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10/08/2018 1 Profa. Drª Aline Pereira Aula cedida por profa. Thamy Braga Rodrigues Avaliação abdominal 1 OBJETIVOS DA APRENDIZAGEM • Revisar a anátomo-fisiologia abdominal; • Reconhecer os sistemas que estão no abdome; • Localizar estruturas anatomicamente de acordo com a topografia; • Descrever a propedêutica abdominal; 2 10/08/2018 2 ►O Trato GI é uma via de 4,9 a 5,8 cm de comprimento, que se estende desde a boca, atravessa o esôfago, estomago e intestinos, até o ânus; ►O aparelho digestivo é responsável pela ingestão, digestão e absorção dos nutrientes e pela eliminação dos produtos residuais da digestão. 3 ANATOMIA INTERNA • VÍSCERAS são todos os órgãos que estão dentro da cavidade abdominal; • VÍSCERAS OCAS são as que o formato dependem de seu conteúdo (estômago, vesícula, intestino delgado, cólon e bexiga); – Esses órgãos em geral não são palpáveis, embora possa sentir o cólon distendido por fezes ou bexiga cheia de urina; • VÍSCERAS SÓLIDAS são as que mantém um formato característico (fígado, pâncreas, baço, rins, útero...). – A borda inferior do fígado e o rim direito podem ser palpáveis, sem que isso indique anormalidades. 4 10/08/2018 3 ANATOMIA DO ABDOME 5 6 Função do Sistema Digestivo – ☺Clivar as partículas alimentares na forma molecular para a digestão; ☺Absorver as pequenas moléculas produzidas pela digestão para dentro da corrente sanguínea; ☺Eliminar alimentos não-digeridos e não-absorvidos e outros produtos residuais do corpo; 10/08/2018 4 7 Mastigação e Deglutição; - Processo de digestão inicia com a mastigação (alimento quebrado em partículas menores, as quais podem ser deglutidas e misturadas com as enzimas digestivas); - A saliva é é secretada e entra em contato com o alimento. Nesta contém enzima ptialina e amilase salivar que dá início a digestão dos amidos. Contém também muco e água, os quais auxiliam a lubrificar o alimento à medida que é mastigado; 8 Mastigação e Deglutição; - Quando o alimento é deglutido, a epiglote se movimenta para cobrir a abertura da traquéia e, assim, evita a aspiração de alimento para dentro dos pulmões; - Deglutição - resulta na impulsão do bolo alimentar para a parte superior do esôfago; - O músculo liso do esôfago contrai-se em sequência ritmada, no sentido do estômago, visando impulsionar o bolo alimentar ao longo deste trato; 10/08/2018 5 9 Anatomia - TGI Esôfago – localizado no mediastino, na cavidade torácica, anterior a coluna vertebral e posterior a traquéia e ao coração. Tubo que torna-se distendido quando o alimento o atravessa; 10 Anatomia - TGI Estômago – Parte superior do abdome a esquerda da linha média, abaixo do diafragma esquerdo. Dividido em cárdia (entrada), fundo, corpo e piloro (saída); Intestino delgado – Segmento mais longo do TGI. Com uma área de superfície de 7.000 cm para secreção e absorção. Dividido em três partes anatômicas: parte superior (duodeno), média (jejuno) e inferior (íleo); 10/08/2018 6 11 Anatomia - TGI Estômago – Armazena e mistura o alimento com as secreções; Secreta ácido clorídrico (altamente ácido) em resposta à presença ou ingestão prevista de alimentos e tem como objetivo: clivar o alimento em componentes mais absorvíveis e auxiliar na destruição da maioria das bactérias ingeridas; Secreções gástricas: Enzimas Pepsina – digestão de proteínas; 12 Anatomia - TGI Estômago – O alimento permanece no estômago durante um período variável de tempo, desde meia hora até várias horas, dependendo do tamanho das partículas alimentares, da composição da refeição...; A peristalse no estômago e a composição e as contrações do esfíncter pilórico possibilitam que o alimento parcialmente digerido penetre no intestino delgado em uma velocidade que permite a absorção eficiente dos nutrientes; Esse alimento misturado às secreções gástricas é chamado de QUIMO; 10/08/2018 7 13 Anatomia - TGI Intestino delgado – ►A digestão, nessa parte, é realizada por secreções do intestino e pela secreção de substâncias do fígado, vesícula biliar e pâncreas através de ductos ligados no intestino delgado; ►O duto biliar comum, que possibilita a passagem da bile e das secreções pancreáticas, desemboca no duodeno; 14 Anatomia - TGI Intestino delgado – ►O fígado secreta a bile, que emulsifica as gorduras, ajudando na sua digestão e absorção. O pâncreas libera o suco pancreático, que contém enzimas que digerem os macronutrientes, principalmente; - Carboidratos – dissacarídeos (sacarose, maltose, galactose), monossacarídeos (glicose, frutose); - Proteínas – aminoácidos e peptídeos; - Lipídios – monoglicerídeos e ácidos graxos; Moléculas menores prontas para serem absorvidas; 10/08/2018 8 15 Anatomia - TGI Intestino delgado – ► Pequenas projeções, vilosidades, estão presentes no intestino e funcionam para produzir enzimas digestivas, assim como abosrver nutrientes; Vitaminas e minerais não são digeridos, são absorvidos essencialmente inalterados; Absorção começa no jejuno e é realizada por transporte ativo e por difusão da parede intestinal; 16 Anatomia - TGI Intestino delgado – ►A válvula ileocecal controla a passagem do conteúdo intestinal para dentro do intestino grosso e impede o refluxo de bactérias para dentro do intestino delgado; 10/08/2018 9 17 Vesícula Biliar - localizado debaixo do fígado, armazena a bílis [líquido amarelo-esverdeado produzido pelo fígado, até que o aparelho digestivo dele necessite, composta de sais biliares, eletrólitos, pigmentos biliares como a bilirrubina, colesterol e outras gorduras (lípidos); utilizada pelo organismo para que o colesterol, as gorduras e as vitaminas dos alimentos gordos sejam mais solúveis e, desse modo, possam ser melhor absorvidas]. 