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Processo Penal, trabalho Recursos

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INTRODUÇÂO
	
O presente trabalho busca uma compreensão de maneira objetiva a respeito de um tema que se faz sobre grande importância na esfera do direito processual penal que são os recursos no processo penal. Serão abordados seus fundamentos legais, os recursos que podem ser aplicados conforme a legislação e o procedimento em que caiba tal recurso e o seu efeito esperado. 
Ouvimos falar muito, até na mídia, sobre o habeas corpus, porém existem muitos outros recursos que se enquadram na pretensão de uma modificação, correção ou confirmação sobre uma sentença ou decisão prolatada no decorrer do processo penal. A alguns doutrinadores que não veem o habeas corpus como recurso mais como ação, questões que serão discutidas neste presente trabalho. 
CONCEITO
Recurso em sua etimologia originasse do vocábulo latino recursos andar para traz, caminho de volta, no processo penal recurso é o meio, é o remédio jurídico que visa provocar o reexame de uma decisão.
Conforme o ensinamento de Fernando Capez.
Recurso é a providencia legal imposta ao juiz ou concedida à parte interessada, consistente em um meio de se obter nova apreciação da decisão ou situação processual, com o fim de corrigi-la, modifica-la ou confirma-la. Trata-se do meio pelo qual se obtém o reexame de uma decisão. (Fernando Capez, curso de processo penal, p 745, 21ª edição, Saraiva.)
Portanto podemos afirmar que se o processo indica a forma de movimentar-se para frente o recurso assume o movimento para traz, proporcionando à parte uma possível nova decisão que favoreça sua pretensão.
Segundo Rogério Sanches.
O ser humano tem a tendência natural de não se conformar com uma decisão que lhe seja desfavorável. Além disso existe a possibilidade de erro do julgado. Exatamente com o objetivo de proporcionar o reexame de determinada matéria é que existem os recursos. (Rogério Sanches, Processo Penal, p 208,editora Podivm.) 
Rege-se por estes exemplos o princípio do duplo grau de jurisdição que garante a qualquer pessoa ver a decisão reexaminada pelo menos mais uma vez que valer-se-á através de recurso a uma instância superior.
BASE LEGAL
Existem alguns princípios que regem a fundamentação dos recursos no processo penal, são eles: Principio da taxatividade, unirrecorribilidade, fungibilidade, reformatio in pejus, reformatio in mellius e disponibilidade.
De acordo com nosso código de processo civil em seu Art. 574 Os recursos serão voluntários, excetuando-se os seguintes casos, em que deverão ser interpostos, de ofício, pelo juiz: I – da sentença que conceder habeas corpus; II – da que absolver desde logo o réu com fundamento na existência de circunstância que exclua o crime ou isente o réu de pena, nos termos do art, 411.
Assim afirma Fernando Capez que:
Os recursos estão fundamentados na necessidade psicológica do vencido, na falibilidade humana e no combate ao arbítrio. (Fernando Capez, curso de processo penal, p 745, 21ª edição, Saraiva.)
Os recursos se classificam em três espécies são eles: ordinário, extraordinário e especial que são fundamentados em nossa magna carta nos Arts. 102 incisos II e III e 105 inciso III. 
Todos os recursos são ordinários não importa sua natureza, se for embargo, apelação, carta testemunhal. Os extraordinários porém tem a finalidade de levar a excelentíssima corte federal o conhecimento de uma questão de natureza constitucional. O especial se reporta ao STJ questões infraconstitucionais conforme instituídas no Art. 105 inciso III, CF.
E ainda segundo Fernando Tourinho os recursos se distinguem em voluntários e necessários:
Os recursos ainda se distinguem em voluntários e necessários. Os primeiros são aqueles cujo ônus de interpô-lo cabe exclusivamente àquele que sucumbiu. É apenas um ônus, recorre se quiser. Já o necessário também denominado ex officio são aqueles que necessariamente, obrigatoriamente deve ser interportos pelo juiz. No final da sua decisão quando exigido o recurso obrigatório, dirá o juiz: Desta decisão recorro ex officio. Subam os autos ao Eg. Tribunal, após o decurso do prazo para eventual recurso voluntário. (Fernando Tourinho, Processo Penal 4, p. 424 e 425, editora saraiva 2012.)
	
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
Os pressupostos se dividem em objetivos e subjetivos.
