
centro emético que, ao ser ativado, desencadeia a ativação de inúmeras eferências. Ativação 
das eferências do parassimpático intensificando todas as secreções (sudorípara, salivar, 
gástrica, lacrimal), contração da parede do estômago, relaxamento de esfíncter esofágico, 
contração de musculatura esquelética, e outras ações que tentarão expulsar o conteúdo do 
estômago. Por outro lado, são inúmeros os fatores que podem promover o vômito como odor 
e sabor desagradável, irritação da mucosa gástrica, irritação da região da faringe, base da 
língua, dores intensas, estímulos visuais, são estruturas que através de diferentes aferências 
desencadeiam a produção do vômito. 
Existe também influência da histamina na zona quimiorreceptora. Assim como também existe 
influência da dopamina. Temos a participação também de receptores de Serotonina, então a 
serotonina também exerce influência no vômito. Substância P também exerce influência. A 
atividade em receptores canaminóide. 
 
 
 
Anti eméticos 
Bloqueador colinérgico muscarínico seria eficaz para bloquear o vômito porém não usamos 
porque produz muitos efeitos colaterais como diminuição de secreções, diminuição do trânsito 
intestinal, taquicardia. 
O dramin é um anti histamínico com objetivo de inibir o vômito. 
Agentes: 
 Antidopaminérgicos: Plazil (Metoclopramida) 
 Anti H1 
 Anti Serotoninérgica (5Ht3): Plazil – Metoclopramida 
 Antimuscarínicos: 
 Anti NK1: Aprepitano. 
 Agonista CB1: Nabilona – Pode ser usado em pacientes no tratamento de câncer que 
causa vômitos e dor intensa e esse agonistas de receptores canabinóides agiria sobre 
os dois problemas. 
 Adstringentes: Sais de Alumínio. 
 Adsorventes: Carvão Ativado. 
Não usar Acepran para fazer cirurgia pois ele não interfere nas vias sensitivas, o animal vai 
sentir dor mas não vai reagir porque vai estar imobilizado. É muito comum utilizar Acepran 
para fazer castração, o que é um absurdo, uma falta de dignidade e vergonha na cara pois o 
animal sentirá dor.

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