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Aula 02

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Livro Eletrônico
Aula 02
Realidades de Goiás p/ ALE-GO (Todos os Cargos, exceto Procurador)
Pós-Edital
Sergio Henrique, Rosy Ellen Freire Viana Santos
03735369170 - Luiz Filipe de Carvalho Almeida
 
 
 
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SUMÁRIO 
00. Bate Papo Inicial. ......................................................................................................... 2 
1. Solos. ............................................................................................................................. 3 
2. Os Solos de Goiás. .......................................................................................................... 4 
2.1. O Solo do Cerrado ....................................................................................................................... 4 
3. O Agronegócio. .............................................................................................................. 6 
4. A Biotecnologia. ............................................................................................................. 7 
4.1. Os Transgênicos e a Lei da Biossegurança. ................................................................................ 7 
5. Modelos Agrícolas. ........................................................................................................ 9 
5.1. Agropecuária Extensiva .............................................................................................................. 9 
5.2. Agropecuária Intensiva .............................................................................................................. 9 
6. Impactos Sociais e Naturais da Atividade Agrícola. ...................................................... 10 
7. PEA na Agricultura e Desenvolvimento. ....................................................................... 11 
8. A Colônia Agrícola de Ceres.......................................................................................... 12 
9. Cluster e Agriclusters. .................................................................................................. 15 
10. Distrito Agro-Industrial de Anápolis. .......................................................................... 17 
11. Contexto da Produção Agrícola Atual. ........................................................................ 19 
11.1. A Agricultura em Goiás: Principais Produtos. ........................................................................ 22 
11.2. Municípios com Maior Produção Agrícola ............................................................................. 28 
12. A Pecuária Atual. ....................................................................................................... 29 
13. Texto Complementar. ................................................................................................ 32 
14. Exercícios ................................................................................................................... 37 
15. Considerações Finais. ................................................................................................. 85 
 
 
 
 
 
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00. BATE PAPO INICIAL. 
 Olá amigo concurseiro. É com muita alegria que o recebo novamente. Estudar as aulas 
anteriores é fundamental para que você possa compreender muitas das coisas que vamos tratar 
aqui. Leia com atenção seu texto de apoio, releia e pratique exercícios. Aos poucos o conteúdo 
básico vai ficar retido na sua memória. Claro que para isso é muito importante você fazer suas 
próprias anotações, ou em forma de resumo ou anotações nos exercícios, não importa, você 
escolhe. O importante é estudarmos bastante e nos concentrarmos nos estudos. Estimule sua 
disciplina e procure motivação pensando em seus sonhos. Bons estudos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. SOLOS. 
Os solos são o resultado da rocha decomposta misturada à matéria orgânica. Vários fatores 
podem interferir na fertilidade dos solos como o tipo de rocha, quantidade de matéria orgânica e 
microrganismos. Os solos também são divididos em solos maduros, que são mais desenvolvidos e 
profundos (latossolos) e solos imaturos e pouco desenvolvidos (litossolos, ou latossolos com 
muitos fragmentos rochosos maiores, muito cascalho). A profundidade dos solos está 
diretamente ligada às zonas climáticas em que estão localizados. Nas zonas tropicais temos 
maiores temperaturas e uma maior quantidade de chuvas, consequentemente um processo 
erosivo mais intenso. Portanto quanto maior a temperatura e a pluviosidade os solos são mais 
profundos. É importante lembrar que assim como o petróleo os solos são recursos naturais não 
renováveis. A perda de solo está entre os grandes problemas provocados pela agricultura (devido 
ao desmatamento e às culturas temporárias como a soja). São bilhões de toneladas de solos 
perdidos todo ano no mundo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. OS SOLOS DE GOIÁS. 
2.1. O SOLO DO CERRADO 
É um solo imaturo, ou seja, pouco desenvolvido. Apesar se ser um latossolo posui muitos 
fragmentos rochosos e pouca matéria orgânica. É também um solo ácido e precisa ser tratado 
com o método da calagem [jogar CaO (cal virgem) no solo para neutralizar a acidez]. 
O solo é dividido em horizontes. Quanto mais horizontes, mais profundo. Quanto mais nos 
aprofundamos nas camadas do solo, mais pedregoso ele fica até chegarmos à rocha matriz (a 
rocha que deu origem àquele solo). Predominam latossolos argilosos. A fertilidade em geral não é 
muito alta pois, por estar em região de clima tropical, a maior pluviosidade típica do clima sujeita o 
solo à erosão e são profundamente intemperizados (sofreram ação de desgaste químico pelas 
águas das chuvas) e lixiviados à?ƉŽďƌĞƐ� Ğŵ� ŶƵƚƌŝĞŶƚĞƐà?� ƉŽŝƐ� ƐĆŽ� à?ůĂǀĂĚŽƐà?� ƉĞůĂƐ� ŵĂŝŽƌĞƐ�
precipitações no verão). 
 
 
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3. O AGRONEGÓCIO. 
São todos os setores da cadeia produtiva agrícola. Estão incluídos no agronegócio, por 
exemplo, a lavoura mecanizada, mas também a indústria de maquinários agrícolas, adubos e 
fertilizantes. Inclusive o processamento final do alimento também é agronegócio, por exemplo, 
uma fábrica de sucos. 
A modernização tecnológica ao chegar ao campo promoveu mudanças incríveis. A 
agropecuária desenvolveu-se tanto em pesquisa, seleção e desenvolvimento de espécies 
cultiváveis como em métodos cada vez mais automatizados. O desenvolvimento de insumos 
agrícolas como plantadeiras, aradeiras, colhedeiras e tratores, fertilizantes e agrotóxicos foi muito 
grande. Esta modernização no campo promoveu uma transformação estrutural da agricultura e 
aumentou muito a produtividade. Hoje a agropecuária se articula em modelos cada vez mais 
complexos que chamamos agroindústria ou simplesmente agronegócio. Como agronegócios 
podemos considerar toda a cadeia produtiva da agricultura, desde as áreas cultivadas altamente 
mecanizadas, como a indústria que produz os insumos (maquinários) e componentes químicos 
(fertilizantes e agrotóxicos). Também a indústria que processa o produto como um grande 
frigorífico ou fábrica de sucos. 
A modernização do campo e o aumento de produtividade que ocorreu na década de 60 e 70 
chamaram de revolução verde. Esta modernização no campo começou a partir do 
desenvolvimento de novas técnicas e seleção de espécies para viabilizar a agricultura em regiões 
em que ela não era praticada por alguma limitação natural ou socioeconômica. A revolução verde 
contou com apoio da ONU, pois viu nela uma oportunidade para o aumento da produção de 
alimentos e a erradicação da fome no mundo. Infelizmente este objetivo não foi alcançado, pois o 
agronegócio concentrou suas atividades na cadeia produtiva de commodities (produtos primários 
ou pouco transformados). 
Os países pioneiros na revolução agrícola foram o México, Brasil, Índia e Tailândia. Todos 
estes países hoje são grandes produtores e exportadores agrícolas. Foi um amplo programa 
idealizado para aumentar a produção agrícola por meio de melhorias genéticas em sementes, 
desenvolvimento de sementes híbridas, mecanização e redução do custo de manejo agrícola. As 
grandes propriedades no Brasil e no mundo são essencialmente mono produtoras para 
exportação. O plantation normalmente produz poucos alimentos, ou nenhum. As lavouras de 
milho e soja, por exemplo, são destinadas à produção de ração. Os alimentos são produzidos 
principalmente pela agricultura familiar realizada nas pequenas propriedades. 
 
 
 
 
 
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4. A BIOTECNOLOGIA. 
São realizadas várias pesquisas em busca do melhoramento genético das plantas para 
selecionarmos as características mais desejáveis. Há as sementes híbridas e as sementes 
transgênicas. Os híbridos são vegetais selecionados e cruzados em laboratório, para conseguirmos 
assim plantas mais resistentes às pragas, ou maiores e mais suculentas. As plantas são cruzadas e 
selecionadas, mas não sofrem modificação genética. Já os transgênicos são OGMs (Organismos 
Geneticamente Modificados). Selecionam e introduzem características desejáveis (mesmo que não 
sejam naturais da espécie). Podem tornar as plantas resistentes à ação de pragas e a utilização de 
agrotóxicos, além de adaptá-las a condições climáticas e de solo específicas. 
Vamos ao exemplo dos transgênicos no Brasil. Somos atualmente o terceiro maior produtor 
mundial de Soja e oscilamos de posição entre os 4 grandes produtores (EUA, China, Argentina, 
Brasil). Até 2005 a soja, que é um cultivo tipicamente de climas temperados e era cultivada 
somente na região sul. Foi desenvolvida uma variedade de sementes transgênicas adaptadas ao 
clima tropical e ao solo do cerrado. Isso possibilitou a expansão da agricultura brasileira com base 
na produção da soja, que hoje ocupa uma grande área cultivada e suas lavouras possuem grande 
produtividade. 
 
