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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 1 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 APOSTILA DE INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS - ANEXOI Eng. Rodolfo J. M. Torres Fonte: http://wiki.foz.ifpr.edu.br/wiki/index.php/Projeto_de_Instala%C3%A7%C3%A3o_El%C3%A9trica_P redial (2017) Macaé - RJ - 2015 - UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 2 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 ANEXO I - EMENTA DA DISCIPLINA Unidade 1: Normas Técnicas Brasileiras pertinentes ao tema. 1.1 Normas para instalações elétricas de baixa tensão. Unidade 2: Noções básicas de nomenclatura, simbologia e materiais para instalações elétricas. 2.1 Nomenclatura dos diversos elementos e componentes das redes de instalações elétricas em geral. 2.2 Principais materiais constituintes das tubulações, condutores e conexões das redes de instalações elétricas. 2.3 Simbologia empregada na elaboração dos projetos de instalações elétricas. Unidade 3: Princípios para elaboração de projetos de instalações elétricas de baixa tensão. 3.1 Conceitos e Critérios para elaboração dos projetos 3.2 Confiabilidade, Acessibilidade, Flexibilidade e Reserva de Carga. Unidade 4: Etapas de Elaboração do Projeto 4.1 Informações Preliminares: Quantificação do Sistema, Determinação do Padrão de Atendimento, Desenho das Plantas, Dimensionamentos, Quadros de Distribuição e Diagramas. 4.2 Elaboração de Detalhes Projetivos: Detalhes Construtivos, Memorial Descritivo, Memorial de Cálculo, Elaboração da Lista de Material. Unidade 5: Elaboração de Projetos Prediais Elétricos de Baixa Tensão. 5.1 Previsão de Cargas da Instalação Predial Elétrica 5.2 Demanda de Energia de uma Instalação Elétrica 5.3 Fator de Potência 5.4 Fator de Demanda 5.5 Dimensionamento de Condutores 5.6 Dimensionamento de Eletrodutos 5.7 Dispositivos de Proteção 5.8 Locação de Pontos Elétricos 5.9 Divisão de Circuitos 5.10 Diagramas Unifilares UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 1 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 APOSTILA DE INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – ANEXO II Eng. Rodolfo J. M. Torres Fonte: http://wiki.foz.ifpr.edu.br/wiki/index.php/Projeto_de_Instala%C3%A7%C3%A3o_El%C3%A9trica_P redial (2017) Macaé - RJ - 2015 - UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 2 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 ANEXO II – SOBRE A NBR 5410:2004 A Norma Brasileira NBR 5410:2004 – corrigida em 2008, doravante denominada NBR 5410, estabelece as condições mínimas necessárias para o perfeito funcionamento de uma instalação elétrica de baixa tensão garantindo assim a segurança de pessoas e animais e a preservação dos bens. Tradicionalmente, esta norma será aplicada para instalação elétrica de edificações, residencial, comercial, público, industrial, de serviços, agropecuário, hortigranjeiro, etc. Para os profissionais da área de eletricidade a NBR 5410 é, nada mais nada menos que o guia fundamental para o desenvolvimento das atividades profissionais do dia a dia. Vamos, brevemente, entender um pouco das exigências da NBR 5410. A Norma NBR 5410 aplica-se às instalações elétricas: 1. Em áreas descobertas das propriedades, externas às edificações; 2. Reboques de acampamento (trailers), locais de acampamento (campings), marinas e instalações análogas; 3. Canteiros de obra, feiras, exposições e outras instalações temporárias. 4. Aos circuitos elétricos alimentados sob tensão nominal igual ou inferior a 1 000 V em corrente alternada, com frequências inferiores a 400 Hz, ou a 1500 V em corrente continua; 5. Aos circuitos elétricos, que não os internos aos equipamentos, funcionando sob uma tensão superior a 1 000 V e alimentados através de uma instalação de tensão igual ou inferior a 1 000 V em corrente alternada (por exemplo, circuitos de lâmpadas a descarga, precipitadores eletrostáticos etc.); 6. A toda fiação e a toda linha elétrica que não sejam cobertas pelas normas relativas aos equipamentos de utilização; 7. Às linhas elétricas fixas de sinal (com exceção dos circuitos internos dos equipamentos[1]). [1] NOTA: A aplicação às linhas de sinal concentra-se na prevenção dos riscos decorrentes das influências mútuas entre essas linhas e as demais linhas elétricas da instalação, sobretudo sob UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 3 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 A NBR 5410 aplica-se às instalações novas e a reformas em instalações existentes [2]. A Norma NBR 5410 não se aplica a: 1. Instalações de tração elétrica; 2. Instalações elétricas de veículos automotores; 3. Instalações elétricas de embarcações e aeronaves; 4. Equipamentos para supressão de perturbações radioelétricas, na medida em que não comprometam a segurança das instalações; 5. Instalações de iluminação pública 6. Redes públicas de distribuição de energia elétrica; 7. Instalações de proteção contra quedas diretas de raios. No entanto, esta Norma considera as consequências dos fenômenos atmosféricos sobre as instalações (por exemplo, seleção dos dispositivos de proteção contra sobretensões); 8. instalações em minas; 9. instalações de cercas eletrificadas. Os componentes da instalação são considerados apenas no que concerne à sua seleção e condições de instalação. Isto é igualmente válido para conjuntos em conformidade com as normas a eles aplicáveis. A aplicação desta Norma não dispensa o atendimento a outras normas complementares, aplicáveis as instalações e locais específicos. São exemplos de normas complementares à NBR 5410 as normas: • NBR 13534:2008 – Instalações elétricas de baixa tensão - Requisitos específicos para instalação em estabelecimentos assistenciais de saúde • NBR 13570:1996 – Instalações