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Ementário de Jurisprudência

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Ementário
de
Jurisprudência
ISSN 0104-6748
Tribunal de Justiça
do Distrito Federal
e dos Territórios
48Nov./2005Fev./2006
ISSN 0104-6748
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS
Ementário de Jurisprudência
Ano 13 Número 48 Nov. 2005/Fev. 2006
COMISSÃO ORGANIZADORA
Presidente
Des. Estevam Carlos Lima Maia
Secretário de Jurisprudência e Biblioteca
Bruno Elias de Queiroga
Subsecretária de Doutrina e Jurisprudência
Juliana Lemos Zarro
Supervisor
Rafael Arcanjo Reis
Pede-se permuta On demande de l’échange
We ask for exchange Man bitte um austrausch
Piedese canje Si richiere lo scamboio
Redação
Palácio da Justiça - Praça Municipal
Subsecretaria de Doutrina e Jurisprudência - Anexo I, sala 601
Brasília, DF
CEP: 70094-900
Telefones: (061) 3224-1796 e 3322-0927
Fax: (061) 3322-7025
Ementário de Jurisprudência/Tribunal de Justiça do
 Distrito Federal e dos Territórios. - vol. 1, nº 1
 (1994) - Brasília: O Tribunal, 1994.
Trimestral
ISSN 0104-6748
1. Direito - Periódicos. 2. Direito - Jurisprudência.I.
Brasil. Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos
Territórios.
 CDD 340.05
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL
E DOS TERRITÓRIOS
Des. José Jeronymo Bezerra de Souza - Presidente
Des. Estevam Carlos Lima Maia - Vice-Presidente
Des. Eduardo Alberto de Moraes Oliveira - Corregedor
Dr. José Jézer de Oliveira - Secretário-Geral
CÂMARA CRIMINAL
Des. Lecir Manoel da Luz - Presidente
Des. Vaz de Mello
Des. Getulio Pinheiro
Desa. Aparecida Fernandes
Des. Edson Alfredo Smaniotto
Des. Romão C. de Oliveira
Des. Sérgio Bittencourt
Des. Mario Machado
PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL
Desa. Sandra De Santis - Presidente
Des. Hermenegildo Gonçalves
Des. Natanael Caetano
Des. Nívio Gonçalves
Des. Otávio Augusto
Desa. Ana Maria Duarte Amarante
Des. Jair Soares
Des. Flavio Rostirola
SEGUNDA CÂMARA CÍVEL
Desa. Carmelita Brasil - Presidente
Des. Getúlio Moraes Oliveira
Des. João Mariosi
Des. Waldir Leôncio Júnior
Des. Humberto Adjuto Ulhôa
Des. Cruz Macedo
Des. J. J. Costa Carvalho
Desa. Vera Andrighi
TERCEIRA CÂMARA CÍVEL
Des. Asdrubal Nascimento Lima - Presidente
Des. Vasquez Cruxên
Des. Lécio Resende
Des. Dácio Vieira
Des. Romeu Gonzaga Neiva
Desa. Haydevalda Sampaio
Des. Mário-Zam Belmiro
Desa. Nídia Corrêa Lima
PRIMEIRA TURMA CRIMINAL
Des. Mario Machado - Presidente
Des. Edson Alfredo Smaniotto
Des. Lecir Manoel da Luz
Des. Sérgio Bittencourt
SEGUNDA TURMA CRIMINAL
Desa. Aparecida Fernandes - Presidente
Des. Vaz de Mello
Des. Getulio Pinheiro
Des. Romão C. de Oliveira
PRIMEIRA TURMA CÍVEL
Des. Nívio Gonçalves - Presidente
Des. Hermenegildo Gonçalves
Des. Natanael Caetano
Des. Flavio Rostirola
SEGUNDA TURMA CÍVEL
Des. J. J. Costa Carvalho - Presidente
Des. João Mariosi
Desa. Carmelita Brasil
Des. Waldir Leôncio Júnior
TERCEIRA TURMA CÍVEL
Des. Mário-Zam Belmiro - Presidente
Des. Vasquez Cruxên
Des. Lécio Resende
Desa. Nídia Corrêa Lima
QUARTA TURMA CÍVEL
Desa. Vera Andrighi - Presidente
Des. Cruz Macedo
Des. Humberto Adjuto Ulhôa
Des. Getúlio Moraes Oliveira
QUINTA TURMA CÍVEL
Desa. Haydevalda Sampaio - Presidente
Des. Dácio Vieira
Des. Romeu Gonzaga Neiva
Des. Asdrubal Nascimento Lima
SEXTA TURMA CÍVEL
Des. Jair Soares - Presidente
Desa. Sandra De Santis
Desa. Ana Maria Duarte Amarante Brito
Des. Otávio Augusto
COMPOSIÇÃO DO CONSELHO ESPECIAL
Des. Hermenegildo Fernandes Gonçalves
Des. Natanael Caetano Fernandes
Des. José Jeronymo Bezerra de Souza - Presidente
Des. Asdrúbal Zola Vasquez Cruxên
Des. Lécio Resende da Silva
Des. Nívio Geraldo Gonçalves
Des. Paulo Guilherme Vaz de Mello
Des. Otávio Augusto Barbosa
Des. Getúlio Vargas de Moraes Oliveira
Des. João de Assis Mariosi
Des. Estevam Carlos Lima Maia - Vice-Presidente
Des. Eduardo Alberto de Moraes Oliveira - Corregedor
Des. Romão Cícero de Oliveira
Des. Dácio Vieira
Des. Getulio Pinheiro de Souza
Desa. Maria Aparecida Fernandes da Silva
Des. Edson Alfredo Martins Smaniotto
COMPOSIÇÃO DO PLENÁRIO ADMINISTRATIVO
Des. Hermenegildo Fernandes Gonçalves
Des. Natanael Caetano Fernandes
Des. José Jeronymo Bezerra de Souza - Presidente
Des. Asdrúbal Zola Vasquez Cruxên
Des. Lécio Resende da Silva
Des. Nívio Geraldo Gonçalves
Des. Paulo Guilherme Vaz de Mello
Des. Otávio Augusto Barbosa
Des. Getúlio Vargas de Moraes Oliveira
Des. João de Assis Mariosi
Des. Estevam Carlos Lima Maia - Vice-Presidente
Des. Eduardo Alberto de Moraes Oliveira - Corregedor
Des. Romão Cícero de Oliveira
Des. Dácio Vieira
Des. Getulio Pinheiro de Souza
Desa. Maria Aparecida Fernandes da Silva
Des. Edson Alfredo Martins Smaniotto
Des. Mario Machado Vieira Netto
Des. Sérgio Bittencourt
Des. Lecir Manoel da Luz
Des. Romeu Gonzaga Neiva
Des. Asdrubal Nascimento Lima
Desa. Haydevalda Aparecida Sampaio
Desa. Carmelita Indiano Americano do Brasil Dias
Des. José Cruz Macedo
Des. Waldir Leôncio Júnior
Des. Humberto Adjuto Ulhôa
Des. José Jacinto Costa Carvalho
Desa. Sandra De Santis Mendes de Farias Mello
Desa. Ana Maria Duarte Amarante Brito
Des. Jair Oliveira Soares
Desa. Vera Lúcia Andrighi
Des. Mário-Zam Belmiro Rosa
Des. Flavio Renato Jaquet Rostirola
Desa. Nídia Corrêa Lima
SUMÁRIO
JURISPRUDÊNCIA ............................................. 13
01. Direito Administrativo ................................... 15
02. Direito Civil ................................................. 71
03. Direito Comercial ...................................... 133
04. Direito Constitucional ................................. 139
05. Direito Penal............................................. 155
06. Direito Previdenciário ................................. 179
07. Direito Processual Civil ............................... 187
08. Direito Processual Penal . .......................... 269
09. Direito Tributário . ..................................... 299
ÍNDICES
Alfabético . ............................................................ 319
Numérico de Acórdãos . ......................................... 431
JURISPRUDÊNCIA
01. Direito Administrativo
Direito Administrativo
17
1. ADMINISTRATIVO - AGENTES PENITENCIÁRIOS - APROVAÇÃO
EM OUTRO CONCURSO - AFASTAMENTO PARA FREQUENTAR
CURSO DE FORMAÇÃO, POSSIBILIDADE - LEI Nº 4.878/65,
APLICABILIDADE
(Reg. Ac. 235.338). Relator: Des. Romão C. Oliveira. Impetrantes: Flávio
Maurício Chaves Eguchi, Cláudio Adolfo Lopes Mineiro, Moisés Fabiano
Candido, Marcelo Freitas de Aragão, Erick Ferreira Blatt e Alfredo Carlos
Carneiro de Araújo (Advs. Dr. Valério Alvarenga Monteiro de Castro e outros).
Informante: Secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social
do Distrito Federal.
Decisão: Conceder a segurança, à unanimidade.
Constitucional e Administrativo. Mandado de segurança. Agentes
penitenciários do quadro da polícia civil do Distrito Federal. Afastamento
para freqüentar curso de formação, em decorrência de aprovação em
concurso público. Segurança concedida. A recepção da legislação federal
pela Lei nº 197/91 compreende a Lei nº 8.112/90 e suas alterações
vigentes ao tempo da edição da lei local, de sorte que a Lei nº 9.527/97
não se aplica aos servidores distritais em razão da autonomia político-
administrativa conferida ao Distrito Federal. Aos agentes penitenciários
do quadro da polícia civil do Distrito Federal aplica-se a Lei nº 4.878/65 e
as disposições da legislação relativa aos servidores civis da União que
com ela não colidam. O art.2º do Decreto-Lei nº 2.179/84, ao regulamentar
o art. 8º da Lei nº 4.878/65, assegura aos servidores públicos o direito
de optar pela retribuição do cargo ou emprego efetivo de que sejam titulares.
Logo, a autorização para o afastamento de candidato convocado para
participar do aludido curso de formação não se traduz em faculdade da
administração. O agente penitenciário do quadro da policia civil do Distrito
Federal tem direito líquido e certo de afastar-se de suas funções para
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
18
freqüentar o curso de formação para o provimento de cargos integrantes
do grupo-polícia federal (precedentes). Segurança concedida, ressalvado
o entendimento do Relator.
(MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2005 00 2 006521-6; C. ESPECIAL; PUBL.
EM 02/02/06; DJ 3, PÁG. 82).
2. ADMINISTRATIVO - APOSENTADORIA - INVALIDEZ PERMANENTE
- ISENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA, CABIMENTO - LEI Nº
8.112/90, ART 186, §1º
(Reg. Ac. 229.449). Relator: Des. Asdrubal Nascimento Lima. Apelante:
Renan de Oliveira Duarte (Advs. Dr. Pedro Aurélio Rosa de Farias e outros).
Apelado: Distrito Federal (Adva. Dra. Isabel Paes de Andrade Banhos -
Procuradora do DF).
Decisão: Conhecer. Dar provimento. Unânime.
Ação de Cumprimento de Obrigação de Fazer. Aposentadoria.
Neoplasia Maligna. Possibilidade. Invalidez permanente. Inteligência
do § 1º do ar tigo 186 da Lei nº 8.112/90. Isenção de pagamento
do imposto de renda. Cabimento, pois beneficio aplicável em casos
de aposentadoria.
