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Nutrição - Coeficiente de Digestibilidade dos Nutrientes

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Coeficiente de Digestibilidade dos 
Nutrientes (%) 
Nutrição Animal 
Paulo Henrique da Silva Barbosa 
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 
Medicina Veterinária 
 
Quanto maior for o coeficiente de digestibilidade do alimento, maior a qualidade dele. 
Rações super premium utilizam alimentos com elevado coeficiente de digestibilidade. Boa 
parte do alimento que é consumido é digerido pelo animal. 
Avaliação dos Alimentos 
Avaliação Direta: Coleta Total de Fezes (Clássica) 
Quantifica tudo que é produzido na forma de fezes que não foi absorvido. Coleta-se todo o 
volume fecal do animal. 
Avaliação Indireta: Indicadores 
Fornecimento de substâncias chamadas de indicadores, o animal consome e depois quantifica-
se a concentração dessa substância nas fezes, mas não há a necessidade de coletar todas as 
fezes e sim uma amostra. Indicadores não são digeríveis, não tem interferência em qualquer 
processo fisiológico do animal, não são tóxicos e são facilmente recuperados nas fezes. 
O conteúdo energético dos alimentos é obtido por: 
 EB oxidação total dos nutrientes 
 Coeficiente de digestibilidade 
 Extrativo não nitrogenado (ENN) 
 Nutrientes digestíveis totais 
Primeiro faz-se análise de Energia Bruta do alimento. Porém essa não será a energia total 
disponível para o metabolismo do animal, deve-se descontar o valor de energia eliminado nas 
fezes para então chegar-se ao valor de Energia Digestiva. Para isso deve-se encontrar o 
coeficiente de digestibilidade da energia bruta. 
 
Coeficiente de Digestibilidade 
 
(𝑵𝒖𝒕𝒓𝒊𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒏𝒂 𝑴𝑺 𝒅𝒐 𝑨𝒍𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒙 𝑪𝒐𝒏𝒔𝒖𝒎𝒐 𝒆𝒎 𝑴𝑺 𝒅𝒐 𝑨𝒍𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐) − (𝑵𝒖𝒕𝒓𝒊𝒆𝒏𝒕𝒆𝒔 𝒏𝒂𝒔 𝑭𝒆𝒛𝒆𝒔 𝒙 𝑷𝒓𝒐𝒅𝒖çã𝒐 𝑭𝒆𝒄𝒂𝒍 𝒏𝒂 𝑴𝑺)
𝑵𝒖𝒕𝒓𝒊𝒆𝒏𝒕𝒆𝒔 𝒏𝒂 𝑴𝑺 𝒅𝒐 𝑨𝒍𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒙 𝑪𝒐𝒏𝒔𝒖𝒎𝒐 𝒆𝒎 𝑴𝑺 𝒅𝒐 𝑨𝒍𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐
 𝒙 𝟏𝟎𝟎 
 
 
CD (%) = [(Tudo que entra – Tudo que sai) / Tudo que entrou] x 100 
 
 
Determinar o total do nutriente que foi consumido na MS; Qual o total do nutriente na dieta; 
quantidade de dieta consumida em Kg. 
 
 Escolher o Nutriente: Energia 
 Energia bruta do alimento 
 Determinar a Energia Digestível 
 Fornecido para um suíno 
É importante determinar o alimento, o nutriente que quer avaliar e a espécie a qual será dada 
aquela dieta pois há diferenças metabólicas entre as espécies que interferem na 
digestibilidade de nutrientes, por isso deve-se quantificar a digestibilidade de determinado 
nutriente especificamente para cada espécie. 
Exemplo: 
 Alimento: Milho 
 EB: 4,463 Mcal/Kg MS 
 Consumido pelo animal: 4Kg de MS de milho/dia 
 Nutriente: Energia 
 Espécie: Suíno 
 EB das fezes = 4,0 Mcal/Kg de fezes 
 Produção Fecal = 1,0 Kg de MS de Fezes 
CD Energia Bruta = 
(𝟒, 𝟒𝟔𝟑 𝒙 𝟒) − (𝟒, 𝟎 𝒙 𝟏)
𝟒, 𝟒𝟔𝟑 𝒙 𝟒
 𝒙 𝟏𝟎𝟎 
(𝟏𝟕, 𝟖𝟓) − (𝟒)
𝟏𝟕, 𝟖𝟓
 𝒙 𝟏𝟎𝟎 
77,5% 
Energia Digestível 
4,463_______100% 
X___________77,5% 
X = 3,46 Mcal de Energia Digestível/Kg de MS 
Pode-se então usar este valor para formular uma dieta de milho para suínos. 
Isso é feita para todas as espécies animais e para os nutrientes específicos, deste modo o 
profissional consegue formular uma ração específica para cada um. 
Os sistemas mais precisos de formulação trabalham com energia líquida. O animal deve ser 
abatido, o que torna o procedimento inviável para certas espécies. 
 