elétricas em locais de afluência de público - Requisitos específicos http://www.saladaeletrica.com.br/nbr-5410-download/ os pontos de vista da segurança contra choques elétricos, da segurança contra incêndios e efeitos térmicos prejudiciais e da compatibilidade eletromagnética. [2] NOTA: Modificações destinadas a, por exemplo, acomodar novos equipamentos elétricos, inclusive de sinal, ou substituir equipamentos existentes, não caracterizam necessariamente uma reforma geral da instalação. UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 1 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4APOSTILA DE INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – ANEXO III Eng. Rodolfo J. M. Torres Fonte: http://wiki.foz.ifpr.edu.br/wiki/index.php/Projeto_de_Instala%C3%A7%C3%A3o_El%C3%A9trica_P redial (2017) Macaé - RJ - 2015 - UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 2 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 ANEXO III – DE ONDE VEM A ENERGIA QUE UTILIZAMOS Segundo o Ministério das Minas e Energia – MME (2015),através do documento Resenha Energética Brasileira, no Brasil, 64% da geração de energia elétrica advém de fontes hidrelétricas, 32,6% de termelétricas e o restante por outros processos. Entretanto, para que a energia elétrica gerada seja consumida, precisamos de um sistema normalmente conhecido como Sistema Elétrico de Potência - SEP, que é o conjunto de equipamentos que operam de maneira coordenada com a finalidade de fornecer energia elétrica aos consumidores, dentro de certos padrões de qualidade (confiabilidade, disponibilidade), segurança e custos, com o mínimo impacto ambiental e tem como função básica é: fornecer energia elétrica aos consumidores (grandes ou pequenos); com qualidade adequada e no instante em que for solicitada, bem como ser o gerador, o transportador e o distribuidor do produto energia elétrica. (TORTELLI (2009); GOMES (2012)) A estrutura do SEP é constituída por três grandes blocos, tais como: geração, transmissão e distribuição, conforme apresentado na Figura AIII.a e na Tabela AIII.a. Figura AIII.a – Subsistemas componentes do SEP Fonte: www.docplayer.com.br/docs-images/40/2360397/images/page_12.jpg UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 3 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 Tabela AIII.a – Componentes do Sistema Elétrico Electrical System Components Componentes do Sistema Elétrico Generation System Sistema de Geração Power Plant Usina de Geração de Energia Elétrica 500kV Transmission Transmissão de Energia Elétrica em 500kV Extra-High Voltage Substation Subestação de Extra-Alta Tensão 230kV Transmission Transmissão de Energia Elétrica em 230kV 69kV Sub-Transmission Sub-transmissão de Energia Elétrica em 69kV Distribution Substation Subestação de Distribuição High Voltage Substation (230 / 69kV) Subestação Abaixadora de Extra-Alta Tensão To other High Voltage Substations Vai para outras subestações de alta tensão Commercial / Industrial Customers Consumidores Comerciais e Industriais Urban Customers Consumidores Urbanos Distribution System (12kV) Sistema de Distribuição de 12kV Underground Cable Cabos ou Cabeamento Subterrâneo Distribution Line Linha de Distribuição Residential Customer Consumidores Residenciais Underground Distribution Transformer Transformador Subterrâneo de Distribuição Overhead Distribution Transformer Transformador de Distribuição Aérea Fonte: www.docplayer.com.br/docs-images/40/2360397/images/page_12.jpg AIII.1 - Geração de Energia A geração de energia elétrica ocorre nas usinas localizadas de acordo com suas características próprias. Essas usinas podem ser: a) Usinas hidrelétricas: utilizam o represamento de rios e lagos e, estão localizadas nos pontos dos rios e lagos considerados mais eficientes para o armazenamento do volume ideal de água. b) Usinas térmicas: podem ser localizadas em pontos mais convenientes para a transmissão e controle. c) Geradores eólicos: são localizados em pontos com maior volume de ventos. UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 4 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 Os riscos mais comuns na fase de geração (turbinas/geradores) de energia elétrica são similares e comuns a todos os sistemas de produção de energia e estão presentes em diversas atividades, destacando: a) Instalação e manutenção de equipamentos e maquinários (turbinas, geradores, transformadores, disjuntores, capacitores, chaves, sistemas de medição, etc.); b) Manutenção das instalações industriais após a geração; c) Operação de painéis de controle elétrico. AIII.2 - Transmissão de Energia Elétrica A transmissão de energia elétrica é o processo de transportar energia elétrica desde a fase de geração até a fase de distribuição, abrangendo os processos de elevação e rebaixamento de tensões elétricas. O transporte é realizado por linhas de transmissão de alta potência, geralmente usando corrente alternada,que de uma forma mais simples conecta uma usina ao consumidor. Entretanto, este transporte de energia elétrica também pode ser realizado usando corrente contínua. O nível de tensão depende do país, mas normalmente o nível de tensão estabelecido está entre 13,8 kV e 750 kV. No Brasil o nível de tensão estabelecido para as redes de transmissão é: 750; 500; 230; 138;69;34,5;13,8kV. Sendo os níveis de tensão mais usuais 500, 230 e138 kV. Essa energia é transmitida em corrente alternada (60 Hz) em elevadas tensões (138 a 500 kV). Os elevados potenciais de transmissão se justificam para evitar as perdas por aquecimento e redução no custo de condutores e métodos de transmissão da energia, com o emprego de cabos com menor bitola ao longo das imensas extensões a serem transpostas, que ligam os geradores aos centros consumidores. AIII.3 - Distribuição de Energia Elétrica É