4.1. OS TRANSGÊNICOS E A LEI DA BIOSSEGURANÇA. 
 
 
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A nova tecnologia das plantas transgênicas, antes de serem liberadas pela lei, provocou um 
grande debate entre os cidadãos e cientistas sobre os possíveis impactos nocivos do uso destas 
sementes. São muitas as consequências e muito variadas, pois são ambientais, econômicas e na 
saúde humana. As pesquisas realizadas sobre os impactos dos alimentos transgênicos na saúde 
humana não foram conclusivos, ou seja, foram liberados antes de sabermos se podem provocar 
efeitos nocivos. Os principais riscos dos transgênicos apontados são o de cruzamento espontâneo 
e a dependência do produtor das grandes corporações produtoras das sementes, já que elas não 
germinam. 
Para tentar minimizar os riscos na alimentação devido a possíveis mutações e adaptações 
ĚŽƐ� ƚƌĂŶƐŐġŶŝĐŽƐà?� ĨŽŝ� ĐƌŝĂĚŽ� ŶĂ�EŽƌƵĞŐĂ� Ƶŵ�ďĂŶĐŽ� ĚĞ�ƐĞŵĞŶƚĞƐ� ĐŚĂŵĂĚŽ�ĚĞ� à?banco do fim do 
mundoà?à?� ƋƵĞ� ƌĞƷŶĞ� ĐŽůĞĕƁĞƐ� ĚĞ� ƐĞŵĞŶƚĞƐ� ĚĞ� ƚŽĚŽƐ� ŽƐ� ƉƌŝŶĐŝƉĂŝƐ� ĂůŝŵĞŶƚŽƐ� ĐŽŶŚĞĐŝĚŽƐ� ƉĞůo 
homem em sua variedade natural. Caso ocorra um problema imprevisto que possa comprometer a 
alimentação mundial, teremos armazenadas as matrizes genéticas originais. No Brasil enquanto o 
debate sobre os transgênicos ocorria foi aprovada no congresso a chamada Lei de Biossegurança, 
de 2005. Numa mesma lei foram aprovados dois temas polêmicos na época: o plantio de 
transgênicos e a pesquisa com células tronco (que contava com a resistência de grupos religiosos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. MODELOS AGRÍCOLAS. 
Há vários modelos agrícolas pelo mundo, cada qual adaptado às realidades de cada local. Há 
os sistemas agrícolas com uso intensivo ou extensivo dos solos. 
 
5.1. AGROPECUÁRIA EXTENSIVA 
 Realizada sem ou com baixo uso de tecnologia, através técnicas rudimentares. Tem uma 
baixa produtividade e ocupam maior espaço. São exemplos os roçados, a agricultura de 
subsistência. No estado de Goiás temos pequenas propriedades com a prática da agricultura 
familiar, com técnicas rudimentares. A pecuária extensiva possui grande destaque. 
 
5.2. AGROPECUÁRIA INTENSIVA 
 Tipicamente praticada nos países desenvolvidos e grandes propriedades com agronegócio 
moderno à? uma tendência cada vez maior em Goiás. Utilizam alta mecanização e logística, muitos 
agrotóxicos e fertilizantes e possui alta produtividade, por isso ocupam um espaço bem menor, 
devido à alta produtividade. No estado deGoiás a expansão agrícola observada nos últimos anos é 
predominantemente a agricultura comercial, baseada no plantation (latifúndios monocultores com 
produção para a exportação). Cada vez mais as experiências modernas do agronegócio se 
espalham e se consolidam. Melhorias na infraestrutura e formação de complexos agroindustriais, 
como os agriclusters. 
 
 
 
O relevo de Goiás pode interferir no desenvolvimento do agronegócio? 
Claro que sim. Por possuir relevo predominantemente formado por chapadas, que são 
planaltos sedimentares com o topo plano, a mecanização é possível e relativamente fácil 
de ser instalada. Em algumas regiões planálticas muito íngremes não é possível a 
mecanização. 
 
 
 
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6. IMPACTOS SOCIAIS E NATURAIS DA ATIVIDADE AGRÍCOLA. 
A principal consequência da modernização agrícola é um grande impacto social inicial, pois 
as novas tecnologias dispensam uma grande quantidade de mão de obra. Os trabalhadores rurais 
então desempregados migram para as cidades (e aumentam a marginalização espacial com a 
proliferação de favelas). A essa migração em massa que ocorre do campo para a cidade 
denominamos êxodo rural. Podemos destacar o final da década de 60 e a década de 70 como o 
auge deste processo. Primeiramente devido a aprovação em 1964 do Estatuto do trabalhador 
rural, no governo Castelo Branco (a criação das leis trabalhistas no campo. GV as criou somente na 
cidade.) e a implantação dos primeiros modelos de agronegócio, que foram introduzidos em 
meados da década de 70. De lá pra cá a modernização foi constante e também o êxodo rural. 
O modelo agrícola brasileiro, desde a colonização é baseado no plantation (latifúndios 
monocultores agroexportadores). É um modelo agrícola que provoca um grande desgaste do solo 
em razão da sua exploração intensiva. Então os impactos ambientais da agricultura são vários, 
entre eles: 
 
9 Contaminação do solo e da água com agrotóxicos. 
9 Desmatamento. 
9 Destruição da biodiversidade. 
9 Aceleração do processo erosivo. 
9 Erosão e assoreamento dos rios (quando o leito do rio perde a profundidade devido ao 
acumulo de sedimentos). 
9 Êxodo Rural (nos espaços mecanizados). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7. PEA NA AGRICULTURA E DESENVOLVIMENTO. 
População Economicamente Ativa (PEA) é a população empregada no nos setores 
produtivos: primário (agropecuária e extrativismo), secundário (indústria) e terciário (comércio e 
serviços). No estado está aumentando a quantidade de pessoas empregadas na indústria, mas há 
uma predominância da população empregada no setor primário e terciário. Observe atentamente 
o gráfico abaixo. 
 
 
 
Na década de 70 ocorreu um aumento na quantidade de trabalhadores. É uma época de 
expansão da fronteira agrícola pelo estado e o crescimento do entorno das cidades próximas ao 
DF, como Goiânia. O trabalho sempre foi predominantemente masculino, sobretudo em 
decorrência do perfil rural do estado. Com a modernização da agricultura a quantidade de pessoal 
ocupado tende a diminuir cada vez mais. Hoje a produção é cada vez maior e o número de 
pessoas ocupadas na agroindústria é menor. Mesmo com a abertura de fábricas no estado, 
sobretudo as ligadas ao setor automobilístico, são empresas modernas e empregam um número 
reduzido de trabalhadores, com maior qualificação. O desemprego que ocorre devido à 
modernização das tecnologias agrícolas chamamos de desemprego estrutural ou tecnológico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8. A COLÔNIA AGRÍCOLA DE CERES. 
Foi criada em 1941 a Colônia Agrícola Nacional de Goiás (CANG) fez parte das políticas 
expansionistas de Getúlio Vargas. Foi emancipada em 1953 e nas décadas seguintes emancipada 
como município, a cidade de Ceres se especializou em um setor econômico distinto daquele 
previsto no projeto de criação da Colônia. 
Ela foi criada na década de 1940 durante a política de expansão econômica que ficou 
conhecida como ?DĂƌĐŚĂ� ƉĂƌĂ� Ž� KĞƐƚĞ ? do então presidente Vargas em conjunto com seu 
interventor estadual Pedro Ludovico (por simples analogia podemos associar as características do 
ludoviquismo às de Vargas. Estudaremos nas aulas seguintes). Somado a criação de Goiânia e da 
Fundação Brasil Central, os projetos de Vargas muito influenciaram a configuração territorial da 
região central de Goiás denominada, naquele período, de Mato Grosso Goiano. 
 
