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1 Universidade Federal de Lavras - UFLA Departamento de Química - DQI Química Ambiental Aula 9 Processos Para Tratamento de Águas Contaminadas Seminários Tema Grupo Data 1. Energia nuclear Danilo, Gustavo, Janaína e Bárbara 10/06 2. Metais tóxicos Rafael, Joyce, Isadora e Jaqueline Andrade 10/06 3. Crédito de carbono Gabriel, Ligiane, Lorena e Isabela Teodoro 10/06 4. Compostagem Flávia Vilela, Isabela Barbosa, Lucas Ribeiro e Pedro Andrade 10/06 5. Contaminação de águas por fármacos Gabriela, Amanda e Yasmin 17/06 6. Carvão ativado e suas aplicações Clara, Bruna e Octávio 17/06 7. Tratamento Biológico de Água Camila Ribeiro, Stephani e André Augusto 17/06 8. Ferro metálico para remediação ambiental Nelson, Matheus Eduardo, Marcela Duarte e Bruno Fernandes 17/06 Os seminários devem ser de 15 a 20 minutos. Informações sobre os seminários Os seminários devem ser de 15 a 20 minutos. Os mesmos devem conter: Introdução Desenvolvimento do tema Aplicações (se for o caso) Considerações finais Referências (pode ser colocado no final ou nos slides onde fora citados) Pode haver outros item conforme a necessidade de cada tema. 4 Adsorção 5 Adsorção É a adesão de moléculas ou íons de um fluido (o adsorvido) a uma superfície sólida. adsorvente adsorvato Tipos de adsorção Química Física Depende: • Área superficial • Temperatura • Pressão (gases) • Concentração do adsorvato • Tipo de adsorvente 6 Adsorção Adsorção Química • Ligação química (covalente) • Há transferência de elétrons • Instantânea (rápida) • Fenômeno específico e seletivo • Superfície do adsorvente é modificada • Calor de adsorção 10 a 200 kcal/mol • Formação de monocamada Adsorção Física • Forças de van der Waals • Não há transferência de elétrons • Lenta ou rápida • Fenômeno não específico • Superfície do adsorvente é muito pouco modificada • Calor de adsorção 2 a 6 kcal/mol • Formação de multicamada 7 * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * ADSORVENTE Água contaminada (metais, compostos orgânicos) Saturação * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * Eliminação de Contaminantes por Adsorção Adsorvente possui tempo de vida útil 8 Tipos de Adsorventes Adsorvente Área superficial (m2/g) Carvão ativado 600 a 3000 Sílica 500 Alumina 500 Argilas 20 a 250 Zeólitas 200 a 750 9 Carvão Ativado + CO2 carvão 800 0C + 2CO Ativação < 30 m2/g 600 a 3000 m2/g Formação de poros: aumento de área superficial Carvão ativado poros 10 Carvão Ativado Superfície ??? Grafite (apolar) Adsorção de compostos orgânicos apolares Carvão Ativado 11 Benzeno tolueno xileno = o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o x o o o o o o o o o o o o o o o o o x x o o o o o Adsorção de compostos orgânicos O contaminantes não é destruído, apenas muda de fase Disposição adequada para o carvão utilizado Aterro industrial ou incineração $$$ 12 Superfície ????? Superfície polar Adsorventes SiO2 e Al2O3 Si O O Si d d - + Adsorção de compostos orgânicos polares 13 M+n Superfície com cargas negativas Cargas negativas Adsorção de metais em água 14 Grupos silanóis Adsorção de metais em água Si O OH Si O OH Si O O Si O H2O M+n Si O O- Si O OH Si O O- Si O O- M+n 15 Adsorção por Resinas de Troca Iônica CH CH2 CH CH2 CH CH2 CH CH2 SO3 -H+ +H-O3S Resina catiônica de poliestireno R-SO3 -H+ + M+ R-SO3 -M+ + H+ Sítio ativo 16 Adsorção por Resinas de Troca Iônica Efluente contaminado com metal pesado (Hg2+, Ag+, Pb2+...) Resina de troca iônica Efluente tratado H+ 17 Vantagens • Alta eficiência • Simples operação • Não gera produtos gasoso tóxicos • Não gera subprodutos tóxicos Desvantagens Adsorção • Eficiente para baixas concentrações • Não destrói o contaminante • Necessidade de disposição adequada • Regeneração do material adsorvente • Alto das resinas de troca iônica 18 Resíduos Sólidos 19 Resíduos Sólidos Doméstico Industrial • Aterro: Sanitário; Controlado ou Lixão, • Compostagem Orgânico Outros • Aterro: Sanitário; Controlado ou Lixão, • Reciclado Orgânico Outros • Aterro industrial • Incineração • Co-processamento • Aterro Ind. • Reciclado 20 Aterros Sanitário, Controlado e Industrial e Lixão 21 Aterro Sanitário, Controlado e Lixão Qual a diferença? Locais para onde são destinados os resíduos domésticos e urbanos. 