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Dietoterapia na obesidade e síndrome metabólica Professora Penha Ribeiro UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO Obesidade Epidemiologia - obesidade https://www.who.int/gho/ncd/risk_factors/overweight/en/ Prevalência de excesso de peso em maiores de 18 anos (1975) Epidemiologia - obesidade https://www.who.int/gho/ncd/risk_factors/overweight/en/ Prevalência de excesso de peso em maiores de 18 anos (2016) Epidemiologia - obesidade https://www.who.int/gho/ncd/risk_factors/overweight_obesity/obesity_adults/en// Prevalência de obesidade em maiores de 18 anos (2016) Epidemiologia - obesidade SISVAN, 2019 Definição - obesidade A obesidade caracteriza-se pelo acúmulo excessivo de gordura, comprometendo a saúde do indivíduo. CUPPARI, 2014 Definição - obesidade A OBESIDADE caracteriza-se como uma doença multifatorial Ambientais Estilo de vida Genéticos Emocionais ABESO, 2016; CUPPARI, 2014 Índios PimaGêmeos separados Definição - obesidade Genéticos ABESO, 2016; CUPPARI, 2014 Você come a mesma coisa que eu e não engorda... Definição - obesidade Emocionais ABESO, 2016 Compulsão alimentar Desejo por comidas palatáveis Ansiedade Estresse Nervosismo Definição - obesidade Estilo de vida ABESO, 2016; CUPPARI, 2014 Aumento do consumo de alimentos com: • Grande densidade calórica • Alta palatabilidade • Baixo poder sacietógeno • Baixo preço Além de: • Pouco tempo para se alimentar • Privação do sono crônica • Aumento do tamanho das porções Definição - obesidade Estilo de vida ABESO, 2016; CUPPARI, 2014 Definição - obesidade Ambientais ABESO, 2016; CUPPARI, 2014 • Ambiente moderno • Desenvolvimento industrial e tecnológico • Diminuição do nível de atividade física Avaliação nutricional na obesidade Na avaliação antropométrica utiliza-se a combinação de: IMC Perímetro abdominal ABESO, 2016; CUPPARI, 2014 Avaliação nutricional na obesidade IMC ABESO, 2016 Avaliação nutricional na obesidade Na avaliação antropométrica utiliza-se a combinação de: IMC Perímetro abdominal ABESO, 2016; CUPPARI, 2014 Avaliação nutricional na obesidade Perímetro abdominal ABESO, 2016 Risco cardiovascular quando ≥ 80 cm Risco cardiovascular quando ≥ 90 cm Avaliação nutricional na obesidade Além da antropometria, é importante observar: Queixa principal História social e ambiental relacionada a obesidade Outras doenças Uso de medicamentos ABESO, 2016; CUPPARI, 2009 Dietoterapia - obesidade Avaliação do estado nutricional Alterado Não alterado Manutenção do peso O paciente está preparado para perder peso? Aconselhar Acompanhar Não Sim CUPPARI, 2014 Dietoterapia - obesidade CUPPARI, 2014 Para o planejamento da intervenção nutricional, é preciso definir os objetivos do tratamento. Objetivo do paciente Objetivo do profissional de saúde De forma geral, redução de 5 a 10% do peso inicial já resulta em melhora metabólica significativa. Foco principal na saúde. Cuidado com metas arbitrárias de peso ''ideal”. Muitos pacientes abandonam o tratamento quando percebem que não conseguiam atingir seus próprios objetivos. CUPPARI, 2014 Dietoterapia - obesidade Recomendadas Dietas balanceadas Dietas de muito baixas calorias Substituição de refeições Dieta DASH Guia alimentar • 20% a 30% de gorduras • 55% a 60% de carboidratos • 15% a 20% de proteínas Déficit de 500 a 1.000 kcal/dia Mínimo de 1.000 a 1.200 kcal/dia para as mulheres Mínimo de 1.200 a 1.400 kcal/dia para os homens ABESO, 2016; CUPPARI, 2014 Dietoterapia - obesidade Recomendadas Dietas balanceadas Dietas de muito baixas calorias Substituição de refeições Dieta DASH Guia alimentar 400 a 800 kcal 3-4 semanas Perda de peso acelerada Maiores taxas de reganho de peso Atenção: • Supervisão • Contraindicações ABESO, 2016; CUPPARI, 2014 Dietoterapia - obesidade Recomendadas Dietas balanceadas Dietas de muito baixas calorias Substituição de refeições Dieta DASH Guia alimentar A substituição de refeições tradicionais por refeições preparadas ou suplementos alimentares pode ser indicada no tratamento da obesidade associada a um acompanhamento nutricional e a uma dieta hipocalórica. ABESO, 2016 Não faz parte de um planejamento de vida saudável Lesão hepática foi identificada em diversos países Casos fatais também foram detectados Contaminação por metais pesados Compostos tóxicos Presença de patógenos Dietoterapia - obesidade Recomendadas Dietas balanceadas Dietas de muito baixas calorias Substituição de refeições Dieta DASH Guia alimentar DASH (de Dietary Approach to Stop Hypertension) Incentiva: • Frutas • Legumes • Cereais integrais • Nozes • Sementes • Lácteos com baixo teor de gordura • Carnes magras Limita: • Sal • Bebidas com cafeína • Bebidas alcoólicas. ABESO, 2016 Dietoterapia - obesidade Recomendadas Dietas balanceadas Dietas de muito baixas calorias Substituição de refeições Dieta DASH Guia alimentar Efeito cardiovascular da dieta DASH Grãos integrais Frutas e verduras Sal Lácteos Fibras Índice glicêmico Absorção do colesterol Aterosclerose Antioxidantes Mg e K Na Pressão arterial Risco de doenças coronarianas Ca ADAPTADO DE Valentino G, Tagle R, Acevedo M. Dieta DASH y menopausia: Más allá de los beneficios en hipertensión arterial. Rev Chil Cardiol 2014; 33: 215-222 Dietoterapia - obesidade Recomendadas Dietas balanceadas Dietas de muito baixas calorias Substituição de refeições Dieta DASH Guia alimentar In natura ou minimamente processados Produtos extraídos dos in natura ou diretamente da natureza Alimentos processados Alimentos ultraprocessados ABESO, 2016; BRASIL, 2014 Dietoterapia - obesidade Recomendadas Dietas balanceadas Dietas de muito baixas calorias Substituição de refeições Dieta DASH Guia alimentar Dietas sem evidências Dietoterapia - obesidade Dietas sem evidências Low carb Jejum intermitente Dieta sem glúten Dieta sem lactose Outras ABESO, 2016 Não há nenhuma evidência científica de longo prazo sobre a efetividade dessas dietas. Dietoterapia - obesidade Dietas sem evidências Low carb Jejum intermitente Dieta sem glúten Dieta sem lactose Outras ABESO, 2016 Caracterizadas por serem compostas de: • 55% a 65% de gordura • <20% de carboidratos (até 100 g por dia) • 25% a 30% de proteínas Também chamada de dieta paleolítica ou Paleo Dietoterapia - obesidade Dietas sem evidências Low carb Jejum intermitente Dieta sem glúten Dieta sem lactose Outras ABESO, 2016 Deficiência em vitaminas A, B6, folato, cálcio, magnésio, ferro, potássio e fibras Dor de cabeça, halitose e problemas renais • ↑CHO indivíduo menos satisfeito, resultando em mais fome. • Dieta com pouco CHO leva à CETOSE diminui o apetite. Ideia central: Perda de água Dietoterapia - obesidade Dietas sem evidências Low carb Jejum intermitente Dieta sem glúten Dieta sem lactose Outras ABESO, 2016 Dietoterapia - obesidade Dietas sem evidências Low carb Jejum intermitente Dieta sem glúten Dietasem lactose Outras Dietas que não funcionam como tratamento para redução da gordura de pacientes obesos ABESO, 2016 Dietoterapia - obesidade Dietas sem evidências Low carb Jejum intermitente Dieta sem glúten Dieta sem lactose Outras Dietas milagrosas, irracionais, algumas vezes perigosas que passam a ser feitas pela população, devido à promoção da mídia Dietoterapia - obesidade Mudar o estilo de vida Reeducação alimentar Usar diferentes estratégias Dietoterapia individualizada ABESO, 2016 Ou seja, o que funciona mesmo é... Consequências da obesidade A obesidade destaca- se por ser, simultaneamente, uma doença e um fator de risco para outras doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) CUPPARI, 2014 Consequências da obesidade Diabetes Hipertensão Câncer Doenças cardiovasculares CUPPARI, 2014 Síndrome Metabólica (SM) Definição - SM A síndrome metabólica (SM) é um transtorno complexo representado por um conjunto de fatores de risco cardiovasculares. SBC, 2005 Definição - SM A SM representa a combinação de pelo menos três componentes dos apresentados no quadro ao lado: SBC, 2005; CUPPARI 2009 Dietoterapia - SM Redução de peso (5 – 10% peso inicial) Prática de atividade física SBC, 2005 Mudança no estilo de vida Bebidas alcoólicas Hábito de fumar Dietoterapia - SM SBC, 2005 Dietoterapia - SM SBC, 2005 Dietoterapia - SM DIFERENTES TIPOS DE SAL ADOÇANTES São seguros: − Acessulfame-K: 15 mg/kg de peso; − Aspartame: 40 mg/kg de peso*; − Sacarina: 2,5 mg/kg de peso; − Sucralose: 15 mg/kg de peso; − Steviosídeo: 5,5 mg/Kg de peso. *Não pode ser aquecido ANVISA, 2018 Dietoterapia - SM Dietoterapia - SM Equipe multidisciplinar CUPPARI, 2009 Os profissionais de saúde devem estar atualizados e sensíveis à evolução da ciência e ao entendimento das mudanças que ocorrem nas sociedades e seus reflexos na saúde das pessoas. Referências para consulta • ABESO. Diretrizes Brasileiras de Obesidade. 4ª Ed. São Paulo. 2016. • CUPPARI, L. Guia de nutrição : clínica no adulto. 3. ed. -- Barueri, SP: Manole, 2014. • CUPPARI, L. Nutrição : nas doenças crônicas não-transmissíveis. Barueri, SP: Manole, 2009. • SBC. I Diretriz brasileira de diagnóstico e tratamento da síndrome metabólica. 2005.
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