Energia Digestível do Milho Grão 
 Equinos: 3,40 Mcal/Kg de MS 
 Coelho: 3,20 Mcal/Kg de MS 
 Suíno: 3,45 Mcal/Kg de MS 
Segunda Forma de Avaliação da Qualidade do Alimento 
Extrativo Não Nitrogenado – ENN (%) 
Representa a fração de carboidratos do alimento. Carboidratos que não fazem parte da parede 
celular vegetal chamados de carboidratos não estruturais. 
ENN = 100 – (PB + EE + MM + FB) 
Exemplo: Coloninho 
 MS = 26,40 
 EE = 2,79 
 MM = 10,54 
 EB = 3712 
 PB = 14,3 
 FB = 29,31 
ENN = 100 – (14,3 + 2,79 + 10,54 + 29,31) 
ENN = 43,06% 
É mais viável para animais de companhia, quando faz-se dietas para ruminantes/herbívoros, 
não usa-se este valor. Por que para cão e gato? Porque essas duas espécies comem pouca fibra 
e, portanto, esse cálculo apresentará menos erro. 
Análise de FB recupera lignina + celulose. A parede celular vegetal é composta por Lignina + 
Celulose + Hemi Celulose + Pectina. Se eu faço somente análise de FB, perde-se Hemicelulose e 
Pectina na análise, que serão contabilizadas, somadas no Extrativo não Nitrogenado, o que 
confere uma margem de erro ao cálculo pois estaria contabilizando parte da parede celular 
como carboidrato não estrutural e por isso não deve ser considerado para formulação de dieta 
de herbívoros. 
Exemplo: Ração Para Cão 
ENN = 100 – (26,7 + 10,20 + 7,34 + 1,44) 
ENN = 54,32% 
Exemplo: Alimento Úmido Para Gato 
ENN = 100 – (43,3 + 28,30 + 7,86 + 3,15) 
ENN = 17,39% 
A concentração de carboidratos numa dieta para cães terá mais carboidrato porque eles são 
onívoros e utilizam carboidratos como fonte de energia, já os gatos, carnívoros estritos, 
utilizam preferencialmente as proteínas como fonte de energia. 
Terceira Forma de Avaliação da Qualidade do Alimento 
(Específica Para Ruminantes) 
Nutrientes Digestíveis Totais – NDT (%) 
Descreve o conteúdo dos nutrientes digestíveis totais do alimento. Como se somasse todos os 
valores de digestibilidade dos nutrientes que fornecem energia (carboidratos, proteínas, 
lipídeos). 
Minerais não são nutrientes energéticos e, portanto, não entram na soma. 
 
NDT 
%PB digestível + % Carboidratos Não Fibrosos + % FDN digestível + (% EE digestível x 2,25) 
 
Os carboidratos não fibrosos, aqueles que não estão presentes na parede celular, são 
majoritariamente amidos. 
Deve-se fazer uma coleta total de fezes para chegar aos valores da equação. 
Exemplo: Capim Massai 
Capim Massai % Nutriente % Coeficiente Digest % NDT 
PB 7,5 80 6,0 
MM 7,8 - - 
CNF 33,9 90 30,51 
FDN 49,2 48 23,61 
EE 1,6 80 (1,28*2,25) = 2,88 
 
PB 
7,5 ____ 100% 
X ___ 80% 
X = 6,0% 
CNF 
33,9 ___ 100% 
X ___ 90% 
X = 30,51% 
 
EE 
1,6 ___ 100% 
X ___ 80% 
X = 1,28% 
1,28% * 2,25 = 2,88% 
 
 
NDT = 6,0 % + 30,51% + 23,61% + 2,88% 
NDT = 63% 
Tem-se que: 1Kg de NDT = 4,409 Mcal de ED e, portanto: 
100 _____ 4,409 ED 
63 _____ X 
X = 2,77 Mcal de ED/Kg de MS 
Exemplo: Brachiaria Brizantha 
Brachiaria brizantha % Nutriente % Digestibilidade 
PB 6,9 75,0 
MM 7,45 - 
CNF 8,70 90 
FDN 75,0 48,0 
EE 1,5 80 
 
