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Farmacologia II - Métodos Experimentais Para Avaliação de Fármacos com Atividades Analgésicas e Anti Inflamatórias

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Métodos Experimentais Para Avaliação de Fármacos com 
Atividades Analgésicas e Anti Inflamatórias 
Farmacologia II 
Paulo Henrique da Silva Barbosa 
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 
Medicina Veterinária 
 
Primeira aula após a segunda prova. Prática. 
Doutoranda Raquel 
Sinais Cardinais da Inflamação 
 Calor: Aumento do fluxo sanguíneo para aquele local aquece este local. 
 Rubor: Também devido ao aumento de fluxo sanguíneo com hemácias. 
 Edema: Líquido que pode extravasar do vaso para o espaço intersticial. 
 Dor 
 Perda de Função 
Injúria tecidual ocasiona a liberação de mediadores inflamatórios que atuam em nociceptores 
aferentes que recebem essa informação até o corno dorsal da medula e daí até o encéfalo, 
percebendo-se a dor. 
Alguns fármacos podem deflagrar uma resposta inflamatória. 
Para todo projeto que se inicie dentro de um laboratório, envolvendo-se o uso de animais, é 
preciso que este projeto seja aprovado para que depois o pesquisador possa iniciar seu projeto 
com animais. Comitê de Ética. 
Princípio dos 3 R’s: Reduzir o número de animais , refinar a técnica, substituir sempre que 
possível os animais por modelo in vitro, virtuais, etc. 
Hipernocicepção Periférica 
Três tipos de fibras nervosas que podem ser atingidas: 
 Fibras A delta (mielinizada) e C. Ambas são finas. 
 Fibras A beta: conduzem informações do nociceptor e são mais calibrosas e mais 
mielinizadas. Transmitem informação do tipo “pressão”. A pressão até determinado 
ponto não é dolorosa, se a pressão for aumentada progressivamente a ponto de 
causar dor, ativa-se além de fibras A beta, os outros dois tipos. 
Testes de Hipernocicepção Periférica 
 Teste das contorções abdominais induzidas por ácido acético 
Teste de triagem. Se está investigando droga sintética ou droga a partir de uma planta 
que é utilizada pela população para causar sintomas de dor, quando tem-se alguma 
coisa sugerindo que age sobre a dor, faz-se primeiramente este teste. 
No peritônio o ácido acético é uma substância estranha que promove inflamação e 
dor. Avalia-se então qual a resposta destes animais frente a este estímulo. Durante 30 
minutos conta-se o número de vezes que o animal contorce o abdômen. Teste de 
triagem que permite dizer se vale a pena continuar com os testes para a droga ou não. 
 
 Teste da Formalina 
Também utiliza-se substância química para causar dor no animal. Faz-se injeção de 
formalina por via intra plantar (nos coxins da pata do camundongo) que é um agente 
estranho para o organismo do animal. Durante 5 minutos cronometra-se o tempo que 
o animal permanece lambendo/mordendo a pata (tempo de reatividade), que é 
indicativo de dor. Vê-se a ação dos mediadores que já estavam sintetizados, 
esperando apenas serem liberados, o que caracteriza a dor neurogênica. De 5 a 15 
minutos tem a fase silenciosa em que a dor cessa por alguns momentos e o animal 
para de responder. De 15 a 30 minutos o animal volta a responder, é o tempo que o 
organismo teve para sintetizar os mediadores inflamatórios que fazem com que a dor 
permaneça naquele local. Esse teste é importante pois caracteriza-se duas fases da 
dor, a dor neurogênica e a dor inflamatória, podendo-se ter respostas diferentes em 
cada uma destas fases. 
Na primeira fase um anti inflamatório não esteroidal não terá muita influência uma vez 
que os mediadores responsáveis pela dor já estão sintetizados. Um analgésico opióide 
teria uma resposta de redução significativa porque vai atuar no nociceptor bloqueando 
a propagação do potencial de ação do neurônio, cessando a dor. Na segunda fase da 
dor, o que mantém a dor são os mediadores inflamatórios que serão formados e não 
os pré-formados presentes na primeira fase e, portanto, nesta segunda fase o anti 
inflamatório não esteroidal terá efeito. 
 