18 ►Os sais biliares estimulam o intestino grosso a segregar água e outros sais, o que ajuda a que o conteúdo intestinal avance com maior facilidade até ao exterior do corpo; 10/08/2018 10 19 ► A bilirrubina, um produto residual formado por restos de glóbulos vermelhos inúteis, é excretada pela bílis; - recém- nascidos – icterícia fisiológica (normal) - metabolismo lento da bilirrubina; 20 Anatomia - TGI Intestino grosso – Segmentos ascendente, transverso e descendente, porção terminal que compreende o colón sigmóide e o reto. Este exibe continuidade com o ânus; Principal função - reabsorver água. Suas células epiteliais secretam muco, o qual lubrifica a massa de resíduo alimentar que vai perdendo água; - Material não digestivo - fezes, que devem ser eliminadas do organismo; Orifício anal é regulado por uma rede de músculos estriados, que fomam os esfíncteres anais interno e externo; 10/08/2018 11 FÍGADO • Preenche a maior parte do QSD e se estende até a linha hemiclavicular esquerda; • A borda inferior do fígado e o rim direito podem ser palpáveis, sem que isso indique anormalidades; 21 FÍGADO • Armazenamento das vitaminas A, B12, D e E, e de alguns minerais, como o ferro; • Destruição das hemácias velhas ou anormais; • Emulsificação de gorduras no processo digestivo, através da secreção da bile; • Armazenamento e liberação de glicose; • Síntese de proteínas do plasma; • Síntese do colesterol; • Produção de gorduras (Lipogênese); • Conversão de amônia em uréia; • Purificação e destoxificação de várias toxinas e drogas; 22 10/08/2018 12 PÂNCREAS • É uma glândula mole e lobulada situada por trás do estômago; • Tem uma situação oblíqua, cruzando a parede abdominal posterior até o quadrante superior esquerdo. • O pâncreas secreta enzimas digestivas ao duodeno e hormônios à correntesangüínea; 23 PÂNCREAS • As enzimas secretadas pelo pâncreas digerem proteínas (tripsina), carboidratos (amilase) e gorduras (lipase); • Os três hormônios produzidos pelo pâncreas são a insulina, que reduz o nível de açúcar (glicose) no sangue; o glucagon, que eleva o nível de açúcar no sangue; e a somatostatina, que impede a liberação dos dois outros hormônios. 24 10/08/2018 13 BAÇO • É uma massa amolecida de tecido linfático; • Está localizado na parede póstero-lateral da cavidade abdominal, imediatamente abaixo do diafragma. • Largura ocupa 9ª a 11ª costela, sendo de cerca de 7cm; • Normalmente impalpável; 25 BAÇO • Este órgão age como parte integrante do sistema linfático e vascular. Elimina microorganismos patogênicos (fabrica anticorpos) e pode destruir hemácias anômalas, alteradas ou envelhecidas. • Ele também reserva grande quantidade de sangue e outras células sanguíneas, que descarrega na corrente sanguínea, quando há esforço maior; 26 10/08/2018 14 RETROPERITÔNIO - RINS • Formato de feijão; • São retroperitoniais, ou posteriores aos conteúdos abdominais; • Ficam bem protegidos pelas costelas e musculaturas posteriores; • Rim esquerdo, situa-se na altura da 11ª a 12ª costelas; • Em virtude do posicionamento do fígado, o rim direito tem situação 1 a 2 cm mais baixo que o rim esquerdo, e às vezes, pode ser palpável; 27 ANATOMIA DO ABDOME 28 10/08/2018 15 • AORTA – situa-se imediatamente à esquerda da linha média, na parte superior do abdome; • Desce por trás do peritônio [membrana serosa de parede dupla que forra a parede abdominal (peritônio parietal) e as vísceras (peritônio visceral)] e, 2 cm abaixo do umbigo, bifurca-se nas artérias ilíacas comuns direita e esquerda; 29 AORTA – • Palpa-se a pulsação aórtica na parte superior da parede abdominal anterior. As artérias ilíacas direita e esquerda transformam-se nas artérias femorais na região inguinal; • Pulsações facilmente palpadas entre crista ilíaca ântero-superior e a sínfise pubiana; 30 10/08/2018 16 Suprimentos sanguíneos do TGI • O TGI recebe sangue das artérias que se originam ao longo da totalidade do comprimento das Aortas torácica e abdominal; • Artérias: gástrica (oxigênio e nutrientes são supridos para o estômago) e mesentérica superior e inferior (intestino); • Sangue é drenado, a partir desses órgãos por veias que se unem, de modo a formar a veia porta; 31 Divisões semiológicas 32 10/08/2018 17 33 CONSIDERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO • LACTENTES E CRIANÇAS; - Fígado ocupa um espaço proporcionalmente maior no abdome ao nascer do que em anos posteriores; - Nos recém-nascidos normais a termo, a borda hepática inferior pode ser palpada 0,5 - 2,5cm abaixo da reborda costal direita; - A bexiga urinária