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30 SISTEMA VASCULAR – XILEMA E FLOEMA PRIMÁRIOS. INTRODUÇÃO A conquista do ambiente terrestre pelas plantas tornou-se possível porque nelas desenvolveu-se um sistema de distribuição interna de água e nutrientes, ao lado do desenvolvimento de um sistema de absorção da água do solo e de um sistema de revestimento para evitar a perda excessiva de água. A distribuição de água e nutrientes na planta é feita através do sistema vascular, que é constituído por dois tipos de tecidos relacionados espacialmente: o xilema que conduz água e nutrientes inorgânicos (seiva mineral ou xilemática) e o floema, que conduz os nutrientes orgânicos, principalmente carboidratos em solução (seiva orgânica ou floemática), supridos pela fotossíntese. Efetivamente, diferenciaram-se duas porções diferentes no corpo da planta: uma aérea fotossintetizante e autotrófica e uma subterrânea, não fotossintetizante e heterotrófica, capaz de sobreviver devido ao suprimento de açúcares pela parte autotrófica. BRIÓFITAS Embora na maioria das plantas do grupo das briófitas não apresentem sistema vascular evidente, em alguns musgos pode-se notar a presença do mesmo, chamado então de hadroma (Fig. 1). A parte do hadroma responsável pela condução de água e sais é formada por células alongadas, chamadas hidróides, com paredes transversais inclinadas, de paredes finas e muito permeáveis à água. Os hidróides não têm paredes reforçadas com lignina e são mortos na maturidade. Ocupam a parte central do hadroma. Os leptóides são as células condutoras de seiva elaborada que envolvem os hidróides. Eles são vivos na maturidade, alongados, com paredes transversais inclinadas, contendo poros pequenos e os núcleos são degenerados. O hadroma lembra as estruturas condutoras observadas em fôsseis de prototraqueófitas. XILEMA CONSIDERAÇÕES GERAIS Devido às paredes lignificadas de suas células, o xilema tende a ser mais conspícuo que o floema; pode ser estudado mais facilmente e é melhor conservado nos fôsseis. É um tecido muito utilizado na identificação de plantas, especialmente as que têm hábito arbóreo, devido ao xilema secundário. Estruturalmente, o xilema é constituído por diferentes tipos de células vivas e mortas (Fig. 2). Os componentes mais característicos no xilema primário são os elementos traqueais, que conduzem água e nutrientes inorgânicos, e células parenquimáticas, relacionadas com atividades vitais variadas. Fig. 1. Hadroma de musgo Dawsonia superba. Acima, corte transversal; abaixo, vista longitudinal (Retirado de Raven et al. 2001). Evidências fósseis demonstram que o aumento de parede secundária, lignificada, permitiu aos vegetais explorar diferentes ambientes, culminando com o que se vê Anatomia e Morfologia de Plantas Vasculares Menezes et al. 2004 USP-UFSCar 31 hoje, com plantas crescendo nos mais variados ambientes, desde o mais árido até o mais encharcado; do mais frio até o mais quente. CLASSIFICAÇÃO. Fig. 2. Esquema ilustrando o padrão do sistema vascular primário num caule de dicotiledônea. O xilema é mais interno, constituído de elementos traqueais, mortos na maturidade, e células parenquimáticas, que são vivas enquanto o xilema é funcional. O floema situa-se entre este e o conjunto de fibras que se originaram do periciclo, mas podem eventualmente conter fibras de floema primário. O xilema primário é formado por diferenciação do procâmbio no corpo primário da planta, isto é, em estágios pós-embrionários, até mesmo no embrião e em extremidades apicais dos órgãos (regiões jovens). Se houver crescimento secundário em espessura, o xilema forma-se a partir do câmbio, daí ser denominado xilema secundário. Alguns dos elementos traqueais combinam as funções de condução com a de sustentação. É o caso das traqueídes no lenho de muitas gimnospermas. O xilema também pode possuir fibras, que são elementos de sustentação. As fibras também podem reter seus protoplastos no xilema funcional e, então, combinar a função vital de acúmulo de amido com a função mecânica de sustentação. O xilema aparece em caules, raízes, folhas, partes florais, frutos, etc. Comumente o xilema ocupa uma posição relativamente interna no eixo caulinar (Fig. 2) e ventral (superior ou adaxial) nas folhas e nos órgãos de natureza foliar. Na raiz principal de dicotiledôneas, bem como nas ramificações desta, quando em crescimento primário, o xilema forma um cordão ou faixa contínua, ocupando a parte central. Em raízes adventícias, o xilema forma cordões alternos com os cordões de floema (Fig. 11). Na raiz em crescimento secundário e no eixo caulinar, na maioria dos casos, o xilema localiza-se internamente ao floema. Fig. 3 – Traqueídes e elementos de vaso. Traqueídes, na seqüência: com reforços anelados, helicoidais, escalariformes. O último tipo é o pontoado, observado também em xilema secundário. Elementos de vaso, na seqüência: com reforços anelados, helicoidais, reticulados e pontoados. Retirado de Coutinho (1975). COMPOSIÇÃO. O xilema é um tecido formado basicamente por três tipos de células: os elementos traqueais ou condutores, as fibras e as células parenquimáticas. A) ELEMENTOS TRAQUEAIS. A expressão “elemento traqueal” é derivada de “traquéia”, nome aplicado originalmente a certos elementos do xilema primário, semelhantes às traquéias dos insetos. Dois tipos fundamentais de elementos traqueais ocorrem no xilema: traqueídes e elementos de vaso. Os elementos traqueais são células relativamente longas e com a parede primária presente. Num elemento Anatomia e Morfologia de Plantas Vasculares Menezes et al. 2004 USP-UFSCar 32 Fig. 4. Tipos e disposições das pontoações areoladas. traqueal (Fig. 3), a deposição da parede secundária e sua lignificação pode ocorrer sob a forma de anéis (anelado), de helicóides frouxos ou mais densas (helicoidal), de escada (escalariforme), ou então, forrando completamente a parede primária, resultando num aspecto reticulado ou pontoado, caracterizado por pontoações areoladas. Estas pontoações areoladas podem ser do tipo escalariforme ou circulares (Fig. 4). Elementos traqueais com pontoações areoladas são características do xilema primário formado posteriormente, isto é, o metaxilema e, principalmente, do xilema secundário. As traqueídes são células imperfuradas, que combinam as funções de condução e de sustentação. O fluxo de água se faz principalmente, no sentido longitudinal, através de séries longitudinais de traqueídes, podendo ocorrer, também, um fluxo lateral entre elementos contíguos. A água passa de uma traqueíde com espessamento anelado e helicoidal para a outra através dos campos de pontoação primários existentes em suas paredes primárias, ou através das membranas de pontoação nas traqueídes com pontoações areoladas. Como visto, a membrana da pontoação é um conjunto formado pelas paredes primárias de duas células contíguas, mais a lamela média. Os limites da membrana de pontoação são os limites da câmara de pontoação. Os elementos de vaso são células perfuradas, isto é, células cujas comunicações com outras células da mesma série longitudinal, que constituem o vaso, se faz através de grandes aberturas na parede, as perfurações. A perfuração dos elementos de vaso comumente ocorre nas paredes terminais, mas pode estar presente nas paredes laterais também. A parede que contém uma perfuração é chamada placa perfurada ou placa de perfuração. Uma placa perfurada pode apresentar uma única perfuração, constituindo a placa de perfuração simples, ou pode conter várias perfurações, formando a placa de perfuração múltipla. Ontogeneticamente, um vaso, origina-se a partir de séries longitudinais de células meristemáticas: procambiais no corpo primário da planta ou cambiais na estrutura secundária. O elemento traqueal primordial pode ou não alongar-se, antes que se desenvolva a paredesecundária, mas, usualmente, expande-se lateralmente. Após completar esses crescimentos, a parede secundária é depositada internamente à parede primária em todas as células da série. A porção da parede primária que posteriormente constituirá a perfuração não é recoberta por parede secundária. Um vaso é formado por um número limitado de elementos de vaso. Cada elemento de vaso conecta-se com o seguinte na série longitudinal através da placa de perfuração. Os elementos terminais da série apresentam placa perfurada na extremidade que está em contato com outros elementos da mesma série. No lado oposto, são imperfurados. A comunicação lateral entre vasos, numa série vertical, é feita através de paredes imperfuradas (isto é, através das pontoações). Como apenas água e solutos passam através das membranas de pontoação, para se tentar medir o comprimento de vasos de algumas espécies de dicotiledôneas, pode-se forçar a penetração de gás metano numa extremidade cortada de um ramo e, através de tentativas, acendê-lo na outra extremidade, também cortada. Verificou-se, por exemplo, que em Acer sp. (Arecaceae) eles medem aproximadamente 60 cm e em Faxinus sp. (Oleaceae) até 3 metros de comprimento. No entanto, em espécies com vasos formados por elementos largos, eles parecem se estender através de toda a altura da árvore. Anatomia e Morfologia de Plantas Vasculares Menezes et al. 2004 USP-UFSCar 33 O processo de remoção da parede celular durante a formação da perfuração não é bem conhecido. Uma das hipóteses é que tanto os componentes celulósicos como os não celulósicos são removidos pela ação do protoplasto da célula. Outra hipótese é que unicamente compostos não celulósicos são removidos, enquanto que as microfibrilas celulósicas seriam apenas empurradas de suas posições originais para as margens da perfuração. A hipótese de que as células apresentam celulase para degradar a celulose dessas paredes ainda é controvertida. Após a formação da placa perfurada, o protoplasto não funcional é eliminado. O xilema é o tecido vegetal que mais se presta aos estudos filogenéticos. As evidências fósseis