 
A Fundação Brasil Central (FBC), que teve origem na Expedição Roncador-Xingu, 
inicialmente comandada por João Alberto Lins de Barros (ministro da Coordenação de 
Mobilização Econômica e ex-tenente da Coluna Prestes), foi um órgão, criado em 1943, 
com o objetivo de "desbravar e colonizar as zonas compreendidas nos altos rios Araguaia, 
Xingu e no Brasil Central e Ocidental", região alvo da chamada "Marcha para Oeste", 
programa de colonização e ocupação de fronteiras impulsionado pelo então presidente 
Getúlio Vargas nos primeiros anos do Estado Novo. Essa iniciativa fundou as cidades de 
Aragarças, em Goiás, e Nova Xavantina, no Mato Grosso; assumiu a administração da 
Estrada de Ferro Tocantins; firmou convênios com outros órgãos para mobilização de 
trabalhadores do norte do país; construiu usinas de cana, estradas, campos de pouso, 
redes de comunicação; e adquiriu entrepostos comerciais. 
Fonte: http://www.coc.fiocruz.br/index.php/todas-as-noticias/264-as-ideias-que-fazem-o-
estado-andar-a-fundacao-brasil-central-e-a-imaginacao-territorial-brasileira? (acesso em 
13/04/18). 
 
Ceres tornou-se um município emancipado, que é separado pelo rio das almas no município 
de Rialma, formam o que chamamos cidades irmãs: quando temos a mesma malha urbana em 
municípios diferentes separados por fronteiras (naturais ou artificiais). Os critérios usados para a 
implantação de CERES eram as condições de solo e a proximidade de Anápolis até então era o 
principal centro regional goiano. As Colônias Agrícolas Nacionais à?ĨŽƌĂŵ� ĐƌŝĂĚĂƐ� ƉĂƌĂ� ƌĞĐĞďĞr e 
fixar cidadãos brasileiros pobres, aptos a agricultura, dentre aquele amplo programa de superação 
ĚĂƐ� ĐĂƌġŶĐŝĂƐ�ĚŽ�ŵŽĚĞůŽ�ďƌĂƐŝůĞŝƌŽ�ĚĞ�ĚĞƐĞŶǀŽůǀŝŵĞŶƚŽà?à?��Žŵ�ĂƐ��ŽůƀŶŝĂƐ�ƉƌĞƚĞŶĚŝĂ-se resolver 
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ĚŽŝƐ�ĞƐƚƌĂŶŐƵůĂŵĞŶƚŽƐ�ďĄƐŝĐŽƐàP� à?ĂůŽĐĂƌ�ŵĆŽ-de-obra liberada pela decadênciada cafeicultura do 
sudeste (e de maneira mais global pela deterioração das relações de troca entre o velho campo e a 
nova economia urbana), e criar uma frente agrícola comercial interna.à? 
 
 
Traçado urbano da colônia de Ceres. O traçado e atual. Ceres surgiu de um planejamento assim como Goiânia e o DF. 
 
 
A proximidade com centros dinâmicos como Anápolis e Goiânia significou facilidade de 
escoamento da produção e proximidade com mercados consumidores à? isso estimulou o 
aumento na produção agrícola. 
 
 
 
Nos seus primeiros anos sua produção era principalmente voltada para arroz, feijão e milho. 
A partir da década de 50 foi introduzido o cultivo da batata, do amendoim e da fruticultura. 
 
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 A produção pecuária era limitada, pois o objetivo econômico fundamental da colônia era o 
aproveitamento da fertilidade do solo. A criação de animais depende pouco da fertilidade e pode 
ser realizadas em solos pouco férteis do cerrado, que são cobertos de gramíneas. 
O aumento populacional do Mato Grosso (lá foi criada a colônia agrícola de Dourados), a 
colonização das terras em direção ao oeste goiano, de importantes centros urbanos do estado e de 
outras Unidades da Federação favoreceu o aumento da demanda por alimento. 
 
Relação direta: 
Urbanização (aumento da população urbana maior que a rural) 
 
 
 
Aumento pela demanda de alimentos 
 
Mas foram os grandes cerealistas de Anápolis e os comerciantes de Ceres que se 
beneficiaram do processo de incorporação da produção agrícola da CANG junto à demanda 
crescente dos centros que se emergiam. Diante do domínio do capital mercantil e da valorização 
das terras, ocorreram vários conflitos entre posseiros, colonos, grileiros e fazendeiros. No caso 
específico dos colonos, muitos deixaram suas condições de proprietários e migraram para cidades 
da região, em especial para Anápolis, Goiânia e, mais tarde, Brasília. A pequena propriedade, 
desde então, passou por uma forte desarticulação cedendo lugar às grandes fazendas que já 
existiam nas proximidades. 
Mas a desarticulação da pequena propriedade não ocorreu por uma falha ou ingenuidade 
do plano político de Vargas que, dentre outros objetivos, também visava fixar o agricultor familiar, 
A interiorização econômica, portanto, significou o aumento da produção de alimentos, mas 
também da reprodução da estrutura desigual da distribuição da terra, e a incorporação das 
pequenas propriedades pelo latifúndio. Conforme expande a agricultura expande também os 
conflitos. A colônia agrícola se urbanizou e passou por uma reespecialização produtiva. A cidade 
sempre contou com a administração de médicos e se tornou um importante centro de atividades 
ligadas à saúde. 
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9. CLUSTER E AGRICLUSTERS. 
O que é um cluster? O conceito de cluster relaciona-se à ideia de aglomerado de empresas 
vinculadas industrial ou comercialmente. São aglomerados geográficos de empresas de 
ĚĞƚĞƌŵŝŶĂĚŽ�ƐĞƚŽƌ�ĚĞ�ĂƚŝǀŝĚĂĚĞƐ�Ğ�ŽƵƚƌĂƐ�ĞŵƉƌĞƐĂƐ�ĐŽƌƌĞůĂƚĂƐà?�à?hŵĂ�ĐŽŶĐĞŶƚƌĂĕĆŽ�ĚĞ�ĞŵƉƌĞƐĂƐ�Ğ�
instituições que geram capacidade de inovação e conhecimento, favorecendo a construção de 
vantĂŐĞŶƐ�ĐŽŵƉĞƚŝƚŝǀĂƐà?à? 
Os clusters são típicos de determinados segmentos econômicos mais modernos e regiões de 
tecnopolos ao redor do mundo, e um bom exemplo é o que podemos observar no Vale do Silício e 
na região de Hollywood, ambos na Califórnia, na costa oeste dos EUA. Por outro lado, envolvem 
tanto características de cooperação como de competição. Cluster são aglomerados competitivos, 
tecnológicos, que exploram ao máximo a logística e podem ser de vários setores. Ceres por 
exemplo passou por uma especialização produtiva e só consolidou como um cluster de saúde, mas 
o mais importante cluster do estado é o complexo logístico agroindustrial da Perdigão no 
município de Rio Verde. Os principais fatores de atração de investimentos são: 
 
9 Localização estratégica, que permite escoar a produção para todas as regiões do país. 
9 Incentivos locacionais com incentivos fiscais (isenções de impostos) e incentivos 
financeiros (financiamentos à juros baixos). 
 
Os grandes investimentos no agronegócio, ou agroindústria, são um bom exemplo do 
processo de desconcentração industrial pelo qual o Brasil passa. Essencialmente o agronegócio 
está ligado à indústria e os incentivos estimulam a instalação das empresas fora do sudeste, o 
núcleo de industrialização mais antigo. 
 