tem uma localização mais alta no abdome do que no adulto; - No início da infância, a parede abdominal é menos musculosa e, portanto, torna-se mais fácil a palpação dos órgãos; 34 10/08/2018 18 CONSIDERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO • GESTANTE; - Náuseas e vômitos ou “enjôo matinal” são sinais precoces de gravidez em 50 a 75% das gestantes; - Causa desconhecida, mas pode está relacionada a alterações hormonais; - “Indigestão ácida” ou “azia” (pirose), causada pelo refluxo esofagiano; - A motilidade gastrintestinal diminui, o que prolonga o tempo de esvaziamento gástrico; 35 CONSIDERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO • GESTANTE; - A constipação e o aumento da pressão venosa na pelve inferior podem provocar hemorróidas (veias dilatadas no ânus que podem se exteriorizar, causando dor e sangramento); - O útero aumentado desloca o intestino para cima e para trás. Os ruídos intestinais diminuem; - As alterações cutâneas no abdome, como estrias e a linha negra; 36 10/08/2018 19 CONSIDERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO GESTANTE; 37 CONSIDERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO • IDOSO; - Acúmulo de gordura na região suprapúbica em mulheres, em decorrência da redução dos níveis de estrogênio; - Homens também podem evidenciar alguns depósitos de gordura na área abdominal, gerando “pneu” – acentua-se em adultos com estilo de vida sedentário; 38 10/08/2018 20 CONSIDERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO • IDOSO; - Pessoa envelhece ainda mais, o tecido adiposo é redistribuído no sentido do abdome e dos quadris, afastando-se do rosto e extremidades; - A salivação diminui, o que faz com que a pessoa apresente a boca seca e redução do sentido do paladar; - Ocorre um retardo no esvaziamento no esvaziamento esofagiano – alimentação em decúbito dorsal, o risco de aspiração pode aumentar; 39 CONSIDERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO • IDOSO; - O tamanho do fígado diminui com a idade, mas a função permanece. O metabolismo hepático de fármacos e drogas é prejudicado, em parte devido a uma redução de 55 a 60% do fluxo sanguíneo hepático entre 60 e 80 anos; - Essas alterações são clinicamente significativas, pois o metabolismo hepático mais lento aumenta a incidência de efeitos colaterais; 40 10/08/2018 21 CONSIDERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO • IDOSO; - Pessoas idosas com frequência referem constipação. Entretanto, o número de pessoas em uso regular de laxantes é maior do que o de constipadas; 41 CONSIDERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO • IDOSO; - Razões para disparidade nas taxas de constipação percebida e efetiva incluem uma opinião equivocada sobre o número ideal de evacuações em uma pessoa saudável (constipação verdadeira corresponde a menos de uma evacuação a cada 3 dias) e a confusão entre constipação e evacuação de fezes endurecidas em pequeno volume, sensação de evacuação incompleta ou necessidade de fazer; 42 10/08/2018 22 CONSIDERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO • IDOSO; - Dentre os idosos realmente constipados, contata-se que dois terços apresentam uma diminuição do trânsito no cólon distal e um retardo no esvaziamento retal; * Causa – redução da atividade física, consumo insuficiente de água, dieta pobre em fibras, efeitos colaterais de medicamentos.... 43 INFORMAÇÕES SUBJETIVAS • Apetite; • Disfagia; • Intolerância alimentar; • Dor abdominal; • Náuseas/vômitos; • Hábitos intestinais; • História abdominal pregressa; • Medicamentos; • Avaliação nutricional. 44 10/08/2018 23 • A entrevista com o paciente, antes da realização do exame do abdome, assim como de qualquer outro segmento corporal é de extrema importância para a obtenção dos dados que fornecerão subsídios a serem relacionados com os demais achados clínicos; 45 • As queixas atuais do paciente devem ser investigadas de forma minuciosa, incluindo início, duração e intensidade dos sintomas, sendo fundamental que o entrevistador questione fatores que as exarcebam ou inibem, bem como a sintomatologia ou inibem, bem como a sintomatologia associada; 46 10/08/2018 24 APETITE/DISFAGIA • Alterações de apetite; • Perda de apetite; • Alterações de peso; • Quantidade de quilos ganhos ou perdidos; • Quando começou a perder peso; • Dietas; • Dificuldade para engolir (disfagia) e desde quando; • Sialorréia ou ptialismo – frequência e fatores desencadeantes da produção excessiva de saliva; • Soluço; • Pirose ou azia; • Eructação; • Dispepsia; 47 • O soluço resulta de um estímulo involuntário de músculos relacionados com a respiração, principalmente o diafragma, levando a uma inspiração rápida e curta, não sincronizada com o ciclo respiratório; • Possíveis causas: ►Distensão gástrica pela ingesta de bebidas com gás (refrigerantes), ► deglutição de ar ou alimentação em grande volume, ► mudanças súbitas de temperatura de alimentos ingeridos ou mesmo da pele (sauna-duchagelada), ► ingesta de álcool, e ► gargalhadas. 