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Afecções do ciclo reprodutivo das vacas e búfalas

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Afecções do ciclo reprodutivo das vacas e búfalas.
Todas as afecções mostradas a seguir podem ocorrer em qualquer animal.
Caso 1 Em uma propriedade de vacas leiteiras, um inseminador experiente tentou pela primeira vez inseminar uma vaca jovem que já tinha sido coberta por um touro e ficado gestante. Ele ficou por mais de 15 minutos manipulando a cérvix da vaca, e não conseguiu passar o aplicador pelos anéis cervicais. Quais as possibilidades de etiologia para este caso? Qual o tratamento?
Cervicite, onde se tem uma inflamação e dificuldade na inseminação ou alguma alteração morfológica que pode ocorrer no parto. Provavelmente foi um problema adquirido, eliminando assim possíveis casos de cervix dupla ou tortuosa, mas o parto pode ter levado a uma estenose e fibrose da cervix ou inflamação. O tratamento consiste em pomadas contendo antibióticos, correção cirúrgica caso seja tortuosa e se for um animal de menor importância econômica vai para o abate, caso seja de maior importância mas não se consegue tratar a inflamação só resta ser utilizada em fertilização in vitro, sendo aspirados os oócitos. 
Cervicopatias em vacas Congênitas: aplasia segmentar, dupla, curta, retorcida e outras. 
Adquiridas: cervicite. 
– Causas: prolapso dos anéis cervicais externos, vaginite, endometrite, uso incorreto de pipetas de IA. - Agente: actinomyces pyogenes.
-Sinais: descarga mucopurulenta, repetição de cio, infertilidade, dificuldade de passagem da pipeta de IA. 
-Exame ginecológico: cérvix externa edematosa, vermelha escura, inchada, descarga purulenta. Abcessos. 
- Tratamento: Antibioticoterapia, swab com antisséptico nos anéis afetados.
Caso 2 O tratador do rebanho de uma propriedade de gado de corte reuniu os animais num piquete para vaciná-los, e observou uma vaca no cio sendo montada por um touro. Porém quando chegou perto do touro notou que ele não tinha prepúcio , pênis , testículo e nem saco escrotal, mas sim uma vagina com clitoris desenvolvido. Explique este caso!
INTERSEXO DEFINIÇÃO: 
Alteração no desenvolvimento orgânico, que se contrapõe às características determinadas pelo SEXO GENÉTICO (cromossômico)
CARACTERÍSTICAS MARCANTES DE AMBOS OS SEXOS
TIPOS DE INTERSEXUALIDADE: 
HERMAFRODITA VERDADEIRO ou AMBIGLANDULAR 
- animais com gônadas dos 2 tipos 
- ovários / testículos / ovotestis 
PSEUDO-HERMAFRODITA 
- MASCULINO: gônada MASCULINA, característica sexual secundária FEMININA 
- FEMININO: gônada FEMININA com característica sexual secundaria MASCULINO
FREEMARTINISMO 
- forma característica de intersexualidade 
- gestação GEMELAR, com fetos de AMBOS OS SEXOS 
TROCAS RECÍPROCAS DE SANGUE E ESTRUTURAS ORGÂNICAS ENTRE OS FETOS
CONDIÇÕES DE OCORRÊNCIA: 
1) anastomose dos vasos CÓRIOALANTOIDEANOS e fusão da circulação das membranas fetais 
- passagem de células (hemácias e leucócitos): quimeras 
- passagem de andrógenos 
- passagem do FDT (fator de diferenciação do testículo) 
- passagem do MIF 
2) modificação na organogênese do aparelho genital da fêmea 
- desenvolvimento mais precoce dos testículos 
- testosterona e 5 dihidro-testosterona
- intersexualidade mais frequente nos BOVINOS 
- grandes prejuízos econômicos: 0,3 a 0.9% por ano 
- ocorrência rara em outras espécies: não há anastomose de vasos saguíneos fetais
SINAIS CLÍNICOS: 
- masculinização da fêmea 
- alterações de temperamento
- maior massa muscular e acúmulo de gordura 
- alterações de vulva: pequena, pêlos longos, pseudoprepúcio, hipertrofia de clitóris a pênis hipoplásico
- vagina mais curta (4 a 6 cm), fundo cego em porção cranial.
