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As embarcações modernas apresentam duas características evolutivas

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As embarcações modernas apresentam duas características evolutivas:
a) Aumento das dimensões; b) Especialização.
Tráfego Marítimo: movimento de mercadorias nas diversas linhas ou vias marítimas. O movimento de passageiros também se inclui nesta definição, embora o transporte de cargas seja muito mais significativo.
Linha Marítima: é o caminho percorrido pelos navios que transportam mercadorias entre uma zona de exportação e outra de importação. 
Serviço marítimo: é o conjunto de navios que operam em uma linha, efetuando o transporte de bens e/ou passageiros.
As linhas marítimas podem ser classificadas de acordo com:
• O aspecto geográfico: Locais - de cabotagem; Gerais - de longo curso.
• O elemento transportado: Carga; Passageiros; Misto.
• O ritmo: Regular - itinerários e horários fixos, (em zonas de comércio estável e ativo); irregular 
- Embora não sejam contínuos, apresentam uma certa regularidade (safras etc); Ocasional - nenhuma regularidade.
• Quanto à localização: Portos Marítimos, Costeiros ou Litorâneos - são os que estão localizados em contato com o mar, e podem ser subdivididos em Portos Naturais, Portos de Mar Aberto e Portos Abrigados; Portos Lacustres - são os que estão localizados em contato com lagos e com o mar através de canais de navegação; Portos Hidroviários - são os que estão localizados em rios.
• Quanto à infraestrutura: Portos Comerciais - são aqueles que se limitam a receber e distribuir mercadorias, sem desenvolver atividades especializadas; Portos Industriais - são aqueles que desenvolvem atividades de movimentação de produtos (matéria-prima ou semiacabados) para abastecimento da indústria; Portos Turísticos - são aqueles voltados para atividade de turismo e entretenimento; Portos Pesqueiros - são aqueles utilizados para o manejo de mercadorias pesqueiras; Portos Multifuncionais - são aqueles que movimentam diversos tipos de cargas.
O porto de transbordo, também conhecido como hub port ou porto concentrador atua de forma interligada com os portos do tipo alimentadores. Um porto tipo hub foi definido por Fageda (2000) como aquele em que há a concentração e distribuição de grandes volumes de carga, tendo como fonte o transbordo de navio para navio.
Porto Disitribuidor (feeder) – porto secundário que abastece somente.
Já um porto tipo linner é aquele que oferece um transporte marítimo de contêineres através de linhas regulares oferecidas pelas empresas que trabalham com navegação. Este tipo de serviço é denominado de liner shipping e, normalmente, já tem seu número de embarcações definidas (string) que seguem a rota pré-estabelecida passando pelos portos já definidos.
A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) classifica os portos quanto as suas funções externas e internas.
Quanto as funções internas: Funções destinadas aos navios - são os serviços realizados pelos práticos e rebocadores, e constituem em atracação e desatracação, manutenção e suprimentos;
Funções destinadas à carga - são aquelas executadas na interface terra/navio, como a carga e descarga, e aquelas executadas só em terra, como a consolidação e desconsolidação dos contêineres; e, Funções em terra - são todos os serviços executados apenas em terra, como por exemplo, a consolidação dos contêineres.
Quanto às funções destinadas aos navios, a ABRETI (2012) classifica alguns dos principais tipos de navios: - Navios Carga Geral - É o navio que se destina ao transporte de vários gêneros, geralmente em pequenos lotes – sacarias, caixas, veículos encaixotados ou sobre rodas, bobinas de papel de imprensa, vergalhões, barris, barricas etc; - Navios Gaseiros - São os navios destinados ao transporte de gases liquefeitos; - Navios Químicos - São os navios parecidos com os gaseiros, transportando cargas químicas especiais, tais como: enxofre líquido, ácido fosfórico, soda cáustica etc; - Navios Tanques - São os navios para transporte de petróleo bruto e produtos refinados (álcool, gasolina, diesel, querosene etc.); - Navios Porta Contêineres - São os navios semelhantes aos navios de carga geral, mas, com tamanho e capacidade para o transporte de contêineres; - Navios "Ro-Ro" - é uma abreviatura para "Roll on-Roll off" — é um tipo de cargueiro para o transporte de automóveis e outros veículos, de modo a que estes entrem e saiam do navio pelos seus próprios meios. No seu convés também costumam ser transportados containers; - Navios Graneleiros - Navio especializado no transporte de mercadorias a granel (Açúcar, Soja e Ferro) e subdividem-se em alguns tipos como: Petroleiro – transporta hidrocarbonetos; OBO (Ore, Bulk, Oil) transporta alternado de mercadoria seca, hidrocarbonetos ou minerio a granel, (Ore Bulk) transporta mercadorias pesadas (minério) e o (Dry Bulk) transporta mercadoria seca a granel; - Navios Ore-Oil - São os navios de carga combinada, ou seja, transportam minério e petróleo.
Quanto às funções destinadas às cargas: carga geral, carga unitizada e carga à granel. 