48 10/08/2018 25 • Pirose ou azia – Sensação de queimação, relaciona-se a ingestão de alimentos, refeições copiosas...; Quando persistente, em região epigástrica, pode suspeitar de doença cardíaca; • Eructação – regurgitação de ar; Avaliar frequência e os fatores desencadeantes; • Dispepsia – Sensação de plenitude gástrica, indigestão, relação com a ingestão de determinado tipo ou quantidade de alimentos, o que proporciona alívio; 49 INTOLERÂNCIA ALIMENTAR • Alimentos que não consegue comer; • Manifestações de intolerância: reação alérgica, azia, eructação, distensão abdominal e indigestão; • Uso de antiácidos e em que frequência; 50 10/08/2018 26 DOR ABDOMINAL • Existência e localização da dor; • A dor se desloca ou tem um ponto fixo; • Como e quando começou a dor; • Dor constante ou esporádica? Quando? • Relação da dor com refeições e momento de pico; • Características da dor – cólica, queimação, como uma facada?; • Aliviada ou piora por alimentos; • Associadas a – estresse, cansaço, náuseas, vômitos, gases, febre, secreção vaginal ou peniana?; • Alternativas de alívio da dor – repouso, saco de água quente, mudança de posição, medicamentos; 51 NÁUSEAS/VÔMITOS • Frequência, quantidade; • Aspecto; • Cor (hematêmese); • Cheiro; • Fatores associados: cólica, diarréia, febre, calafrios; • Alimentação nas últimas 24 horas, local, mais alguém na família que apresentou os mesmos sintomas?; 52 10/08/2018 27 HÁBITOS INTESTINAIS • Frequência de evacuação; • Cor; • Consistência; • Diarréia; • Constipação; • Frequência de alterações; • Uso de laxantes? Investigar tipo e frequência; • Melena (fezes escurecidas – hemorragia de porção alta do intestino); Enterorragia (fezes avermelhadas – hemorragia de porção final do intestino); 53 HISTÓRIA ABDOMINAL PREGRESSA • História de doença abdominal: úlcera, doença vesicular, hepatite, icterícia, apendicite, colite, hérnia; • Cirurgia pregressa, tipo; • Complicações cirúrgicas; • Exames radiológicos do abdome e resultados. 54 10/08/2018 28 MEDICAMENTOS • Medicamentos; • Etilismo – diariamente, semanalmente, última vez; • Tabagismo – quantos? Frequência? 55 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL • Descrição da dieta; POSIÇÃO PARA EXAME ABDOMINAL 56 PREPARAÇÃO - A iluminação deve incluir uma luz forte de cima para baixo e um foco secundário; - Exponha o abdome, tornando-o completamente visível; cubra genitália e as mamas femininas; •Esvaziar a bexiga, exceto se for necessária amostra de urina; •Mantenha o recinto aquecido, para evitar calafrios e tensão muscular; 10/08/2018 29 57 PREPARAÇÃO ● Posicione a pessoa em decúbito dorsal, com a cabeça em um travesseiro, os joelhos dobrados ou sobre um travesseiro e os braços ao lado do corpo ou cruzados à frente do tórax; 58 PREPARAÇÃO ● Para evitar tensão abdominal, o diafragma do estetoscópio deve estar aquecido, as mãos devem estar quentes e as unhas cortadas; ● Indague sobre regiões dolorosas. Examine essas regiões por último, para evitar defesa muscular; ● Métodos de distração: Aumente o relaxamento muscular com exercícios respiratórios, apelos emotivos, voz baixa e tranquilizadora, peça ao paciente para contar história do seus problemas abdominais enquanto estiver fazendo a palpação; 10/08/2018 30 INSPEÇÃO • Contorno abdominal – descreve o estado nutricional e, normalmente, varia de achatado a arredondado; • Determine o perfil desde o rebordo costal até o osso púbico; • Simetria – lanterna iluminando perpendicularmente o abdome e, depois, paralelamente o corpo do paciente; Observe abaulamentos, massas visíveis ou formatos assimétricos; •Inspecione o paciente de ambos os lados e verifique simetria; •Hérnia – protusão das vísceras abdominais através da abertura anormal na parede muscular; 59 INSPEÇÃO • Simetria – -Peça a pessoa para respirar fundo, destaca ainda mais qualquer alteração – o abdome deve manter-se liso e simétrico; - Ou peça a pessoa para sentar-se sem utilizar as mãos - Podem aparecer hérnia, hepatomegalia, esplenomegalia (visceromegalias); 60 10/08/2018 31 INSPEÇÃO • Umbigo – Normalmente, localiza-se na linha média e é invertido, sem sinais de alteração de cor, inflamação ou hérnia. Pode ficar evertido ou destacado na gravidez. • Eversão (ascite, hérnia), profundamente deprimido na obesidade, Coloração periumbilical azulada na hemorragia intra-abdominal (sinal de Cullen); 61 62 10/08/2018 32 INSPEÇÃO • Pele – Superfície lisa e uniforme, com coloração homogênea; Boa região para avaliar pigmentação, pois costuma ficar protegida do sol; Estrias (lineae albicantes) – marcas branco-acinzentadas – ocorre quando as fibras eláticas da pele são rompidas após um estiramento rápido ou prolongado – gestação, obesidade; Estrias recentes são róseas ou azuis, passando a adquirir cor branco-prateada; 63 INSPEÇÃO • Pele – Pode ser identificada ascite (pele distendida e brilhosa, hérnias); icterícia; • Áreas maculares ou papulares acastanhadas são comuns no abdome; •Cicatriz cirúrgica alerta para a possível presença de aderências e de tecido fibrótico; 64 10/08/2018 33 INSPEÇÃO 8 cm Cicatrizes- localização- tamanho 65 INSPEÇÃO • Mácula - mancha ou alteração circunscrita da cor da pele, apenas detectada através da visão, já que, como é plana e não