Objetivos são: cabimento, adequação. tempestividade, regularidade, inexistência de fato impeditivo e inexistência de fato extintivo.
Cabimento: como o próprio nome induz, deve caber com o previsto em lei, nada adianta interpor um recurso inexistente no código de processo penal.
Adequação: o recurso deve se adequar à decisão que se quer imputar.
Tempestividade: relativiza o tempo em que o recurso por lei pode ser interposto, é o prazo que legal que serão abordados mais a frente.
Regularidade: são as formas de preenchimento dentro das formalidades legais, pode ser interportos por petição ou termo nos autos.
Inexistência de fatos impeditivos: são aqueles que impedem a interposição do recurso, e produz seus efeitos preclusivos desde o momento em que é recebida.
Inexistência de fatos extintivos: são aqueles supervenientes à interposição do recurso, que impedem seu conhecimento. Exemplos são a desistência e a deserção.
Pressupostos subjetivos trata da legitimidade e do interesse presentes no recurso.
Legitimidade abrange o interesse de quem está autorizado a recorrer por ter sido contraria a decisão, na pretensão de obter um provimento jurisdicional favorável.
O Art. 577 apontam as pessoas que tem legitimidade para o recurso. São elas: o Ministério Público, o querelado (titular da ação penal privada), o réu (na ação penal pública), o defensor do réu ou seu procurador
Interesse é de todo aquele que teve seu direito lesado pela decisão, quem deseja que seja reexaminado a pretensão que foi sucumbida.
EFEITOS DOS RECURSOS	
Os efeitos dos recursos se apresentam em devolutivo, suspensivo, extensivo, regressivo (interativo ou diferido).
Fernando Tourinho faz referência a uma maior importância aos dois primeiros citados a cima. 
Os recursos apresentam dois grandes efeitos: o devolutivo e o suspensivo. Diz-se devolutivo porque o conhecimento da decisão recorrida é devolvido a um órgão jurisdicional para reexame. Ora, se o recurso visa o reexame da decisão que se guerreia, segue-se que todo o recurso tem efeito devolutivo. Suspensivo se diz quando o recurso suspende a execução da decisão que se combate, a decisão somente poderá ser executada quando confirmada pelo órgão ad quem. (Fernando Tourinho, Processo Penal 4, p. 428 à 430, editora saraiva 2012.)
	Normalmente só existe efeito devolutivo quando o reexame da decisão se desloca a uma estancia superior. Porem há recursos em que o reexame é devolvido ao órgão que julgou a decisão, chamados de iterativos também há o reiterativo fazendo devolver-se ao órgão ad quem como é o caso da apelação, e o último chamado de recursos mistos realizando a execução do recurso tanto pela instância superior quanto no próprio órgão que proferiu a decisão que se visa reexaminar.
	Suspensivo é o recurso que funciona como condição de suspenção da eficácia da decisão, somente poderá ser executada quando confirmada pelo jurisdicional ad quem.
	Extensivo: este efeito só poderá ser aplicado para estender-se ao correu que não apelou nos casos de inexistência material do fato, atipicidade do fato ou este não constituir crime, e a causa da extinção da punibilidade não for de caráter pessoal. Previsto no Art. 580 cpp.
 	Regressivo, iterativo ou deferido: segundo o ensinamento de Fernando Capez:
É o efeito que possibilita o juízo de retratação por parte do órgão recorrido, possibilitando, assim, ao prolator da decisão, a possibilidade de alterá-la ou revoga-la parcial ou inteiramente como exemplo o recurso em sentido estrito. (Fernando Capez, curso de processo penal, p 765, 21ª edição, Saraiva.)
ESPÉCIES, HIPÓTESES DE CABIMENTO e PRAZOS 
RECUROS EM SENTIDO ESTRITO
É o recuso cabível para impugnar decisão interlocutória expressas no Art 581 do código deprocesso penal, este recurso é semelhante ao agravo de instrumento no âmbito do processo civil, sendo aquela que são proferidas no curso do processo e que não põe fim para o mesmo. Assim se queira a possibilidade de o mesmo juiz que proferiu a decisão que realize uma nova apreciação da questão, antes da remessa a uma segunda instância. 