(APELAÇÃO CÍVEL Nº 2003 01 1 091822-5; 5ª T. CÍVEL; PUBL. EM 17/
11/05; DJ 3, PÁG. 98).
3. ADMINISTRATIVO - APOSENTADORIA - REENQUADRAMENTO,
IMPROCEDÊNCIA - DIREITO ADQUIRIDO AO REGIME JURÍDICO,
IMPOSSIBILIDADE - LEI LOCAL Nº 3.318/04, LIMITES
(Reg. Ac. 233.499). Relator: Des. Otávio Augusto. Apelante: Maria
Graciete Alves Cavalcante (Advs. Dr. Roberto Gomes Ferreira, Dr. Júlio
César Borges de Resende e Dr. Ulisses Borges de Resende). Apelado:
Distrito Federal.
Decisão: Improver o recurso por maioria.
Direito Administrativo
19
Direito Administrativo. Aposentadoria. Enquadramento em novo plano de
carreira. Impossibilidade. Incompatibilidade com o sistema de direitos
adquiridos. Conforme pacífica jurisprudência, não há que se falar em direito
adquirido ao regime jurídico. Assim, o fato de a Lei Local nº 3.318/2004
ter reajustado as remunerações da carreira a que pertence a apelante não
lhe confere direito adquirido ao reenquadramento em último nível de
referência só pelo fato de ter se aposentado em final de carreira. Recurso
improvido. Maioria.
(APELAÇÃO CÍVEL Nº 2005 01 1 012174-0; 6ª T. CÍVEL; PUBL. EM 15/
12/05; DJ 3, PÁG. 122).
4. ADMINISTRATIVO - APOSENTADORIA POR INVALIDEZ -
PROVENTOS INTEGRAIS, POSSIBILIDADE - DOENÇA GRAVE
NÃO ELENCADA EM LEI, IRRELEVÂNCIA
(Reg. Ac. 231.043). Relator: Des. Benito Augusto Tiezzi. Apelante: Wilmar
dos Santos Gautério Junior (Advs. Dr. Baruc Vieira Rocha da Silva e Dra.
Luciana Rodrigues Martins). Apelado: Distrito Federal (Adv. Dr. Rogério
Marinho Leite Chaves - Procurador do DF).
Decisão: Conhecer. Dar provimento ao recurso. Unânime.
Administrativo. Mandado de segurança. Aposentadoria por invalidez com
proventos integrais. Doença grave não elencada em lei. Possibilidade.
Recurso conhecido e provido. Sentença reformada. 1. Se a prova
documental e a perícia médica comprovam que o apelante está
acometido de doença grave e de cura improvável - além de ser inviável
sua readaptação a outra atividade - deve ser reconhecida a sua invalidez
permanente para o ser viço público, com direito à percepção dos
proventos integrais de seu cargo, independentemente de estar listada
em lei, segundo a melhor e mais justa exegese das normas legais
pertinentes (ar t. 40, § 1º, inciso I, da Constituição Federal e ar t. 186,
inciso I, da Lei nº 8.112/90) e o fim social a que se destinam. 2.
Recurso de apelação conhecido e provido, para o fim de reformar a r.
sentença vergastada.
(APELAÇÃO CÍVEL Nº 2003 01 1 072706-5; 3ª T. CÍVEL; PUBL. EM 29/
11/05; DJ 3, PÁG. 421).
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
20
5. ADMINISTRATIVO - ATO DO COMANDANTE- GERAL DA POLÍCIA
MILITAR - DECISÃO DO TCDF, OBEDIÊNCIA - PLANOS
ECONÔMICOS - REAJUSTE SALARIAL, SUPRESSÃO
(Reg. Ac. 234.829). Relator: Des. Roberval Casemiro Belinati. Apelantes:
Claudino Pereira dos Santos, Claudionor Neres Pereira, Claudio Queiroz
de Oliveira, Clemente Gonçalves dos Santos, Deocleciano Alves de Castro,
Divino Rufino de Araújo, Douglas Magdaleno, David Fernando de Souza e
Delci Pereira de Morais (Advs. Dr. Raul Canal e outros). Apelado: Distrito
Federal (Adv. Dr. Sebastião do Espírito Santo Neto - Procurador do DF).
Decisão: Conhecer. Dar provimento, nos moldes do voto do Relator.
Unânime.
Mandado de segurança impetrado contra ato do Comandante-Geral da
Polícia Militar do Distrito Federal que, em obediência à decisão do Tribunal
de Contas do Distrito Federal, determinou a supressão do pagamento
do reajuste salarial fixado com base nos planos econômicos Bresser,
Verão e Collor. Ilegitimidade passiva ad causam afastada. Sentença
cassada. 1. O Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal
tem legitimidade passiva ad causam para responder ao mandado de
segurança impetrado por policiais militares contra o ato administrativo
que determinou o cumprimento de decisão emanada do Tribunal de Contas
do Distrito Federal, suprimindo o reajuste salarial concedido aos
servidores por decisão judicial transitada em julgado. Tem legitimidade
passiva porque foi quem praticou concretamente o ato administrativo
lesivo ao direito líquido e certo invocado pelos impetrantes. 2. Recurso
conhecido e provido para cassar a r. Sentença que declarou a ilegitimidade
passiva ad causam do Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito
Federal. Determinado o retorno dos autos à instância a quo para apreciar
o mérito do pedido.
(APELAÇÃO CÍVEL Nº 2001 01 1 026855-3; 5ª T. CÍVEL; PUBL. EM 02/
02/06; DJ 3, PÁG. 105).
6. ADMINISTRATIVO - AUXÍLIO-ACIDENTE - TERMO INICIAL,
FIXAÇÃO - CARÁTER VITALÍCIO, RETIRADA - CUMULAÇÃO
COM APOSENTADORIA, IMPOSSIBILIDADE
Direito Administrativo
21
(Reg. Ac. 231.109). Relator: Des. Roberval Casemiro Belinati. Apelantes:
Adenilda Alexandre Silva (Advs. Dr. Luís Antônio Castagna Maia e outros)
e INSS - Instituto Nacional do Seguro Social (Adv. Dr. Rogério Borges de
Souza - Procurador do DF). Apelados: Os mesmos.
Decisão: Conhecer. Rejeitar a preliminar. Dar parcial provimento aos recursos
voluntário e oficial. Não se conhecer do recurso do segundo apelante.
Unânime.
Ação Acidentária. Auxílio-acidente. Termo inicial da concessão do benefício.
Inacumulabilidade com aposentadoria. Constitucionalidade da Lei nº 9.528/
97. Limite do benefício. Juros de mora. 1. O benefício auxílio-acidente é
devido em razão da consolidação da redução da capacidade para o trabalho.
Se esta consolidação é constatada administrativamente, após submissão
da trabalhadora ao programa de reabilitação profissional, o benefício deve
ser pago a partir da cessação do pagamento do auxílio-doença, a teor do
que determina o §2º do art. 86 da Lei nº 8.213/91. 2. Segundo o princípio
tempus regit actum, o benefício é regido pela lei vigente ao tempo do
infortúnio. Se o termo inicial da concessão do benefício auxílio-acidente é
a partir de 05.06.2000, não pode o benefício ser pago em caráter vitalício,
face à alteração imposta ao art. 86 da Lei nº 8.213/91 pela Lei nº 9.528,
de 10.12.1997, que impede a acumulação do benefício com
aposentadoria. 3. Não se verifica vício de inconstitucionalidade na Lei nº
9.528/97, que não excluiu o benefício auxílio-acidente,apenas alterou a
sua forma de pagamento, retirando o caráter vitalício do benefício. 4. A
determinação constante do §2º do art. 201 da Constituição Federal
(“nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou rendimento
do trabalho do segurado terá o valor mensal inferior ao salário mínimo”)
refere-se aos benefícios que substituem o salário de contribuição. Não é
o caso do benefício auxílio-acidente, que não substitui o salário de
contribuição e tem natureza jurídica indiscutivelmente indenizatória, em
razão da redução da capacidade laborativa. 5. O Colendo Superior Tribunal
de Justiça firmou entendimento de que nas ações previdenciárias o
percentual de juros de mora deve ser de 1% (um por cento) ao mês, ou
seja, 12% (doze por cento) ao ano. 6. Recurso do INSS não conhecido, por
ser intempestivo. Recurso da autora conhecido e parcialmente provido
para fixar os juros de mora em 1% (um por cento) ao mês. Remessa
oficial recebida e parcialmente provida para determinar que o termo inicial
do auxílio-acidente seja o dia seguinte à cessação do auxílio-doença
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
22
acidentário, percebido durante o período em que a apelante ficou afastada
para realização do programa de reabilitação profissional, ou seja,
05.06.2000, até que lhe sobrevenha qualquer aposentadoria.
(APELAÇÃO CÍVEL Nº 2000 01 1 076932-8; 5ª T. CÍVEL; PUBL. EM 15/
12/05; DJ 3, PÁG. 111).
7. ADMINISTRATIVO - AVERBAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO -
ATIVIDADE RURAL - DECLARAÇÃO DO SINDICATO
DOS TRABALHADORES RURAIS - HOMOLOGAÇÃO,
IMPRESCINDIBILIDADE
(Reg. Ac. 232.068). Relatora: Desa. Haydevalda Sampaio. Apelante: Distrito
Federal (Adv. Dr. Marcello Alencar de Araújo - Procurador do DF). Apelado:
Francisco Alves de Souza (Advs. Dr. Mozart Gouveia Belo da Silva e outros).
Decisão: Conhecer. Dar provimento aos recursos voluntário e oficial, nos
moldes do voto da Relatora. Unânime.
Averbação de Tempo de Serviço. Atividade rurícula. Declaração do sindicato
dos trabalhadores rurais sem homologação. Prova insuficiente. I - A declaração
fornecida pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais pode ser reconhecida
como início de prova material, para fins previdenciários, desde que
devidamente homologada pelo Instituto Nacional de Seguro Social - INSS
ou pelo Ministério Público. Precedentes. II - A declaração não homologada,
não se presta para comprovar o exercício da atividade rural, porquanto ausente
requisito indispensável previsto na lei de regência. III - Recurso voluntário e
remessa oficial conhecidos e providos. Decisão unânime.
(APELAÇÃO CÍVEL Nº 2004 01 1 050070-2; 5ª T. CÍVEL; PUBL. EM 15/
12/05; DJ 3, PÁG. 117).
8. ADMINISTRATIVO - AÇÃO CIVIL PÚBLICA - INVASÃO DE ÁREAS
PÚBLICAS - OBRAS IRREGULARES, DEMOLIÇÃO
(Reg. Ac. 228.536). Relator: Des. Nívio Gonçalves. Apelante: Distrito Federal
Direito Administrativo
23
(Adv. Dr. Cláudio Fernando Eira de Aquino - Procurador do DF). Apelados:
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, Instituto Brasiliense de
Odontologia - Ltda, Atelier Molduras Brasília Ltda, Ftd Flores e Decorações
Ltda, Gênnova Produtos Alimentícios Ltda (Advs. Dr. Raul Canal e outros),
Clésio Moreira dos Reis - Me (Adv. Dr. Wagner José Coltro) , Mundo Mágico
Ltda (Adva. Dra. Marta Maria Brenner Mueller), Helenos Ltda, Casa dos
Secadores Ltda, Salão de Beleza Bazar Prefil Ltda, Armazem do Sabor Bar
e Lanchonete, Panificadora Oficina do Pão Ltda e Cláudio Fernando Eira de
Aquino.