possui qualquer relevo, não é localizada através do tato, sardas, petéquias; • Pápula - elevação circunscrita da pele, de consistência sólida, 1 cm de diâmetro. São perfeitamente perceptíveis ao tato, caso se proceda à palpação da zona afetada, verruga simples; 66 10/08/2018 34 INSPEÇÃO 67 INSPEÇÃO • Pele – veias em geral não são visíveis, mas uma fina rede venosa pode ser observada em pessoas magras; •Veias proeminentes e dilatadas são vistas na cirrose, ascite... • Bom turgor cutâneo reflete uma nutrição saudável; pince suavemente uma prega da pele; em seguida libere-a para verificar se há retorno imediato da pele à posição original; •O turgor deficiente na desidratação, frequentemente acompanha doenças gastrintestinais; 68 10/08/2018 35 INSPEÇÃO • Pulsação ou movimento – Pulsações da aorta podem ser vistas debaixo da pele na região epigástrica, em especial em pessoas magras com um bom relaxamento da parede abdominal; • Os movimentos respiratórios podem ser percebidos no abdome, principalmente nos homens; • Podem ser perceptíveis ondas peristálticas em pessoas muito magras; 69 INSPEÇÃO • Pulsação ou movimento – Pulsação acentuada da aorta (hipertensão, insuficiência aórtica...); • Peristalse acentuada e visível associada a distensão abdominal indica obstrução intestinal; • Distribuição de pêlos – distribuição de pêlos pubianos – losango – homens; triângulo invertido nas mulheres adultas; •Padrões alterados por anormalidades endócrinas ou hormonais; doença hepatica crônica. 70 10/08/2018 36 INSPEÇÃO • Postura – Relaxada, expressão facial tranquila e respirações lentas e regulares; •Inquietação e mudança constante de posição para encontrar conforto ocorre na dor em cólica da obstrução intestinal; 71 INSPEÇÃO - contorno 72 GLOBOSO 10/08/2018 37 73 INSPEÇÃO - contorno PLANO 74 INSPEÇÃO - contorno SALIENTE 10/08/2018 38 75 INSPEÇÃO - contorno INSPEÇÃO Contorno abdominal Abdome protuberante – obesidade, gestação, ascite ou distensão abdominal; Abdome arredondado – pessoa com musculatura flácida ou excesso de gordura; 76 10/08/2018 39 INSPEÇÃO Contorno abdominal Abdome em Avental- Obesidade grave; 77 INSPEÇÃOContorno abdominal Abdome Escavado 78 10/08/2018 40 Cicatriz abdominal Cicatriz cirúrgica Hérnia umbilical 79 AUSCULTA ABDOMINAL • Ordem invertida, pois a percussão e palpação podem aumentar a peristalse e fornecer falsa interpretação dos ruídos intestinais; 80 10/08/2018 41 AUSCULTA ABDOMINAL • Use o diafragma do estetoscópio; • Mantenha o estetoscópio levemente pressionado sob a pele, comprimí-lo em demasia pode estimular ainda mais os ruídos intestinais; • Inicie a ausculta no QID, na região da válvula ileo-cecal – região que sempre existem ruídos intestinais; 81 RUÍDOS INTESTINAIS • Observe características e frequência; • Originam-se com a movimentação de ar e líquidos através do intestino delgado; • Dependendo do intervalo decorrido da última refeição, pode haver uma ampla variação dos ruídos normais; • São irregulares, com frequência entre 05 e 30 ruídos por minuto; • Os ruídos intestinais tem uma tonalidade aguda; 82 10/08/2018 42 RUÍDOS INTESTINAIS • Não é necessária a contagem; avalie se são normais, hipo (acompanha cirurgias abdominais ou inflamação do peritônio) ou hiperativos (altos, que assinala um aumento da motilidade); • Hiperperistaltismo que você sente quando o estômago “ronca” – Borborigmo; • É necessário auscultar por 5 minutos, antes de ser comprovada a ausência completa de ruídos intestinais; 83 RUÍDOS VASCULARES - Presença de ruídos ou frêmitos vasculares; - Utilizando uma compressão mais firme, examine as regiões sobre a aorta e as artérias renais, ilíacas e femorais, principalmente em pessoas com hipertensão; 84 10/08/2018 43 RUÍDOS VASCULARES - O sopro sistólico é um ruído pulsátil que ocorre na estenose ou oclusão de uma artéria; 85 ARTÉRIA AORTA 86 10/08/2018 44 PERCUSSÃO • Timpanismo; • Tamanho do fígado; • Macicez esplênica; • Hipersensibilidade do ângulo costovertebral; • Piparote; • Macicez de decúbito; • Utilizamos a percussão do abdome para avaliar a densidade relativa dos conteúdos abdominais, localizar órgãos e avaliar a presença de possíveis líquidos ou massas anormais. 87 Sons podem ser evidenciados no processo de percussão abdominal SOM INTENSIDADE ÓRGÃO PODE ESTAR RELACIONADO TIMPÂNICO ALTA ESTÔMAGO GASES INTESTINAIS E BOLHAS DE AR ESTOMACAIS SUBMACICEZ LEVE A MODERADA FÍGADO BAÇO BEXIGA ÚTERO GRAVÍDICO EM FLANCOS, PROTUBERÂNCIAS PODEM SUGERIR ASCITES HIPERTIMPANISMO DIFUSO ALTA EM TODA EXTENSÃO ABDOMINAL OBSTRUÇÃO INTESTINAL 88 10/08/2018 45 TIMPANISMO • Percuta suavemente os quatro quadrantes, para determinar a quantidade de timpanismo e macicez existente; • O timpanismo deve predominar – ar intestinal sobe para a superfície quando a pessoa está em decúbito dorsal; • Ocorre macicez sobre a bexiga distendida, tecido adiposo, líquido ou massas; • O hipertimpanismo está presente na distensão gasosa. 