Seu cabimento se funda no Art 581 do código de processo penal “Caberá recurso no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: que não receber a denúncia ou queixa; que concluir pela incompetência do juízo; que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição; que pronunciar o réu; que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de prisão preventiva ou revoga-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante; que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor; que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade; que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva de punibilidade; que conceder ou negar a ordem de habeas corpus; que conceder ou negar a ordem a suspensão condicional da pena; que conceder, negar ou revogar livramento condicional; que anular o processo da instrução crimina, no todo ou em parte; que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir; que denegar a apelação ou julgar deserta; que ordenar a suspeição do processo, em virtude de questão prejudicial; que decidir sobre a unificação de penas; que decidir o incidente de falsidade; que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado; que impuser medida de segurança por transgressão de outra; que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art 774; que revogar a medida de segurança; que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita a revogação; que converter a multa em detenção ou em prisão simples.”
O recurso em sentido estrito deve ser interposto em 5 dias e apresentadas as razões em 2 dias. Pode-se produzir com este recurso os efeitos devolutivo, regressivo e o suspensivo.
APELAÇÃO
É o recurso que se faz para uma instância superior com o intuito de modificar uma decisão proferida em instância inferior, podendo ser modificação total ou parcial, se proferida.
Em sua origem etimológica, derivasse do latim appellatio, que significa dirigir a palavra a alguém. É um recurso amplo, provoca a devolução da matéria impugnada ao Tribunal dando lhe conhecimento integral da ação. Sendo este um recurso residual, que só pode ser interposto se não houver previsão expressa de cabimento em recurso em sentido estrito para o caso.
A apelação pode ser ordinária ou sumária. Ordinária se o crime objeto do processo for punido com pena de reclusão, quando a apelação no tribunal for processada na forma do art. 613 CPP. Sumária é a apelação para os delitos apenados com detenção ou prisão simples, na forma do art. 610 CPP. Existe também a apelação plena ou parcial. Plena será quando o inconformismo se dirigir contra a totalidade da decisão. E parcial quando somente uma parte for atacada. Há de se falar também na apelação principal que é interposta pelo Ministério Público detentor da titularidade da ação penal pública e a apelação subsidiária interposta pela vítima.
Apelação de sentenças proferidas pelo Tribunal do Júri possuem caráter restritivo, isto é, nenhum órgão jurisdicional pode alterar as decisões proferidas por ele. Portanto, ao se apelar de uma sentença proferida pelo Tribunal do Júri, não se pede a reforma da sentença mas sim, que o apelante seja submetido a um novo júri - art. 5º, XXXVIII, "c" da CF.
Caberá apelação nas sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferida por juiz singular; nas decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular e nas decisões do Tribunal do Júri quando ocorrer nulidade posterior à pronuncia; for a sentença do juiz-presidente contrária a lei expressa ou à decisão dos jurados; houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou medida de segurança; for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos.
O prazo para a interposição da apelação é de cinco dias, conforme previsto no Art. 593 do CPP. A forma da contagem deste prazo segue a norma dos demais recursos, obedecendo assim ao Art. 798 do CPP que impõe a exclusão do dia do começo. No caso de intimação por edital o prazo começa a correr a partir do escoamento do prazo do edital, que será de sessenta dias.
 
PROTESTO POR NOVO JURI
Conforme o ensinamento de Rogerio Sanches Cunha:
Trata-se do recurso exclusivo da defesa cujo objetivo é propiciar a realização de um novo julgamento quando a pena imposta decorrente da condenação pelo júri, fosse igual oi superior a 20 anos. (Rogério Sanches, Processo Penal, p 236,editora Podivm.) 
	A partir da reforma no procedimento do júri trazida pela Lei 11.689/2008, foi extinto o protesto por novo júri, abolido este modelo recursal.
	Somente a defesa podia se valer deste recurso, retrata-se claramente o indúbio pro réu. 
	O prazo para a interposição deste recurso era de cinco dias conforme o parágrafo segundo do Art. 607 onde submete-se ao mesmo prazo da apelação.
CARTA TESTEMUNHAL
Trata-se de recurso cabível contra decisão que não recebeu ou nega seguimento a outro recurso, provocando o reexame da decisão que denegue ou impeça o seguimento de recurso em sentido estrito ou do agravo em execução por exemplo. 
A carta testemunhal é fixada em horas devendo ser requerida dentro de quarenta e oito horas, após o despacho que denegar o recurso ou a decisão que obstar o seu seguimento. 
	
CORREIÇÃO PARCIAL
Se encontra previsto nos regimentos internos dos tribunais e em leis estaduais. Trata-se de recurso contra despachos do juiz que importem em inversão do processo, quando não houver recurso específico previsto em lei.