Decisão: Dar provimento. Unânime.
Ação Civil Pública. Invasão de áreas públicas. Demolição e indenização
por danos causados ao patrimônio público, cultural, estético e paisagístico,
arquitetônico e social do Distrito Federal. Multa em caso de não
cumprimento no prazo estipulado. Apelação e remessa de ofício providas.
I - Improcede a condenação do Distrito Federal na obrigação de fazer
consistente na demolição das obras irregulares eis que o pedido não foi
direcionado a este ente federativo, e sim individualmente a cada particular
que invadiu as áreas públicas, não podendo ser condenado a desfazer
obra que não erigiu. II - Improcede, também, sua condenação na indenização
pelos danos causados ao patrimônio público, cultural, estético e
paisagístico, arquitetônico e social do Distrito Federal uma vez que não
comprovada sua omissão na fiscalização das áreas públicas, não se
podendo o Poder Público erigir a condição de segurador universal das
condutas dos particulares, lesivas à coletividade, devendo-se provar sua
culpa ou dolo no evento, pois que não se trata de responsabilidade objetiva
(precedentes deste Tribunal). III - Recurso voluntário e remessa necessária
conhecidos e providos.
(APELAÇÃO CÍVEL Nº 2005 01 5 005104-9; 1ª T. CÍVEL; PUBL. EM 08/
11/05; DJ 3, PÁG. 105).
9. ADMINISTRATIVO - BOMBEIRO MILITAR APOSENTADO - DIÁRIA
DE ASILO, SUBSTITUIÇÃO - VENCIMENTOS, IRREDUTIBILIDADE
(Reg. Ac. 232.274). Relatora: Desa. Nidia Correa Lima. Agravantes:
Raimundo Benedito Souto Daltro, Nelson Cotrim Rodrigues, José Costa,
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
24
Joel Gonçalves Marques, Pedro Paulo dos Santos, Vicente Martins de
Jesus, Jorge Augusto Braga, Oliveira Thimotheo, Leandro Reis e Antônio
Manoel do Nascimento (Advs. Dr. João Batista de Sousa e outros).
Agravado: Distrito Federal (Adv. Dr. Nelson Luiz de Miranda Ramos -
Procurador do DF).
Decisão: Conhecer e dar provimento ao recurso, à unanimidade.
Administrativo. Bombeiro militar aposentado. Diária de asilo. Lei n.
10.486/02. Vantagem pessoal nominalmente identificada. Redução
dos vencimentos. 1. É pacífico nesta egrégia Corte o entendimento de
que não há direito adquirido quanto ao regime remuneratório, podendo
a Administração Pública modificá-lo em virtude de sua discricionariedade.
No entanto, há que ser respeitado o princípio da irredutibilidade de
vencimentos esculpido no ar tigo 37, inciso XV, da Carta Magna. 2.
Com o advento da Lei n.º 10.486/02, que dispõe sobre a remuneração
dos militares do Distrito Federal, a diária de asilo foi substituída pela
vantagem pessoal nominalmente identificada - VPNI. 3. Sobre essa
nova vantagem, no entanto, passaram a incidir todos os descontos
sobre imposto de renda, pensão militar e pensão alimentícia, o que
não ocorria anteriormente, já que a diária de asilado previa a isenção
de desconto de qualquer natureza, ferindo, pois, o princípio da
irredutibilidade de vencimentos. 4. Agravo conhecido e provido.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 2005 00 2 008791-6; 3ª T. CÍVEL; PUBL.
EM 15/12/05; DJ 3, PÁG. 85).
10. ADMINISTRATIVO - CARGO PÚBLICO - CUMULAÇÃO COM
EMPREGO, POSSIBILIDADE - EMPREGO DE NATUREZA TÉCNICA,
COMPROVAÇÃO - INCOMPATIBILIDADE DE HORÁRIO,
INOCORRÊNCIA
(Reg. Ac. 229.571). Relator: Des. Estevam Maia. Apelante: Fundação
Educacional do Distrito Federal (Advs. Dr. Zélio Maia da Rocha e Dra.
Gisele de Britto e outros). Apelado: Cleber Rogers Rocha (Advs. Dr. Roberto
Gomes Ferreira e outros).
Decisão: Conhecer o recurso. No mérito, negar provimento. Unânime.
Direito Administrativo
25
Constitucional. Administrativo. Cumulação de cargo público com
emprego. Possibilidade. Improvimento do recurso e da remessa.
1. Evidenciado que o emprego é de natureza técnica e que não há
incompatibilidade de horário, lícita revela-se sua cumulação com
o cargo de professor. 2. Apelo e remessa oficial improvidos.
Unânime.
(APELAÇÃO CÍVEL Nº 2000 01 1 025274-7; 4ª T. CÍVEL; PUBL. EM
08/11/05; DJ 3, PÁG. 139).
11. ADMINISTRATIVO - CARGO PÚBLICO - READAPTAÇÃO,
IMPOSSIBILIDADE - INSPEÇÃO MÉDICA, NECESSIDADE
(Reg. Ac. 235.390). Relatora: Desa. Ana Maria Duar te Amarante.
Agravante: Leizzy de Oliveira Leite (Adv.Dr. Victor Mendonça Neiva).
Agravado: Distrito Federal.
Decisão: Conhecer. Negar provimento. Unânime.
Administrativo. Agravo de instrumento. Antecipação de tutela.
Readaptação funcional. Ausência de prova inequívoca. Pedido
alternativo de se manter em licença para tratamento de saúde
até o julgamento final da lide. Impossibilidade. Necessidade de
inspeção médica por junta médica oficial. Se os argumentos
expendidos pelo agravante, desacompanhados de provas
robustas, não são aptos a derrubar a presunção juris tantum de
legitimidade que milita em favor dos atos administrativos, mostra-
se ausente a prova inequívoca, requisito indispensável à
antecipação da tutela. A readaptação em cargo público há que
ser efetivada naquele com atribuições afins, respeitada a
habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de
vencimentos. A licença médica para tratamento de saúde, superior
a 30 dias, somente pode ser concedida após realização de
inspeção por junta médica oficial, nos termos do ar t. 203, da Lei
nº 8.112/90. Agravo não provido.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 2005 00 2 009750-5; 6ª T. CÍVEL;
PUBL. EM 26/01/06; DJ 3, PÁG. 66).
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
26
12. ADMINISTRATIVO - CARTA DE HABITE-SE, EXPEDIÇÃO - PRAZO,
EXTRAPOLAÇÃO - DEMORA DA ADMINISTRAÇÃO,
CONFIGURAÇÃO - CONTRIBUINTE DILIGENTE
(Reg. Ac. 234.787). Relator: Des. Hermenegildo Gonçalves. Agravante:
Distrito Federal (Adva. Dra. Sandra Cristina de Almeida T. Fonseca -
Procuradora do DF). Agravado: Mário Sérgio da Silva Mar tins (Advs.
Dr. Wilson Rober to Theodoro, Dr. Wilson Rober to Theodoro Filho e
outros).
Decisão: Negar provimento. Unânime.
Administrativo. Carta de habite-se. Imóvel vistoriado. Redução de alíquota
de IPTU. Demora da administração. Agravo improvido. I - A administração
procedeu vistoria in loco no imóvel para fins de expedição do documento
requerido, considerando, entre os vários itens do laudo de inspeção e
vistoria, que a obra foi concluída de acordo com o projeto aprovado; o
projeto estrutural está anexado ao processo; a edificação está em
condições de receber a carta de habite-se. II - Não se mostra plausível
que a demora no processamento administrativo venha prejudicar o
proprietário que busca regularizar seu imóvel para o fim especial de ver
reduzida a alíquota do IPTU, nos termos da lei. III - A carta de habite-se é
uma providência meramente administrativa, não devendo extrapolar um
prazo razoável para sua expedição, especialmente quando o contribuinte
se mostra diligente na apresentação dos documentos exigidos pela
administração e esta, por sua vez, confirma a regularidade do imóvel para
receber a carta de habite-se, como no caso dos autos. IV - Recurso
improvido.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 2005 00 2 003508-3; 1ª T. CÍVEL; PUBL.
EM 24/01/06; DJ 3, PÁG. 84).
13. ADMINISTRATIVO - CASA DE DIVERSÃO NOTURNA - MENORES
DESACOMPANHADOS - ARTS. 252 E 258 DO ECA,
INOBSERVÂNCIA - APLICAÇÃO DE MULTAS, CRITÉRIOS
(Reg. Ac. 232.315). Relator: Des. Jair Soares. Apelante: MPDFT. Apelados:
D. E. D. B. R. L. (Adv. Dr. André Walter Queiroz Galvão) e M. L.
Direito Administrativo
27
Decisão: Conhecer, prover, unânime.
ECA. Infrações administrativas. Arts. 252 e 258: condutas diversas. A
empresa que deixa de afixar, no local de exibição, informação sobre a
natureza da diversão ou do espetáculo, bem como não observa o que
dispõe o ECA sobre o acesso de crianças e adolescentes ao local de
diversão, porque distintas as condutas, previstas como infrações
administrativas diversas (ECA, arts. 252 e 258), sujeita-se a duas multas.
Apelação provida.
(APELAÇÃO DA VARA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE Nº 1999 01 3 002789-
9; 6ª T. CÍVEL; PUBL. EM 13/12/05; DJ 3, PÁG. 82).
14. ADMINISTRATIVO - CEB - ENERGIA ELÉTRICA - SUSPENSÃO
POR FALTA DE PAGAMENTO, LEGALIDADE
(Reg. Ac. 234.878). Relator: Des. João Mariosi. Apelante: Fernando
César Silva (Adv. Dr. Mourival Monteiro Costa). Apelado: CEB -
Companhia Energética de Brasília (Adv. Dr. Anderson Fonseca
Machado).
Decisão: Negar provimento. Unânime.
Administrativo. Energia elétrica. CEB. Suspensão no fornecimento
por falta de pagamento. Legalidade. Manutenção da sentença. 1 -
Não obstante se trate de um ser viço essencial à população, cuja
interrupção caracteriza ofensa ao princípio da continuidade do
ser viço público, in casu, o apelante obteve liminar, para que o
ser viço viesse a ser prestado de forma regular, mediante
pagamento mensal e sucessivo, mas nem assim efetuou o depósito
judicial das parcelas devidas. 2 - Não se ignora que o ser viço em
questão é essencial, mas não pode ser fornecido sem a contra-
prestação respectiva, sob pena de consagrar enriquecimento sem
causa do administrado em detrimento da administração. 3 - Negou-
se provimento ao recurso.
(APELAÇÃO CÍVEL Nº 2001 01 1 056060-9; 2ª T. CÍVEL; PUBL. EM 09/
02/06; DJ 3, PÁG. 91).