89 90 10/08/2018 46 TAMANHO DO FÍGADO • O tamanho do fígado no adulto varia de 6 a 12 cm; • A altura do fígado está relacionada com a altura da pessoa; quanto mais alta a pessoa, maior é o fígado; • Os homens têm o fígado maior do que as mulheres da mesma altura; • Em geral, mede 10,5 cm no homem; 7 cm nas mulheres; – Amplitude aumentada do fígado – hepatomegalia; 91 TAMANHO DO FÍGADO • Percuta para determinar o limite de determinados órgãos; • Para determinar o tamanho do fígado inicie na região pulmonar baixo até o som transformar-se em maciço (linha hemiclavicular direita – linha entre articulações acromioclavicular e esternoclavicular); • Assinale o local onde ocorreu esta mudança, geralmente quinto espaço intercostal; • Em seguida, localize o timpanismo abdominal e percuta a linha hemiclavicular no sentido cefálico, marcar onde o som mudou de timpânico para maciço, normalmente no rebordo costal direito; 92 10/08/2018 47 93 94 10/08/2018 48 TAMANHO DO FÍGADO • Variação percebida em pessoas com enfisema crônico – fígado é deslocado para baixo pelos pulmões insuflados; • É possível ouvir som maciço bem abaixo do rebordo costal direito, o tamanho global do fígado é mantido nos limites de normalidade; • Enfisema Pulmonar - Doença crônica - tecidos dos pulmões são gradualmente destruídos, tornando-se hiperinsuflados (muito distendidos) – Destruição nos alvéolos, compromete a troca gasosa - Dispnéia para realizar tarefas ou exercitar-se; 95 TAMANHO DO FÍGADO • Percussão Direta – Golpear rapidamente a superfície corporal com o dedo indicador, às vezes é mais sensível a modificações de tonalidade e vibração do que o método tradicional de percussão indireta; • A estimativa, à beira do leito, do tamanho do fígado pelo método de percussão direta é comprovadamente tão precisa quando o exame ultra-sonográfico; 96 10/08/2018 49 • TESTE DA ARRANHADURA/ ESCARIFICAÇÕES – Definir a borda hepática quando o abdome estiver estendido ou a musculatura abdominal estiver tensa; • Colocar o estetoscópio sobre o fígado – com a unha de um dos dedos, arranhe levemente várias vezes o abdome, iniciando no QID e subindo no sentido do fígado; – Som amplificado – limite entre uma víscera oca e uma sólida; • Evidencias mostraram que não existe nenhuma correlação entre a borda do fígado determinada pela ausculta das escarificações e a verdadeira borda do fígado determinada pela ultrassonografia. 97 98 10/08/2018 50 MACICEZ ESPLÊNICA • Frequentemente, o baço está escondido pelos conteúdos estomacais; • É possível localizá-lo pela percussão da macicez entre o 9º e o 11º espaços intercostais, por trás da linha hemiaxilar esquerda; • Uma nota de percussão à frente da linha hemiaxilar indica esplenomegalia (trauma, infecção); 99 MACICEZ ESPLÊNICA • Percuta, agora, o espaço intercostal mais baixo na linha axilar anterior esquerda – observado som timpânico; • Peça a pessoa para respirar fundo – normalmente, o timpanismo permanece durante toda a inspiração; • Nessa região (linha axilar anterior) – uma modificação de percussão timpânica para maciça na inspiração profunda constitui sinal de percussão esplênica positivo – esplenomegalia; 100 10/08/2018 51 101 HIPERSENSIBILIDADE DO ÂNGULO COSTOVERTEBRAL • A percussão indireta faz com que os tecidos vibrem; • Para avaliar o rim coloque uma mão sobre a 12ª costela no ângulo costovertebral nas costas; • Golpeie esta mão com a borda ulnar do outro punho – a pessoa normalmente sente uma pancada, porém não relata dor; • Ocorre dor aguda na inflamação renal ou da região paranéfrica; 102 10/08/2018 52 103 PROCEDIMENTOS ESPECIAIS • Eventualmente, você pode suspeitar que uma pessoa tenha ascite (líquido na cavidade peritoneal), ao perceber distensão abdominal, abaulamentos ou protusão do umbigo para baixo; • Para diferenciarmos a ascite da distensão gasosa podemos utilizar o teste de piparote e da macicez de decúbito; • A ascite ocorre na insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão portal, cirrose, hepatite, pancreatite e câncer. 104 10/08/2018 53 PIPAROTE • Fique de pé à direita do paciente; • Posicione a borda ulnar da mão de outro examinador ou do próprio paciente firmemente sobre a linha média do abdome (interrompe a transmissão do golpe que está por vir através da pele); • Coloque sua mão esquerda no flanco D do paciente; • Com a mão direita chegue ao outro lado do abdome e dê um golpe firme no flanco E; 105 PIPAROTE • Observe se o golpe gerou uma onda líquida que percorre o abdome; • Se o abdome estiver distendido por gases, não perceberá alteração alguma; 106 10/08/2018 54 ASCITE 107 • Percussão para pesquisar macicez dedecúbito; • Pessoa em decúbito dorsal – líquido ascítico acomoda-se nos flancos, pela ação da gravidade, deslocando-se para cima o ar; • Escuta som timpânico ao percurtir o topo do abdome, pois as alças intestinais estão com ar; • Percurtir mais abaixo na parede abdominal – se houver líquido – som muda de timpânico para maciço; 108 MACICEZ DE DECÚBITO 10/08/2018 55 109 • Vire o paciente para o lado direito (em direção a você) – líquido gravitará para baixo, deslocando-se para cima as alças intestinais mais leves; • Percussão de cima para baixo – som muda de timpânico para maciço; • MACICEZ DE DECÚBITO – positiva nos grande volumes de ascite – não detecta menos de 500 ml de líquido; • EXAME