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Resumo 04 - Gerard Lebrun (Poder)

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA 
FILOSOFIA E ÉTICA - MATERIAL 2015/1 
RESUMO 
PAMELA DUARTE 
PODER – GERARD LEBRUN 
Para retirar do pensamento das pessoas o caráter reverso que está revestida a palavra “poder” na 
sociedade atual, fruto das muitas teorias políticas e filosóficas, é que Gerard Lebrun analisar algumas dessas 
teorias. 
No primeiro capítulo do seu livro, a tese defendida por Lebrun vai de encontro com a teoria do 
sociólogo Talcon Parsons, que diz que o poder não está no impor a própria vontade contra qualquer 
resistência, mas ter autoridade sem que tenha a necessidade de coerção. Para Gerard, o homem só respeita a 
autoridade porque sabe que existirá uma punição. E nenhuma organização política moderna existiria sem a 
existência da dominação. 
Nos capítulos seguintes o autor se mostra favorável a teoria da Sabedoria, de Hobbes, defendida por 
Hobbes em detrimento das outras. Para Hobbes o homem era um ser apolítico e anti-social, defendia que a 
República (Leviatã) deveria ter como finalidade proteger os homens do estado natural (todos contra todos), 
porém seria necessário que o homem abrisse mãos de direitos e estabelecesse um contrato garantido pelo 
soberano. Lebrun rebate todas as críticas feitas pelas outras filosofias e mostra que elas só discutem as 
minúcias e mantem a essência da teoria de Hobbes, sustentando assim sua tese. 
Lebrun irá subverter a tese de Macpherson (que o modelo de Hobbes foi criado para defender a 
economia de mercado), no capítulo “O Leviatã e o Estado burguês”. Mostrando que é no modelo de Locke 
que irá defender aquele tipo de economia. E usando argumentos como o de reconhecer que a teoria da 
soberania é um modelo político que supunha o surgimento ou a existência de uma sociedade mercantil, 
contudo defende que Hobbes instaurou um modelo de dominação política que é condição essencial para o 
estabelecimento de uma sociedade moderna. Fala também, que Locke subverteu Hobbes, pois para o 
primeiro há incompatibilidade entre monarquia absoluta e estado civil, enquanto para o segundo não. 
 Mas Hobbes também é defendido por Lebrun com argumentos não convincentes. Como parecer não 
levar em consideração, que muitas vezes, a população não tem consciência de seus direitos mínimos e 
consequentemente não pode reivindica-los ao seu “soberano”. 
Na verdade o que podemos perceber em seu livro é que, Lebrun se propôs a retira do leitor o caráter 
negativo da palavra “poder”, entretanto acabou defendendo uma filosofia que, se não é foi a grande 
responsável por esta visão nociva, certamente foi uma das que mais contribuiu para que ela se estabelecesse.

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