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
28
15. ADMINISTRATIVO - COMÉRCIO LOCALIZADO NA ESTAÇÃO
RODOVIÁRIA - RENOVAÇÃO DE ALVARÁ, IMPOSSIBILIDADE -
ATO DO ADMINISTRADOR REGIONAL DO DF, LEGALIDADE -
DIREITO LÍQUIDO E CERTO, INEXISTÊNCIA
(Reg. Ac. 232.059). Relator: Des. Romeu Gonzaga Neiva. Apelante: Antônio
da Silva Conceição - ME (Advs. Dr. Gilberto Eifler Moraes e Dr. Nelson
Buganza Júnior). Apelados: Distrito Federal (Adva. Dra. Sandra Cristina de
Almeida T. Fonseca - Procuradora do DF) e Estefânio Moraes de Vasconcelos
- ME (Advs. Dr. Gilberto Eifler Moraes e Dr. Nelson Buganza Júnior).
Decisão: Negar provimento. Unânime.
Mandado de Segurança. Ato do administrador regional do DF. Declaração
de nulidade de termos de compromisso, autorizações e declarações dos
permissionários da rodoviária. Legalidade. 01. “Autorização é o ato
administrativo discricionário e precário pelo qual o Poder Público torna possível
ao pretendente a realização de certa atividade, serviço ou utilização de
bens particulares ou públicos, de seu exclusivo ou predominante interesse,
que a lei condiciona à aquiescência prévia da administração, tais como o
uso especial de bem público, o porte de arma, o trânsito por determinados
locais etc”. (Hely Lopes Meirelles in Direito Administrativo Brasileiro). 02.
“Não há qualquer garantia do particular autorizado à renovação compulsória
de seu alvará, ou, como pretendem as recorrentes, à manutenção de suas
atividades mesmo uma vez revogado o dito ato administrativo autorizativo
do uso do bem público.” (Hely Lopes Meirelles in Direito Administrativo
Brasileiro). 03. Revogado, portanto, o ato precário, dentro dos limites
permitidos à discricionariedade administrativa, não há como se entender
ilegal a atuação do Fiscal de Postura. 04. Apelação desprovida. Unânime.
(APELAÇÃO CÍVEL Nº 2003 01 1 057409-6; 5ª T. CÍVEL; PUBL. EM 15/
12/05; DJ 3, PÁG. 114).
16. ADMINISTRATIVO - CONCURSO PÚBLICO - RESIDÊNCIA MÉDICA
- AUXÍLIO-MORADIA
(Reg. Ac. 229.334). Relator: Des. Getulio Pinheiro. Impetrante: Tamara
Machado Maia (Adv. Dr. José Ricardo Lapa da Fonseca). Informante:
Secretário de Estado de Saúde do Distrito Federal.
Direito Administrativo
29
Decisão: Por unanimidade, em denegar a segurança.
Mandado de Segurança. Concurso público. Residência médica. Supressão
de auxílio-moradia. Inexistência de prova pré-constituída. Equiparação
salarial com médico padrão inicial. 1. O rito sumaríssimo do mandado de
segurança exige prova documental e pré-constituída. 2. Simples boatos,
sem nenhuma base fática, acerca da supressão do auxílio-moradia pago
a médicos residentes, são fundamentos inidôneos para amparar a
impetração de mandado de segurança para a manutenção desse benefício.
3. Asseguradopela lei o pagamento de bolsa aos médicos residentes,
correspondente a 85% do vencimento básico do médico posicionado no
padrão I da classe A, acrescidos de 112,09% pela jornada de sessenta
horas semanais, improcedente o pedido de equiparação remuneratória,
uma vez comprovado que a impetrante percebe quantia superior.
(MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2004 00 2 006774-5; C. ESPECIAL; PUBL.
EM 30/11/05; DJ 3, PÁG. 166).
17. ADMINISTRATIVO - CONCURSO PÚBLICO - AGENTE
PENITENCIÁRIO - ABERTURA DE NOVO CONCURSO, LEGALIDADE
(Reg. Ac. 229.779). Relator: Des. Hermenegildo Gonçalves. Apelante:
Laércio Sousa dos Santos (Adva. Dra. Rejane Lúcia Alves de Andrade).
Apelado: Distrito Federal (Adv. Dr. Nelson Luiz de Miranda Ramos -
Procurador do DF).
Decisão: Dar parcial provimento, nos termos do voto do Relator. Unânime.
Apelação Cível. Mandado de segurança. Administrativo e constitucional.
Concurso público. Agente penitenciário da polícia civil. Declaração de
nulidade do ato de abertura de novo certame e nomeação. Ilegitimidade
passiva ad causam do chefe de polícia civil para o pedido de nomeação.
Competência do Governador do DF. Novo concurso. Prazo de validade
vigente. Preterição de candidato. Inexistência. Pedido de justiça gratuita.
Deferimento. Recurso parcialmente provido. I - Agiu acertadamente o juízo
a quo ao extinguir o processo sem julgamento de mérito por ilegitimidade
passiva em relação ao segundo pedido - nomeação para o cargo de Agente
Penitenciário do Distrito Federal. Como é sabido quem tem competência
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
30
para nomeação no referido cargo é o Governador do Distrito Federal, nos
termos do art. 100, inciso XXVII, da Lei Orgânica do Distrito Federal. II -
Em relação ao pedido de declaração de nulidade do ato administrativo que
abriu novo certame, a r. sentença não está a merecer reparos. III - O prazo
do concurso expirou em 31 de outubro de 2004, não havendo posse de
qualquer candidato do novo certame, não há que se falar em violação de
direito líquido e certo. IV - O candidato aprovado em concurso tem, tão-
somente, expectativa de direito à efetivação no cargo almejado. V - Tendo
em vista que a gratuidade de justiça pode ser concedida a qualquer
momento no processo, o pedido merece ser provido, porque preenche os
requisitos legais para sua concessão. VI - Recurso parcialmente provido.
(APELAÇÃO CÍVEL Nº 2004 01 1 049993-7; 1ª T. CÍVEL; PUBL. EM 17/
11/05; DJ 3, PÁG. 68).
18. ADMINISTRATIVO - CONCURSO PÚBLICO - QUESTÕES DE
PROVA, DIVERGÊNCIA - MATÉRIA CONTROVERTIDA -
CONTRADITÓRIO, NECESSIDADE
(Reg. Ac. 229.856). Relator: Des. Getúlio Moraes Oliveira. Agravante:
Distrito Federal (Adv. Dr. Nelson Luiz de Miranda Ramos - Procurador do
DF). Agravado: Reuber Damasceno dos Santos (Adva. Dra. Gabriela Lucas
Queiroz).
Decisão: Dar provimento ao recurso por unanimidade.
Agravo de Instrumento. Liminar. Concurso público. Questões de prova.
Edital. Não havendo elementos suficientes para se inferir a ocorrência da
ilegalidade apontada no mandado de segurança, prudente a instalação do
contraditório para uma melhor investigação sobre a plausibilidade do direito
alegado, especialmente quando a matéria é controvertida.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 2005 00 2 004200-0; 4ª T. CÍVEL; PUBL.
EM 10/11/05; DJ 3, PÁG. 118).
19. ADMINISTRATIVO - CONCURSO PÚBLICO - EXAME
PSICOTÉCNICO - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Direito Administrativo
31
(Reg. Ac. 230.716). Relatora Designada: Desa. Vera Andrighi. Apelantes: Andréa
Calácia da Silva, Rodrigo Pinheiro de Andrade, Luciano Pinheiro Borges, Sandra
Lopes da Silva Dias, Arlete Batista da Costa, Luciano Xavier Rodrigues, Rodrigo
da Silva Onofre e Ana de Lourdes e Silva (Advs. Dr. Vanderlei Silva Perez e Dr.
Valter Bruno de Oliveira Gonzaga). Apelado: Distrito Federal (Adv. Dr. Luiz Eduardo
Sá Roriz - Procurador do DF).
Decisão: Conhecer, unânime. Negar provimento, maioria, vencido o Relator.
Redigirá o Acórdão a Revisora.
Exame Psicotécnico. Subjetividade. Conhecimento da fundamentação do
resultado. Arbitrariedade. Vedação. Parâmetros científicos objetivos. Critérios
de avaliação. Substituição. Banca examinadora. Mérito administrativo. Vedação.
Análise. Precedentes dos Egrégios STF e STJ. Poder Judiciário. Cumprimento
de lei e regulamentos. I - O exame psicotécnico realizado em concurso público
deve observar critérios que possam, objetivamente, recomendar ou não o
candidato permitindo o conhecimento da fundamentação do resultado e,
conseqüentemente, eventual interposição de recurso. II - A subjetividade que
induz à vedação do exame psicotécnico é aquela que torna o procedimento
suscetível de discriminação ou arbitrariedade, em face da inexistência de
parâmetros científicos objetivos, como no caso de entrevista, cujas conclusões
são exclusivas do avaliador. Precedentes do eg. STJ. III - Os critérios de avaliação
de prova, envolvendo formulação de questões, correção de provas e atribuição
de notas, fazem parte do mérito administrativo, não sendo passíveis de análise
pelo Poder Judiciário, sob pena de substituição à banca examinadora a qual
detém competência exclusiva para tanto. Precedentes dos Egrégios STF e STJ.
IV - Compete ao Poder Judiciário analisar o cumprimento da lei e dos regulamentos
que regem o concurso público. V - Apelação conhecida e improvida. Maioria.
(APELAÇÃO CÍVEL Nº 2003 01 1 118119-4; 4ª T. CÍVEL; PUBL. EM 22/11/05;
DJ 3, PÁG. 108).
20. ADMINISTRATIVO - CONCURSO PÚBLICO - RECONVOCAÇÃO DE
CANDIDATO - DIREITO LÍQUIDO E CERTO, INEXISTÊNCIA
(Reg. Ac. 230.932). Relator: Des. Vaz de Mello. Impetrante: Nadia Vassileva
Nedialkova (Adv. Dr. Humberto Lacerda Alves). Informantes: Governador do
Distrito Federal e Distrito Federal (Adv. Dr. Evaldo de Souza da Silva).
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
32
Decisão: Rejeitar as preliminares. No mérito, denegar a segurança.
Unânime.
Constitucional e Administrativo (parágrafo 1º do ar tigo 4º da Lei 1.799/
97). Concurso público. Orquestra sinfônica do Teatro Nacional Cláudio
Santoro. Preliminares. Governador do Distrito Federal. Ilegitimidade
passiva. Documentos indispensáveis à propositura do writ. Ausência.
Prescrição. Decadência. Rejeição. Mérito. Concurso público.
Preenchimento de vaga. Candidato aprovado. Prazo de validade.
Reconvocação. Direito líquido e certo. Ausência. Preliminares. Tratando-
se de ato omissivo, a demonstração de ausência de reconvocação da
impetrante pelo Excelentíssimo Senhor Governador do Distrito Federal é
suficiente para evidenciar o ato impugnado. Sendo possível a análise da
existência de direito líquido e certo a partir dos documentos apresentados
pela impetrante, não há como se falar em ausência de dados
indispensáveis à propositura do mandamus. Não tendo o ato impugnado
surgido quando da publicação da homologação do resultado final, mas,
sim, durante todo o período de validade do concurso, não há falar-se em
prescrição. Tendo a petição inicial sido impetrada antes de 120 (cento e
vinte) dias do vencimento do prazo para impetração do writ, não se pode
afirmar a existência a decadência. Mérito. A aprovação em concurso
público gera expectativa de direito quanto à nomeação e posse no cargo
e não direito líquido e certo. A alegação de um candidato ter sido
reconvocado não é capaz de determinar a reconvocação de todos os
outros, pois se trata de poder discricionário da administração. Preliminares
rejeitadas. No mérito, denegou-se a segurança. Unânime.
(MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2004 00 2 000082-7; C. ESPECIAL; PUBL.
EM 30/11/05; DJ 3, PÁG. 166).
21. ADMINISTRATIVO - CONCURSO PÚBLICO - NORMAS
EDITALÍCIAS, DESRESPEITO - LIMINAR, CONCESSÃO
(Reg.Ac. 231.021). Relator: Des. J.J. Costa Carvalho. Agravante: Distrito
Federal (Adv. Dr. Nelson Luiz de Miranda Ramos - Procurador do DF).
Agravado: Leonardo Nunes Ramalho (Adva. Dra. Gabriela Lucas Queiroz).
Decisão: Conhecer e negar provimento ao recurso. Unânime.
Direito Administrativo
33
Agravo de Instrumento. Mandado de segurança. Concurso público. Prova.
Questões sobre matérias não previstas no edital. Concessão de medida
liminar. Controle de legalidade do ato administrativo. Cabimento. 1. Não
diz respeito ao mérito administrativo, mas sim a mero controle de
legalidade, a decisão que, vislumbrando desrespeito às normas editalícia,
concede liminar para que seja atribuída ao candidato pontuação referente
a questões sobre matérias não previstas no conteúdo programático do
certame. 2. Negou-se provimento ao agravo.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 2005 00 2 003897-5; 2ª T. CÍVEL; PUBL.
EM 29/11/05; DJ 3, PÁG. 410).
22. ADMINISTRATIVO - CONCURSO PÚBLICO - EDITAL DE
CONVOCAÇÃO, IRREGULARIDADE - ATO ADMINISTRATIVO,
NULIDADE
(Reg. Ac. 233.700). Relator: Des. Mário-Zam Belmiro. Embargante: Distrito
Federal (Adv. Dr. Marcello Alencar de Araújo - Procurador do DF).
Embargado: Gleyde Santos Assis de Oliveira (Advs. Dr. Asdrúbal
Nascimento Lima Júnior e outros).
Decisão: Conhecer e negar provimento. Por maioria.
Direito Administrativo. Embargos infringentes. Concurso público. Edital
de convocação. Publicação. Ausência dos nomes dos candidatos
aprovados. Indicação apenas do número de classificação. Irregularidade.
Princípios da publicidade, finalidade e eficiência. Desprezo. Ato
administrativo. Nulidade. 1. Não pode a Administração Pública, sob pena
de vilipendiar os princípios da publicidade, finalidade e eficiência, fazer
publicar edital de convocação para concurso por ela realizado do qual
conste apenas a ordem de classificação dos candidatos classificados e
aprovados, sem, contudo, fazer qualquer menção aos respectivos nomes.
2. É de ser anulado o ato administrativo que, por não render graças aos
princípios referidos, venha a prejudicar direitos dos interessados. 3.
Recurso conhecido e desprovido. Prevalência dos votos majoritários.
(EMBARGOS INFRINGENTES CÍVEIS Nº 2002 01 1 067804-2; 3ª C. CÍVEL;
PUBL. EM 15/12/05; DJ 3, PÁG. 54).
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
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23. ADMINISTRATIVO - CONSELHO TUTELAR - CONSELHEIRO,
DESTITUIÇÃO - IDONEIDADE MORAL, IMPRESCINDIBILIDADE
- ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, ART. 133
(Reg. Ac. 235.389). Relatora: Desa. Ana Maria Duar te Amarante.
Apelante: J. A. C. S. (Dr. Defensoria Pública). Apelado: MPDFT.
Decisão: Conhecer. Negar provimento. Unânime.
Ação Civil Pública. Conselho tutelar. Conselheiro. Ausência de
idoneidade moral. Destituição da função. O ar t. 133 do Estatuto da
Criança e do Adolescente; o ar t. 8º, inciso I, da Lei Distrital nº 2.640/
00; e ainda, o ar t. 11 da Resolução nº 75 do Conselho Nacional dos
Direitos da Criança e do Adolescente - CONANDA - prevêem
expressamente que é requisito indispensável para o candidato a
conselheiro tutelar a “reconhecida idoneidade moral”. De acordo com
a Lei nº 8.069/90, o Conselho Tutelar é órgão fundamental para a
efetivação dos direitos das crianças e adolescentes. Formado por
integrantes da sociedade, os conselhos acompanham de per to os
problemas da região em que prestam serviços, detendo, mais do que
ninguém, respaldo para aconselhar as famílias, zelar pelo cumprimento
da lei de regência e encaminhar as questões infanto-juvenis às
autoridades competentes. Nesse par ticular, os conselheiros devem
ser pessoas de conduta social irrepreensível, necessitando, antes de
tudo, de grande preparo e polidez para atender às pessoas que procuram
o conselho, até porque tais pessoas buscam tratar de interesses de
suas crianças e adolescentes, e cer tamente passam por problemas
familiares. Assim, se o conselheiro não possui conduta social
compatível com o desempenho de suas funções, falta-lhe idoneidade
moral para a continuidade do exercício, devendo, por tanto, ser
destituído. Recurso conhecido e não PROVIDO.
(APELAÇÃO DA VARA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE Nº 2004 01 3
005878-0; 6ª T. CÍVEL; PUBL. EM 26/01/06; DJ 3, PÁG. 67).
24. ADMINISTRATIVO - DETRAN - LEILÃO DE VEÍCULOS - ALEGAÇÃO
DE DEFEITOS, IMPROCEDÊNCIA - PAGAMENTO DE MULTAS E
TRIBUTOS, CRITÉRIOS
Direito Administrativo
35
(Reg. Ac. 229.362). Relator: Des. Natanael Caetano. Apelante: José Eudes
Valente Brito (Advs. Dr. Ireni Braga e outros). Apelado: DETRAN - DF -
Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Adv. Dr. Ernani Teixeira de
Sousa - Procurador).
Decisão: Dar parcial provimento. Unânime.
Direito Administrativo. DETRAN. Leilão de veículo. Defeitos. Rescisão
contratual. Danos morais. Pagamento de despesas relativas a multas,
tributos e encargos legais. Valor da arrematação. Cobrança em separado.
Ilegalidade. O veículo a ser leiloado fica a disposição dos interessados
durante os 30 dias que antecedem o leilão, sendo, portanto, incabível
alegação de existência de defeitos, pois o carro é entregue no estado em
que se encontra. Nos termos do Código de Trânsito, do valor arrecadado
com a arrematação do veículo devem ser descontadas as despesas
relativas a multas, tributos e encargos legais, com a devolução do que
restar ao ex-proprietário, sob pena de enriquecimento ilícito do
Departamento de Trânsito. Deu-se parcial provimento ao recurso de
apelação.
(APELAÇÃO CÍVEL Nº 2004 01 1 104872-0; 1ª T. CÍVEL; PUBL. EM 17/
11/05; DJ 3, PÁG. 69).
25. ADMINISTRATIVO - DETRAN - COBRANÇA DE MULTA -
NOTIFICAÇÃO PARA DEFESA PRÉVIA, NECESSIDADE - VALOR
PAGO, DEVOLUÇÃO
(Reg. Ac. 233.313). Relatora: Desa. Carmelita Brasil. Apelante: Alaor Ferreira
da Silva (Advs. Dr. Kleber de Oliveira Coêlho e outros). Apelado: DETRAN/
DF - Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Adv. Dr. Ernani Teixeira
de Sousa).
Decisão: Conhecer. Dar provimento ao recurso. Unânime.
Apelação Cível. Administrativo. DETRAN/DF. Infração de trânsito. Meio
eletrônico ou não presencial. Notificação para defesa prévia. Necessidade.
Garantia constitucional à ampla defesa. Precedentes do STJ. A Lei nº
9.503/97 prevê a expedição de notificação para ciência do cometimento
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
36
da infração para, somente após, ser expedida a autuação referente à
penalidade imposta, procedimento adotado a fim de que seja
oportunizada a defesa prévia contra a sanção aplicada, em observância
à garantia constitucional do devido processo legal. Em sendo as multas
aplicadas por meio eletrônico, ou por meio em que a notificação pessoal
não seja realizada no momento da infração, considera-se ilegal o ato
de cobrança de multas quando juntamente com a notificação há a
imposição da penalidade, com a indicação do valor a ser pago, bem
assim, a data de seu vencimento. A devolução dos valores pagos pelo
autor é decorrência lógica do reconhecimento da ilegalidade do ato
administrativo, haja vista que um ato ilegal não pode permanecer
sur tindo efeitos em favor do autor do ato contrário à lei. Precedentes
do Egrégio STJ.
(APELAÇÃO CÍVEL Nº 2004 01 1 103529-6; 2ª T. CÍVEL; PUBL. EM 24/
01/06; DJ 3, PÁG. 94).
26. ADMINISTRATIVO - FECHAMENTO DE ÁREA VERDE -
AUTORIZAÇÃO, REVOGAÇÃO - ATO UNILATERAL E PRECÁRIO -
INTERESSE PÚBLICO, PREVALÊNCIA
(Reg. Ac. 231.609). Relatora: Desa. Carmelita Brasil. Apelante: Milton
Mateus Borges (Adv. em causa própria). Apelado: Distrito Federal (Adva.
Dra. Renata Andrea Carvalho de Melo Espíndola - Procuradora do DF).
Decisão: Conhecer. Negar provimento ao recurso. Unânime.
Administrativo. Mandado de segurança. Autorização defechamento de
área verde. Ato unilateral e precário. Revogação do ato. Direito líquido e
certo do administrado inexistente. Preponderância manifesta do interesse
público. Recurso improvido. A autorização de fechamento de área verde
dada pela Administração Pública pode a qualquer tempo ser revogada
com base na conveniência e oportunidade, máxime em face do interesse
público que orientou a revogação questionada.
(APELAÇÃO CÍVEL Nº 2004 01 1 114335-4; 2ª T. CÍVEL; PUBL. EM 06/
12/05; DJ 3, PÁG. 128).
Direito Administrativo
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27. ADMINISTRATIVO - GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL -
CAMPANHA PUBLICITÁRIA, VEICULAÇÃO - DESVIO DE
FINALIDADE, NÃO- COMPROVAÇÃO - ALTERAÇÃO DA CAUSA
DE PEDIR, VEDAÇÃO
(Reg. Ac. 232.490). Relatora: Desa. Sandra De Santis. Apelante: Eduardo
Felipe Daher (Advs. Dr. Claudismar Zupiroli e outros). Apelados: Distrito
Federal (Adv. Dr. Joaquim Francisco Nunes Bandeira - Procurador do DF),
Joaquim Domingos Roriz e Weligton Luiz de Moraes (Advs. Dr. José
Nicodemos Rodrigues Varela e Dra. Vera Eliza Muller).
Decisão: Conhecer, negar provimento ao recurso, unânime.
Apelação Cível. Ação popular. Veiculação de campanha publicitária.