o segmento do setor elétrico que compreende os potenciais após a transmissão, indo das subestações de distribuição entregando energia elétrica aos clientes (Consumidores). A distribuição de energia elétrica aos clientes é realizada nos potenciais: UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 5 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 ▪ Médios clientes abastecidos por tensão de 11,9 kV / 13,8 kV / 23 kV; ▪ Clientes residenciais, comerciais e industriais até a potência de 75 kVA (o abastecimento de energia é realizado no potencial de 110, 127, 220 e 380 Volts); ▪ Distribuição subterrânea no potencial de 24 kV. A distribuição de energia elétrica possui diversas etapas de trabalho, conforme descrição abaixo: ▪ Recebimento e medição de energia elétrica nas subestações; ▪ Rebaixamento ao potencial de distribuição da energia elétrica; ▪ Construção de redes de distribuição; ▪ Construção de estruturas e obras civis; ▪ Montagens de subestações de distribuição; ▪ Montagens de transformadores e acessórios em estruturas nas redes de distribuição; ▪ Manutenção das redes de distribuição aérea; ▪ Manutenção das redes de distribuição subterrânea; ▪ Poda de árvores; ▪ Montagem de cabinas primárias de transformação; ▪ Limpeza e desmatamento das faixas de servidão; ▪ Medição do consumo de energia elétrica; ▪ Operação dos centros de controle e supervisão da distribuição. AIII.4 - Manutenção de Linhas de Transmissão; • Substituição e manutenção de isoladores (dispositivo constituído de uma série de “discos”, cujo objetivo é isolar a energia elétrica da estrutura); • Limpeza de isoladores; • Substituição de elementos para-raios; • Substituição e manutenção de elementos das torres e estruturas; • Manutenção dos elementos sinalizadores dos cabos;• Desmatamento e limpeza de faixa de servidão, etc. UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 6 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 AIII.5 - Construção de Linhas de Transmissão • Desenvolvimento em campo de estudos de viabilidade, relatórios de impacto do meio ambiente e projetos; • Desmatamentos e desflorestamentos; • Escavações e fundações civis; • Montagem das estruturas metálicas; • Distribuição e posicionamento de bobinas em campo; • Lançamento de cabos (condutores elétricos); • Instalação de acessórios (isoladores, para-raios); • Ensaios e testes elétricos. UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 1 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 APOSTILA DE INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – ANEXO IV Eng. Rodolfo J. M. Torres Fonte: http://wiki.foz.ifpr.edu.br/wiki/index.php/Projeto_de_Instala%C3%A7%C3%A3o_El%C3%A9trica_P redial (2017) Macaé - RJ - 2015 - UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 2 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 ANEXO IV - MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA Uma Matriz Energética está relacionada com toda forma de energia que está disponibilizada para ser transformada, distribuída e consumida nos processos produtivos, é uma representação quantitativa da oferta de energia, ou seja, da quantidade de recursos energéticos oferecidos por um país ou por uma região. Também pode ser definida como sendo o conjunto de todos os tipos de energia que um país produz e consome. Em resumo, pode-se dizer de uma forma mais simplificada, que o significado de matriz energética é o aglomerado de Fontes de Energia que sustentam o desenvolvimento das atividades econômicas de um país ou região. Na natureza existem inúmeras fontes de energia, denominadas de Fontes Primárias, sendo que nem todas podem servem para serem utilizadas pelos consumidores de energia. Atualmente, essas fontes primárias são: Petróleo, Gás natural, Carvão, Urânio, Água, Sol, Vento, Fontes geotérmicas e Biomassa. Cabe ressaltar, que, atualmente, existem variadas fontes de energia, que estão classificadas entre fontes de energias renováveis[1] e não-renováveis[2], conforme apresentado na Tabela AIV.a. Tabela AIV.a – Fontes de Energias Renováveis Não Renováveis Hidráulica Petróleo Eólica Carvão Mineral Solar Gás Natural Biomassa Nuclear Fonte: http://ecoreporter.abae.pt/docs/apoio/Fontes_Renovaveis_e_nao_renovaveis.pdf [1] São aquelas que oriundas de recursos naturais que são naturalmente reabastecidos, como sol, vento, chuva, marés e energia geotérmica. É importante notar que nem todo recurso natural é renovável, por exemplo, o urânio, carvão e petróleo são retirados da natureza, porém existem em quantidade limitada. [2] São aquelas cujas reservas são encontradas na natureza, em quantidades limitadas, e cuja utilização acarreta o esgotamento das reservas. Esse esgotamento ocorre pois o processo de formação dessas fontes de energia é muito lento quando comparado ao ritmo de consumo imposto pela sociedade. UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 3 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 A análise da matriz energética é fundamental para a orientação do planejamento do setor energético, que deve garantir a produção e o uso adequado da energia produzida, onde uma das informações mais importantes adquiridas é a quantidade de recursos naturais que está sendo utilizada, para saber se esses recursos estão sendo feitos de forma racional. A Matriz Energética Brasileira é composta pelas seguintes fontes de energia, conforme apresentado na Figura AIV.a. Biomassa Carvão e Derivados Derivados de Petróleo Eólica Gás Natural Hidráulica Nuclear Solar Fotovoltaica* 8,00% 4,50% 4,80% 3,50% 12,90% 64,00% 2,40% 0,01% Figura AIV.a – Matriz Energética Brasileira Fonte: ANEEL (2015) 8,00% 4,50% 4,80% 3,50% 12,90% 64,00% 2,40% 0,01% Biomassa Carvão e Derivados Derivados de Petróleo Eólica Gás Natural Hidráulica Nuclear Solar Fotovoltaica UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL 1 APOSTILA DE INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – ANEXO VIII Fonte: http://wiki.foz.ifpr.edu.br/wiki/index.php/Projeto_de_Instala%C3%A7%C3%A3o_El%C3%A9trica_P redial (2017) UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL 2 ANEXO VIII – ESQUEMAS FUNDAMENTAIS DE LIGAÇÕES AVIII.1 – Ponto de Luz comandado por interruptor simples ou de 1 seção, com alimentação pelo ponto de luz AVIII.2 – Dois pontos de luz comandados por interruptor simples ou de 1 seção, com alimentação pelo ponto de luz UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL 3 AVIII.3 - Dois pontos de luz comandados por interruptor duplo ou de 2 seções, com alimentação pelo ponto de luz AVIII.4 – 3 Pontos de luz comandado por interruptor triplo ou de três seções e duas tomadas baixas, com alimentação pelo ponto de luz UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL 4 AVIII.5 – Ponto de luz no teto, arandela comandado por interruptor duplo ou de 2 seções e tomada baixa, com alimentação pelo ponto de luz AVIII.6 – Ponto de luz no teto comandado por interruptor simples ou de 1 seção e tomada baixa conjugada ao interruptor, com alimentação pelo ponto de luz UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL 5 AVIII.7 – Ponto de luz no teto comandado por interruptor simples ou de 1 seção, com alimentação pelo interruptor AVIII.8 – Ponto de luz no teto, arandela comandado por interruptor duplo ou de 2 seções e tomada baixa, com alimentação pelo interruptor UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL 6 AVIII.9 – Ponto de luz no teto comandado por interruptor paralelo ou three-way, com alimentação pelo ponto de luzAVIII.10 – Ponto de luz no teto comandado por interruptor paralelo ou three-way, e por interruptor intermediário ou four-way com alimentação pelo ponto de luz UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 1 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 APOSTILA DE INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – UNIDADE I Eng. Rodolfo J. M. Torres Fonte: http://wiki.foz.ifpr.edu.br/wiki/index.php/Projeto_de_Instala%C3%A7%C3%A3o_El%C3%A9trica_P redial (2017) Macaé - RJ - 2015 - UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 2 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 UNIDADE 1 – NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS PERTINENTES AO TEMA 1.1 – Normas para Instalações Elétricas de Baixa Tensão Para que os alunos e profissionais das áreas de eletricidade e construção civil possam, aprender e executar suas tarefas nos sistemas elétricos, sejam prediais ou industriais, faz-se necessário o conhecimento das Normas Técnicas, que norteiam as instalações e seus modos de cálculo e execução e, que no Brasil é a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT que desenvolve. A ABNT é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros – CB, dos Organismos de Normalização Setorial – ONS[1] e das Comissões de Estudo Especiais Temporárias - CEET, são elaboradas por Comissões de Estudo - CE, formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). Dentre as Normas Técnicas mais utilizadas nos Sistemas Elétricos Prediais – SEP[2], podemos citar as seguintes normas, dentre outras: NBR 5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão - A ABNT NBR 5410 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade - CB-03 e pela Comissão de Estudo de Instalações Elétricas de Baixa Tensão (CE–03:064.01). O Projeto circulou em Consulta Pública conforme Edital nº 09, de 30.09.2003, com o número Projeto NBR 5410. A partir de 31 de março de 2005, esta Norma deverá cancelar e substituir a edição anterior (ABNT NBR 5410:1997), a qual foi tecnicamente revisada. Esta Norma contém os anexos A, B, C, H, J, K, L e M, de caráter normativo, e os anexos D, E, F e G, de caráter informativo. Esta norma foi substituída pela NBR 5410 – Errata 1 de 17 de março de 2008, que corrige a NBR 5410:2004. [1] Não confundir esta sigla, com o Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS. O Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS é o órgão responsável pela coordenação e controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional - SIN, sob a fiscalização e regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel. [2] Não confundir esta sigla, com o Sistema Elétrico de Potência - SEP, composto pelos seguintes subsistemas: geração, transmissão e distribuição. UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 3 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 NBR 5413:1992 - Iluminância de Interiores (substituída pela norma ABNT NBR ISSO/CIE 8995- 1:2013). NBR 5419 – Proteção de Estruturas contra Descargas Atmosféricas - A ABNT NBR 5419 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade - CB-03 e pela Comissão de Estudo de Proteção contra Descargas Atmosféricas (CE-03:064.10). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 01, de 30.01.2000, com o número de Projeto NBR 5419. Seu Projeto de Emenda 1, de 2005 circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 001/2005 de 31.01.2005. Esta Norma foi baseada nas IEC 61024-1:1990, IEC 61024-1-1:1991 – Guide A e IEC 61024-1-2:1998 – Guide B. Esta norma sofreu alteração e foi publicada em 22 de maio de 2015, entrando em vigor em 22 de junho do mesmo ano e, está composta de quqtro partes a saber: NBR 5419-2:2015 - Proteção contra descargas atmosféricas - Parte 2: Gerenciamento de risco - Esta Parte da ABNT NBR 5419 estabelece os requisitos para análise de risco em uma estrutura devido às descargas atmosféricas para a terra. NBR 5419-3:2015 - Proteção contra descargas atmosféricas - Parte 3: Danos físicos a estruturas e perigos à vida - Esta Parte da ABNT NBR 5419 estabelece os requisitos para proteção de uma estrutura contra danos