 
 
Texto complementar: 
 
 à?�ŽŶƐĐŝĞŶƚĞ� ĚĞ� ƋƵĞ� ĚĞƚŝŶŚĂ� Ğŵ� ƐƵĂƐ� ŵĆŽƐ� ƚŽĚŽƐ� ŽƐ� ƌĞƋƵŝƐŝƚŽƐ� ŶĞĐĞƐƐĄƌŝŽƐ� ƉĂƌĂ�
competir com outros municípios do Estado e da União, quais sejam o emprego de 
tecnologia de ponta, alta produtividade e a constante inovação por parte dos 
agricultores locais, as lideranças municipais uniram forças e foram premiados com a 
implantação na cidade em meados de 1996, do Projeto Buritis, capitaneado pela 
Perdigão Agroindustrial S/A em parceria com os produtores rurais, o qual recrudesceu 
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com tamanha intensiĚĂĚĞ� ƋƵĞ� à?ĞdžƉůŽĚŝƵà?� Ă� ƉĞƋƵĞŶĂ� ĐŝĚĂĚĞ� ĚĞ� à?à?à?à?à?à?à?� ŚĂďŝƚĂŶƚĞƐ� ă�
época (hoje com estimativa de 150.000), redundando em sucesso absoluto. Para que 
haja um cluster, há a necessidade da concorrência de três elementos: ciência, tecnologia 
de ponta e pesquisa. 
 Em Rio Verde, a pesquisa está presente no agronegócio desde que a COMIGO à? 
Cooperativa Mista dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano Ltda em conjunto com a 
EMGOPA- Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado de Goiás e a FESURV à? 
Universidade de Rio Verde, implantou os primeiros canteiros destinados ao trabalho dos 
pesquisadores dos três órgãos, há mais de 25 anos. De lá para cá a coisa evoluiu tanto, a 
ponto de ser realizada anualmente a AGRISHOW-COMIGO, feira de mostra de 
máquinas, implementos e resultados da pesquisa, nos moldes da realizada em Ribeirão 
Preto-SP. 
 Para se ter uma pequena ideia da grandeza da tecnologia empregada pelos 
agricultores em Rio Verde, hoje lá se produz mais quilos de soja por hectare do que 
produzem os seus concorrentes americanos, numa demonstração clara da eficiência dos 
profissionais da área. 
 Pólo de atração para as agroindústrias, o agricluster Perdigão contribuiu para 
incrementar em 47% o Produto Interno Bruto local no ano passado, tornando Rio Verde 
uma das três cidades brasileiras com maior índice de crescimento econômico. 
Três fatores foram extremamente decisivos para que a Perdigão Agroindustrial fosse se 
instalar em Rio Verde: O Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), o qual funciona 
como garantidor e alavancador dos recursos financeiros que são repassados aos 
parceiros integrados, por intermédio do Banco do Brasil S/A, à taxa de juros de 8,75%ao 
ano; a privilegiada localização geográfica do município, permitindo o acesso aos 
mercados do Norte e Nordeste do país, além da farta produção de grãos e, por fim, o 
Governo do Estado de Goiás o qual compareceu concedendo desconto e financiando o 
restante dos impostos estaduais gerados, durante duas décadas, além de todos os 
serviços de terraplenagens necessários à implantação do complexo industrial. Também 
a Prefeitura do município teve participação decisiva, adquirindo as áreas rurais onde se 
implantou a empresa. 
 Nem tudo, porém são flores no município. Problemas existiram e continuam a existir, a 
exemplo das duas rodovias federais que cortam Rio Verde (BR-060 e BR-452), as quais 
carecem de um recapeamento em toda a sua extensão no Estado de Goiás. 
 A despeito de tudo isto a região, cujo pivô acha-se na cidade de Rio Verde, onde está 
instalado o complexo agroindustrial da Perdigão, desenvolve-se de forma acelerada. 
Vinte e dois municípios ao redor de Rio Verde são beneficiados pelo agricluster ali 
existente, pois são também produtores de grãos e têm instalado em suas fazendas, 
granjas de suínos e aves da empresa em parceria com os produtores rurais. 
 
Disponível em: http://www.beefpoint.com.br/o-agricluster-goiano-por-que-rio-verde-
19536/>. Acesso em 13/04/18. 
 
 
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10. DISTRITO AGRO-INDUSTRIAL DE ANÁPOLIS. 
Também conhecido pelas iniciais DAIA, é uma região industrial da cidade de Anápolis em 
Goiás em que também são oferecidos incentivos como infraestrutura às indústrias. Foi criado em 
1976 e abriga o maior pólo farmoquímico da América Latina, além de indústrias de adubos, 
alimenticia, têxtil e automobilistica. Para dinaminar o escoamento e integrar Anápolis aos portos 
litorâneos possui um Porto Seco. Portos secos são terminais logísticos intermodais, ou seja, 
permitem a integração entre diversos modos de transporte: ferroviário, rodoviário e hidroviário. 
São aproximadamente 140 empresas que geram mais de 12.000 empregos diretos. Está localizada 
em um eixo estratégico para a integração regional e escoamento da produção. Há um projeto de 
ampliação pois a área está com sua capacidade quase totalmente esgotada, para tanto tem sido 
estudado um processo de desapropriação das terras que estão nos limites municipais, nas 
proximidades. 
Porto Seco do Centro-Oeste - Ferrovia Norte-Sul - Ligações Rodoviárias: Anápolis possui 
um Porto Seco, também conhecida Estação Aduaneira Interior (EADI). São novas formas de 
infraestrutura que permite o transporte intermodal (infraestrutura que congrega vários modais de 
transporte), armazenamento de produtos e uma importante forma de escoamento da produção. O 
exportador que embarca no porto seco já pode organizar todo seu tributamento (é um entreposto 
alfandegário) e sua mercadoria já chega pronta no porto litorâneo para o embarque. O Brasil 
possui 63 portos secos e o único a conseguir e manter atualmente o certificado ISSO 9001 
(certificado de qualidade total) foi o de Anápolis. Foi criado há 15 anos e opera com mão de obra 
qualificada e especializada. O porto seco de Anápolis poderá organizar o escoamento da produção 
para vários estados Brasileiros através da Ferrovia Norte-Sul. 
 
 
 
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No momento os principais portos integrados são o de Santos, Vitória e Itaqui. Já foram 
inaugurados recentemente 885 km de ferrovias entre Anápolis e Palmas. Ao todo a Ferrovia terá 
mais de 4.000km e interligará 10 estados brasileiros. A ideia da ferrovia é interligar o porto de 
Belém no Pará ao porto de Rio Grande, no estado do Rio Grande do Sul. Estas importantes obras 
de infraestrutura podem alavancar o desenvolvimento da região de Anápolis que poderá escoar 
sua produção e a da região. A cidade no início do século XX era um município bastante isolado 
devido à carência de transportes. Na década de 30 foi instalada a primeira ferrovia. A cidade 
cresceu bastante na década de 50 durante o governo JK, com a criação de Brasília, a transferência 
da capital para Goiânia e a construção da hidrelétrica de cachoeira dourada. Foram abertas 
estradas, em destaque a rodovia Belém Brasília que trouxe vários trabalhadores para a região e as 
várias rodovias radiais de Brasília para todo o Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11. CONTEXTO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA ATUAL. 
 
 
 
Temos em Goiás as lavouras temporárias e as lavouras permanentes (ou perenes). 
Temporárias são as que dão em ramos e têm colheitas anuais uma ou mais vezes ao ano. Cultivos 
perenes são aqueles que dão em árvores como café. O maior destaque nos últimos anos é a 
expansão da soja. A produção de alimentos em geral, sempre foi importante no estado. O estado 
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de Goiás é um grande produtor de grãos, sobretudo soja, sorgo e trigo. Também trigo, arroz e 
milho. Todos os dados das tabelas e gráficos são do IBGE referentes ao ano de 2014 (são dados 
atuais disponíveis no site da instituição, é que as listas completas são publicadas após dois ou 3 
anos, tempo necessário para parametrar os dados). 
 
 
 
 
 
 
 
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A cana de açúcar teve um aumento na produção nos últimos anos em razão do estimulo que 
foi dado à produção de cana de açúcar tendo em vista a produção de etanol. Quase toda a batata e 
cebola consumidas no país são produzidas em Goiás. 
 