PB 
6,9 ___ 100% 
X ___ 75% 
X = 5,175 
CNF 
8,70 ___ 100% 
X ___ 90% 
X = 7,83 
EE 
1,5 ___ 100% 
X ___ 80% 
X = 1,2 
1,2 * 2,25 = 2,7 
FDN 
75 ___ 100% 
X ___ 48 
X = 36 
NDT = 5,175 + 2,7 + 36 + 7,80 
NDT = 51,7% 
 
 
Avaliação dos Alimentos Para Cães e Gatos 
 Cães 
CDE% = 91,2 – (1,43 x % FB na MS) 
Por se tratar de cães, quanto maior o teor de FB, menos digestível será o alimento. 
CDE% = 91,2 – (1,43 x 1,44) 
CDE% = 89,14 
 
ED(Kcal/Kg) = EB x CDE% 
ED = 4973 x 89,14 
ED = 4432,93 Kcal/Kg 
 
EM(Kcal/kg) = ED – (1,04xPBg) 
EM = 4432,93 – (1,04 x 267) 
EM = 4432,93 – 277,68 
EM = 4155,25 Kcal/Kg 
 
Obs: Os valores de FB, EB e PB foram dados na tabela bromatológica. 
 
EB = 4973. Sofre perda por fezes. 
ED = 4432,93. Sofre perda por urina e gases. 
EM = 4155,25. É a energia disponível para uso do cão. 
 
 Gatos 
CDE% = 87,9 – (0,88 x %FB na MS) 
CDE% = 87,9 – (0,88 x 3,15) 
CDE% = 87,9 – 2,772 
CDE% = 85,128% 
 
ED(Kcal/Kg) = EB x CDE% 
ED = 5987 x 85,128% 
ED = 5096 Kcal/Kg 
 
EM(Kcal/Kg) = ED– (0,77 x PBg) 
EM = 5096 – (0,77 x 433) 
EM = 5096 – 333,41 
EM = 4762,59 Kcal/Kg de EM/Kg de MS de ração úmida para gato. 
 
O felino utiliza de forma mais eficiente a energia proveniente da proteína e excreta 
menos energia (nitrogênio) na forma de urina que o cão, por isso o coeficiente de 
correção é menor para gatos. 
 
Alimentos 
Existem Concentrados Energéticos (Milho, por exemplo) 
Tem baixo teor de fibra e o teor de proteína bruta é abaixo de 20%. 
E existem alimentos concentrados proteicos 
O teor de proteína é acima de 20%. A energia disponibilizada para os animais vem boa parte da 
proteína. 
Podem ser de origem animal (farinha de carne, sangue, vísceras) ou vegetal (soja, algodão, 
girassol) 
Concentrados Energéticos 
 Milho 
O milho para alimentação animal é diferente do milho para fazer pipoca. O de pipoca é 
específico para isso que é mais redondo e pequeno. O milho para produção tem o grão 
grande. Uma dieta de uma vaca de alta produção de leite que recebe milho terá baixa 
fibra. 
Toda dieta rica em milho será pobre em Lisina (aa essencial para o equino). 
o Relação Cálcio/Fósforo 
Na dieta dos animais sempre deve ter mais Ca do que fósforo porque a 
proteína transportadora de minerais tem preferência por cálcio. Para não 
correr interferência no transporte desses minerais, a relação Ca fósforo deve 
estar balanceada, ou seja, sempre mais cálcio do que fósforo. Todos os grãos 
terão a relação Ca/P invertida. Muito mais fósforo do que cálcio. Então como 
as rações concentradas são feitas basicamente de grãos, elas também 
apresentam a relação Ca/P invertida e por isso é importante dar 
suplementação de Sal mineral para os animais. 
 
o Fósforo 
Apesar da maior concentração de fósforo nos grãos, 2/3 do fósforo estarão 
indisponíveis para absorção no intestino delgado de animais monogástricos 
porque o fósforo nos grãos está na sua maior proporção associado ao ácido 
fítico (ou fitato) que é um composto insolúvel no processo de digestão de 
monogástricos e portanto não é absorvido. Isso não é um problema para 
ruminantes. O fósforo que está associado ao ácido fítico em ruminantes não é 
problema pois as bactérias do rumen produzem enzimas fitases que liberam o 
fósforo para absorção. 
O fósforo é um mineral que contamina o solo e, além disso, é caro. 
Na nutrição de aves e suínos são adicionadas enzimas para tentar 
disponibilizar o fósforo que fica preso no ácido fítico. É mais fácil depois fazer 
uma suplementação de Ca para equilibrar o balanço Ca/P pois o Ca é mais 
barato. 
 Aveia 
 Sorgo 
 Farelo de Trigo

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