físicos por meio de um SPDA - Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas - e para proteção de seres vivos contra lesões causadas pelas tensões de toque e passo nas vizinhanças de um SPDA. NBR 5419-4:2015 - Proteção contra descargas atmosféricas - Parte 4: Sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura - Esta Parte da ABNT NBR 5419 fornece informações para o projeto, instalação, inspeção, manutenção e ensaio de sistemas de proteção elétricos e eletrônicos (Medidas de Proteção contra Surtos ─ MPS) para reduzir o risco de danos permanentes internos à estrutura devido aos impulsos eletromagnéticos de descargas atmosféricas (LEMP). NBR 5423 – Substituída pela NBR 60529:2005 – Errata 2:2011, cujo objetivo é fixar as condições exigíveis aos graus de proteção, providos por invólucros de equipamentos elétricos de tensão nominal não superior a 72,5kV, e especifica os ensaios de tipo para verificação das várias classes de invólucros. Os tipos de proteção cobertos por esta norma são os seguintes: UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 4 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 a) Contra o contato ou a aproximação de pessoas a partes vivas, contra o contato a partes móveis (que não sejam eixos livres ou congêneres) no interior do invólucro e contra a penetração de corpos sólidos estranhos ao equipamento; b) Contra a penetração prejudicial de água no interior do invólucro onde está o equipamento Nota: A proteção de partes móveis externas ao invólucro, tais como ventiladores, deve ser prescrita pela norma correspondente ao equipamento. NBR 5444:1989 - Símbolos Gráficos para Instalações Elétricas (Norma cancelada sem substituição em: 10/11/2014). Tem sua origem nos seguintes documentos: Projeto NBR 5444/1988 (SB-02) - CB-03 - Comitê Brasileiro de Eletricidade - CE-03:003.02 - Comissão de Estudo de Assuntos Gerais de Eletricidade e NBR 5444 - Graphical symbols for electrical installations of buildings – Simbology. A norma ABNT NBR 5444:1989 está cancelada e não possui substituta. Atualmente o setor utiliza os símbolos do database das IEC 60417 - Graphical symbols for use on equipment - 12-month subscription to online database comprising all graphical symbols published in IEC 60417 e IEC 60617 - Graphical symbols for diagrams - 12-month subscription to online database comprising parts 2 to 13 of IEC 60617. NBR 13534:1995 - Instalações Elétricas em Estabelecimento Assistenciais de Saúde. NBR 13570:1996 - Instalações Elétricas em Locais de Afluência de Público. NBR14136:2012 – Errata 4:2013 – Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo até 20 A/250 V em corrente alternada - Padronização NBR14936:2006– Emenda 1:2012 – Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo — Adaptadores — Requisitos Específicos NBR 15465:2007 Emenda 1:2008 - Sistemas de eletrodutos plásticos para instalações elétricas de baixa tensão - Requisitos de desempenho - Esta Norma fixa os requisitos de desempenho para eletrodutos plásticos rígidos (até DN 110) ou flexíveis (até DN 40), de seção circular, podendo estes estar embutidos, enterrados ou aparentes, a serem empregados em instalações elétricas de edificações alimentadas sob uma tensão nominal igual ou inferior a 1 000 V em UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 5 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 corrente alternada, com freqüências inferiores a 400 Hz, ou a 1 500 V em corrente contínua. Os eletrodutos objetos desta Norma também devem ser utilizados em linhas de sinal (telefonia, TV a cabo etc.). NBR IEC 60884-2-2:2008 - Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo - Parte 2-2: Requisitos particulares para tomadas para aparelhos - Esta parte da ABNT NBR IEC 60884 aplica-se às tomadas para utilização em corrente alternada somente, com ou sem contato terra, com tensão nominal não superior a 250 V e corrente nominal não superior a 16 A, que são integradas ou destinadas a serem incorporadas ou fixadas em aparelhos, doravante referidas como tomadas para aparelhos. NBR IEC 60947-7-1:2014 - Dispositivos de manobra e controle de baixa tensão - Parte 7-1: Equipamentos auxiliares — Blocos de conexão para condutores de cobre - Esta Parte da ABNT NBR IEC 60947 especifica os requisitos para os blocos de conexão com unidades de aperto com parafuso ou sem parafuso, destinados principalmente à utilização industrial ou similar e a serem fixados a um suporte com o objetivo de garantir uma conexão elétrica e mecânica entre os condutores em cobre. NBR IEC 60947-7-2:2014 - Dispositivos de manobra e controle de baixa tensão - Parte 7-2: Dispositivos auxiliares — Blocos de conexão para condutor de proteção para condutores em cobre - Esta Parte da ABNT NBR IEC 60947 especifica os requisitos para os blocos de conexão para condutores de proteção com função PE até 120 mm2 (250 kcmil) e para os blocos de conexão para condutores de proteção com função PEN de seção igual ou superior a 10 mm2 (8 AWG), com as unidades de aperto com ou sem parafuso, destinados principalmente ao uso industrial. NBR IEC 61084-2-1:2006 - Sistemas de canaletas e condutos perfilados para instalações elétricas - Parte 2: Requisitos particulares - Seção 1: Sistemas de canaletas e condutos perfilados previstos para serem montados em paredes e tetos - Esta parte da ABNT NBR IEC 61084-2 especifica requisitos para sistemas de canaletas e condutos perfilados destinados a montagens em paredes ou tetos. O sistema de canaletas e condutos perfilados acomodam e, onde necessário, separam condutores, cabos ou cordões e outros equipamentos elétricos. NBR IEC 61084-2-2:2006 - Sistemas de canaletas e condutos perfilados para instalações elétricas - Parte 2-2: Requisitos particulares - Sistemas de canaletas e condutos perfilados previstos para serem instalados