DIAGNÓSTICO DEFINITIVO – ULTRA- SONOGRÁFICO; 110 MACICEZ DE DECÚBITO 10/08/2018 56 111 MACICEZ DE DECÚBITO 112 10/08/2018 57 PALPAÇÃO • Avalia o tamanho, localização e consistência de determinados órgãos e verificar massas ou sensibilidade anormais; • Maioria dos pacientes tende naturalmente a proteger o abdome, sendo assim, é preciso usar métodos adicionais para garantir um relaxamento muscular completo; 113 PALPAÇÃO • Dobre os joelhos do paciente; • Mantenha a mão que realiza a palpação abaixada próximo ao abdome para pessoa ficar menos tensa; • Ensine a pessoa a respirar lentamente (inspirar pelo nariz e expirar pela boca); • Mantenha a voz baixa e suave – conversar relaxa; • Tente apelos emotivos – “Imagine que está cochilando na praia...”; 114 10/08/2018 58 PALPAÇÃO • Em pessoas que sentem muitas cócegas, mantenha a mão da pessoa sob suas mãos com seus dedos curvados sobre os dedos dela (a maioria das pessoas não provoca cócegas em si mesmas); • Realizar a palpação após a ausculta – mantenha o estetoscópio no local e coloque os dedos em torno dele, palpando enquanto finge auscultar - pessoas não consideram o estetoscópio como fonte de cócegas) – pode retirar o estestocópio quando a pessoa se acostumar a ser tocada; 115 PALPAÇÃO SUPERFICIAL • Com os quatro primeiros dedos juntos comprima a pele em cerca de 01 cm; • Faça movimentos rotatórios suaves, deslizando os dedos e a pele; • Em seguida, levante os dedos e movimente-os no sentido horário até o próximo ponto do abdome; • Na palpação superficial podemos encontrar defesa muscular, rigidez, grandes massas e hipersensibilidade. 116 10/08/2018 59 PALPAÇÃO SUPERFICIAL • Função da palpação superficial – não é pesquisar órgãos, mas compor uma impressão global da superfície cutânea e da musculatura superficial; • Por último, examine regiões identificadas como doloridas; 117 PALPAÇÃO PROFUNDA • Utilize a mesma técnica da palpação superficial, porém comprimindo o abdome em 05 a 08 cm; • Explore todo o abdome; • Use a técnica bimanual em abdomes obesos e muito grandes; • Coloque uma das mãos sobre a outra; • A mão de cima faz a compressão, a de baixo fica relaxada e pode concentrar-se no sentido da palpação; 118 10/08/2018 60 OBSERVE: • Localização; • Tamanho; • Consistência; • Mobilidade; • Megalias; • Hipersensibilidade; • Massas anormais. 119 120 10/08/2018 61 121 PALPAÇÃO • Caso identifique massas abdominais, primeiro distinga-a de estruturas normalmente palpáveis ou de uma organomegalia, em seguida, pesquise: 1. Localização; 2. Tamanho; 3. Formato; 4. Consistência ( mole, firme, dura ); 5. Superfície ( lisa, nodular) 6. Mobilidade; 7. Pulsatilidade; 8. Hipersensibilidade. 122 10/08/2018 62 PALPAÇÃO DO FÍGADO • Palpe o fígado no QSD; • Coloque a mão esquerda sob as costas da pessoa, paralela a 11ª e 12ª e eleve-a para apoiar os conteúdos abdominais; • Coloque a mão direita no quadrante superior direito com os dedos paralelos à linha média; • Empurre para dentro o abdome e a região abaixo do rebordo costal D; 123 PALPAÇÃO DO FÍGADO • Peça ao paciente para respirar profundamente – é normal sentir a borda hepática sob os dedos das mãos enquanto o diafragma profundamente é empurrado para baixo durante a inspiração; • Com frequência, o fígado é impalpável e não se sente qualquer estrutura firme; 124 Salvo em situações de depressão do diafragma, a palpação do fígado além de 1 a 2 cm do rebordo costal D indica Hepatomegalia – anote o n. em cm e avalie consistência e sensibilidade; 10/08/2018 63 TÉCNICA DA MÃO EM GARRA • Método alternativo de palpação hepática; • Fique de pé à altura do ombro do paciente; • Vire seu corpo para a direita, no sentido dos pés da pessoa; • Coloque a mão por baixo do rebordo costal de baixo para cima; • Peça para o paciente inspirar; • Tente palpar a borda hepática por baixo dos dedos. 125 126 10/08/2018 64 127 PALPAÇÃO DO BAÇO • O baço geralmente é impalpável; • Coloque a mão esquerda sobre o abdome e por trás do lado esquerdo na altura da 11ª e 12ª costelas; • Faça força para cima para apoiar; • Coloque a mão D obliquamente no QSE com os dedos apontando no sentido da axila E e logo abaixo do rebordo costal; 128 10/08/2018 65 PALPAÇÃO DO BAÇO • Comprima a mão profundamente para baixo e por sob o rebordo costal E e solicite ao paciente que inspire profundamente; • Talvez você não sinta nenhuma estrutura firme; • Esplenomegalia – Descreva o número de extensão do baço abaixo do rebordo costal esquerdo; • Baço aumentado – desliza para fora e faz contato com a ponte dos seus dedos – crescimento do órgão chega aos quadrantes inferiores; 129 130 10/08/2018 66 PALPAÇÃO DO BAÇO • Alternativa – virar o paciente para a direita, deslocando o baço para a frente e para baixo – em seguida, palpe como descrito anteriormente; 131 PALPAÇÃO DOS RINS • Pesquisa ao rim direito – mãos juntas em posição de “bico de pato” no flanco direito da pessoa; • Comprima as duas mãos juntas com firmeza e peça ao paciente para inspirar profundamente (precisa de palpação mais profunda do que no caso do fígado ou baço); • Na maioria das pessoas, nada será palpado; • Ocasionalmente, percebe-se pólo esquerdo do rim D como massa redonda e lisa, que desliza entre os dedos; 132 10/08/2018 67 PALPAÇÃO DOS RINS • O rim E não é palpável – pesquise-o colocando a mão E atravessando o abdome e por trás do flanco E; • Com a mão D, faça uma compressão profunda no abdome e solicite a paciente para respirar profundamente; • Não deve-se perceber alteração alguma com a inspiração; 133 134 10/08/2018 68 135 PALPAÇÃO DA AORTA • Palpe a pulsação aórtica na região superior do abdome, um pouco à esquerda da linha média; • Normalmente a aorta tem uma largura de 2,5 a 4 cm em adultos; • A pulsação é na direção anterior; • A pulsação está aumentada no aneurisma. 