Este recurso é a medida administrativo disciplinar destinado a coibir erros e abusos do julgador.
O prazo de interposição será de dez dias, pelo motivo de se fundar no Art. 522 do CPC.
Interposto o recurso, seguirá o mesmo segundo o Art. 643 CPP. Não possuindo efeito suspensivo fazendo assim com que o processo siga em rumo normal sem interrupções.
EMBARGOS INFRINGENTES 
E o recurso cabível contra decisão não unânime, proferida em acórdão, desfavorável ao réu.
Os embargos infringentes versam sobre questões de matéria estritamente processual, sendo recurso privado da defesa. E os embargos de nulidade são os embargos infringentes que busca a decisão na qual se será anulada ou não o processo.
Trata-se de recurso exclusivo do réu e que existe para tutelar mais ainda o direito de defesa, representando o princípio do favor rei.
O prazo para a oposição dos embargos infringentes é de dez dias, a contar da publicação do acordão, sendo desnecessária a intimação pessoal.
Seu cabimento só abrange no caso de recurso em sentido estrito e apelação. 
EMBARGOS DECLARATÓRIOS
Recurso interposto para o mesmo órgão prolator da decisão, dentro do prazo de dois dias, no caso de ambiguidade, obscuridade, contradição ou omissão da sentença. Há portanto duas modalidades de embargos de declaração, aqueles voltados contra o acordão, previsto no Art. 619 do CPP, e os opostos contra sentença de primeiro grau.
Este embargo para alguns doutrinadores não possui caráter recursal pois de fato não busca-se o reexame do mérito da decisão, mas sim a mera correção de erro material.
Os embargos devem ser interpostos no prazo de dois dias perante o próprio juiz prolator da sentença. Já no juizado especial criminal, o prazo para a interposição do embargo de declaração será de cinco dias, conforme a Lei 9.099/95
REVISÃO CRIMINAL
Este recurso se funda no princípio da supremacia da verdade real sobre a verdade formal. 
Uma vez transitada em julgado a sentença assim não cabível mais recurso, opera-se o chamado coisa julgada que confere caráter de imutabilidade a decisão. Ocorre que no processo penal, por se tratar de liberdade de pessoas, háuma incessante busca por uma verdade real.
Então a revisão criminal é a ação autônoma destinada a desfazer os efeitos da sentença penal condenatória transitada em julgado. É o reexame de um processo já encerrado por decisão transitada em julgado.
O prazo é indiferente pois se operar-se-á este modelo depois do transito em julgado da sentença.
Caberá a revisão quando: a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ou à evidencia dos autos; quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos; quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial da pena.
HABEAS CORPUS
Previsão legal expressa no Art. 5º, LXVIII da constituição federal e nos Art. 647 à 667 do código de processo penal.
O habeas corpus tem sua origem remota no direito romano, onde todo cidadão podia reclamar a exibição do homem livre detido ilegalmente.
O habeas corpos entrou, pela primeira vez, na nossa legislação com a promulgação do código de processo criminal de 1832, cujo art 340 dispunha que todo cidadão que entender que ele ou outrem sofre uma prisão ou constrangimento ilegal em sua liberdade tem direito de pedir uma ordem de habeas corpus em seu favor.
Trata-se portanto do remédio jurídico destinado a tutelar a liberdade de ir e vir, de locomoção do indivíduo e que tem por finalidade evitar ou fazer cessar a violência ou coação à liberdade de locomoção decorrente de ilegalidade ou abuso de poder.
O habeas corpus embora tratado no Código de Processo Penal como recurso, não é visto desta forma nas doutrinas, consideram verdadeira ação, cuja finalidade é amparar o direito de liberdade. Qualquer pessoa menor ou maior, nacional ou estrangeira, por si ou por procurador poderá impetrar o habeas corpus.
Existem duas espécies de habeas corpus segundo o ensinamento de Fernando Capez:
Liberátio ou repressivo: destina-se a afastar constrangimento ilegal já efetivado à liberdade de locomoção 
Preventivo: destina-se a afastar uma ameaça à liberdade de locomoção. Nesta hipótese, expede-se salvo-conduto.
O Art. 648 do CPP define o cabimento do habeas corpus havendo coação quando: Não houver justa causa; quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei; quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo; quando houver cessado o motivo que autorizou a coação; quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza; quando o processo for manifestamente nulo; quando extinta a punibilidade.