- PALPAÇÃO RETAL:
 - gônada indiferenciada e hipoplásica
 - agenesia ou hipoplasia de corpo e cornos uterinos 
- persepção de segmentos tubulares e glândulas rudimentares 
- AVALIAÇÃO CITOGENÉTICA: 
- quimerismo XX/XY em 93% 
- DIAGNÓSTICO: 
- ambivalência gonadal e quimerismo
PROGNÓSTICO: 
- QUANTO À VIDA: bom
- QUANTO À FUNÇÃO: mau, são ESTÉREIS! 
- NÃO HÁ FORMAS DE TRATAMENTO!!
SÍNDROME DA FEMINILIZAÇÃO TESTICULAR 
- forma HEREDITÁRIA de intersexualidade masculina 
- gene autossômico recessivo ligado ao cromossomo X 
- CARIÓTIPO: bovino, 60 XY 
- orgãos genitais e gl mamária bem desenvolvidos 
- testículos ocupam a posição dos ovários 
- vagina em fundo cego
- SINAIS CLÍNICOS: anestro permanente
Caso 3 Neste mesmo dia o tratador observou uma vaca de longe, com algo pendurado pela vagina. Quais as possibilidades para este caso? Qual o tratamento?
Prolapso Uterino
Definição 
– deslocamento do útero (inversão e exteriorização) logo após o parto ou no período puerperal imediato 
Ocorrência: frequente em ruminantes (principalmente no gado de leite) 
Sintomas 
– exteriorização em graus variados do útero através da rima vulvar 
• Total 
• Parcial 
– Alterações do estado geral
 Diferencial: prolapso de vagina e bexiga e neoplasias vaginais
Tratamento 
– Limpeza do local 
– Anestesia epidural 
– Reintrodução manual (decúbito e posicionamento adequados) 
– Reintrodução manual com auxílio na laparatomia (prolapsos de evolução longa) 
– Sutura de Bühner para retenção
– Histerectomia ou ovário-histerectomia 
– histeropexia
Prolapso de bexiga / tecido adiposo perivaginal ou reto
Ruptura da região ventral da vaginal 
– Esforços expulsivos violentos 
– Distocias fetais ou maternas Sintomas: órgão exteriorizado 
– Bexiga (dilatação vesical) 
– Tecido adiposo perivaginal 
– Vísceras abdominais Diagnóstico 
– Histórico clínico
– Sintomatologia 
– Toque vaginal
Diagnóstico diferencial: formações vaginais 
Tratamento:
 – esvaziamento vesical 
– limpeza e desinfecção da região 
– retirada do excesso de tecido adiposo 
– redução manual (bolsa de fumo para prolapso de reto) 
– amputação ? 
– sutura da vagina 
– antibioticoterapia
Retenção placentária
Definição: falha na expulsão da placenta no período aceitável para cada espécie 
Fatores predisponentes: 
– Parição: animais pluríparas e idosas 
– Infecções aparelho reprodutivo 
– Deficiência vitamínica (A e E) e selênio e hiperproteinemia 
– Indução do parto 
– Parto prematuro e gemelaridade
 – Inércia Uterina: hipocalcemia, cetose e distocias
Sintomas 
– restos placentários na rima vulvar 
– Odor 
– Corrimento serosanguinolento 
– Hipertermia 
– Inapetência 
– Diminuição produção leiteira
Tratamento 
– Delicada tração manual 
– Agentes ecbólicos (ocitocina) 
– Lavagem uterina (solução fisiológica aquecida) 
– Antibioticoterapia 	
– Colagenase (infusão pela artéria umbilical)
Medidas profiláticas: 
– Suplementação de selênio e vitamina E durante o período seco 
– Administração de ocitocina no pós-parto imediato ou pós-operatório 
– Administração de prostaglandina no pós-parto imediato (questionável)
Complicações 
– Metrite ou endometrite 
– Septicemia
– Laminite 
– Cetose
 – Deslocamento de Abomaso 
– Descarte
Caso 4 Uma vaca teve uma distocia, que foi auxiliada pelo funcionário. Após 2 dias, você notou que ela apresentava inapetência, relutância em se levantar, febre e havia corrimento fétido na vagina. Qual a provável etiologia, diagnóstico, e tratamento neste caso?