demonstram que o elemento traqueal mais primitivo é a traqueíde. Por ser fina e longa, com paredes bem espessadas, a traqueíde acumula as funções de condução e sustentação. Na evolução houve uma distribuição dessas funções: os elementos de vaso tornaram-se mais especializados para a condução, enquanto que as fibras, mais especializadas para a sustentação. Assim sendo, a traqueíde evoluiu em duas direções: dando origem às fibras e dando origem aos elementos de vaso. B) FIBRAS SECUNDÁRIAS As fibras formam-se em geral dentro do xilema secundário (fibras intraxilemáticas). São células longas, com paredes secundárias, comumente lignificadas, que usualmente variam em espessura. Suas pontoações podem ser simples, sendo então denominadas fibras libriformes, ou podem ser areoladas, recebendo a denominação de fibrotraqueídes. As fibras secundárias, bem como as primárias, podem desenvolver paredes transversais finas depois que as paredes secundárias já estão formadas. Denominam-se, então, fibras septadas. Usualmente elas retêm o protoplasto, possuindo assim, função semelhante ao do parênquima. Aliás, a distinção entre fibra e célula de parênquima lenhoso é particularmente difícil quando as células do parênquima são alongadas. Se ocorrem fibras vivas no lenho, o parênquima axial pode ser muito escasso ou até ausente. Outra variação das fibras do lenho é constituída pelas chamadas fibras secundárias gelatinosas. Possuem paredes pouco lignificadas e aparecem em lenho que se desenvolve sob ação forças (lenho de reação: tensão ou compressão). As fibras, assim como os elementos traqueais e o parênquima axial, formam-se a partir das derivadas das iniciais fusiformes do câmbio. C) PARÊNQUIMA SECUNDÁRIO No xilema primário, as células do parênquima apresentam paredes finas e em geral são mais ou menos alongadas, entremeando-se entre os elementos traqueais (Fig. 5). Já no xilema secundário, as células parenquimáticas podem se orientar em relação ao eixo da planta, formando o parênquima radial, que são derivadas das células iniciais radiais do câmbio, enquanto que as do parênquima axial são derivadas das iniciais fusiformes, apresentando-se seu eixo maior paralelo ao eixo do órgão. Se a célula derivada não se dividir transversalmente, torna- se uma célula de parênquima fusiforme. De um modo geral, as divisões transversais ocorrem, formando-se um parênquima com células enfileiradas no sentido longitudinal. Fig. 5. Elementos traqueais primários associados às células parenquimáticas em caule de papo-de-peru (Aristolochia sp. - Aristolochiaceae). A. Superfície transversal. B. Superfície longitudinal. Em ambas, a porção inicial do xilema encontra-se à esquerda. Observe os diferentes tipos de espessamento da parede secundária, desde o anelar (com anéis) até o pontoado (com parede secundária em toda a extensão do elemento traqueal, exceto na região das pontoações). Retirado de Raven et al. (2001). No xilema secundário percebe-se claramente os parênquimas axial e radial. Ambos são fundamentalmente semelhantes quanto à estrutura e ao conteúdo. O parênquima reserva amido, óleos e muitas outras substâncias de função desconhecida. Componentes fenólicos e cristais também são comuns. Anatomia e Morfologia de Plantas Vasculares Menezes et al. 2004 USP-UFSCar 34 ONTOGÊNESE Os tecidos vasculares primários e, incluído aí o xilema, formam-se por diferenciação do procâmbio no corpo primário da planta. O xilema que assim se originou é chamado xilema primário (proto e metaxilema). Quando ocorre crescimento secundário em espessura (gimnospermas e a maioria das dicotiledôneas), passa a ser o câmbio que forma o xilema, que é então denominado xilema secundário. O tecido vascular secundário organiza- se num sistema axial e outro radial. Os raios formados são contínuos através do câmbio vascular, indo desde o xilema secundário até o floema secundário. CARACTERÍSTICAS XILEMA PRIMÁRIO O xilema primário, isto é, o xilema que aparece no corpo primário de uma planta contém os seguintes tipos de células: elementos traqueais (traqueídes e elementos de vaso), fibras primárias e células de parênquima. Nos caules, folhas e flores, o xilema primário e o floema primário estão associados, formando os feixes vasculares. O xilema primário usualmente consiste de uma parte que se forma primeiro, o protoxilema e uma parte que se forma posteriormente, o metaxilema. Embora os dois tipos apresentem algumas peculiaridades, eles são tão integrados que a delimitação entre ambos pode ser feita apenas aproximadamente. De um modo geral, elementos anelados e helicoidais pertencem ao protoxilema e elementos escalariformes, reticulados e com pontoações areoladas, ao metaxilema. O protoxilema diferencia-se em partes da planta que ainda não completaram seu crescimento e a sua diferenciação, de modo que essas estão sujeitas a pressões e tensões contínuas. Seus elementos traqueais são distendidos e muitas vezes, rompidos (nas raízes eles persistem mais tempo porque só se