 
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11.1. A AGRICULTURA EM GOIÁS: PRINCIPAIS PRODUTOS.Os principais produtos cultivados tanto em área quanto em toneladas é a soja, o milho e a 
 A agricultura predominante é o plantation (latifúndios, monocultores para a cana de açucar.
exportação). Em termos de área, a pecuária ocupa um maior espaço que a lavoura. Os principais 
animais criados e abatidos são aves, suinos e gado. 
Temos aqui várias tabelas das quais vamos extrair nossas informações. Verifique-as 
cuidadosamente. Vale a pena sempre consultá-las, pois aos poucos nos afeiçoamos a analisá-las e 
também aos principais dados econômicos expostos. 
Abaixo, podemos ver que entre 2008 e 2018 a produção agrícola aumentou no Brasil, no 
Centro Oeste e em Goiás, que é o segundo maior produtor agropecuário do centro Oeste, somente 
atrás do Mato Grosso e ocupa a quarta posição nacional na produção de Grãos. 
Goiás está atrás somente da produção de MT, PR e RS. A maior produção nacional é do 
centro oeste e a segunda da região Sul. 
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Além da soja, milho e cana de açúcar, há outros produtos de destaque como, por exemplo, 
o arroz, sorgo, feijão, alho, laranja abacaxi e trigo. 
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A dinâmica da soja contribui para a agregação de tecnologia em culturas que são plantadas 
, como sorgo e milho (safrinha). Soja, milho e sorgo são importantes matérias-como segunda safra
primas para a fabricação de ração animal, fato que impulsiona a criação de animais confinados no 
estado. Goiás é a maior produção nacional de sorgo, 3° na produção de milho, 2° de cana de 
açúcar, 8°de arroz, 3° de feijão 
 
 
A cana-de-açúcar, que tem se expandido rapidamente. Goiás está entre os estados 
brasileiros com maior produção. A elevada expansão da produção de cana-de-açúcar está 
relacionada à demanda cada vez maior do setor sucroenergético por matéria-prima para suprir o 
crescente mercado de biocombustíveis. 
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A agricultura goiana tem como característica a produção de commodities. Alimentos como 
arroz e feijão possuem pequena expressão diante da produção total do estado, mas não deixam de 
ter sua importância. 
 
 
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O caso da produção de arroz em Goiás é emblemático, depois de ser um dos maiores 
produtores nacionais em décadas passadas hoje é apenas o 8º do ranking nacional. A concorrência 
com a alta produtividade dos estados do Sul e até de países do MERCOSUL, bem como com 
culturas como soja e milho, são fatores que explicam a diminuição ano após ano da sua produção. 
Há tanto a produção de arroz irrigado e o arroz de sequeiro (sem irrigação). A produção de feijão 
apresentou crescimento desde os anos 2000, consolidando Goiás como um dos maiores em 
produção entre os estados. Uma característica importante do feijão goiano é sua alta produção na 
3ª safra do produto que é realizada no período de estiagem sendo necessária irrigação, o que 
proporciona altos índices de produtividade. Isso auxilia no suprimento de feijão ao longo do ano e 
reduz, em certa medida, as oscilações de preços. 
No processo de deslocamento da fronteira agrícola o algodão perdeu importância em Goiás 
e aumentou, consideravelmente, por exemplo, na Bahia. Ainda assim está entre os principais 
estados produtores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11.2. MUNICÍPIOS COM MAIOR PRODUÇÃO AGRÍCOLA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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12. A PECUÁRIA ATUAL. 
O estado possui um dos maiores rebanhos do país. Possui a produção de animais variada e 
prenomina gado bovino para corte e leite, suínos, galináceos e uma importante aquicultura 
(criação de peixes). 
 
 
 
 
 
 
 
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Os principais rebanhos são de cabeças de gado, suinos e aves. Os três aumentaram a 
produção nos últimos anos. Cada vez mais é intenso o uso de tecnologias que levam ao aumento 
da produtividade, mas apesar disso em Goiás convivem formas antigas e extensivas de criação de 
gado ao lado formas intensivas, principalmente no leite, suinos e aves. 
 
 
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Observe as colunas: Vaca Leiteras e Produção de Leite. Perceba que na década apresentada, 
ocorreu uma diminuição de cabeças de vaca leiteira, as a produção de leite aumentou. Isso é 
resultado de técnicas intensivas, através de drogas, que aumentam a produção por cabeça, 
aumentando a produtividade. 
 
 
Veja pelos dados abaixo a grande queda nas exportações de carne,e as exportações mais 
afetadas foram os suinos e aves. Isso é resuldado de embargos internacionais dos principais 
mercados consumidores: 
 Embargo da União Europeia à carne de frango (fraude nos exames de salmonela). 1-
 Embargo da Rússia à carne de porco (alegam estimulantes na carne). 2-
 Embargo da China à carne de frango (alegam Dumping por parte d o Brasil e levaram o caso 3-
à OMC. 
 
Na OMC (Organização Mundial de Comércio) órgão ligado à ONU, há uma espécie de 
tribunal internacional, que combate práticas protecionistas e jogadas comerciais desonestas, como 
o , que consiste em vender um produto abaixo do preço de custo com o objetivo de dumping
prejudicar o concorrente e dominar o mercado. Coisa nenhuma, pois nossas commodities são 
extremamente competitivas e só não são mais por necessidade de melhoria na infraestrutura. 
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13. TEXTO COMPLEMENTAR. 
Texto: Folha de São Paulo. 
 
 A agricultura tornou-se grande fonte de receita para o Brasil. Muitas razões levaram a 
indústria a perder espaço: as políticas econômicas tiveram foco no macro enquanto, no 
micro, tomamos direções erradas; nossa integração à economia internacional é baixa; o 
mundo mudou e ficamos fixados em realidades que não evoluíram: o Mercosul e as 
negociações na OMC; atraímos investimentos diretos que miram os mercados interno e 
sub-regional e pouco contribuem para aumentar nossa inserção na economia 
internacional. 
 Isso sem falar no financiamento de longo prazo concentrado no BNDES, na taxa de 
poupança sempre baixa, no quadro tributário movido apenas pelo imperativo político 
de aumentar gastos, no reduzido apetite de empresários para conquistar um cenário 
externo crescentemente desafiador. 
 Na agricultura, evoluímos. Com a intermediação das tradings multinacionais 
conquistamos o mercado chinês. Melhoramos a eficiência governamental e soubemos 
responder, com alguma agilidade, aos obstáculos que se apresentaram. 
 O exemplo das exportações para a China é relevante. O sucesso da soja é 
incontestável. Até outubro deste ano, fornecemos 28,5 milhões das 52,7 milhões de 
toneladas importadas pelos chineses. No açúcar, fornecemos 1,5 das 2,4 milhões de 
toneladas compradas pela China. 
Em carne bovina, de janeiro a setembro, exportamos 158 milhões de toneladas para 
Hong Kong, enquanto a China continental, para onde não exportamos de tudo porque a 
carne brasileira estava sob embargo, importou, no total, 116 milhões de toneladas. 
Fomos, no mesmo período, o terceiro maior exportador de celulose e o quarto 
exportador de algodão para o mercado chinês. 
 O risco é nos contentarmos com os resultados. O caso da soja, por exemplo: nos 
primeiros dez meses de 2014, aumentamos o volume das exportações para a China em 
4%, enquanto os EUA aumentaram 38,35%, a Argentina, 28,32% e o Canadá, 22,41%. 
 Os americanos estão se movendo, levando os produtores a interagir mais com os 
compradores, algo que não fazemos. Em carne bovina, não podemos ficar tão 
dependentes das entradas via Hong Kong. A China faz vista grossa para essa 
triangulação, mas não será para sempre. 
 Nossas exportações de algodão para o mercado chinês de janeiro a outubro tiveram 
queda de 45% em relação ao mesmo período de 2013. 
Fornecemos apenas 0,2% da carne de porco e 4,2% do café importados pelos chineses. 
 O mercado de café, segundo um estudo da OIC (Organização Internacional do Café), 
cresce 12,8% ao ano. O consumo médio per capita é de 25 gramas, enquanto em outros 
países esse número vai a 12 kg. Quando ocuparemos maior espaço? 
 