136 10/08/2018 69 137 138 10/08/2018 70 SINAL DE BLUMBERG • Avalie a presença de descompressão dolorosa, quando a pessoa referir dor abdominal (apendicite) ou quando a palpação revelar hipersensibilidade – escolher local afastado da região dolorosa; • Mão perpendicular (90°) ao abdome - Comprima o abdome lenta e profundamente, em seguida libere a mão rapidamente; • Isso ajuda com que as estruturas recuadas pela palpação sejam descomprimidas subitamente; 139 SINAL DE BLUMBERG • Realize esse teste ao final do exame, pois ele pode causar dor intensa e rigidez muscular; • Resposta normal – ausência de dor; 140 10/08/2018 71 141 TESTE DE MURPHY • Normalmente, não causa dor; • Pessoas com inflamação na vesícula, causa dor; • Mantenha os dedos sob o rebordo hepático; • Peça ao paciente para inspirar profundamente; • Quando positivo o paciente sente uma dor aguda, à medida que o fígado empurraa vesícula para baixo no sentido da mão do examinador; 142 10/08/2018 72 TESTE DO MÚSCULO ILIOPSOAS • Realizado em suspeita de dor abdominal aguda por apendicite (Músculo iliopsoas está inflamado quando ocorre perfuração do apêndice); • Com o paciente em decúbito dorsal, eleve a perna D reta, fletindo-a no quadril; • Pressione para baixo a região inferior da coxa D, enquanto a pessoa tenta manter a perna esticada e elevada; • Teste negativo – a pessoa não sente alteração; 143 144 10/08/2018 73 TESTE DO OBTURADOR • Também realizado na suspeita de apendicite (apêndice perfurado irrita o músculo obturador); • Decúbito dorsal; • Eleve a perna direita, fletindo-a na altura do quadril e em 90º na altura do joelho; • Segure o tornozelo e gire nos sentidos interno e externo. 145 146 10/08/2018 74 HÉRNIA EPIGÁSTRICA 147 HÉRNIA INGUINAL 148 10/08/2018 75 HÉRNIA UMBILICAL 149 GLOSSÁRIO • Pirose; • Hematêmese; • Melena; • Enterorragia; • Hepatomegalia; • Esplenomegalia; • Sinal de blumberg; • Constipação; • Diarréia; • Epigastralgia; • Ascite; 150 10/08/2018 76 GLOSSÁRIO • Icterícia; • Hérnia; • Atrito peritoneal; • Ruídos hipoativos; • Ruídos hiperativos; • Sinal de murphy; • Organomegalias. 151 Processo de Enfermagem • Diarreia relacionada à oferta nutricional inadaptada/processo infeccioso/caracterizada por aumento dos movimentos peristálticos/volume de fezes presentes em fralda nas últimas 4h/odor forte; • Risco de choque relacionado à perda de líquidos (volêmica); • Nutrição desequilibrada – menos do que as necessidades corporais relacionadas à inadequação da dietoterapia ofertada caracterizada por inapetência/emagrecimento; • Dor relacionada à procedimento cirúrgico/processo patológico/doença de trato digestivo alto e/ou baixo, caracterizada por sudorese/palidez/escalas faciais; 152 10/08/2018 77 Cuidados • Intensificar a troca de fraldas e higienizações do cliente – sempre que houver evacuações e sempre que necessário; • Instalar pausa em dieta (4/4h) durante as 24h; • Monitorar resíduo gástrico; • Acionar componente da equipe multidisciplinar – nutricionista, a fim de orientar sobre prescrição (gotejamento) de dieta; • Levantar os hábitos alimentares do cliente tentando promover adequação da dieta fornecida pela instituição; • Monitorar a dor do cliente (avaliação contínua/escalas faciais); • Orientar e preparar o cliente sobre a realização de exames de imagem; • Outros cuidados. 153 Referências • ALVARO-LEFREVE, Rosalinda. Aplicação do processo de enfermagem: promoção do cuidado colaborativo. 5. ed. Porto Alegre: Artmed 2005. • ANDRIS, Debora A. et al. Semiologia: bases para a prática assistencial. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. ATKINSON, L.D. e MURRAY, M.E. Fundamentos de Enfermagem. Introdução ao Processo de Enfermagem. Rio de Janeiro, Guanabara, 2008. • BARROS e COLS. Anamnese e exame e exame físico. 2. ed. Porto Alegre: Artmed: 2009. • BRAGA, Muriele Picoli et al. Inibidores da bomba de prótons: Revisão e análise farmacoeconômica. Saúde (Santa Maria), Ahead of Print, v.37, n.2, p. 1932, 2011. Disponível em: http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs- 2.2.2/index.php/revistasaude/article/viewFile/2963/2655. Acesso em Abril, 2016. • MORETE, Márcia Carla; MINSON, Fabíola Peixoto. Instrumentos para a avaliação da dor em pacientes oncológicos/Tools for pain evaluation in cancer patients. Rev. dor; 11(1) jan.-mar. 2010. Disponível em: http://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-562434 Acesso em Abril, 2016. 154
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