tornam adultos acima da região de distensão). O metaxilema comumente atinge a sua maturidade depois que a distensão já se completou, por isso, é menos afetado pelos tecidos a sua volta. Quando os elementos de protoxilema são formados, os tecidos ao seu redor ainda estão em crescimento. Conseqüentemente, os elementos do protoxilema são distendidos, e podem tornar-se completamente obliterados pelas células do parênquima a sua volta. Em muitas monocotiledôneas, o elemento não mais funcional é pressionado e torna-se parcialmente colapsado, mas não obliterado. Em vez disso, aparecem canais, que são chamados de lacunas do protoxilema, as quais estão rodeadas por células de parênquima. As paredes secundárias do elemento não funcional,geralmente em forma de anéis podem ser observadas ao longo da margem da lacuna. O metaxilema é um pouco mais complexo que o protoxilema, pois além dos elementos traqueais, pode conter fibras primárias e células do parênquima. Em plantas que não apresentam crescimento secundário, o metaxilema permanece funcional durante todo o tempo. Em dicotiledôneas e gimnospermas, o metaxilema é logo substituído pelo xilema secundário. No entanto, nas monocotiledôneas, o metaxilema é o tecido condutor da planta durante toda a sua vida. É comum em monocotiledôneas o metaxilema definitivo, aquele formado pelo periciclo, ser diferente do metaxilema formado pelo procâmbio. Esse metaxilema derivado do periciclo é denominado por alguns autores como metaxilema tardio. As diferenças ocorrem não só no tipo de pontoação de parede, mas também no formato dos elementos traqueais. XILEMA SECUNDÁRIO Muitas eudicotiledôneas, magnoliideas, paleoervas e gimnospermas apresentam crescimento secundário e, por conseguinte, formam xilema secundário. As monocotiledôneas, de modo geral, não apresentam crescimento secundário. Quando este ocorre, não segue o mesmo padrão das dicotiledôneas e gimnospermas, mas também é xilema secundário. Com a instalação do câmbio, começa a ser produzido o xilema secundário a partir de células derivadas do câmbio que ficam situadas internamente a este. São basicamente três tipos de células encontradas no xilema secundário: elementos traqueais, fibras (Fig. 7) e parênquima. Distinguem-se dois sistemas de orientação dessas células: o axial (longitudinal ou vertical) e o radial (transversal ou horizontal). O sistema axial é derivado das iniciais fusiformes do câmbio. É formado por células com o seu eixo maior orientado paralelamente ao eixo do órgão (caule ou raiz). São eles: elementos traqueais, fibras e parênquima axial. O sistema radial é composto de fileiras de células orientadas horizontalmente, perpendiculares ao eixo do órgão portanto, sendo constituído basicamente de células parenquimáticas e, eventualmente, por traqueídes radiais, também chamadas de traqueídes deitadas. Todo o sistema radial deriva das iniciais radiais do câmbio. A delimitação entre xilema primário e xilema secundário é determinada pela presença dos raios parenquimáticos (melhor observados em corte transversal), ou seja, onde eles se iniciam, também será o início do xilema secundário (Fig. 6). Anatomia e Morfologia de Plantas Vasculares Menezes et al. 2004 USP-UFSCar 35 Fig. 6. Crescimento secundário em caules de dicotiledôneas e gimnospermas. O câmbio produz células derivadas, sendo que as que ficam internas a eles diferenciam-se em células de xilema secundário, enquanto que as que ficam situadas externamente, diferenciam-se em células de floema secundário. Retirado de Esau (1977). O xilema secundário (ou lenho secundário) do caule de espécies arbóreas recebe a denominação de madeira e tem grande aproveitamento econômico, sendo usada em construção civil, aplicações externas, mobiliário, embalagens, etc. Fig. 7. Sistema axial do xilema secundário, representando os elementos traqueais e as fibras. CERNE E ALBURNO. O xilema secundário mais interno perde gradualmente as funções de condução e, com a morte das células vivas do lenho, perde também as funções de reserva de alimentos. Este estado é precedido por numerosas mudanças, muitas das quais, puramente químicas. Com o tempo, a madeira perde água e substâncias de reserva, tornando-se infiltrada com vários compostos orgânicos, tais como: óleos, gomas, resinas, substâncias fenólicas, materiais corantes e aromáticos. Algumas dessas substâncias impregnam as paredes, outras apenas penetram no lume da célula. A região do lenho que passa por estas modificações denomina-se cerne. A parte mais externa do lenho, que é funcional denomina-se alburno. Fig. 8. Vasos com tilos. À direita observa-se a formação de tilos. À esquerda os tilos obstruem o vaso. Fig. 9. Seção longitudinal de um vaso, evidenciando a formação de tilos a partir de células parenquimáticas vizinhas. Retirado de Fahn (1974). Em muitas madeiras desenvolvem-se tilos (Fig. 8 e 9), isto é, protuberâncias das células do parênquima lenhoso (axial ou radial) que penetram no interior de um elemento traqueal