ou embutidos no piso - Esta parte da ABNT NBR IEC 61084 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 6 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 especifica requisitos para sistemas de canaletas e condutos perfilados destinados ao acomodamento e, onde necessário, à separação de condutores isolados, cabos ou cordões e/ou outros equipamentos elétricos nas instalações elétricas. NBR IEC 61084-2-4:2006 - Sistemas de canaletas e condutos perfilados para instalações elétricas - Parte 2: Requisitos particulares - Seção 4: Colunas de serviço - Esta seção da ABNT NBR IEC 61084-2 especifica as regras para as colunas de serviço destinadas aos comprimentos dos condutores, cabos ou cabos flexíveis e/ou outros equipamentos elétricos e se necessário para sua separação. Ela especifica as regras para as colunas de serviço que podem ser substituídas ou para montagem definitiva, em todas as direções, mostradas na figura 101. NBR IEC 61242:2013 - Acessórios elétricos — Extensões enroláveis sobre carretel para uso doméstico e análogo - Esta Norma aplica-se às extensões enroláveis sobre carretel, somente para corrente alternada, de corrente nominal até 16 A, de tensão nominal superior a 50 V e não excedendo 250 V para as monofásicas, e acima de 50 V e não excedendo 440 V para outras extensões enroláveis sobre carretel. Essas extensões são destinadas às utilizações domésticas, comerciais, terciárias e usos análogos para locais externos ou internos. Esta Norma visa particularmente à segurança em uso norma. NBR NM 60884-1:2010 - Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo - Parte 1: Requisitos gerais (IEC 60884-1:2006 MOD) - Esta Norma fixa as condições exigíveis para plugues e tomadas fixas ou móveis exclusivamente para corrente alternada, com ou sem contato terra, de tensão nominal superior a 50 V mas não excedendo 440 V e de corrente nominal igual ou inferior a 32 A, destinadas a uso doméstico e análogo, no interior ou no exterior de edifícios. NBR NM 60.898:2004 – Identificada por NBR NM 60898:2004 - Disjuntores para proteção de sobrecorrentes para instalações domésticas e similares (IEC 60898:1995, MOD) - Esta norma contém todos os requisitos necessários para assegurar conformidade das características de funcionamento exigidas para esses dispositivos pelo ensaio de tipo. NR 10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE – Publicada através da Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 no D.O.U3. em 06/07/78. Esta norma [3] D.O.U – Diário oficial da União UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 7 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 passou por modificação e as alterações foram publicadas através: Portaria SSMT[4] n.º 12, de 06 de junho de 1983 14/06/83 e da Portaria GM[5] n.º 598, de 07 de dezembro de 2004 08/09/04 - Esta Norma Regulamentadora – NR estabelece os requisitos e condições mínimas objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade e, esta NR se aplica às fases de geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades, observando-se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou omissão destas, as normas internacionais cabíveis. A disciplina de Instalações Prediais Elétricas está baseada, no decorrer deste curso, na NBR 5410:2004 – Errata1:2008 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão - Esta Errata 1 da ABNT NBR 5410 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03), pela Comissão de Estudo de Instalações Elétricas de Baixa Tensão (CE-03:064.01). Entretanto, esta norma está relacionada com inúmeras outras normas, que constituem prescrições para a NBR 5410 – Errata1:2008 (Ver ANEXO II – Sobre a NBR 5410). Cabe ressaltar, que “asedições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento, que poderão ser consultadas, quanto à sua validade nos sites: www.abnt.org.br ou www.abntcatalogo.com.br ”. Além das associações de normas já citadas pode-se também utilizar normas de várias outras associações, de países estrangeiros, conforme apresentado na Tabela 01, que relaciona as normas nacionais e internacionais dos símbolos de maior uso, comparado a simbologia brasileira (ABNT) com a internacional (IEC), com a alemã (DIN) , e com a norte-americana (ANSI) visando facilitar a modificação de diagramas esquemáticos, segundo as normas estrangeiras, para as normas brasileiras, e apresentar ao profissional a simbologia correta em uso no território nacional. A simbologia tem por objetivo estabelecer símbolos gráficos que devem ser usados para, em desenhos técnicos ou diagramas de circuitos de comandos eletromecânicos, representar componentes e a relação entre estes. A simbologia aplica-se generalizadamente nos campos industrial, didático e outros onde fatos de natureza elétrica [4] SSMT – Saúde, Segurança e medicina do Trabalho [5] GM – Gabinete Ministerial ou Gabinete do Ministro UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 8 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 precisem ser esquematizados graficamente. O significado e a simbologia estão de acordo com as abreviaturas das principais normas nacionais e internacionais adotadas na construção e instalação de componentes e órgãos dos sistemas elétricos Tabela 01 – Associações de Normas Técnicas SIGLA DESCRIÇÃO ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas - Atua em todas as áreas técnicas do país. Os textos de normas são adotados pelos órgãos governamentais (federais, estaduais e municipais) e pelas firmas. Compõem-se de Normas (NB), Terminologia (TB), Simbologia (SB), Especificações (EB), Método de ensaio e Padronização. (PB). ANSI American National Standards Institute - Instituto de Normas dos Estados Unidos, que publica recomendações e normas em praticamente todas as áreas técnicas. Na área dos dispositivos de comando