22 Lixão É uma área de disposição final de resíduos sólidos sem nenhuma preparaçãoanterior do solo. 23 Chorume (altamente tóxico) - Produto da decomposição de matéria orgânica; - Líquido escuro; - Alto teor de carbono ( COT: 30-29.000 mg/L) - Metais pesados Lençol freático Lixão 24 • Exposto ao ambiente; • Proliferação de animais (doenças); • Chorume: contaminação de corpos d’água e lençol freático; • Contaminação do ar: gases • Atrai população de baixa renda: catadores de lixo - doenças Lixão Brasil gera: 240 mil ton. resíduos/dia Cerca de 53 % municípios dispõem em lixões 25 Aterro Controlado Célula adjacente ao lixão remediado • Chorume é coletado • Lixo é coberto diariamente • Gás é queimado • Solo é impermeabilizado 26 Aterro Sanitário 27 Solo é preparado entes de receber os resíduos • Gás é queimado ou armazenado • Chorume é coletado e tratado • O resíduo é coberto diariamente com uma camada de terra • Não há concentração de animais e insetos • Não há mau cheiro Aterro Sanitário 28 29 Drenos para coletar o percolato Dreno Brita PEAD Argila 30 Impermeabilizada Lixo Impermeabilizada Exaustor de gases 31 Coletor de percolato 32 Aterro Industrial 33 Classe 1 Perigosos • Inflamabilidade • Toxicidade • Corrosividade • Reatividade • Patogenicidade Classe 2B Classe 2A Classificação dos Aterros Industriais Não inertes • Aqueles que não se enquadram como resíduos classe 1 ou 2B. Inertes • Em contato com água destilada ou deionizada seus componentes solubilizados não atinjam limites de concentrações superiores aos padrões de potabilidade Aterro Industrial Recebe os resíduos industriais 34 Aterro Industrial Requisitos • Distancia mínima de corpos d’água, rodovias, çentros urbanos e ferrovias; • Área de construção deve permitir vida útil de no mínimo 20 anos; • Lençol freático deve estar no minimo a 2 m da cada mais baixa do aterro 35 Aterro Industrial 36 37 Aterro Industrial Construção Preparação do terreno Impermeabilização Sistema de drenagem 38 Vantagens • Solução alternativa para disposição de resíduos • Custo de construção relativamente baixo • Teoricamente não contamina o solo e corpos d’água Desvantagens Aterros • Solução paliativa (resíduos industriais e não biodegradáveis) • O gerador é o responsável pelo resíduo • Degradação ambiental (necessidade de grande área para construção) • Resíduo classe 1: alto custo de destinação • Risco de contaminação de corpos d’água 39 Compostagem Resíduos orgânicos Decomposição por microrganismos Formação de composto (adubo) Aplicação no solo 40 Compostagem: definição É o conjunto de técnicas aplicadas para controlar a decomposição de materiais orgânicos, com a finalidade de obter um material estável, rico em húmus e nutrientes minerais; com atributos físicos, químicos e biológicos superiores (sob o aspecto agronômico) àqueles encontrados na(s) matéria(s) prima(s). Decomposição aeróbia (controlada) Composto (rico em húmus e nutrientes) 90 dias Lodo Resíduo orgânico Doméstico • Microrganismos • Temperatura (700C) • Umidade • Aeração • Dimensão e forma das pilhas Depende 41 Composto (adubo) Composição Húmus Nutrientes Matéria orgânica proveniente da decomposição de resíduos orgânicos Nitrogênio, fósforo, ferro, potássio, cálcio e magnésio Necessários para Torna o solo poroso (aeração) Retenção de água e nutrientes Importante para o crescimento de plantas. Aplicações • Fertilizante • Corrigir a acidez de solos • Reflorestamento 42 Incineração 43 Incineração Processo de destruição térmica realizado sob alta temperatura - 900 a 1200 ºC com tempo de residência controlada. Resíduo + ar + combustível CO2/H2O É utilizado para o tratamento de resíduos de alta periculosidade, ou que necessitam de destruição completa e segura. 44 Forno Incinerador Representação esquemática de um incinerador Entrada de resíduos Secagem 150 a 200 0C Gaseificação 300 0C Oxi-redução 500 a 600 0C Cinzas Saída de gases (tratamento) 1200 0C Ciclone (queima dos gases) 45 Forno Incinerador Representação esquemática de um incinerador 46 Incineração Resíduos passíveis de incineração • Resíduos sólidos, pastosos, líquidos e gasosos • Resíduos orgânicos clorados e não-clorados (borra de tinta, borras oleosas, farmacêuticos, resíduos de laboratório, resinas...) • Resíduos inorgânicos contaminados com óleo, água contaminada com solventes • Resíduos ambulatoriais • Solo contaminado (solventes, óleos, graxas...) 