quando este se torna inativo ou quando o tecido Anatomia e Morfologia de Plantas Vasculares Menezes et al. 2004 USP-UFSCar 36 xilemático é ferido. Tal crescimento ocorre através de um par de pontoações que faz conexão entre dois elementos. Às vezes o próprio núcleo passa através das pontoações e é comum haver crescimento secundário no tilo. Estas mudanças que ocorrem no cerne fazem com que a madeira extraída dele seja mais durável que aquela extraída do alburno, pois ela é menos suscetível aos ataques por microorganismos e menos penetrável por líquidos (inclusive, líquidos preservantes). Em algumas espécies, o tempo requerido para o alburno converter-se em cerne é relativamente curto, enquanto que em outras necessita de mais tempo. FLOEMA CONSIDERAÇÕES GERAIS O floema é o tecido responsável pela translocação de nutrientes orgânicos produzidos pela fotossíntese para todas as partes do vegetal. O aparecimento do floema teve conseqüências importantes, pois além de transportar as substâncias da parte autotrófica para a heterotrófica, passou a controlar qual parte da planta deveria crescer mais rapidamente, não só em função da época do ano, mas também do tipo de estrutura a receber nutrientes: meristema, primórdio foliar, tecido de reserva, etc. O floema pode translocar uma grande quantidade de material muito rapidamente. A seiva orgânica (elaborada) contém de 50 a 300 mg/mL de matéria seca, sendo que de 80 a 90% dessa matéria é o açúcar. Aminoácidos ocorrem em concentração de 20 a 80 mg/mL e outros componentes são álcoois e fosfatos ligados a açúcares, reguladores de crescimento, ácidos nucléicos, vitaminas e substâncias inorgâncias. A velocidade de translocação varia de 10 a 100 cm/h, podendo chegar a 300 cm/h. A evolução do floema é menos conhecida que a do xilema. Acredita-se que os elementos de tubo crivado tenham evoluído a partir de células do parênquima e, devido à fisiologia das suas células, devem ter ocorrido profundas mudanças no sistema enzimático intracelular. Os estudos do floema e da seiva orgânica estão muito associados a insetos sugadores denominados aos afídeos (pulgões). O estudo do fluxo da seiva orgânica é feita com esses insetos, pois com seu aparelho bucal conseguem atingir os elementos de tubo crivado. Se o seu corpo for retirado, mantendo-se apenas o aparelho bucal, a seiva elaborada é exsudada por um período relativamente longo. A seiva pode ser coletada com auxílio de uma micropipeta e sua composição estudada. Afídeos também têm sido usados nos estudos dos movimentos dos hormônios ou do efeito dos hormônios na translocação dos assimilados. Por causa desses animais algumas viroses são restritas ao floema e são transmitidas de uma planta para outra pelas picadas. CLASSIFICAÇÃO No corpo primário da planta o floema origina-se por diferenciação do procâmbio. O floema que se forma do procâmbio é o floema primário. Quando ocorre crescimento secundário, o floema forma-se a partir do câmbio, chamado de floema secundário. Fig. 10. Elemento crivado de pteridófita, uma célula longa e nucleada. Célula crivada, mostrando as áreas crivadas e associada a uma célula albuminosa; Elemento de tubo crivado, mostrando as áreas crivadas e a placa crivada, associado com as células companheiras, que têm origem comum com o elemento de tubo crivado. OCORRÊNCIA O floema aparece em caules (Fig. 2), raízes, folhas, partes florais, etc. Comumente, o floema, ocupa uma posição relativamente externa ao eixo caulinar e dorsal (inferior ou abaxial) nas folhas e nos órgãos de natureza foliar. Na raiz em crescimentoprimário, alterna-se com o xilema. Na raiz em crescimento secundário e no eixo caulinar, na maioria dos casos, o floema localiza-se externamente ao xilema. Devido à sua posição próxima à periferia do órgão, o floema modifica-se com o aumento em espessura do órgão. Nas partes mais periféricas, ele eventualmente deixa de ser funcional e é fragmentado pela formação de peridermes sucessivas. COMPOSIÇÃO O floema é um tecido formado basicamente por células condutoras (elementos crivados: elementos de tubo crivado ou células crivadas e células parenquimáticas Anatomia e Morfologia de Plantas Vasculares Menezes et al. 2004 USP-UFSCar 37 especializadas (células companheiras em angiospermas ou células Strassburger, erroneamente denominadas albuminosas), células parenquimáticas e esclerênquima (fibras e esclereídes). A) CÉLULAS CONDUTORAS Fig. 11. Comunicação entre elemento de tubo crivado e célula companheira, mostrando os poros na parede do tubo crivado e plasmodesmos ramificados na parede da célula companheira. Retirado de Raven et al. (2001). As células condutoras (Fig. 10) são as que executam a condução da seiva orgânica e podem ser de três tipos: 1) elementos crivados, que são células nucleadas, presentes em pteridófitas, sendo que cada grupo de pteridófita tem o seu tipo característico. A essas células não estão associadas células parenquimáticas especializadas. 