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PATOLOGIA GLANDULAS SALIVARES ESTOMATO

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ESTOMATOLOGIA AULA 4
 
 PATOLOGIA DAS GLÂNDULAS SALIVARES
Área ampla, onde o cirurgião dentista deve atuar.
Os quadros inflamatórios de glândulas salivares que podem acometer tantas glândulas principais e acessórias, comprometem essas áreas anatômicas com etiologias variadas, desde a patologia viral (caxumba), as sialodenites bacterianas o paciente pode chegar com aumento de volume nas parótidas e temos que cuidar para não confundir com doença de origem dentaria.
Para isso devemos aprender a fazer a prova funciona da glândula salivar, no atendimento já descobrimos. Vemos a saída de pus do ducto excretor da glândula e o tratamento vai ser a base de antibiótico. 
Fenômenos de obstrução de cálculo dentro da glândula salivar ou do ducto excretor, pode raramente inclusive glândulas salivares acessórias a presença de um minúsculo sialolito comprometendo a função daquela glândula. 
Então em geral as sialolitiases são vistas vinculadas a glândula submandibular, mas nós podemos ver fenômenos de cálculos também em áreas de glândulas salivares acessórios. 
Cuidado com os tumores que podem se alojar nas glândulas salivares maiores ou acessórias. 
Fenômenos de retenção de muco
Dentro dos fenômenos temos as Sialodenites, de origem:
Virais
Bacterianas
Sialolitiase
Auto imune
MUCOCELE
Acomete crianças e adultos jovens.
História de trauma local (localização clássica lábio inferior) mordiscamento ou trauma. Pode acontecer em outras áreas como a língua, ventre da língua.
Semanas de evolução 
Vesícula ou bolha – com conteúdo salivar com muco no seu interior, deve ter até meio diâmetro vesícula, passou disso vai ser chamado de bolha.
Remissão (Ruptura) / Exacerbação 
Quando a lesão persiste por mais de 30 dias, vamos remover. Pois em alguns casos há o dano, mas o organismo consegue se recuperar do trauma. Episódios de remissão e exacerbação configuram que a glândula não está conseguindo se recuperar. 
Na hora de abrir vamos visualizar o grande número de glândulas salivares acessórias e como não saberemos distinguir qual está causando o dano vamos remover todas que estiverem na área estipulada e sutura. Nós temos de 700 a 1000 glândulas acessórias na cavidade bucal, então não vamos ter ressecamento nessa região. Sem contar que temos parotida e submandibular. 
Professor contou que o paciente tinha um evento, e ela pegou uma agulha e fez o esvaziamento da mucocele, mas depois o paciente deve retornar para fazer a remoção cirúrgica. 
Ruptura do ducto excretor
Glândula salivar acessória 
Extravasamento de muco tanto das mucocele, também chamados de cisto de retenção de glândula salivar, mas eles não são verdadeiros cistos, pois o cisto por definição tem que ter cavidade revestida por epitélio, então ele é um pseudocisto. 
Tratamento: Remoção cirúrgica. 
Anestesia, incisão linear (na área de retenção do muco) pode vir inteira ou rompida, remove e manda exame todas as glândulas removidas, pois não sabemos qual delas é a causadora. Devemos ir até tecido muscular, temos que entrar em profundidade. Sutura.
RÂNULA
Quando temos retenção de muco em assolho bucal, chamamos de rânula.
Localização no assoalho bucal frenquentemente lateral a linha média, existem alguns casos que tem dos dois lados, mas é incomum. 
Origem: glândula sublingual 
Frequentemente os pacientes vem com lesões bolhosas, pois quando começa a colecionar no assoalho de boca e é uma área extensa, o paciente nem sente, mas ele começa a perceber que a língua está se projetando para cima ele sente algo diferente, mas não dor. 
Conteúdo liquido, se tiver em profundidade não vai dar transparência, nem aquele aspecto azulado que o mucocele também pode apresentar. Podemos aspirar a região para ver se vem muco para diagnostico. 
Tratamento: marsupialização ou remoção da glândula envolvida. 
Atualmente não fazemos mais esse método da sutura invertida (para fora), marsupialização você tira um tampão daquela mucosa e drena toda a saliva e justamente se quer criar uma nova via de escape para não condenar uma glândula principal e não de uma glândula acessório (que é o caso da mucocele). Antigamente se suturava para fora a área da incisão em vez de fechar, porque se eu faço a sutura invertida que é essa para fora. Hoje cauterizamos tiramos o fragmento libera o muco e cauteriza os limites, não para fechar mas parar sangramento e para dificultar a cicatrização com o proposito que a própria glândula crie sua nova via de escape para a saliva normalizar o funcionamento. Pois se ficar fazendo e recidivar, vamos ter que remover a glândula, algo que jamais vamos querer. 