47 Vantagens • Promove a completa destruição do resíduo Desvantagens Incineração • Alta temperatura • Necessita de combustível • Alto custo de operação • Pode produzir gases tóxicos: NOx, SOx • Licença ambiental de operação (difícil de conseguir) • Pode produzir dioxinas (cancerígena) 2,3,7,8-tetraclorodibenzo-p-dioxina 48 Co-processamento 49 Co-processamento Resíduo (combustível) + ar CO2/H2O + cinzas + energia térmica Processo de destruição térmica realizado sob alta temperatura - 1800 ºC com tempo de residência controlada. Ocorre dentro de fornos durante a fabricação do cimento. Totalmente destruído Se combinam com as matérias primas da produção cimento Utilizada para a produção do cimento 50 Co-processamento Esquema representativo do forno rotativo Resíduos Ar de combustão Rolamentos Forno Resíduo líquido e/ou combustível Ar Descarga de cinzas Saída de gás Resíduo líquido e/ou combustível Reaproveitamento energético ou tratamento 51 Co-processamento Resíduos que podem ser co-processados • Substâncias oleosas • Corantes, tintas, vernizes • Produtos fotográficos • Lodo de esgoto • Pneus, emborrachados • Areia ou terra contaminada com óleo • Embalagem de produtos químicos • Resinas, colas, solventes Resíduos que não podem ser co-processados • Radioativos • Hospitalares • Organoclorados • Agrotóxicos • Indústria farmacêutica (medicamentos vencidos) • Sólidos humanos 52 Vantagens • Reaproveitamento energético • Não gera cinzas • Resíduos totalmente destruídos • Atende à legislação ambiental Desvantagens • Pode produzir gases tóxicos: NOx, SOx... • Alto custopara o gerador do resíduo Co-processamento 53 Transformações de Resíduos em Produtos de Valor Agregado 54 Transformações do Poliestireno Expandido (EPS) 55 A demanda mundial de EPS: ~ 3 milhões de toneladas por ano. A quantidade de resíduo gerado, no Brasil, é de ~15 mil toneladas/ano. Problema ambiental EPS - Resíduo 56 Toneladas de EPS são jogados nos lixões, rios, estradas e etc; Ocupa grande volume Cria ambiente para a proliferação de insetos e animais (saúde pública) EPS - Resíduo 57 Porém, somente 15% das embalagens feitas de EPS são recicladas. Rejeitos de EPS estão muito dispersos Coleta Transporte Limitações EPS - Resíduo O EPS é 100% reciclável 58 O que pode ser feito? Geração de energia Energia 1 kg EPS = Energia 1 kg Óleo Combustível Outras aplicações (aeração do solo , cimento leve) Matéria Prima Rejeitos de EPS Objetos (canetas, caixas de CD, régua...) O valor obtido para este tipo de reciclagem, não paga a coleta e os processos de transformação do EPS Reciclagem só será viável se o EPS for transformado em produtos de maior valor agregado 59 Tecnologias Desenvolvidas 60 Transformação do EPS em impermeabilizante Impermeabilizante 61 Rejeito de EPS Mistura solventes: Viscosidade, densidade e tempo de secagem controlado Impermeabilizante líquido pronto para usar Utilização de rejeitos de EPS na produção de impermeabilizantes Impermeabilizante 62 Impermeabilização de materiais como: Concreto Telhas Tecidos Papel Madeira Aplicações Impermeabilizante 63 Proteção contra ataque causado por chuva ácida em monumentos Impermeabilizante Aplicações 64 Papel Tecido Concreto Madeira Região sem impermeabilizante Região com impermeabilizante Caracterização: Microscopia Eletrônica de Varredura Impermeabilizante 65 Impermeabilização de bloquetes de concreto no solo Prova de conceito: aplicação do produto Impermeabilizante 66 Impermeabilização de parede de tijolo Com impermeabilizante Sem impermeabilizante Gotas de água A água foi absorvida Prova de conceito: aplicação do produto Impermeabilizante 67 A “montanha” de isopor Planta Piloto Aprox. 2,5 ton de isopor Capacidade: 400 L/batelada O desafio produzir 7000 L de impermeabilizante 68 Impermeabilização de telhados Aplicação na Construção Civil Transformação do EPS em superabsorvente Superabsorvente 70 Polímeros hidrofílicos insolúveis em água e capazes de absorver grandes quantidades de água, variando de 100-3000 vezes seu próprio peso. Absorção de água Superabsorvente hidratado Superabsorvente seco O que são superabsorventes (SA)? Superabsorvente 71 Agricultura de efluentes Tratamento para alimentos Embalagem Produtos de higiene Cosméticos Revestimentos Fios Eletrônicos 98% Aplicações Superabsorvente ao fogo Combate 72 Fonte: The Boston Consulting Group O crescente uso dos SA • Aumento do consumo de fraldas •Todo SA é importado • Falta SA no mercado Superabsorvente 1984 1988 1992 1996 2000 2004 2008 2012 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 C on su m o de fr al da s / m ilt on el ad as Ano Demanda real Demanda Calculada 73 0 100 200 300 400 500 600 Superabs.A 4A 3A 2 A b s o rç ã o / g á g u a g -1 a b s o rv e n te Amostra de absorvente A 1 Teste de absorção de água Superabsorvente x Absorventes Comerciais • Amostras comerciais absorvem 200 a 340 gágua.g -1 Amostra • Superabsorvente absorve 550 gágua g -1 SA Superabsorvente
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