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Trabalho em Equipe e Comunicação efetiva O que é uma equipe? A natureza das equipes é variada e complexa. Nos cuidados à saúde, a equipe mais eficaz, do ponto de vista do paciente, é a equipe multidisciplinar. Os pacientes podem ser assistidos em diversos ambientes: domicílio, clínicas, pequenas unidades de saúde e grandes hospitais de ensino. Em cada um desses locais, a capacidade de comunicação entre os profissionais das equipes e o paciente determinará a eficiência do cuidado e do tratamento, e também como os seus integrantes se sentem em relação ao seu trabalho. Independentemente de sua natureza, pode-se dizer que as equipes de saúde compartilham algumas características que dizem respeito aos seus integrantes, tais como: • Conhecer o seu papel e o dos outros membros da equipe e interagir uns com os outros; • Tomar decisões; • Possuir conhecimentos e habilidades especializados e saber lidar com situações de sobrecarga de trabalho; • Atuar como uma unidade coletiva; • Respeitar os outros integrantes da equipe e prestar atenção aos fatores psicossociais que afetam as interações. • Ficar atento para o impacto da mudança nas equipes. • Incluir o paciente na equipe, bem como sua família, quando necessário. • Usar técnicas adequadas de comunicação. • Usar técnicas de apoio mútuo. • Resolver conflitos. • Estar aberto à mudança e observar comportamentos. O que torna uma equipe vencedora? Objetivos comuns Resultados mensuráveis Liderança efetiva e resolvedora de conflitos Boa comunicação Boa coesão e respeito mútuo Monitoriação da situação Auto-monitorização Flexibilidade PRIORIDADES PARA MINIMIZAR OS EVENTOS ADVERSOS (OMS) Adesão dos profissionais Comunicação: que palavra é essa? A palavra ‘comunicar’ provém do latim communicare que significa pôr em comum, compartilhar, ligar, unir. Comunicação: conceito A comunicação é um ato intrínseco ao existir humano, consistindo na capacidade de trocar ideias, de dialogar, de conversar visando ao relacionamento humano e na saúde ao cuidado seguro. Comunicação: conceito A comunicação pode ser definida de forma simples como “significado compartilhado”, ou seja, quando ocorre compreensão da mensagem que foi enviada entre o emissor e o receptor. Comunicação: componentes Mensagem Formas de Comunicação (STEFANELLI,1993; SILVA, 2002). Comunicação Terapêutica Verbal Não verbal Paraverbal Emissor x receptor Emissor x receptor Expressão Clarificação Validação Fatores Dificultadores Emissor Dificuldade na fonação; Estado físico e emocional; Conhecimento dos símbolos; Postura. Fatores Dificultadores Receptor Problemas auditivos; Nível cultural; Integridade física; Fator emocional; Disponibilidade para ouvir. Fatores Dificultadores Mensagem Dificuldade de expressão; Emissão de duas mensagens conflitantes. Comunicação Terapêutica O relacionamento entre os membros de um grupo, sejam de simpatia e amizade ou de antipatia e confronto, resulta na criação ou na destruição de seu relacionamento . Comunicação Efetiva Comunicação Efetiva INFORMAÇÃO = COMUNICAÇÃO EM POTENCIAL Em instituições de saúde predominam as comunicações técnicas; 70% dos erros na atenção a saúde tem como causa a falha na comunicação, e como consequências danos aos pacientes, maior tempo de hospitalização, desperdício de recursos Comunicação Efetiva A comunicação efetiva é bidirecional. Para que ela ocorra com segurança, é necessário que haja resposta e validação das informações emitidas. A técnica “leia de volta” (read-back), ou repita o que foi dito, pode ser utilizada, por exemplo, para validar as informações. As informações devem ser registradas no prontuário de forma clara, objetiva e completa. Deve-se também garantir a legibilidade da letra do profissional. As siglas, símbolos e abreviaturas devem ser evitados. Utilizá-los somente quando padronizados pela instituição. Identificação do paciente identificação do paciente Finalidades Garantir a correta identificação do paciente, a fim de reduzir a ocorrência de incidentes. O processo de identificação do paciente deve assegurar que o cuidado seja prestado à pessoa para