de baixa tensão tem adotado freqüentemente especificações da UL e da NEMA. CEE International Comission on Rules of the approval of Eletrical Equipment - Especificações internacionais, destinadas sobretudo ao material de instalação. CEMA Canadian Eletrical Manufctures Association - Associação Canadense dos Fabricantes de Material Elétrico. CSA Canadian Standards Association - Entidade Canadense de Normas Técnicas, que publica as normas e concede certificado de conformidade. DEMKO Danmarks Elektriske Materielkontrol - Autoridade Dinamarquesa de Controle dos Materiais Elétricos que publica normas e concede certificados de conformidade. DIN Deutsche Industrie Normen - Associação de Normas Industriais Alemãs. Suas publicações são devidamente coordenadas com as da VDE. IEC International Electrotechinical Comission - Esta comissão é formada por representantes de todos os países industrializados. Recomendações da IEC, publicadas por esta Comissão, já são parcialmente adotadas e caminham para uma adoção na íntegra pelos diversos países ou, em outros casos, está se procedendo a uma aproximação ou adaptação das normas nacionais ao texto dessas normas internacionais. JEC Japanese Electrotechinical Committee - Comissão Japonesa de Eletrotécnica. JEM The Standards of Japan Electrical Manufactures Association - Normas da Associação de Fabricantes de Material Elétrico do Japão. JIM Japanese Industrial Standards - Associação de Normas Industriais Japonesas KEMA Kenring van Elektrotechnische Materialen - Associação Holandesa de ensaio de Materiais Elétricos. NEMA National Electrical Manufactures Association - Associação Nacional dos Fabricantes de Material Elétrico (E.U.A.). OVE Osterreichischer Verband fur Elektrotechnik - Associação Austríaca de Normas Técnicas, cujas determinações geralmente coincidem com as da IEC e VDE. SEN Svensk Standard - Associação Sueca de Normas Técnicas. UL Underwriters Laboratories Inc - Entidade nacional de ensaio da área de proteção contra incêndio, nos Estados Unidos, que, entre outros, realiza os ensaios de equipamentos elétricos e publica as suas prescrições. UTE Union Tecnique de l’Electricité - Associação Francesa de Normas Técnicas. VDE Verband Deutscher Elektrotechniker - Associação de Normas Técnicas alemãs, que publica normas e recomendações da área de eletricidade. Fonte: CPM - Programa de Certificação de Pessoal de Manutenção - 1996 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 1 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 APOSTILA DE INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – UNIDADE II Eng. Rodolfo J. M. Torres Fonte: http://wiki.foz.ifpr.edu.br/wiki/index.php/Projeto_de_Instala%C3%A7%C3%A3o_El%C3%A9trica_P redial (2017) Macaé - RJ - 2015 - UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 2 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 UNIDADE 2 – NOÇÕES BÁSICAS DE NOMENCLATURA, SIMBOLOGIA E MATERIAIS PARA INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS DE BT 2.1 – Nomenclatura dos diversos elementos e componentes das redes de instalações elétricas em geral Antes de começarmos a conhecer os elementos e componentes das instalações elétricas, certos conceitos devem ser conhecidos, tais como: a. Aparelho Eletrodoméstico: destinado à utilização residencial ou análoga (por exemplo, aspirador de pó, liquidificador, lavadora de roupas, ferro elétrico, chuveiros, etc.). b. Aparelho Eletroprofissional: destinado à utilização em estabelecimentos comerciais ou análogos (por exemplo, máquina de escrever, copiadoras Xerox, computadores) incluindo equipamentos eletrodomésticos. c. Aparelho de Iluminação: é o conjunto constituído, no caso mais geral, por uma ou mais lâmpadas, luminárias e acessórios (reator, starter). d. Circuito Elétrico: é um conjunto de corpos, componentes ou meios no qual é possível que haja corrente elétrica. Um sistema elétrico é um circuito ou conjunto de circuitos elétricos inter-relacionados, constituídos para uma determinada finalidade. e. Componente[1] de uma instalação elétrica: é um termo geral que se refere a um equipamento, uma linha elétrica ou qualquer outro elemento necessário ao funcionamento da instalação. f. Corrente Elétrica: quando, em um condutor o movimento de deslocamento de elétrons livres é mais intenso em um determinado sentido, diz-se que existe uma corrente elétrica ou um fluxo elétrico no condutor. A intensidade da corrente elétrica é caracterizada pelo número de elétrons livres que atravessa uma determinada seção do condutor na unidade de tempo. Sua unidade internacional é o Ampère [A] e pode ser medida com o auxílio de um amperímetro. g. Equipamento Elétrico: é uma unidade funcional, completa e distinta, que exerce uma ou mais funções elétricas relacionadascom geração, transmissão e distribuição ou utilização de energia elétrica, incluindo máquinas, [1] O termo componente também é usado para indicar uma parte integrante de um equipamento, uma linha ou qualquer outro componente. UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 3 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 transformadores, dispositivos elétricos, aparelhos de medição, proteção e controle. h. Instalação Elétrica: é o sistema elétrico físico, ou seja, é o conjunto de componentes elétricos associados e coordenados entre si, composto para um fim específico. Inclui componentes elétricos que não conduzem corrente elétrica, mas que são essenciais ao seu funcionamento, tais como condutos, caixas e estrutura de suporte i. Potencial Elétrico: quando, entre dois pontos de um condutor, existe uma diferença entre as concentrações de elétrons, isto é, de carga elétrica, diz-se que existe um potencial elétrico ou uma tensão elétrica entre esses dois pontos. Sua unidade internacional é o Volt [V] e pode ser medida com