Governo do Distrito Federal. Desvio de finalidade. Lesividade. Não-
comprovação. Alteração da causa de pedir. Vedação. 1. Não há desvio
de finalidade quando a peça publicitária do governo do Distrito Federal
possui caráter informativo e não se afasta dos limites da propaganda
institucional, mormente porque dela não constam nomes, símbolos ou
imagens hábeis a caracterizar promoção pessoal de autoridades ou
servidores públicos. 2. A demonstração, para fins de ação popular, de
lesão ao Erário ou prejuízos à administração é imprescindível, em não
se tratando de hipótese de lesividade presumida. 3. A estabilização da
relação processual impede a alteração do pedido ou da causa de pedir.
4. Apelo improvido.
(APELAÇÃO CÍVEL Nº 1999 01 1 034482-5; 6ª T. CÍVEL; PUBL. EM 15/
12/05; DJ 3, PÁG. 120).
28. ADMINISTRATIVO - GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO - LEI
DISTRITAL Nº 939/97 - GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE
JUDICIÁRIA, CUMULATIVIDADE
(Reg. Ac. 229.223). Relator: Des. Roberval Casemiro Belinati. Apelante:
Distrito Federal (Adv. Dr. Osdymar Montenegro Matos - Procurador do DF).
Apelado: Nilton César Gomes Batista (Defensoria Pública).
Decisão: Negar provimento ao recurso voluntário e à remessa. Unânime.
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
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Ação Ordinária. Gratificação desempenho instituída pela Lei Distrital nº 939/
1997. Não integra o rol de gratificações inacumuláveis com o recebimento
da gratificação de atividade judiciária, criada pela Lei Distrital nº 2.797/
2001, constante do § 2º do artigo 20 desta Lei e dos §§ 4º e 6º do artigo
28 do Decreto nº 22.490/2001. 1. A gratificação de desempenho instituída
pela Lei Distrital nº 939/1997 não integra o rol de gratificações inacumuláveis
com o recebimento da gratificação de atividade judiciária, criada pela Lei
Distrital nº 2.797/2001, constante do § 2º do artigo 20 desta Lei e dos
§§ 4º e 6º do Decreto nº 22.490/2001. Assim, em obediência ao princípio
da legalidade, não pode a Administração Pública incluir, no rol de gratificações
inacumuláveis com o recebimento da GAJ, outras que não as expressamente
previstas em lei. O ato que a excluiu dos vencimentos do servidor, pois, é
ilegal, devendo ser restabelecido o pagamento desde o momento de sua
supressão. 2. Recurso e remessa de ofício conhecidos e desprovidos para
manter a r. sentença que julgou procedente o pedido para determinar ao
Distrito Federal o restabelecimento do pagamento da gratificação de
desempenho instituída pela Lei Distrital nº 939/1997, bem como o
pagamento das parcelas pretéritas desde novembro de 2002.
(APELAÇÃO CÍVEL Nº 2003 01 1 080412-6; 1ª T. CÍVEL; PUBL. EM 17/
11/05; DJ 3, PÁG. 67).
29. ADMINISTRATIVO - GRATIFICAÇÃO POR REPRESENTAÇÃO DE
GABINETE - REDUÇÃO POR ATO DA ADMINISTRAÇÃO,
IMPOSSIBILIDADE - TRIBUNAL DE CONTAS, COMPETÊNCIA
(Reg. Ac. 232.586). Relator: Des. Otávio Augusto. Impetrante: José
Rodrigues Sobrinho (Adv. Dr. Rubem Santos Assis). Informantes: Secretária
de Estado de Gestão Administrativa do Distrito Federal e Subsecretária de
Recursos Humanos da Secretaria de Estado de Gestão Administrativa do
Distrito Federal.
Decisão: Dar pela competência do TJDFT para julgar o mandado de
segurança por maioria e, no mérito, conceder a segurança à unanimidade.
Mandado de Segurança. Ilegitimidade passiva. Desacolhimento.
Gratificação pela representação de gabinete. Redução realizada pela
administração, estendendo decisões do Tribunal de Contas do Distrito
Direito Administrativo
39
Federal. Inaplicabilidade ao impetrante. Princípios do devido processo
legal e da segurança jurídica. Se a prática do ato de correção do valor da
parcela da vantagem pessoal incorporada ocorreu por volição da própria
administração, que fez por estender decisões do Tribunal de Contas do
Distrito Federal referentes às aposentadorias de outros servidores
públicos ao impetrante, são as autoridades apontadas como coatoras
par tes legítimas para figurarem no pólo passivo do mandamus. As
autoridades impetradas que defendem a legalidade do ato, encampando
o ato coator eventualmente praticado por agente de hierarquia inferior a
elas subordinado, tornam-se, conseqüentemente, autoridades coatoras.
Somente ao Tribunal de Contas do Distrito Federal é dada a competência
para estabelecer procedimentos de revisão de atos de aposentadorias.
Não pode, portanto, a Administração Pública corrigir o ato impugnado,
estendendo decisões daquela Corte de Contas Distrital. Demais disso,
tem-se que o ato desfavorável ao impetrante fora praticado em flagrante
cerceamento de defesa, sem a observância ao princípio da ampla defesa
e do contraditório. Não poderia a administração reduzir o pagamento,
sem, ao menos, assegurar ao interessado o devido processo legal. Há
de se considerar, ainda, que o benefício vinha sendo pago por anos,
sendo, portanto, uma situação jurídica consolidada pelo decurso do tempo,
sendo sua alteração inviável, pena de violação ao princípio da segurança
jurídica. Concedida a segurança. Unânime.
(MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2005 00 2 001885-5; C. ESPECIAL; PUBL.
EM 02/02/06; DJ 3, PÁG. 81).
30. ADMINISTRATIVO - INCORPORAÇÃO DE QUINTOS - VANTAGEM
PESSOAL NOMINALMENTE IDENTIFICADA - CRITÉRIOS DE
REAJUSTE, UNIFORMIZAÇÃO
(Reg. Ac. 233.248). Relator: Des. Getulio Pinheiro. Impetrante: SINDJUS/
DF - Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e do Ministério Público
da União no Distrito Federal (Advs. Dr. Ibaneis Rocha Barros Junior e outros).
Informantes: Procurador - Geral do Ministério Público do Distrito Federal e
Territórios e Presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e
Territórios.
Decisão: Por unanimidade, em rejeitar as preliminares e, no mérito, julgar
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
40
extinto o processo em relação aos servidores do MPDFT e, por maioria,
denegar a segurança quanto aos demais.
Mandado de Segurança. Incorporação de quintos/décimos.
Desmembramento de sindicatos. Princípio da unicidade sindical.
Competência do Tribunal. Relação de endereços dos filiados desnecessária.
Preliminares rejeitadas. Medida Provisória nº 2.225-45/2001. Vantagem
pessoal nominalmente identificada. Regime de incorporação. 1. Tratando-
se de servidores públicos filiados a sindicatos de âmbito distrital e
nacional, não há que se falar na quebra do princípio da unicidade se apenas
o primeiro figurou como substituto processual na impetração de mandado
de segurança. 2. Juntada aos autos a relação dos servidores filiados ao
sindicato, desnecessáriaa comprovação dos seus endereços se o órgão
julgador exerce jurisdição em todo o território onde desempenham suas
atividades funcionais. 3. Reconhecido pela autoridade coatora o direito
pleiteado na petição inicial, extingue-se o processo sem o julgamento do
mérito, com relação aos beneficiados, em face da perda superveniente
de seu objeto. 4. A incorporação de quintos, estabelecida pela Lei nº
6.732/79, modificada pelas Leis nºs 8.112/90 e 8.911/94, foi extinta
pela de nº 9.527, de 10 de dezembro de 1997. 5. As parcelas incorporadas
à remuneração dos servidores foram transformadas em décimos pela Lei
nº 9.624, de 2 de abril de 1998, que restabeleceu o regime de incorporação
até a data da sua publicação, ocorrida a 8/4/1998. 6. A Medida Provisória
nº 2.245-45/2001 apenas transformou as incorporações, já asseguradas
aos servidores, em VPNI (vantagem pessoal nominalmente identificada),
a fim de uniformizar os critérios de reajuste adotados a partir da sua
publicação. 7. Segurança denegada.
(MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2004 00 2 009920-5; C. ESPECIAL; PUBL.
EM 17/01/06; DJ 3, PÁG. 69).
31. ADMINISTRATIVO - INCORPORAÇÃO DE QUINTOS - EXERCÍCIO
NA ÁREA FEDERAL - DIREITO ADQUIRIDO
(Reg. Ac. 235.326). Relator: Des. Romão C. Oliveira. Impetrante: Antônio
Guido Jordão (Advs. Dra. Maria Aparecida Guimarães Santos e outros).
Informantes: Secretária de Estado de Gestão Administrativa do Distrito Federal
e Secretário de Estado de Fazenda e Planejamento do Distrito Federal.
Direito Administrativo
41
Decisão: Excluir da relação processual o Senhor Secretário de Fazenda do
Distrito Federal e conceder a segurança a partir da impetração, à
unanimidade.
Mandado de Segurança. Preliminares afastadas. Ilegitimidade passiva
reconhecida em relação a uma das autoridades apontadas coatoras.
Incorporação de quintos. Vantagens decorrentes do exercício de função
pública na área federal. Segurança parcialmente deferida com efeitos
a par tir da data da impetração. A autoridade apontada coatora que não
deu causa à lesão atacada, tampouco detém atribuições funcionais
para fazer cessar a ilegalidade, deve ser excluída da relação processual.
Se o direito do impetrante encontrava-se per feito e acabado quando o
Distrito Federal alcançou a sua autonomia política, não pode mais ser
afetado por novel diploma legal proveniente do legislativo local, eis
que a lei não pode prejudicar o direito adquirido ou o ato jurídico per feito.
Se, antes de 05 de outubro de 1988, o impetrante incorporou a seu
patrimônio jurídico vantagem prevista na Lei nº 6.732/79, essa
vantagem mostra-se inatingível, inatacável mesmo com o advento de
diplomas locais. “Concessão de mandado de segurança não produz
efeitos patrimoniais, em relação a período pretérito, os quais devem
ser reclamados administrativamente ou pela via judicial própria” (Súmula
nº 271 do STF).
(MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2002 00 2 002088-1; C. ESPECIAL; PUBL.
EM 02/02/06; DJ 3, PÁG. 81).
32. ADMINISTRATIVO - LEILOEIRO PÚBLICO OFICIAL, CONTRATAÇÃO
- CEB - ALIENAÇÃO DE BENS INSERVÍVEIS
(Reg. Ac. 229.893). Relator: Des. Asdrubal Nascimento Lima. Apelantes:
Maria das Dores Alves de Souza e Gervásio Tobias da Silva (Adv. Dr.
Baltazar Reis Cardoso). Apelados: CEB - Companhia Energética de Brasília
(Adv. Dr. Anderson Fonseca Machado) e Roberto Braggio Júnior (Adv. Dr.
Itamar Ferreira de Lima).
Decisão: Conhecer. Negar provimento. Unânime.
Apelação Cível. Mandado de Segurança. Contração. Leiloeiro Público Oficial.