2) células crivadas, que são células sem núcleo e que se mantêm ativas pela atividade das células Strassburger; só foram observadas em gimnospermas e normalmente são células radiais. 3) elementos de tubo crivado, presentes em angiospermas, que são células sem núcleo e que se mantêm graças à atividade metabólica da(s) célula(s) companheira(s), que se originaram da mesma célula que formou o elemento de tubo crivado. A expressão tubo crivado designa uma série longitudinal de elementos de tubo crivado conectados. Entre as células parenquimáticas e os elementos crivados só há plasmodesmos estabelecendo comunicação entre elas. Nas paredes das células crivadas e nas dos elementos de tubo crivado formam-se poros, para os quais convergem diversos plasmodesmos das células Strassburger ou das células companheiras (Fig. 11). As paredes celulares das células condutoras são em geral mais espessas do que as das células parenquimáticas. Quando observadas ao microscópio de luz, em seções de material fresco, mostram um brilho aperolado recebendo a denominação de paredes nacaradas. Sua composição é de celulose e compostos pécticos e, pelo arranjo observado, acredita-se que nas células crivadas e nos elementos de tubo crivado, na maioria dos casos a parede seja primária. Essas células apresentam as chamadas áreas crivadas, isto é, áreas que apresentam poros através dos quais interconectam-se os protoplastos de elementos crivados contíguos, tanto no sentido vertical como lateral. Pode-se dizer que a área crivada é um campo de pontoação primário altamente especializado. No floema funcional, cada poro aparece revestido por calose, polímero de 1,3 glicose. Em preparações microscópicas descuidadas, como artefato aparece o poro totalmente obstruído por calose. O desenvolvimento da placa crivada (Fig. 12) dá-se da seguinte maneira: a) depósito de plaquetas de calose na região do poro, isto é, região onde já havia plasmodesmas; b) as plaquetas de calose se espessam e revestem toda a região do poro formando cilindros de calose; c) a seguir, os cilindros de calose se espessam mais e a calose se deposita também na parede da célula, entre os cilindros. Outra característica importante dessas células (Fig.12) é a ausência, de núcleo na maturidade, embora sejam mantidos os leucoplastos (de amido e/ou de proteína), retículo endoplasmático e as mitocôndrias. O tonoplasto em geral desaparece, constituindo o mictoplasma, mas a membrana plasmática permanece. É muito comum, em eudicotiledôneas, a presença de uma substância protéica, denominada proteína-P, que ocorre como filamentos no citoplasma residual desta célula. Esta, em ultra-estrutura, mostra que é constituída de túbulos ou fibrilas, ou ambos, que se arranjam helicoidalmente. A variação infra-estrutural da proteína-P está associada a uma variação macromolecular durante a diferenciação do elemento crivado. A proteína-P pode ter características semelhantes às proteínas contrácteis do tipo actina/miosina, favorecendo a aceleração e regulação dos assimilados, na oclusão das áreas crivadas e ainda no reconhecimento celular. Quando o elemento crivado está envelhecendo ou se preparando para a dormência, mais calose vai se acumulando e esta pode até mesmo obliterar o poro (Fig. 12-H). Quando o floema é reativado, a calose torna-se reduzida, possibilitando o restabelecimento da continuidade protoplasmática entre as células contíguas. Pode ainda ocorrer um acúmulo de calose em resposta aos ferimentos. Aparentemente enzimas localizadas na membrana plasmática estão envolvidas no controle de síntese ou de degradação da calose. Anatomia e Morfologia de Plantas Vasculares Menezes et al. 2004 USP-UFSCar 38 Fig. 12. Diagrama ilustrando a diferenciação de um elemento de tubo crivado. A. Precursor do elemento de tubo crivado; B. Divisão para originar o elemento e a célula companheira; C. Formação de duas células companheiras e degeneração do núcleo e desintegração do tonoplasto no elemento de tubo crivado; D. Elemento de tubo crivado maduro, com placa crivada apresentando calose. E-H. Detalhe da formação da placa crivada. E. Depósito das plaquetas de calose (estágio B e C); F. Formação do cilindro de calose (Estágio D); G. Depósito de calose em toda a placa; H. Tampões de calose nos poros, vedando-os quando o tubo crivado está num estágio não-funcional temporário ou definitivo. A-D, retirado de Esau (1974). E-H, retirado de Fahn (1974). As células crivadas, presentes nas gimnospermas são, alongadas (cerca de 3,5 mm de comprimento) e apresentam áreas crivadas em suas paredes laterais, como também nas terminais. Os poros das áreas crivadas são relativamente estreitos (0,05-2,0 µm de diâmetro) e freqüentemente uniformes em tamanho. Os elementos de tubo crivado são curtos (50-150 µm de comprimento) e ocorrem na maioria das angiospermas. Nas paredes laterais dessas células são freqüentes as áreas crivadas com poros relativamente pequenos. Nas paredes terminais e, ocasionalmente, nas paredes laterais ocorrem áreas mais