A carga geral é definida como carga solta com ou sem embalagem e embarcadas separadamente; A carga unitizada é aquela em que os itens individuais são agrupados em palets e contêineres, permitindo o embarque de grande volume de carga ao mesmo tempo. Já a carga a granel é aquela mercadoria transportada em grande quantidade de volume ou massa, e é subdividida em graneis sólidos (exemplo, cereais) e graneis líquidos (exemplo, combustíveis). 
METODOLOGIAS PARA CLASSIFICAÇÃO DOS PORTOS
Método UNCTAD: Primeira, segunda, terceira e quarta geração.
Portos de primeira geração: classificados pela sua comunicação entre os modos hidroviário e terrestre. As atividades destes portos são desprovidas de planejamento e voltadas para as operações em docas, não se importando com a satisfação do usuário. Não existe desenvolvimento estratégico específico, ou seja, não há planejamento, as atividades tradicionais de manuseio e armazenagem não são organizadas, há justaposição das transações dos portos, supremacia dos suprimentos e pouca atenção dada às necessidades dos usuários. Portos de segunda geração: são aqueles que se preocupam com a modernização inserindo o uso de máquinas nas operações, contribuindo para a redução de custos. Nesta geração, há a preocupação com o planejamento e o diálogo entre o porto e a cidade. Nesta fase houve o surgimento e expansão do desenvolvimento estratégico, de atividades de transformação (indústrias pesadas), serviços de navios, ampliação da zona portuária, início de comunidade portuária e relacionamento ocasional entre o porto e sua cidade adjacente. Portos de terceira geração: caracterizam-se pela excelência dos serviços logísticos oferecidos e não mais como um componente da rede de transportes. Há a preocupação em investir cada vez mais em equipamentos novos, tecnologia e principalmente em planejamento do lay-out do porto e sistemas de gestão logística. Nesta fase o porto tem desenvolvimento estratégico orientado ao mercado, distribuição de mercadorias, atividades logísticas e centro de distribuição, tem Sistema de Informação, racionalização do espaço do porto, forte relacionamento entre porto e cidade. Portos de quarta geração: portos diversos trabalhando em conjunto, como o que acontece com os portos tipo hub ou alimentadores. As alianças entre os portos sejam nacionalmente ou internacionalmente, estimula a utilização de grandes navios, que contribuem para a redução dos custos, o desenvolvimento de redes de alimentação com portos hub e proporciona uma demanda permanente por maior produtividade e menores taxas.
Método IPEA (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas): Pontuação ao porto e ranking. Porto de pequeno porte sendo aqueles que apresentaram em valores de comércio internacional (exportações e importações) até US$ 500 milhões; Porto de médio porte sendo aqueles que apresentaram, em 2003, valores de comércio internacional acima de US$ 500 milhões, até US$ 5 bilhões; Porto de grande porte sendo aqueles que apresentaram, em 2003, valores de comérciointernacional acima de US$ 5 bilhões.
Grande porte = 3 pontos;
Médio porte = 2 pontos;
Pequeno porte = 1 ponto;
Hinterlândia: total do número de estados que compõem as hinterlândias primária, secundária e terciária (cada estado equivale a 1 ponto).
Estados: número de estados que registraram movimento de comércio exterior no porto (cada UF corresponde a 1 ponto);
Participação no PIB: participação do comércio internacional de cada porto no PIB brasileiro (Como os percentuais passam a ser muito reduzidos, multiplica-se o resultado em percentual por dez, ou seja, cada ponto percentual vezes dez);
Setores de atividade: número de setores de atividade que cada porto movimentou com valores superiores a US$ 100 milhões (cada setor equivale a 1 ponto);
Valor movimentado: valor do comércio internacional movimentado em cada porto, por bilhões de dólares (US$1 bilhão é igual a um ponto);
Valor agregado: valor agregado médio dos produtos transacionados por porto (dólares por tonelada). Cada ponto corresponde ao valor agregado do porto dividido por cem (US$/t)/100).
Ventos e ondas
ESTIRÂNCIO é a faixa de oscilação da maré;
BEIRA-MAR é a faixa limite do oceano, atingida pelo movimento das ondas;
ANTIPRAIA é uma faixa na qual ainda ocorre movimentação dos sedimentos pelas ondas, situada abaixo da baixa-mar mínima.
Resulta do deslocamento de massas de ar pelos efeitos das diferenças de pressão atmosférica entre duas regiões distintas. O vento é influenciado por efeitos locais como a orografia e a rugosidade do solo. Os ventos são classificados por três fatores: Pressão; Temperatura e Velocidade da camada de ar. 
Ventos Continentais ou Periódicos: Sopram periodicamente do continente para o mar e vice-versa. Exemplos: Brisas e Monções. 
AS ONDAS são movimentos provocados pelo vento, que sopra sobre a superfície das águas oceânicas. Quando as ondas se aproximam do litoral, elas se dobram e se quebram.
AS MARÉS correspondem ao movimento que as águas realizam diariamente, as quais avançam e recuam. Esse fenômeno se dá por meio de forças gravitacionais que o Sol e a Lua exercem sobre a Terra. Existem dois tipos de marés: alta ou preamar e baixa ou baixa-mar. Quando as águas oceânicas avançam, dizemos que a maré é alta e quando recuam, é a maré baixa.

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