As vezes o procedimento é feito mais de uma vez. Em casos extremos tem indicação de remoção.
SIALODENITE 
Significa inflamação da glândula salivar seja ela principal ou acessória. O sufite ITE quer dizer inflamação. 
Podem ser de origens: 
Infecções virias
Infecções bacterianas
Não-infecciosas
 
SIALODENITE VIRAL (Mesma coisa que Caxumba) 
Também chamada de parotidite epidêmica mas utilizamos esse termo apenas quando ocorre na parotidea, que é a localização principal. Mas pode envolver outras regiões como submandibular, então nesses casos utilizaremos o termo caxumba que é mais geral.
Caxumba (Parotidite epidêmica a vírus)
Agente etiológico: Paramixovírus que é um vírus que tem afinidade por estrutura gandular. 
Transmissão: gotículas de saliva
Tropismo (afinidade) por tecido glandular por isso acomete as glândulas salivares, mas também pode acometer testículos e ovários que também são glândulas. 
Crianças e adolescentes.
Em geral doença é mais comum em crianças, nas escolas através das gotículas de saliva da pessoa infectada. 
Incubação dura em cerca de 15 dias (2 semanas)
Sinais prodrômicos antecedem a incubação do vírus.
Glândula parótida 
Como sinalização podemos ter o aumento do lóbulo da orelha
Aumento de volume, dor, tumefacção uni ou bilateral
Diagnostico: manifestações clinicas
Podemos ver um eritema dentro da boca na saída da glândula, pode ser uni ou bilateral. 
Tratamento sintomático: repouso (isolamento), antitérmico, nutrição, analgésicos se necessário. 
Paciente com HIV ou imunodepressivos podemos entrar com tratamento sistêmico. 
Complicações:
Orquite ( processo inflamatório nos testículos)
Ooforite (processo inflamatório nos ovários)
A caxumba pode recolher, o que significa ocorrer a disseminação viral não só sua localização principais, mas os testículos gerando esterilidade. 
Contato com o vírus: confere imunidade.
SIALODENITE BACTERIANA 
Ocorre em pacientes que não bebem muito liquido, ou usa medicações que causam ressecamento. 
Contaminação da glândula via mucosa bucal, a microbiota extremamente contaminado vai migrar pelo ducto excretor e fazer um quadro inflamatório infeccioso da glândula, então o que acontece formação de um cálculo que vai gerar essa obstrução e vai favorecer a contaminação pela cavidade bucal. 
Não confundir com dor de dente, fazer diagnostico diferencial (testes de vitalidade e radiografias) e a prova funcional da glândula a ordenha, trazer de traz para frente em direção ao ducto excretor, 3 ou 4 dedos e vão visualizar dentro e podemos ver ausência de saliva, pouca saliva ou pus.
Causas: 
Obstrução ductal 
Redução do fluxo salivar: desidratação, medicamentos (ansiolítico, para incontinência urinaria) pacientes que vão ter predisposição a desenvolver essas infecções. Não tomando liquido, fica com o ducto excretor sem a proteção que a saliva tem e os microrganismos que habitam na boca, migra pelo caminho inverso via ducto excretor contaminar a glândula. Não é raro na prova funcional: em vez de saliva, vem pus.
Sinais e sintomas inflamatórias (febre, dor)
Secreção purulenta 
Conduta:
Investigar a causa
Antibioticorerapia (geralmente penicilina responde bem, podemos coletar com swab e fazer a cultura e ver qual antibiótico melhor se adapta) 
Estimulação do fluxosalivar (bastante liquido, estimulação mascando chiclete para a glândula eliminar a contaminação para fora)
SIALOLITIASE (calcificação a partir dos sais de cálcio da própria saliva)
Pacientes que não tomam liquido, fluxo salivar diminuído, a glândula submandibular tem mais estáticas na formação do sialolito. 
Estruturas calcificadas: 
Interior do sistema ductal ou dentro glândula 
Deposição de sais de cálcio
Glândula submandibular 
Trajeto antigravitacional (glândula tem que mandar a saliva de baixo para cima), rica em sais de cálcio, ascendente e longo o trajeto. Ocorre na parede interna do ducto excretor, é muito delicado o ducto e qualquer traumatismo pode já começar a formar o ninho central que vai agregando partículas calcificadas. 