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
42
CEB. Alienação de bens inservíveis. Observância dos ditames constantes
da Lei nº 8.666/93. Sentença que denegou a segurança mantida. I - Por
ser a CEB uma sociedade de economia mista, não se aplica a regra
constante do ar t. 42 do Decreto nº 21.981/32, qual seja, de que o
leiloeiro público deve ser indicado pela junta comercial, observando-se a
lista de antigüidade dos leiloeiros matriculados, eis que tal dispositivo
normativo faz referência somente aos leilões a serem realizados pela
União, pelos Estados e pelos Municípios. II - Não demonstrando o
impetrante direito líquido e certo a ser contratado como leiloeiro para a
alienação de bens inservíveis da CEB, correta se encontra a sentença
que denegou a segurança.
(APELAÇÃO CÍVEL Nº 2004 01 1 025464-9; 5ª T. CÍVEL; PUBL. EM 17/
11/05; DJ 3, PÁG. 106).
33. ADMINISTRATIVO - LICENCIAMENTO DE VEÍCULOS - PAGAMENTO
DE MULTAS PENDENTES, CONDICIONAMENTO - COERÇÃO DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
(Reg. Ac. 230.032). Relator: Des. Natanael Caetano. Agravante: FC Higiene
Pessoal Ltda. (Adv. Dr. Magáli Dellape Gomes). Agravado: DETRAN/DF-
Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Adv. Dr. Rogério Andrade
Cavalcanti Araújo).
Decisão: Conhecer e prover. Unânime.
Administrativo. Expedição de licenciamento de veículo anual condicionado
ao pagamento de multas pendentes. Coerção da Administração Pública.
Princípio da razoabilidade e proporcionalidade. Não obstante inúmeros
posicionamentos desta Corte de Justiça e dos tribunais superiores no
sentido de que é necessário para a expedição de licenciamento de veículo
o pagamento de multas sobre o mesmo, entendo que tal exigência se
configura em verdadeira coação no sentido de que o condutor do veículo
efetue o pagamento de multa para que possa conduzir seu veículo. Agravo
conhecido e provido.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 2005 00 2 007464-3; 1ª T. CÍVEL; PUBL.
EM 17/11/05; DJ 3, PÁG. 64).
Direito Administrativo
43
34. ADMINISTRATIVO - LICENÇA-PRÊMIO POR ASSIDUIDADE -
REQUERIMENTO DE FRUIÇÃO, REJEIÇÃO REITERADA -
LIBERDADE DO ADMINISTRADOR, LIMITES
(Reg. Ac. 228.926). Relator: Des. Cruz Macedo. Apelante: Suely Brevigliero
Rocha Pinto (Advs. Dr. Júlio César Borges de Resende, Dr. Ulisses Borges
de Resende, Dr. Roberto Gomes Ferreira e outros). Apelado: Distrito Federal
(Adv. Dr. Sérgio Silveira Banhos - Procurador do DF).
Decisão: Dar provimento ao recurso, unânime.
Administrativo. Licença-prêmio por assiduidade deferida anteriormente.
Período de gozo. Liberdade do administrador. Direito que não se reveste
de caráter absoluto. 1 - O fato de ao administrador admitir-se certa margem
de liberdade para definir a data de gozo da licença-prêmio deferida nos
termos da norma legal então vigente não autoriza a rejeição reiterada e
permanente do direito à fruição da licença, sobretudo sob a alegação de
escassez de recursos humanos. 2 - Ultrapassados vários meses desde a
rejeição do requerimento de fruição, impõe-se ao Judiciário corrigir o ato
irrazoável do administrador, deferindo imediatamente o direito ao gozo da
licença pela interessada. 3 - Apreciando o pedido de fixação de data para
gozo da licença, descabe ao administrador simplesmente rejeitar o pedido,
incumbindo-lhe fixar data alternativa, segundo o critério de liberdade que
lhe assiste. A recusa peremptória, nesse caso, equivale à própria negativa
do direito e não se compagina com o princípio da razoabilidade (artigo 2º,
Lei nº 9.784/99). 4 - Apelo provido.
(APELAÇÃO CÍVEL Nº 2004 01 1 085342-3; 4ª T. CÍVEL; PUBL. EM 08/
11/05; DJ 3, PÁG. 131).
35. ADMINISTRATIVO - MAGISTÉRIO DO DF - DÉCIMO-TERCEIRO
SALÁRIO, ANTECIPAÇÃO - PAGAMENTO INFERIOR AO DEVIDO -
RESTITUIÇÃO DA DIFERENÇA, OBRIGATORIEDADE
(Reg. Ac. 230.751). Relatora: Desa. Ana Maria Duarte Amarante. Apelante:
Distrito Federal (Adv. Dr. Osdymar Montenegro Matos - Procurador do DF).
Apelada: Rosa Maria da Silva (Advs. Dr. Júlio César Borges de Resende,
Dr. Roberto Gomes Ferreira e Dr. Ulisses Borges de Resende).
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
44
Decisão: Conhecer. Negar Provimento. Unânime.
Direito Constitucional e Administrativo.Servidor Público. Magistério do DF. Lei
Distrital nº 3.279/03. Décimo-terceiro salário antecipado para o mês de
aniversário de nascimento. Valor inferior à remuneração paga no mês de
dezembro do respectivo ano. Diferença devida. O 13º salário, instituído pela
Lei nº 4.090/62, teve como objetivo conceder gratificação de natal para os
trabalhadores de uma maneira geral. A citada lei prevê, em seu art. 1º que
“no mês de dezembro de cada ano, a todo empregado será paga, pelo
empregador, uma gratificação salarial, independentemente da remuneração
a que fizer jus”. Mais ainda, que a gratificação corresponderá a 1/12 avos da
remuneração devida em dezembro, por mês de serviço, do ano correspondente.
A supracitada lei foi recepcionada pela Constituição Federal de 1988, que em
seu art. 7º, inc. VIII, estipulou ser direito social do trabalhador a percepção de
13º salário, com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria.
Assim, é inegável que mesmo que haja modificação quanto à data de
recebimento do benefício, ante os motivos de conveniência do estado, em
sendo ele inferior à remuneração percebida pelo servidor, no mês de dezembro
do respectivo ano, a diferença deverá ser paga, em respeito ao ordenamento
jurídico vigente. Recurso conhecido e não provido.
(APELAÇÃO CÍVEL Nº 2005 01 1 051271-5; 6ª T. CÍVEL; PUBL. EM 24/
11/05; DJ 3, PÁG. 116).
36. ADMINISTRATIVO - MAGISTÉRIO PÚBLICO - APOSENTADORIA
ESPECIAL, CONCESSÃO - FUNÇÕES DE ASSISTENTE DE
DIREÇÃO E COORDENADORIA PEDAGÓGICA - EFETIVO EXERCÍCIO,
COMPROVAÇÃO
(Reg. Ac. 231.550). Relatora: Desa. Carmelita Brasil. Embargante: Maria
Helena Marques Silva (Advs. Dr. Júlio César Borges de Resende, Dr. Ulisses
Borges de Resende e Dr. Roberto Gomes Ferreira). Embargado: Distrito
Federal (Adv. Dr. Luis Fernando Belém Peres - Procurador do DF).
Decisão: Conhecer. Dar provimento. Por maioria.
Embargos Infringentes. Direito constitucional e administrativo. Magistério
público. Aposentadoria especial de professor. Funções de assistente de
Direito Administrativo
45
direção e coordenadoria pedagógica. Exercício de atividades de magistério.
Recurso provido. Consagrou-se o entendimento no Colendo STF de que a
concessão da aposentadoria especial para professores, prevista no artigo
40, § 5º da Carta da República de 1988, se dá mediante a comprovação
exclusiva de tempo efetivo de exercício nas funções de magistério,
excluindo-se, pois, aquelas eminentemente administrativas. Mostra-se
indevido conferir interpretação que restrinja a abrangência da norma inserta
no §5º do artigo 40 da Constituição Federal, conseqüência da aplicação
do princípio constitucional da máxima efetividade. Verificando-se que,
dentre as atribuições dos cargos de assistente de direção e coordenadora
pedagógica, encontram-se aquelas de caráter eminentemente docente,
mostra-se atendido o fim colimando pela norma constitucional em questão,
deferindo-se à autora à aposentadoria especial requerida.
(EMBARGOS INFRINGENTES CÍVEIS Nº 2002 01 1 083720-2; 2ª C. CÍVEL;
PUBL. EM 01/12/05; DJ 3, PÁG. 237).
37. ADMINISTRATIVO - MAGISTÉRIO PÚBLICO DO DF - DÉCIMO-
TERCEIRO SALÁRIO, ANTECIPAÇÃO - PAGAMENTO A MENOR,
ILEGALIDADE - ISONOMIA ENTRE SERVIDORES, AFRONTA
(Reg. Ac. 232.278). Relatora Designada: Desa. Nidia Correa Lima. Apelante:
Distrito Federal (Adv. Dr. Alexandre Castro Cerqueira - Procurador do DF).
Apelada: Cláudia Maciel Pinto (Advs. Dr. Roberto Gomes Ferreira, Dr. Júlio
César Borges de Resende e outros).
Decisão: Conhecer e negar provimento ao recurso, por maioria, vencido o
Relator. Redigirá o acórdão a 1ª Vogal.
Administrativo. Apelação. 13º (décimo-terceiro) salário. Plano de carreira
do magistério público do DF. Lei Distrital nº 3.318/04. Antecipação do
pagamento do 13º salário. Pagamento a menor. Aniversário antes da
promulgação da lei distrital. Afronta aos princípios constitucionais da
irredutibilidade de vencimento e isonomia entre servidores. 1. Com a
promulgação da Lei Distrital nº 3.318/04 - Plano de Carreira do Magistério
Público do Distrito Federal - que instituiu um aumento nos vencimentos de
grande par te dos professores - os ser vidores que receberam
antecipadamente o seu 13º salário, porquanto aniversariaram antes da
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
46
promulgação da referida lei, não receberam complemento ao 13º salário.
Tal situação configura afronta aos princípios constitucionais da
irredutibilidade de vencimento e da isonomia entre os servidores. 2. A
distorção deve ser rechaçada pelo direito, eis que gerou um tratamento
diferenciado entre os servidores que estavam posicionados na mesma
classe e nível de carreira. A gratificação natalícia foi paga para os que
nasceram antes da publicação da referida lei, a menor, e para os que
nasceram após a referida publicação foi paga a maior. Corroborando com
o entendimento de que o que vale é a data da publicação da lei, estar-se-
ia ferindo os princípios constitucionais da irredutibilidade de vencimentos
e da isonomia entre servidores, o que é vedado no nosso ordenamento
jurídico. Além, também, de contribuir com o enriquecimento ilícito por parte
do Distrito Federal. 3. Recurso conhecido e improvido.
(APELAÇÃO CÍVEL Nº 2005 01 1 051248-3; 3ª T. CÍVEL; PUBL. EM 15/
12/05; DJ 3, PÁG. 88).
38. ADMINISTRATIVO - MANDADO DE SEGURANÇA, DENEGAÇÃO -
TRANSPORTE PÚBLICO ALTERNATIVO - PERMISSÃO, REVOGAÇÃO
(Reg. Ac. 225.101). Relatora: Desa. Aparecida Fernandes. Impetrante:
Paulo Folha Brandão (Adv. Dr. Adevan Pereira da Silva). Informante:
Secretário de Estado de Transportes do Distrito Federal.
Decisão: Denegar a ordem. Decisão unânime.
Administrativo. Mandado de segurança. Preliminares de impossibilidade
jurídica do pedido e falta de pressuposto de admissibilidade da ação.