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9 A maior participação no PIB dos estados e países é maior no setor terciário, ou 
seja, comércio e serviços. O setor secundário é a indústria de transformação e 
vários elos da cadeia produtiva do agronegócio. O setor primário é a produção 
agropecuária. 
9 Os 5 municípios mais ricos do estado são: Goiânia, Anápolis, Aparecida de 
Goiânia, Rio Verde e Catalão. 
9 Quanto maior a temperatura e a pluviosidade os solos são mais profundos. 
9 É importante lembrar que assim como o petróleo os solos são recursos naturais 
não renováveis. A perda de solo está entre os grandes problemas provocados 
pela agropecuária. 
9 O solo de Goiás é tipicamente de cerrado: imaturo, latossolo, pouca matéria 
orgânica, ácido e precisa ser tratado com o método da calagem. 
9 A fertilidade em geral não é muito alta pois, o solo sujeito à erosão, são e 
intemperizados) e lixiviados. 
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9 Agronegócio são todos os setores da cadeia produtiva agrícola. 
9 O plantation normalmente produz poucos alimentos, ou nenhum. As lavouras de 
milho e soja, por exemplo, são destinadas à produção de ração. 
9 Os alimentos são produzidos principalmente pela agricultura familiar realizada 
nas pequenas propriedades. 
9 Os transgênicos são OGMà?s (Organismos Geneticamente Modificados). 
9 Lei de Biossegurança, de 2005: O plantio de transgênicos e a pesquisa com 
células tronco. 
9 Extensiva: Realizada sem ou com baixo uso de tecnologia, através técnicas 
rudimentares. Tem uma baixa produtividade e ocupam maior espaço. 
9 Intensiva Utilizam alta mecanização e logística, muitos agrotóxicos e fertilizantes 
e possui alta produtividade, ocupam um espaço bem menor, devido à alta 
produtividade: agriclusters. 
9 O relevo de Goiás permite a mecanização por ser predominantemente de 
chapadas: Planaltos sedimentares com o topo plano. 
9 Os trabalhadores rurais então desempregados migram para as cidades (e 
aumentam a marginalização espacial com a proliferação de favelas). Êxodo rural. 
9 1964 do Estatuto do trabalhador rural, no governo Castelo Branco (a criação das 
leis trabalhistas no campo. GV as criou somente na cidade.) e a implantação dos 
primeiros modelos de agronegócio: aceleram o êxodo. 
9 Problemas do uso intensivo do solo: Contaminação do solo e da água com 
agrotóxicos, Desmatamento, Destruição da biodiversidade, Aceleração do 
processo erosivo, Erosão e assoreamento dos, Êxodo Rural (nos espaços 
mecanizados). 
9 No estado está aumentando a quantidade de pessoas empregadas na indústria, 
mas há uma predominância da população empregada no setor primário e 
terciário. Observe atentamente o gráfico abaixo. 
9 Na década de 70: É uma época de expansão da fronteira agrícola pelo estado e o 
crescimento do entorno das cidades próximas ao DF, como Goiânia. 
9 Hoje a produção é cada vez maior e o número de pessoas ocupadas na 
agroindústria é menor: Aumento de produtividade. 
9 O desemprego que ocorre devido à modernização das tecnologias agrícolas, 
chamamos de desemprego estrutural ou tecnológico. 
 
 
 
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9 Foi criada em 1941 a Colônia Agrícola Nacional de Goiás (CANG) fez parte das 
políticas expansionistas de Getúlio Vargas: à?DĂƌĐŚĂ�ƉĂƌĂ�Ž�KĞƐƚĞà?à?� 
9 Ceres e Rialma: chamamos cidades irmãs. Colônias Agrícolas Nacionais Æ receber 
e fixar cidadãos brasileiros pobres, aptos a agricultura, dentre aquele amplo 
programa de superação das carências do modelo brasileiro de desenvolvimento. 
9 CERES eram as condições de solo e a proximidade de Anápolis e depois Goiânia: 
facilidade de escoamento da produção e proximidade dos mercados 
consumidores. 
9 Com a valorização das terras, ocorreram vários conflitos entre posseiros, colonos, 
grileiros e fazendeiros. 
9 A pequena propriedade, desde então, passou por uma forte desarticulação 
cedendo lugar às grandes fazendas e ao plantation. 
9 Cluster: aglomerado de empresas vinculadas industrial ou comercialmente. 
Aumento da capacidade de inovação e conhecimento e vantagens competitivas. 
9 Vantatens locacionais: Localização estratégica, que permite escoar a produção 
para todas as regiões do país, incentivos fiscais (isenções de impostos) e 
incentivos financeiros (financiamentos à juros baixos): desconcentração industrial 
9 A agropecuária depende cada vez mais do espaço urbano, pois os capitais e 
tecnologias que movimentam o campo se originaram lá. 
9 A expansão da fronteira agrícola estimulou o desenovolvimento das médias 
cidades no interior. 
9 DAIA/ Anápolis :oferecidos incentivos como infraestrutura às indústrias. Foi 
criado em 1976 e abriga o maior pólo farmoquímico da América Latina, além de 
indústrias de adubos, alimenticia, têxtil e automobilistica. 
9 Porto Seco (Estação Aduaneira Interior (EADI). Terminais logísticos intermodais, 
integração entre diversos modos de transporte: ferroviário, rodoviário e 
hidroviário. 
9 O porto seco de Anápolis pode organizar o escoamento da produção para vários 
estados Brasileiros através da Ferrovia Norte-Sul. 
 
9 Os principais produtos cultivados tanto em área quanto em toneladas é a soja, o 
milho e a cana de açucar. 
9 A agricultura predominante é o plantation (latifúndios, monocultores para a 
exportação). 
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9 Em termos de área, a pecuária ocupa um maior espaço que a lavoura. Os 
principais animais criados e abatidos são aves, suinos e gado. 
9 A produção de alimentos ocorre principalmente nas pequena propriedades com 
agricultura familiar. 
9 Goiás está atrás somente da produção de MT, PR e RS. A maior produção 
nacional é do centro oeste e a segunda da região Sul. 
9 Além da soja, milho e cana de açucar, há outros produtos de desque como por 
exemplo o arroz, sorgo, feijão, alho, laranja abacaxi e trigo. 
9 Goiás está entre os estados brasileiros com maior produção de cana de açucar. 
Setor sucroenergético : mercado de biocombustíveis. 
9 É o 8º do ranking nacional na produção de arroz. Sua produção caiu devido a 
concorrência com os estados do sul e do Mercosul, e perda de espaço para a soja 
e milho. 
9 No processo de deslocamento da fronteira agrícola o algodão perdeu importância 
em Goiás 
9 Municípios destaques no agronegócio: Rio Verde, Jataí e Cristalina. 
9 Os principais rebanhos são bovinos, suinos e aves. 
9 A queda nas exportações entre 2017/2018 decorre do embargo da EU e Rússia e 
a operação a carne é fraca. 
9 Embargo Chinês: acusação de dumping em processo na OMC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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14. EXERCÍCIOS 
 
 
1. (FCC - SEFAZ-GO / 2018) 
Considere as informações abaixo sobre aspectos da urbanização e da agricultura no estado de 
Goiás: 
I. Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis são os município mais populosos, enquanto que a 
cana-de-açúcar, a soja e o milho foram os produtos agrícolas mais produzidos no estado em 
2017. 
II. Em 2015, a agropecuária representou cerca de 10% do PIB do estado, enquanto que a 
indústria representou cerca de 25%, ficando para o setor de serviços a participação de 65%. 
III. Criada no ano de 1941, a Colônia Nacional Agrícola de Goiás (CANG) fez parte da política 
expansionista de Getúlio Vargas e resultou no importante crescimento da produção de soja 
no estado a partir de 1955. 
IV. Em 2017, os animais mais abatidos no estado forma aves e bovinos e representaram cerca 
de 35% da produção brasileira, consolidando o estado como o mais importante polo 
agropecuário da região Centro-Oeste. 
V. Em 2010 foram contabilizados 246 municípios no estado, sendo que entre 1950 e 1960 
houve a maior taxa de crescimento de municípios e entre 1970 e 1980 a menor. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
A) I, IV e V. 
B) I, II e V. 
C) II, III e IV. 
D) II, III e V. 
E) I, III E IV. 
Comentários 
A CANG é de 1941 e parte da política de colonização de Vargas, a marcha para o Oeste. Seus 
primeiros produtos inicialmente eram arroz, milho e feijão. A soja somente após 2005. Então 
podemos eliminar a proposição III e as alternativas [C], [D] e [E]. 
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Entre 1940 e 1963 foram criados 128 municípios no território goiano. E até 1988 foram mais 42. 
Grande parte surgiu no Mato Grosso Goiano e ao longo da BR-153, o que teve influência direta da 
abertura de estradas, da criação da CANG e das duas capitais planejadas. A maior produção de 
grãos do centro Oeste é do Mato Grosso, bem como o maior rebanho bovino. A tabela abaixo é do 
instituto Mauro Borges e respalda as informações da participação do PIB: 65,1 setor terciário, 10,4 
agropecuário e 24,5 setor secundário. 
 