Dor e desconforto associado quando vai comer comida, a boca enche de saliva. 
Glândula produz e não tem por onde passar, inchaço e dói, existe uma piora do inchaço. 
Parótida raramente faz sialolito, pois o ducto é curto. 
Radiografia oclusal lateralizada ainda é um recurso para diagnostico (ecografia é mais cara) 
Tratamento 
Estimulação da glândula, massagens leve (de baixo para cima, para mandar o cálculo para fora);
Remoção cirúrgica do sialolito 
Remoção cirúrgica do sialolito e da glândula (quando tivermos uma sialolitese intra grandular)
Pode ocorrer dentro da glândula salivares menores, não é tão comum
Sialolito intra glandular (submandibular geralmente) tentamos ao máximo preservar.
SINDROME DE SJOGREN (Síndrome seca) 	
Doença auto-imune, sistêmica e crônica. Que afeta principalmente mulheres pós-menopausa – 60 anos de idade. 
Que cabe ao dentista ficar atento as sinalizações clinicas que os pacientes podem apresentar e pela prova funcional (verificar se a quantidade de saída está normal ou ausente).
Substituição do tecido nobre das glândulas muco secretoras. A zona nobre de uma glândula parênquima glandular, que é o que produz e a glândula se propõe. O Parênquima da glândula salivar é produzir saliva, parênquima lacrimal é da lagrima, parênquima da sudorípara é o suor e assim por diante. O próprio sistema imunológica da paciente tem uma leitura e interpreta o parênquima da glândula muco secretora como algo que não deveria estar ali, algo que não pertence ao organismo (Não saudável) e manda para esse local de maneira incorreta predominantemente um infiltrado de linfócito e vai haver uma substituição gradual dessa zona nobre da glândula por um tecido linfoide que é um tecido de proteção, mas que não tem proposito de mandar e não deveria ocorrer. 
Então o paciente tem essa substituição, ainda que gradual, dos parênquimas glandulares das glândulas muco secretoras e isso gera ressecamento no olho, boca, pele em geral vem associado a doenças reumatologias (artrite, artrose). 
Tem influência genética 
Mulheres, meia idade (dificilmente em mulheres jovens de 20 anos de idade). 
A localização compromete: Glândulas muco secretoras
Salivares – xerostomia – hiposialia  (paciente se queixa de boca seca – medir o fluxo salivar do paciente)
Lacrimais – xeroftalmia (irritação nos olhos – oftalmologista tratar)
Primária: não está presente outra doença auto-imune
Secundária: associada com outras doenças auto-imunes 
LÚPUS EIRTEMATOSO SISTÊMICO - ARTRITE REUMATÓIDE
50% dos pacientes apresentam tumefação das glândulas salivares maiores. Aumento de volume da parótida.
Redução do fluxo salivar: maior risco de infecção bacteriana
Diagnostico
Pedir exames
Fator Reumatóide
FAN (fator antinuclear)
Auto-anticorpos anti-nucleares: anti-SSA e anit-SSB
Biópsia: glândulas salivares acessórias (lábio inferior)
Tratamento multidisciplinar 
Oftalomologista
CD
Reumatologista (ele que fecha o diagnóstico) 
Saliva artificial
Pilocarpina (tem algumas restrições, mas pode ser usada para eliminar a saliva de dentro da glândula) 
Terapia antifúngica (quando necessário)
Risco 40x de desenvolvimento de linfomas. 
NEOPLASIAS DE GLANDULAS SALIVARES
Adenoma pleomórfico 
Carcinoma Mucoepidermóide
Carcinoma Adenóide Cístico 
Adenoma Pleomórfico
É a neoplasia de glândulas salivares mais comum (parótida, palato e lábio). 
Parótida muito frequente.
Massa firme
Indolor
Crescimento lento
Risco de malignização (pode começar benigno e virar maligno)
Não é raro dentistas confundir com lesão de origem dentária, mas para isso, sempre fazer teste de vitalidade, radiografia e histórico do paciente.
Conduta: Biópsia parcial + enviar exame histopatológico 
Tratamento: Após a confirmação - Excisão cirúrgica (localização e tamanho do tumor). Cuidado pois tem chance de reicidiva. 
 Palato: excisados abaixo do periósteo
 Parótida: parotidectomia (se retira a parótida) e preservação do nervo facial

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