especializadas, as placas crivadas, portadoras de poros maiores (10-14 µm de diâmetro). A interconexão entre um elemento de tubo crivado e outro, ao nível da placa crivada, e mais completa do que entre células crivadas. Os elementos de tubo crivado mostram um maior grau de especialização do que aquele visto nas células crivadas. As placas crivadas encontradas nas paredes terminais podem apresentar-se em diferentes graus de inclinação, até totalmente transversais. Os elementos de tubo crivado longos, dotados de paredes terminais muito inclinadas podem ter placas crivadas compostas, ou seja, placas crivadas com várias áreas crivadas. Nessas placas crivadas, os poros são relativamente estreitos, características que indicam primitividade. A especialização celular transcorreu no sentido de uma diminuição da inclinação das paredes terminais, aumento de tamanho dos poros nas placas crivadas e distinção entre áreas crivadas nas paredes laterais e placas crivadas nas paredes terminais. Assim, o elemento de tubo crivado mais especializado é aquele que se apresenta mais largo e com áreas crivadas pouco especializadas nas paredes laterais. B) CÉLULAS STRASSBURGER E COMPANHEIRAS O movimento de materiais orgânicos no floema depende da interação fisiológica entre os elementos crivados e as células parenquimáticas especializadas contíguas. Assim, intimamente associadas às células crivadas, existem as chamadas células Strassburger nas gimnospermase células companheiras nas angiospermas. Os elementos crivados presentes nas pteridófitas não exibem tal associação com as células parenquimáticas adjacentes. As células Strassburger, análogas às células companheiras, estão associadas às células crivadas por numerosos plasmodesmas. Estas células não estão relacionadas ontogeneticamente, isto é, não têm uma precursora comum. As células companheiras são células parenquimáticas especializadas que estão ligadas aos elementos de tubo crivado por meio de plasmodesmas. Essa continuidade entre esses dois tipos de células é tão grande, que freqüentemente, em preparações de material dissociado, o elemento crivado e sua(s) célula(s) companheira(s) permanecem juntos. As células companheiras possuem núcleos e nucléolos relativamente grandes, numerosas mitocôndrias bem desenvolvidas, plastídios (freqüentemente cloroplastos) e muitos ribossomos. As células companheiras e o elemento de tubo crivado estão relacionados ontogeneticamente, isto é, podem ser células irmãs (Fig. 12) originada da mesma célula meristemática ou derivada . Nas venações menores da folha, os elementos de tubo crivado são menores e as células parenquimáticas maiores, de modo que estas células e as companheiras são chamadas de células intermediárias porque medeiam o acúmulo e o descarregamento de material (Fig. 13, CT). Plasmodesmo Anatomia e Morfologia de Plantas Vasculares Menezes et al. 2004 USP-UFSCar 39 Fig. 13. Elétron-micrografia de uma nervura de menor calibre de Anacyclus pyrethrum (Asteraceae). CT = Células de transferência EC= Elemento crivado; IPC = Invaginações da parede celular: X = Xilema. Em algumas plantas essas células têm paredes finas, enquanto que em outras mostram protuberâncias na parede interna aumentando a área da membrana plasmática, facilitando o transporte a curta distância. Neste caso, são chamadas células de transferência, como já mencionado no capítulo de parênquima (Fig.13). C) CÉLULAS PARENQUIMÁTICAS Células parenquimáticas não especializadas são os componentes normais do floema e podem conter substâncias ergásticas, como amido, cristais (Fig. 14 D), substâncias fenólicas, etc. ou não (Fig. 14 C). No floema secundário temos as células parenquimáticas do sistema radial e as do sistema axial. As células parenquimáticas do sistema radial são derivadas de células iniciais radiais do câmbio e as do sistema axial, são derivadas das células iniciais fusiformes do câmbio. D) FIBRAS PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS As fibras (Fig. 14 A e J), no floema primário estão presentes na parte externa desse tecido, sendo que no floema secundário apresentam uma distribuição variada entre as outras células do sistema axial. Podem apresentar- se septadas como em videira (Vitis vinifera) ou não; podem ainda ser vivas ou mortas na maturidade. Em muitas espécies as fibras têm valor econômico, como no caso do linho, cânhamo ou maconha, rami , etc. Fig. 14. Células do floema secundário de Robinia pseudo-acácia (Fabaceae). A-E. Em vista longitudinal; F-J. Em corte transversal. A e J. Fibra secundária; B. Elemento de tubo crivado. F. Placa crivada. C e G. Parênquima. Retirado de Esau (1974). Esclereídes são comuns no floema, podendo aparecer tanto no sistema axial quanto no radial do floema secundário. Ocorrem esclereídes secundárias em Robinia pseudo-acácia (Fig. 14 E e I). ONTOGÊNESE Os tecidos vasculares e, conseqüentemente o floema, formam-se por diferenciação do procâmbio no corpo primário da planta. O floema que assim se