 Teste do Edema de Orelha Induzido por Óleo de Cróton 
Um dos sinais cardinais da inflamação é o edema, então avalia-se o edema formado na 
orelha pela administração de óleo de cróton. Orelha direita aplica-se o óleo de cróton 
e na orelha esquerda aplica-se acetona pois é com acetona que se solubiliza o óleo de 
cróton, só para provar que o que causa o edema e inflamação é o óleo de cróton e não 
a acetona. Após isso faz-se a eutanásia do animal, retira-se as orelhas e pesa-se as 
mesmas. Através do cálculo do peso da OD – OE , sabe-se se houve a formação de 
edema. As vezes os anti inflamatórios podem ser eficazes na diminuição dos sintomas 
da inflamação porém não eficazes especificamente em diminuir edema. Esse teste 
sozinho não caracteriza se a droga é anti inflamatória porque visualiza-se somente a 
diminuição de edema, resultado este que pode ser obtido também com, por exemplo, 
drogas diuréticas. Por isso precisa-se de um conjunto de testes. Pode-se afirmar que é 
uma droga anti edematogênica. 
 
Marginalização Leucocitária é comum em processos inflamatórios. 
Transmigração leucocitária (Diapedese): Os leucócitos de uma maneira geral são atraídos para 
a margem do vaso sanguíneo através de proteínas que estão no endotélio e são expressadas a 
partir da liberação de mediadores inflamatórios. 
 Pleurisia Induzida por Carragenina 
Faz a injeção da substância, os leucócitos da circulação vão migrar dos vasos para a 
cavidade pleural, eutanásia do animal e depois lavagem da pleura. Coleta-se leucócitos 
que migraram para aquela região e conta-se. Obtém-se o lavado pleural, pega-se 20 
microlitros e cora-se com líquido de Turk que vai degradar outros tipos celulares e 
permitir a visualização dos leucócitos. 
Normalmente os anti inflamatórios esteroidais respondem melhor nesse teste. Se 
migrou menos leucócitos que no grupo veículo, a droga atingiu o objetivo. Esse teste 
mostra justamente a redução da inflamação por reduzir a migração dos leucócitos, 
então se juntar os resultados deste teste com os do anterior, pode-se afirmar que a 
droga tem propriedade anti inflamatória. 
 
Hipernocicepção Central 
Pode-se estimular a dor de maneiras mecânicas, térmicas ou químicas que estimulam fibras 
nociceptivas, causando alodinia e hiperalgesia. 
 Alodinia: Dor provocada por estímulo que não é doloroso. (nível de pressão). 
 Hiperalgesia: Resposta aumentada a um estímulo normalmente doloroso. (Calor). 
Procedimento Cirúrgico 
 Anestesia Quetamina e Xilazina 
 Antissepsia com Povidine 
Faz-se incisão transversal na musculatura da região plantar do animal anestesiado para 
aumentar o estímulo de dor. 
 Teste do von Frey Eletrônico 
Avalia a alodinia mecânica. Analgesímetro digital. 
Faz-se uma pressão exatamente no local onde teve a cirurgia para observar a dor. Tem 
um transdutor de pressão conectado a um contador digital de força expressa em 
gramas para ver qual a pressão necessária deve ser exercida na pata do animal para 
que ele tenha reflexo de retirada. Nesse ensaio pode-se dizer que a droga teve 
atividade anti nociceptiva porque diminui a percepção de dor nos animais. 
 
 Teste de Hargreaves 
Teste feito após o teste de von Frey, utilizando-se os mesmos animais. 
Avaliação da hiperalgesia térmica. Analgesímetro térmico (fonte de luz infravermelha). 
Posiciona-se a pata do animal sob um círculo preto onde incide um feixe de luz e 
quando o calor começa incomodar ele retira a pata, então o cronômetro que estava 
contando o tempo que o animal estava resistindo ao calor para de contar. 
 
 Teste do Tail Flick 
Usa-se o mesmo aparelho do feixe de luz anterior mas o feixe de luz vai incidir sobre a 
cauda do animal.

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