Contrato de permissão de serviço público. Transporte público alternativo
de condomínio - STPAC. Falta de licitação. Revogação. Legalidade.
Preliminares: o pedido é juridicamente possível de ser atendido se não for
vedado pelo ordenamento jurídico legal. Assim, dentro dos limites
constitucionais, pode o cidadão ajuizar a ação mandamental, independente
da legalidade ou não do ato impugnado. Não há que se falar em falta de
pressuposto de admissibilidade do mandamus se a documentação acostada
aos autos permite verificar o suposto direito do impetrante. Preliminares
rejeitadas. Mérito: a prestação de serviço público será feita, senão
diretamente, apenas sob o regime de concessão ou permissão, sempre
Direito Administrativo
47
através de licitação. A permissão de serviço público é ato unilateral,
discricionário e precário. O particular que recebe a permissão deve
saber que ela é dada a título precário, sem prazo estabelecido, e que,
por isso, pode ser retirado a todo momento. A permissão de serviço
de transpor te alternativo - STPAC - possui características inegáveis de
precariedade e revogabilidade unilateral, significando que o
permissionário não se investe do direito subjetivo de permanecer na
atividade pública por ele exercida. Denegação da ordem de segurança.
Unânime.
(MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2003 00 2 010742-8; C. ESPECIAL; PUBL.
EM 08/11/05; DJ 3, PÁG. 83).
39. ADMINISTRATIVO - MANDADO DE SEGURANÇA, DENEGAÇÃO -
REMOÇÃO DE SERVIDOR - PERSEGUIÇÃO POLÍTICA, NÃO-
COMPROVAÇÃO - PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA, INOCORRÊNCIA
(Reg. Ac. 228.894). Relator: Des. Vasquez Cruxên. Impetrante: Dulcinéia
Alves de Carvalho (Advs. Dra. Luzia Nunes Borges Lima e outros).
Informante: Secretário de Estado de Saúde do Distrito Federal.
Decisão: Denegar a segurança, à unanimidade.
Mandado de Segurança. Remoção de servidor. Perseguição política.
Ausência de prova pré-constituída. Presunção delegitimidade e
veracidade do ato administrativo. Ausência de direito líquido e cer to.
Segundo o ar t. 36 da Lei nº 8.112/90, remoção é o “deslocamento
do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com
ou sem mudança de sede”. Não havendo prova - que, no mandado de
segurança, deve ser, necessariamente, pré-constituída - da suposta
perseguição política, não se pode presumir que a remoção estaria
atrelada à tal intenção. O ato administrativo é presumivelmente
legítimo e verdadeiro, até prova em contrário, pelo que reputa-se que
a remoção se deu no interesse da administração pública. Segurança
denegada.
(MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2005 00 2 001964-7; C. ESPECIAL; PUBL.
EM 22/11/05; DJ 3, PÁG. 87).
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
48
40. ADMINISTRATIVO - MANDADO DE SEGURANÇA, DESCABIMENTO
- BENEFÍCIO ALIMENTAÇÃO - RECEBIMENTO DE PARCELAS
SUSPENSAS - VIA ELEITA INCORRETA
(Reg. Ac. 227.554). Relator: Des. Nívio Gonçalves. Impetrante: José
Mendes Fernandes (Adv. Dr. Guilherme da Costa Silva Araujo). Informante:
Governador do Distrito Federal.
Decisão: Julgar extinto o processo, sem julgamento do mérito, nos termos
do voto do Relator. Decisão por unanimidade.
Mandado de Segurança. Benefício alimentação. Recebimento de parcelas
pretéritas. Inadequação da via eleita. Busca, o impetrante, o recebimento
de parcelas do benefício alimentação, que foram suspensas com o advento
do Decreto nº. 16.990/95. Ocorre que o mandado de segurança não é
sucedâneo da ação de cobrança, não sendo, assim, adequada a via eleita.
Inteligência da Súmula nº 269 STF.
(MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2005 00 2 002926-7; C. ESPECIAL; PUBL.
EM 18/11/05; DJ 3, PÁG. 108).
41. ADMINISTRATIVO - MILITAR - PENSÃO POR MORTE - MORTE
FICTA - DIREITO ADQUIRIDO, VIOLAÇÃO
(Reg. Ac. 228.921). Relator: Des. Getúlio Moraes Oliveira. Apelante: Distrito
Federal (Adv. Dr. Luiz Filipe Ribeiro Coelho - Procurador do DF). Apelados:
Ludyanne Lima do Nascimento, Luann Lima do Nascimento e Murielly
Pires do Nascimento (Defensoria Pública).
Decisão: Negar provimento ao recurso voluntário e à remessa oficial por
unanimidade.
Mandado de Segurança. Suspensão. Pagamento. Pensão por morte. Militar
expulso da corporação. Morte ficta. Superveniência. Lei nova. Alcance.
Situações pretéritas. Direito adquirido. Violação. Se, à época da edição da
Lei nº 3.765/60, optou a administração pela interpretação que admitia o
instituto da morte ficta do policial militar excluído da corporação e
conseqüente percepção de pensão pelos dependentes deste, não pode a
Direito Administrativo
49
superveniência de lei nova (Lei nº 10.486/02) servir como fundamento
para se suspender o pagamento destes rendimentos, haja vista a
impossibilidade de se abarcar situações anteriores à sua edição, sob
pena de violação ao direito adquirido.
(APELAÇÃO CÍVEL Nº 2004 01 1 068102-9; 4ª T. CÍVEL; PUBL. EM
08/11/05; DJ 3, PÁG. 131).
42. ADMINISTRATIVO - MILITAR DO DISTRITO FEDERAL -
REFORMA COM BASE EM LEI REVOGADA - NOVA LEI,
ADEQUAÇÃO
(Reg. Ac. 228.764). Relator: Des. Aquino Perpétuo. Apelante: Rober to
de Assis (Advs. Dr. Raul Canal e outros). Apelado: Distrito Federal
(Adv. Dr. Djacyr Cavalcanti de Arruda Filho - Procurador do DF).
Decisão: Conhecer. Negar provimento ao recurso. Unânime.
Processo Civil. Mandado de segurança. Reforma de militar do Distrito
Federal com base em lei revogada. Ato nulo. Adequação à nova lei.
1) Não há direito líquido e cer to, consistente na transferência para
a reser va remunerada com base na Lei nº 7.479/86 para aqueles
militares do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal
reformados após a edição da Lei nº 10.486/2002. A lei nova
revogou os dispositivos que disciplinavam tal matéria na lei anterior.
2) Os proventos do militar transferido para a inatividade serão
calculados com base na remuneração correspondente ao cargo
efetivo em que se deu o ato de sua transferência, e não a do grau
hierarquicamente superior, consoante inteligência do ar tigo 20, §
4º da Lei nº 10.486/2002. 3) A Lei nova (10.486/2002) revoga a
anterior (Lei nº 7.479/86), seja pela incompatibilidade existente
entre as duas normas, seja porque a Lei nº 10.486/2002 regula
inteiramente a matéria, consoante dispõe o ar t. 2º, § 1º da Lei de
Introdução ao Código Civil.
(APELAÇÃO CÍVEL Nº 2003 01 1 114100-4; 3ª T. CÍVEL; PUBL. EM
10/11/05; DJ 3, PÁG. 106).
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
50
43. ADMINISTRATIVO - PENSÃO MILITAR - MILITAR EXCLUÍDO -
DIREITO ADQUIRIDO, INEXISTÊNCIA
(Reg. Ac. 232.064). Relator: Des. Romeu Gonzaga Neiva. Apelantes: Aldair
Alves da Silva Júnior rep. por Claudette Sousa Campos da Silva e Ana
Cláudia Sousa Timé da Silva rep. por Claudette Sousa Campos da Silva
(Defensoria Pública). Apelado: Distrito Federal (Adv. Dr. João Itamar de
Oliveira - Procurador do DF).
Decisão: Negar provimento. Unânime.
Administrativos. Pensão de militar excluído. Inexistência de direito adquirido.
01. “A Administração alterou o entendimento anteriormente firmado no
que concerne à concessão de pensões militares, não admitindo mais a
equiparação do militar excluído ao expulso, ambos considerados falecidos
(morte ficta)” (parecer ministerial, fls. 94/99). 02. “Os benefícios
requeridos sob a égide do entendimento anterior somente são mantidos
atualmente em virtude do princípio da segurança jurídica e do prazo
decadencial para que a administração exerça a autotutela. Como o benefício
não foi requerido pelos apelantes à época do entendimento anterior, estes
não tem direito à percepção da vantagem pecuniária” (parecer ministerial,
fls. 94/99). 03. “A Administração agiu de forma legítima, posto que esta
pode negar a concessão do benefício, desde que oportunize o devido
processo legal aos administrados, respeitando o contraditório e a ampla
defesa” (parecer ministerial, fls. 94/99). 04. Apelação desprovida.
Unânime.
(APELAÇÃO CÍVEL Nº 2003 01 1 087120-4; 5ª T. CÍVEL; PUBL. EM 15/
12/05; DJ 3, PÁG. 115).
44. ADMINISTRATIVO - PLANO DE DEMISSÃO VOLUNTÁRIA -
RETORNO DO SERVIDOR, IMPOSSIBILIDADE - CARGO, EXTINÇÃO
(Reg. Ac. 232.022). Relator: Des. Silvânio Barbosa dos Santos. Apelante:
Elcio Carneiro (Defensoria Pública). Apelado: Distrito Federal (Adva. Dra.
Maria Beatriz Brown Rodrigues - Procuradora do DF).
Decisão: Conhecer. Negar provimento. Unânime.
Direito Administrativo
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Administrativo. Plano de demissão voluntária. Legalidade. Retorno do
demissionário. Inviabilidade. 1) Não se caracteriza como relação de
consumo ou mesmo contrato de adesão a relação entre o estado e o
funcionário público, mas sim de relação estatutária. 2) Se o funcionário
se desliga da Administração Pública, em virtude de PDV, não há como
retornar ao cargo, a não ser por intermédio de outra lei, pois, quando da
desvinculação, este restou extinto, trata-se de matéria de direito
administrativo.
(APELAÇÃO CÍVEL Nº 2002 01 1 013630-2; 4ª T. CÍVEL; PUBL. EM 06/
12/05; DJ 3, PÁG. 141).
45. ADMINISTRATIVO - PLANO DE DESLIGAMENTO VOLUNTÁRIO -
ANULAÇÃO DE ATO ADMINISTRATIVO, IMPOSSIBILIDADE - VÍCIO
DE VONTADE,NÃO-COMPROVAÇÃO - REINTEGRAÇÃO,
IMPOSSIBILIDADE
(Reg. Ac. 232.452). Relator: Des. Humberto Adjuto Ulhôa. Apelante: Arnoldo
Arcadio Quintana Midence (Adv. Dr. Jadir Santos Ferreira). Apelado: Distrito
Federal (Adv. Dr. Edson Chaves da Silva - Procurador do DF).
Decisão: Conhecer. Negar provimento ao recurso. Unânime.
Ação de anulação de ato administrativo cumulada com reintegração em
cargo público. Servidor do Distrito Federal. Plano de desligamento voluntário.
Alegação de descumprimento de benefícios. 1 - Eventual descumprimento
do Poder Público

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