originou é chamado floema primário (proto e metafloema). Quando ocorre crescimento secundário em espessura (gimnospermas e a maioria das dicotiledôneas), o câmbio forma o floema que é denominado floema secundário. O tecido vascular secundário se organiza num sistema axial (longitudinal ou vertical) e outro radial (transversal ou horizontal). Os raios formados são contínuos através do câmbio, indo desde o xilema secundário até o floema secundário. CARACTERÍSTICAS FLOEMA PRIMÁRIO O floema primário é constituído pelo proto e metafloema. O protofloema ocorre nas regiões que ainda estão em crescimento por alongamento e, assim, seus elementos crivados sofrem estiramento e logo param de funcionar (1 ou 2 dias); eventualmente podem até ficar obliterados. O protofloema é constituído por elementos crivados geralmente estreitos e não conspícuos, podendo ou não ter células companheiras. Podem estar agrupados ou Anatomia e Morfologia de Plantas Vasculares Menezes et al. 2004 USP-UFSCar 40 isolados entre as células parenquimáticas. O metafloema diferencia-se mais tarde e, nas plantas desprovidas de crescimento secundário, constitui o único floema funcional nas partes adultas da planta. As células condutoras do metafloema são em geral mais largas e numerosas quando comparadas às do protofloema. As fibras estão, em geral, ausentes. FLOEMA SECUNDÁRIO O floema secundário (Fig. 15, 16, 17, 18) é proveniente do câmbio. A quantidade de floema produzida pelo câmbio é em geral menor que a de xilema. No caso das coníferas, o sistema axial (longitudinal ou vertical) contém células crivadas, células albuminosas, células parenquimáticas, fibras e esclereídes. O sistema radial (transversal ou horizontal) é constituído por raios unisseriados com células albuminosas e células parenquimáticas. Fibras estão ausentes em Pinus, porém ocorrem em outras espécies de gimnospermas como em Taxus, Taxodium, Cupressus, etc. Nas eudicotiledôneas, magnoliídeas e paleoervas o sistema axial é formado pelos tubos crivados, células companheiras e células parenquimáticas. As fibras podem estar ausentes ou presentes e, neste caso, formam uma faixa contínua ao redor de toda a circunferência do órgão (caule e raiz) ou faixas isoladas. O sistema radial formado pelos raios uni ou plurisseriados compõe-se de células parenquimáticas pode, ainda, conter esclereídes ou células parenquimáticas esclerificadas com cristais. Os raios podem aparecer dilatados, como conseqüência de divisões anticlinais radiais das células em resposta ao aumento de circunferência do eixo. Fig. 15. Diagrama do floema secundário e câmbio de Thuja occidentalis (Cupressaceae), uma gimnosperma. (Retirado de Esau (1974). Anatomia e Morfologia de Plantas Vasculares Menezes et al. 2004 USP-UFSCar 41 Fig. 16. Diagrama do floema secundário e câmbio de Liriodendron tulipifera (Magnoliaceae), uma dicotiledônea. Retirado de Esau (1974). Fig. 17. Variações na estrutura de células crivadas e de elementos de tubo crivados. A. Célula crivada de pinheiro (Pinus pinea, Pinaceae), com raios associados como são vistos em corte tangencial. Os demais são elementos de tubo crivado com células companheiras de cortes tangenciais do floema das seguintes espécies: B. Juglas hindsii (Juglandaceae); C. Maçã (Pyrus malus, Rosaceae); D. Liriodendron tulipifera (Magnoliaceae); E. Acer pseudoplatanus (Aceraceae); F. Cryptocarya rubra (Lauraceae); G. Fraxinus americana (Oleaceae); H. Wisteria sp. (Fabaceae) Em B-G, as placas crivadas aparecem em vista lateral e suas áreas crivadas são mais espessas que as regiões de parede intervenientes devido à deposição de calose. Anatomia e Morfologia de Plantas Vasculares Menezes et al. 2004 USP-UFSCar 42 Fig. 18. Células crivadas e elementos de tubo crivado em vista lateral e em corte transversal, com detalhes estruturais das placas crivadas. A-B. Pteridium sp. (Pteridaceae) A figura mostra apenas ¼ da célula; C - D. Tsuga canadensis (Pinaceae). A figura mostra apenas 1/3 da célula; E-G. Juglans nigra (Juglandaceae). G. Parte da placa crivada em detalhe; H-L. Liriodendron sp (Magnoliaceae). H-I, com as células companheiras associadas. J -K. Detalhes da placa crivada e da respectiva malha. L. Placa crivada em corte. M-O. Malus pumila (Rosaceae). O. Detalhe da placa crivada. P -R. Solanum tuberosum (Solanaceae).R. Detalhe da placa crivada. S - U. Robinia pseudo-acácia (Fabaceae), com células companheiras associadas. U. Detalhe da placa crivada. BIBLIOGRAFIA COUTINHO, L. M. Botânica. Editora Cultrix Ltda. São Paulo. 1975. 307p. OGURA, Y. Comparative anatomy of vegetative organs of pteridophytes. Gerbrüder Borntraeger, Berlin. 1972. 502p. RAVEN, P. H.; EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E. Biologia Vegetal – 6ª Ed., Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2001 SMITH, GILBERT MORGAN. 1987. Botânica Criptogâmica Vol. II. 4ª ed. Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa. 387p.
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