a qual se destina. identificação do paciente Erros de identificação podem gerar: identificação do paciente Intervenções Necessárias: identificação do paciente Estratégias básicas: IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE QUANDO A IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE DEVE SER CONFIRMADA? (BRASIL, 2013) Antes de qualquer cuidado que inclui: Administração de medicamentos; Administração de hemocomponentes; Coleta de material para exame; Entrega de dieta e; Realização de procedimentos invasivos. COMUNICAÇÃO EFETIVA ENTRE OS PROFISSIONAIS Quanto aos cateteres e sondas... Identificação dos dispositivos e das bombas de infusão; Posicionar os sistemas de infusão em diferentes sentidos. (CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO, 2010) COMUNICAÇÃO EFETIVA ENTRE OS PROFISSIONAIS O prontuário deve conter informações mínimas, como: Identificação do paciente; Histórico clínico; Avaliação inicial; Indicação do procedimento cirúrgico, se for o caso; Descrição da evolução e prescrições e condições na alta hospitalar ou transferência. (BRASIL, 2006) COMUNICAÇÃO EFETIVA ENTRE OS PROFISSIONAIS Como registrar? Fonte: própria do autor. (BRASIL, 2016; LEIGH et al., 2016; INSTITUTE FOR THE STUDY OF ADULT LITERACY, 2017; HEALTH PROFESSIONS COUNCIL OF SOUTH AFRICA, 2016; SINGAPORE MEDICAL ASSOCIATION, 2016; BENEFICIÊNCIA PORTUGUESA DE SÃO PAULO, 2016; RAAF; RILEY; MANIAS, 2015; CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM, 2015; CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO, 2015; BRASIL, 2013b, 2013c; CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL, 2012; CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA, 2012; CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2009; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2006; MALAYSIAN MEDICAL COUNCIL, 2006; CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO DISTRITO FEDERAL, 2006; CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS, 2004; CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2003; CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, 2002; PATERSON; ALLEGA, 1999) Elementos comuns da comunicação escrita dos profissionais. Natal/RN, 2017. Técnicas de Comunicação ISBAR Call-out Check-back Hand-over or hand-off COMUNICAÇÃO EFETIVA ENTRE OS PROFISSIONAIS PASSAGEM DE PLANTÃO Como aplicar princípios de trabalho em equipe Dicas Sempre faça introdução de vc mesmo Releia as comunicações Declare o óbvio para evitar suposições Pergunte, cheque e esclareça Delegue tarefas para pessoas objetivamente Esclareça seu papel Use linguagem objetiva Dicas Aprenda e use nomes de pessoas Seja assertivo quando necessário Se algo não faz sentido, descubra a outra perspectiva da pessoa Faça um briefing de equipe antes de empreender uma atividade em equipe e um debrief depois Quando ocorrer conflito, concentre-se em “o que” é certo para o paciente, não "quem" está certo Paciente com queixas de dor, diz ter dormido pouco, aceitou parcialmente desjejum. Consciente, orientado, pouco comunicativo, deambulando com ajuda. Com acesso venoso em MSD. Mantém curativo no abdomem. Paciente com queixas de dor em local de incisão cirúrgica ao movimentar-se de intensidade 5, diz ter dormido apenas 3 horas durante a noite devido ao desconforto, aceitou parcialmente desjejum, não aceitou o mingau. Consciente, orientado no tempo e espaço, restringindo-se a falar o que lhe é questionado, deambulando com ajuda de acompanhante. Com acesso venoso periférico em região anterior medial do antebraço direito infundindo SF 0,9% a 14 gts/min.. Com curativo limpo e seco em incisão cirúrgica com 5 pontos em hipocondrio direito. Referências SANTOS, Vivivane Euzébia Pereira; VIA, Dirce Laplaca. Fundamentos e práticas para estágio em enfermagem. 4.ed. São Caetano do Sul: Yedis Editora, 2010. BRASIL.Ministério da Saúde. Portaria n.529, de 1º de abril de 2013: institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Brasília (DF), 2013. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.html>. Acesso em: 20 mar. 2017 REASON, J. 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