Uteropatias em vacas 
• Metrite: 
•Perimetrite- mais severa, rara e fatal 
• Metrite séptica 
• endometrite pós parto precoce (menos 10 dias)
• piometra
Metrite puerperal
Definição: inflamação do endométrio e miométrio durante período pós-parto com comprometimento sistêmico da mãe 
– metrite aguda (até 14 dias pós-parto) 
– metrite subaguda ou crônica (acima de 14 dias pós-parto)
Etiologia: mecanismos de defesa uterina ineficientes após o parto
Predisposição 
– Retenção de placenta 
– Distocias fetais e maternas 
– Natimortalidade 
– Gemelaridade 
– Gestação prolongada 
– Manejo sanitário inadequado 
– Alteração da involução uterina 
– Afecções metabólicas
 – Idade avançada e primíparas
Sintomas 
– Corrimento vaginal fétido 
– Abertura cervical superior à 7,5 cm 
– Diminuição produção de leite 
– Hipertermia ou normotermia 
– Inapetência e depressão– Anorexia
Diagnóstico 
– Sinais clínicos 
– Palpação retal: volume uterino, diâmetro cervical e assimetria de cornos 
– Vaginoscopia: secreção de vermelho-amarronzada ou amarelada 
– Ultrassonografia 
– Exames laboratoriais 
• hemograma 
• Microbiológico 
– Bovinos: Arcanobacterium pyogenes, bactérias anaeróbias Gram negativas (Bacteroides sp e Fusobacterium necrophorum)
Tratamento 
Antibioticoterapia parenteral 
Antibioticoterapia intrauterina 
Lavagens uterinas 
Agentes ecbólicos: PGF2α
Complicações 
– Redução da performance reprodutiva 
– Diminuição produção leite 
– Aumento intervalo entre partos 
– Diminuição taxa de concepção 
– Aumento da taxa de serviço 
– PERIMETRITE 
IMPORTANTES PERDAS ECONÔMICAS
Infecções uterinas têm como classificação a PIOMETRA.
Endometrite
Endometrite pós parto: Vacas podem ou não apresentar sinais clínicos 
- endometrite oculta. 
- Animais com pouca descarga uterina alterada e cio normal se autocuram. 
Sinais clínicos: redução de apetite, depressão, febre suave, Útero hipotônico com involução deficiente e excesso de fluido. Massagem retal: descarga de material com pus.
Geralmente é devido ao Actinomyces pyogenes
Caso 5 Um tratador pergunta ao veterinário como é que pode ter uma vaca que apresenta um cio a cada semana, sendo que as outras demoram 3 semanas para apresentar um cio! E apesar dessa vaca entrar muito no cio e sempre ser coberta pelo touro, ela não emprenha! Explique o caso!
Caso 6 Um veterinário é chamado em uma propriedade de vacas leiteiras de alta produção, já que 2 vacas importantes não estão apresentando cio, e precisam ser cobertas para que o intervalo entre partos não seja estendido. Ele resolve fazer o exame ginecológico das duas vacas e descobre que os 2 ovários de uma delas não apresentam folículo nem corpo lúteo palpáveis, porém no ovário da outra vaca há um grande folículo de aproximadamente 2 cm de diâmetro. Caracterize a etiologia das afecções das 2 vacas, assim como o tratamento.
Alterações da intensidade do cio 
• Cio silencioso ou anafrodisia 
• ovário cicla normalmente porém não há manifestações externas de cio. 
• pós-parto, puberdade, animais estacionais (ovinos). 
• predisposição genética e é mais frequente em vacas leiteiras de alta produção.
• Tratamento: IATF
• Anestro- aciclia: 
• É fisiológico no pós parto. 
• Patológico: liberação ou produção insuficiente de gonadotrofinas ou falha na resposta do ovário às gonadotrofinas, aplasia e hipoplasia dos ovários, hermafroditismo, freemartinismo, alta produção de leite, carência alimentar, dificuldade de aclimatação, influência genética (anestro pós parto em vacas de corte-36-70d, vacas de leite- 10 a 45 d). 
• Tratamento: melhora da alimentação, GNRH, descarte reprodutivo.
• Intervalo curto entre os cios: cisto folicular 
• Prolongamento do intervalo entre os cios: estados carenciais graves. 
• Intervalos irregulares entre os cios: mortalidade embrionária, infecções venéreas que causam absorção embrionária, mudanças frequentes na alimentação, puberdade, começo da estação reprodutiva em animais estacionais.

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