 
Gabarito: B 
2. (QUADRIX - SEDUC-GO / 2018) 
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a economia de Goiás está crescendo 
fortemente e que a expansão do emprego registrada no ano passado é uma tendência que 
deve se confirmar durantĞ�à?à?à?à?à?�à?WĞƌĐĞďĞŵŽƐ�Ğŵ�'ŽŝĄƐ�ƵŵĂ�ĞǀŽůƵĕĆŽ�ŵƵŝƚŽ�ĨŽƌƚĞà?�ǀŽůƚĂŶĚŽà?�
inclusive, aos índices econômicos de 2013, antes da crise. Ou seja, a economia de Goiás 
ĐƌĞƐĐĞƵ�ŵƵŝƚŽà?à? 
Fonte: Internet <www.dm.com.br>. 
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Acerca do desempenho da economia goiana ao longo dos anos e de assuntos correlatos, 
assinale a alternativa correta.A) Em 2017, o Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás cresceu mais que o triplo do PIB nacional, 
comparativamente a 2016. 
B) ConsiderandoǦse todo o ano de 2017, a produção agrícola goiana apresentou significativo 
crescimento em comparação com 2016, com expressiva contribuição do milho, da soja e da 
cana de açúcar. 
C) Desde 2014, os municípios de Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Rio Verde e Caldas 
Novas colocam-se entre os cinco maiores municípios goianos em relação ao PIB. 
D) Segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2017, Goiânia 
apresenta o décimo maior PIB entre os municípios brasileiros. 
E) Historicamente, Goiás se encontra entre as unidades da Federação com participação 
industrial superior a 50% na composição do PIB estadual. 
Comentários 
Os 10 mais ricos municípios goianos são os responsáveis por aproximadamente 60% da riqueza 
produzida no estado, o que significa que o desenvolvimento e a riqueza são muito concentrados. O 
estado de goiás teve um crescimento maior que o nacional, mas levemente maior, principalmente 
devido a grande produção de commodities, principalmente soja, milho e cana. Goiânia é a maior 
economia estadual e entre as 20 maiores do país, em quase todos os últimos anos tem ocupado o 
17° na economia nacional. A maior composição do PIB goiano é da participação do setor terciário, 
em seguida o secundário e em terceiro a agropecuária. Alguns podem estranhar a grande 
quantidade em toneladas e a grande área ocupada pela agricultura, no entanto são produtos de 
baixo valor agregado, e apesar da quantidade, contribuem menos no PIB. 
 
 
 
Gabarito: B 
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3. (FUNRIO /POLÍCIA MILITAR-GO/2017/CADETE) 
Estado de Goiás 
Número de estabelecimentos, área cultivada e número de tratores (1920-1985). 
 
Observando a tabela atentamente podemos identificar: 
1. Surgiram novos estabelecimentos agrícolas), um aumento da área cultivada e o 
desenvolvimento a partir de 1940 de cultivos temporários, ou seja , que possuem mais de 
uma colheita ao ano (devido a expansão das áreas de cultivo em regiões antes 
inaproveitadas). 
2. Um grande aumento do uso de tratores, um indicativo de modernização/mecanização da 
atividade agrícola. O desenvolvimento do agronegócio e o cultivo de soja transgênica foi 
responsável pela expansão da fronteira agrícola, que desde o início do século XXI avançou 
sobre os biomas do cerrado e atualmente aumenta nas bordas da floresta amazônica. 
IBGE. SEPLAN-GO. D ESTAT. 1990 apud ARANTES, Pedro F. Modernização da agricultura no 
sudoeste de Goiás (1970-1995). Universidade Federal de Goiás, Instituto de Ciências Humanas 
e Letras, Dissertação de Mestrado em História das Sociedades Agrárias, 2001. 
 
A tabela representa um período de mudança na agricultura do estado de Goiás. Essas 
transformações notabilizaram-se pela: 
A) comprovação da deficiência do solo do Cerrado para a produção agrícola, servindo como 
pastagem. 
B) constituição de uma estrutura fundiária caracterizada pela pequena propriedade e 
diversificação de culturas. 
C) criação da Embrapa que favoreceu a redução da área cultivada total e o aumento da 
produtividade. 
D) formação de planos econômicos nacionais e regionais que desestimularam o crescimento 
agrícola. 
E) mecanização da produção e expansão da fronteira agrícola com a intensificação da 
produção de grãos no estado. 
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Comentários 
Observando a tabela atentamente podemos identificar: 
1. Surgiram novos estabelecimentos agrícolas, um aumento da área cultivada e o desenvolvimento 
a partir de 1940 de cultivos temporários, ou seja , que possuem mais de uma colheita ao ano 
(devido a expansão das áreas de cultivo em regiões antes inaproveitadas). 
2. Um grande aumento do uso de tratores, um indicativo de modernização/mecanização da 
atividade agrícola. O desenvolvimento do agronegócio e o cultivo de soja transgênica foram 
responsáveis pela expansão da fronteira agrícola, que desde o início do século XXI avançou sobre 
os biomas do cerrado e atualmente aumenta nas bordas da floresta amazônica. 
Gabarito: E 
4. (FUNCAB /POLÍCIA MILITAR-GO/2010/SOLDADO) 
O solo do território goiano sempre foi considerado inadequado à agricultura porque possuía 
uma elevada concentração de alumínio, elemento tóxico para muitas espécies agrícolas. O 
processo adotado para a sua recuperação foi a: 
A) utilização de sistema agrícola semelhante ao praticado no sul do país. 
B) adoção de rodízio de cultivo da soja com a cana-de-açúcar e o café. 
C) prática da técnica da calagem que reduz a acidez do solo do cerrado. 
D) substituição das florestas que ocupavam a área pelo plantio da soja. 
E) implantação de sistemas de irrigação permanente do solo inadequado. 
Comentários 
O domínio natural (conjunto dos elementos da paisagem) de Goiás é predominantemente o 
cerrado, que possui vegetação tropófila (adaptada a variações de pluviosidade: verão chuvoso e 
inverno seco), arbórea-arbustiva, com poucas árvores espaçadas, com casca grossa e tronco 
retorcido. A principal razão da vegetação do cerrado ser de pequeno porte (com grandes 
variações) não está ligada ao clima e sim ao solo, que em geral é pobre em nutrientes, pouco 
desenvolvido (é profundo, mas possui muitos fragmentos rochosos), e ácido. A acidez do solo é o 
principal fator que limita a produção agrícola e deve ser corrida com a calagem, ou seja, tratar o 
solo com cal virgem para neutralizar seu PH (acidez). 
Gabarito: C 
5. (FUNIVERSA /SPTC-GO/2015/AUXILIAR DE AUTÓPSIA) 
Após cerca de 25 anos de espera, o trecho de 855 km da ferrovia Norte-Sul, que liga Palmas 
(TO) a Anápolis (GO), a 55 km de Goiânia, foi inaugurado na manhã D Esta quinta-feira (22 de 
maio). A presidente da República, Dilma Rousseff (PT), participou da cerimônia e chegou ao 
local em locomotiva acompanhada por cerca de oito autoridades, entre elas o governador de 
Goiás, Marconi Perillo (PSDB), o ministro dos transportes, César Borges, e o presidente da 
Valec Engenharia Construções e Ferrovias, responsável pelas obras, José Lúcio Lima Machado. 
Internet: <http://g1.globo.com>. Acesso em 26/12/2014 (com adaptações). 
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A respeito da ferrovia Norte-Sul e do transporte ferroviário em Goiás, assinale a alternativa 
correta. 
A) Mais de dois terços da produção agrícola do estado são transportados por esse meio. 
B) Entre os objetivos da ferrovia Norte-Sul, está o de induzir a ocupação econômica do 
cerrado brasileiro, além de favorecer a multimodalidade de transportes no País. 
C) Em seu trecho goiano, a ferrovia Norte-Sul cortará importantes cidades das regiões do 
entorno do Distrito Federal e do Sudeste do estado. 
D) Quando estiver completa, a Norte-Sul teráinício no Ceará e terminará no Rio Grande do 
Sul, exercendo importante papel na integração dos mercados regionais. 
E) A Norte-Sul permitirá uma maior utilização de um meio de transporte que, apesar de mais 
flexível que o rodoviário, é menos econômico que ele. 
Comentários 
Alternativa Correta [B] A ferrovia norte sul tem por objetivo integrar os portos do litoral 
sudeste/sul ao norte do Brasil, até o Porto de Itaqui em São luis do Maranhão. Atravessa o Brasil 
central pelos estados de Goiás e Tocantins, integrando estados do nordeste e norte (Pará). Ao 
longo do trecho passa por terminais intermodais, como o porto seco de anápolis (favorece a 
multimodalidade) 
A) A maior parte da produção agrícola da soja possui trajeto rodoviário com o principal, fator que 
encarece a mercadoria e faz perder competitividade. 
C) Apesar de não ser tão distante, o trecho não corta o o entorno do DF, que fica a leste da 
ferrovia. 
D) O ultimo trecho é no estado do Maranhão, até o porto de Itaqui. 
E) O transporte ferroviário possui melhor custo/benefício do que o rodoviário, pois transporta uma 
quantidade muito maior de carga com o mesmo gasto energético, além de ser cara a manutenção. 
Gabarito: B 
6. (FGV /TJ-GO/2014/ANALISTA JUDICIÁRIO/APOIO JUDICIÁRIO E ADMINISTRATIVO) 
à?�ƉſƐ�ĐĞƌĐĂ�ĚĞ�à?à?�ĂŶŽƐ�ĚĞ�ĞƐƉĞƌĂà?�Ž�ƚƌĞĐŚŽ�ĚĞ�à?à?à?�Ŭŵ�ĚĂ�&ĞƌƌŽǀŝĂ�EŽƌƚĞ-Sul, que liga Palmas 
(TO) a Anápolis, a 55 km de Goiânia, foi inaugurado na manhã D Esta quinta-ĨĞŝƌĂ�à?à?à?à?à?à? 
(www.g1.globo.com, 22/05/2014). 
 