O habeas corpus deve ser formulado em duas vias. Podendo enviar até pelo correio para a análise do poder competente. Já a segunda será encaminhada a autoridade apontada como coatora, acompanhada de um ofício em que o órgão competente lhe solicita as informações necessárias que devem estar presentes no auto.
As partes podem ser assim identificadas: o impetrante que é exatamente quem ingressa com a ação penal; o impetrado que é quem pratica a coação, ameaça ou constrangimento; e o paciente que é aquele que sofre ou está ameaçado de sofrer a coação.
Interessante também abordar que caberá ao juiz de 1º grau julgar o habeas corpus em 24 horas, assim que receba as informações do impetrado, nos termos do caput do Art. 660 do CPP.
MANDADO DE SEGURANÇA
Possui Lei específica que trata deste assunto, Lei 12.016/09. Conceituasse em seu art. 1º como ação de natureza constitucional, de rito sumaríssimo, destinada a proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
Alguns doutrinadores não fazem menção ao mandado de segurança no âmbito dos recursos no processo penal. Mas Fernando Capez define com clareza este tema, como sendo:
O remédio do mandado de segurança é de ordem constitucional e tanto pode ser impetrado contra ato de autoridade civil como criminal, desde que haja violação a direito líquido e certo. A competência será determinada em razão da matéria versada na impetração, logo, o mandado de segurança em matéria penal será julgado por juiz com competência criminal. Lembrando que, se a violação se referir à liberdade de ir e vir, cabível será o habeas corpus. (Fernando Capez, curso de processo penal, p 838, 21ª edição, Saraiva.)
O prazo para a impetração do mandado de segurança é de cento e vinte dias, a partir da ciência oficial do ato impugnado. Uma vez superado este lapso temporal, ocorrerá a decadência do direito de impetrar o mandado.
RECURSO ORDINÁRIO e EXTRAORDINÁRIO
No art. 102, II da Constituição Federal define o STF tem a competência para julgar os recursos ordinários. Que são os habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção, decididos em única instância pelos tribunais Superiores, se denegatório a decisão. E de decisões referentes a crimes políticos, o recurso sobre este assunto é chamado de recurso criminal ordinário constitucional. Lembrando ainda que a competência para julgamento destes crimes é da justiça federal.
Este recurso é interposto por meio de petição dirigida ao presidente do tribunal recorrido, dentro do prazo de cinco dias, no caso de habeas corpus, ou de quinze dias, no caso do mandado de segurança.
Já o recurso extraordinário é o recurso destinado a devolver, ao Supremo Tribunal Federal, a competência para conhecer e julgar questão federal de natureza constitucional. É aquele interposto perante o Supremo Tribunal Federal das decisões judiciais em que não mais caiba recurso ordinário.
Sua finalidade é garantir a aplicação objetiva do direito constitucional vigente.
3 CONCLUSÃO
Os recursos são protegidos na carta magna de nosso ordenamento jurídico eles são fundamentais para o devido processo legal, são garantidos pelo duplo grau de jurisdição.
O recurso em seu objeto, tem por pressuposto lógico a partir da decisão que desfavorece a uma das partes, e apresentam funções e fundamentos objetivos, que, se não analisados e observados dentro de seu cabimento legal, não haverá sua pretensão satisfeita, podendo nem ser interposto tal recurso. Por estes motivos que o advogado, o defensor público, o agente do Ministério Público por exemplo, deverá entender de maneira clara os recursos para utiliza-lo dentro da sua base legal. 
Este trabalho abordou as formas recursais cabíveis ao âmbito do processo penal, enfatizando temas como os pressupostos processuais que sem os quais não poderia se provocar tal processo retratando as partes e o juiz, na parte subjetiva, lembrando da teoria da relação jurídica de Bullow. Os cabimentos e seus fundamentos legais e trazendo diversas formas de doutrinas sobre esse assunto. Assunto no qual se opera de maneira exclusivamente processual.
	
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.
Pablo Stolze, Novo curso de Direito Civil, Contratos: Teoria Geral, 8ª edição, Saraiva, 2012, p 49.
Silvio Rodrigues, Direito Civil, Dos contratos e declarações unilaterais de vontade, Saraiva, 1997, p 49.
Carlos Roberto Gonçalves, Direito civil I Esquematizado, Saraiva 2011, p 711.
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