Quando estiver concluída, serão 3500 quilômetros de trilhos da Ferrovia Norte-Sul, que é um 
importante eixo ferroviário criado para: 
A) ampliar as possibilidades de transporte de passageiros entre a Região Centro-Oeste e 
Sudeste; 
B) facilitar a exportação da produção de etanol do Centro-Oeste para o exterior, através do 
porto de Recife; 
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C) ampliar a capacidade de escoamento dos automóveis produzidos em Goiás para os 
principais centros consumidores da região Norte do país; 
D) promover a integração ferroviária entre as indústrias automobilísticas de Goiás e a região 
mineradora localizada no quadrilátero ferrífero em Minas Gerais; 
E) reduzir o custo de transporte das mercadorias produzidas no Brasil, ampliando acesso e 
competitividade no mercado externo. 
Comentários 
O desenvolvimento econômico está diretamente ligado à qualidade de sua infraestrutura (objetos 
técnicos que permitem maior fluidez do espaço como modais de transporte, portos e armazéns). O 
transporte ferroviário por possuir melhor custo-benefício por transportar grandes quantidades de 
cargas, diminui o custo do transporte até as zonas portuárias, tornando nosso produto mais 
competivo no mercado externo (lembre-se que a atividade agropecuária é principalmente o 
plantation: latifúndios monocultores com produção para exportação). 
Gabarito: E 
7. (FUNIVERSA /SAPeJUS-GO/2015/AGENTE DE SEGURANÇA PRISIONAL) 
O sudoeste goiano, região onde se situa Rio Verde, 
A) viveu um processo de povoamento e desenvolvimento muito recente, intensificado apenas 
na década de 1990, com elevadíssimo crescimento populacional. 
B) está distante das vias de acesso às grandes regiões agropecuaristas do Centro-Oeste. 
C) não possui municípios com IDHM abaixo de 0,6, o que contribuiu para que o estado de 
Goiás estivesse, em 2010, entre as dez melhores unidades da Federação, nesse aspecto. 
�à?�Ġ�ĐŽŶŚĞĐŝĚŽ�ƚĂŵďĠŵ�ĐŽŵŽ�Ă�ƌĞŐŝĆŽ�ĚĂ�à?�ƐƚƌĂĚĂ�ĚĞ�&ĞƌƌŽà?à? 
E) tem a indústria de bens de produção como base da economia regional. 
Comentários 
O sudoeste goiano é uma região de desenvolvimento razoavelmente recente do agronegócio, que 
tem se desenvolvido com a expansão da fronteira agrícola e muitos investimentos como o 
agricluster da Perdigão. A cadeia produtiva do agronegócio gerou aumento do PIB da região e um 
maior desenvolvimento dos centros urbanos (pois o campo hoje está estreitamente ligado ao 
espaço urbano, pois de lá vem os capitais e tecnologias). O aumento do PIB interfere diretamente 
no aumento do IDH (que calcula a qualidade de vida com base na expectativa de vida, escolaridade 
e renda per/capita-PIB/POP). O grande desenvolvimento do sudoeste contribuiu para o aumento 
da qualidade de vida do estado. 
Gabarito: C 
8. (FUNIVERSA /SPTC-GO/2015/PERITO CRIMINAL) 
Os solos do cerrado do Centro-Oeste foram considerados, até o final dos anos 1960, 
impróprios para a agricultura. De fato, é mínima a quantidade de solos com boa fertilidade 
natural. A pesquisa científica, entretanto, tornou os latossolos à? que no Centro-Oeste 
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ocupam 90 milhões de hectares (15 milhões em Goiás) à? a área mais propícia para as culturas 
de grãos: solos profundos, bem drenados, com inclinações normalmente inferiores a 3%. São 
áreas privilegiadas para expansão da agricultura especializada em grãos pela facilidade que 
oferecem à mecanização. 
Internet: <www.seplan.go.gov.br>. Acesso em 18/12/2014 (com adaptações). 
Tendo o texto apenas como referência inicial e analisando o quadro físico do estado de Goiás, 
é correto afirmar que: 
A) se encontra referência, no texto, ao processo de lixiviação, técnica desenvolvida pela 
Embrapa e que permitiu o excepcional aproveitamento econômico do cerrado a partir da 
década de 1970. 
B) o território goiano é banhado por rios que integram três grandes bacias hidrográficas 
brasileiras: a do Tocantins/Araguaia, a do São Francisco e a do Paraná. 
C) as porções mais elevadas do relevo, como a Serra Geral de Goiás, não exercem o papel de 
divisores de águas, diferentemente do que ocorre em outros estados. 
D) a ocorrência de quatro estações bem definidas contribui significativamente para a grande 
biodiversidade do cerrado, que só é superada, nesse quesito, pela Amazônia. 
E) as características dos latossolos descritas no fragmento aplicam-se adequadamente a toda 
a área de cerrado do estado de Goiás. 
Comentários 
Lixiviação é quando o solo perde nutrientes pois ĨŽŝ�à?ůĂǀĂĚŽà?�ƉĞůĂƐ�ĐŚƵǀĂƐà?�Ğ�ƉĞƌĚĞ�ƐƵĂ�ĨĞƌƚŝůŝĚĂĚĞà? 
O relevo de Goiás é predominantemente planáltico com grandes chapadas (planaltos sedimentares 
com o topo plano), que permitem a mecanização agrícola. Os planaltos tem a importante função 
de Talvegues, ou seja, divisores de águas. O que é isso? Quano o relevo separa diferentes bacias 
hidrográficas, como por exemplo as três bacias que banham o estado: à leste afluentes da bacia do 
São francisco, sudeste afluentes da bacia do rio Paraná, é cortado pelo Rio Tocantins e a oeste a 
fronteira com o mato grosso é o rio Araguaia. O clima predominante e o tropical típico que 
caracteriza-se por possuir duas estações bem definidas. 
Gabarito: B 
9. (FUNIVERSA /POLÍCIA CIVIL-GO/2015/PAPILOSCOPISTA) 
O agronegócio tem peso de destaque no cenário goiano por subsidiar grande parte da 
agroindústria no estado, [...] que é o quarto produtor nacional de grãos, com produção de 
13,6 milhões de toneladas, algo como 9% da produção do País. 
Internet: <www.goias.gov.br>. Acesso em 24/2/2015 (com adaptações). 
 
Nos últimos anos, os produtos agrícolas que Goiás produziu em maior tonelagem

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