o auxílio de um voltímetro. j. Resistência Elétrica: entre os elétrons e os respectivos núcleos atômicos existe uma força de ligação, que resiste à liberação dos elétrons para o estabelecimento da corrente elétrica. De uma forma mais resumida, denomina- se essa oposição ao fluxo de corrente elétrica de resistência[2].Sua unidade internacional é o Ohm [Ω] e pode ser medida com o auxílio de um ohmímetro. k. Sistema Elétrico: é formado essencialmente por componentes elétricos que conduzem, ou podem conduzir, corrente elétrica. Observação Importante 01: Em um projeto elétrico, as plantas e os detalhes (por exemplo: cortes, diagramas unifilares e trifilares) representam a instalação, enquanto que os circuitos elétricos especificados e calculados no projeto representam o sistema elétrico. Cabe ressaltar, que os termos sistema elétrico e instalações elétricas são usados, por muitos autores como sinônimos. Com um custo[3] de instalação que, em geral, pode atingir até 20% do valor total da obra[4], as instalações elétricas residenciais são, muitas vezes, negligenciadas, tornando as edificações menos seguras. Todos os materiais utilizados, como fios, cabos, disjuntores, interruptores e eletrodutos, devem contar com certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO. A figura 1 apresenta alguns componentes e elementos que fazem parte das Instalações Prediais Elétricas. [2] Nos matérias condutores a corrente elétrica flui facilmente, pois a resistência que neles se verifica é pequena. Entretanto, nos materiais ditos isolantes, ocorre o contrário. A resistência de um condutor elétrico depende de quatro fatores: material, comprimento, área da seção e da temperatura. [3] Neste valor percentual, em via de regra, não está incluído o custo da mão de obra e este percentual pode variar, dependendo da região onde o empreendimento está sendo construído. [4] No custo total da obra, não está incluído o valor do terreno. UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 4 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 Figura 1 – Componentes e Elementos de uma Instalação Predial Elétrica Fonte: http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/57/instalacoes-eletricas-confira-os- componentes-e-as-ligacoes-de-278096-1.aspx - 10.12.2016 1. Fios e cabos - A fiação é, geralmente, em cobre. São envoltos em PVC - ou outro material isolante - que suporte temperaturas de até 70ºC. O dimensionamento da bitola considera a capacidade de condução de corrente de acordo com a tensão da rede e a quantidade e o tipo de equipamentos instalados 2. Cores - A norma recomenda que o fio neutro seja azul e o fio terra seja verde e amarelo 3. Espelho - Espelho da caixa de luz é a parte aparente, onde ficam tomadas e interruptores 4. Caixas de passagem - Também chamadas de caixas de derivação, são embutidas nas paredes ou lajes. Acomodam tomadas, interruptores ou pontos de luz. São interligadas pelos eletrodutos 5. Emendas - As derivações só podem ser feitas no interior das caixas de passagem e nunca ao longo dos conduítes UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 5 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 6. Conduítes - Os eletrodutos são tubos para passagem e proteção dos condutores. Podem ser aparentes, fixados por abraçadeiras, ou embutidos em paredes e lajes. Os cabos não podem ocupar mais do que 60% de sua seção para não restringir a ventilação ou provocar esforços no isolamento dos condutores 7. Circuitos dedicados - É recomendável que equipamentos elétricos como fornos de microondas, geladeiras e máquinas de lavar contem com circuito dedicado 8. Resistências - Circuitos que alimentam torneiras elétricas, chuveiros ou outros tipos de resistência não podem ter emendas ou derivações 9. Tensão - Em regiões onde a alimentação da rede pública é feita em 127 V, tomadas com tensão de 220 V contam com dois condutores fase e um terra 10. Disjuntor - A função do disjuntor é proteger o sistema elétrico, desarmando quando a corrente exigida pelos aparelhos é superior à suportada pela fiação 11. Tomadas - Use apenas tomadas no novo padrão brasileiro, com três pinos 12. Quadro de distribuição - Aloja dispositivos de proteção, chamados de circuitos terminais, cuja função é alimentar os pontos de consumo. Deve ficar em local de fácil acesso, preferencialmente junto à porta de entrada, para permitir acesso rápido caso seja necessário desligar a energia elétrica 13. Quadro de medição - O quadro de medição abriga o aparelho que mede o consumo e também o sistema de aterramento. Dele, sai o conjunto de condutores - até três fases, além de um neutro e um terra -, que segue até o quadro de distribuição 14. Aterramento - Aterrar significa colocar o circuito elétrico em contato com o solo para, no caso de surtos, a corrente se dispersar 15. Sobrecarga - Não utilize réguas ou "Tes" para ligar mais de um equipamento por tomada Num sentido mais amplo, o significado da palavra nomenclatura refere-se a um vocabulário próprio de uma determinada área de saber, de acordo com regras e metodologias. Desta forma, a nomenclatura utilizada nas instalações prediais elétricas, está baseada tanto nas normas da ABNT, quanto nas normas da concessionária de fornecimento de energia elétrica local, denominada ENEL Distribuidora[5], que são: [5] Como estamos localizados na cidade de Macaé, a concessionária de fornecimento de energia elétrica é a ENEL Distribuidora, empresa oriunda da fusão da AMPLA (Rio de Janeiro) e a COELCE (Ceará) UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 6 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 ▪ NBR5410:2004 – Errata1:2008 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão - Esta Errata 1 da ABNT NBR 5410 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03), pela Comissão de Estudo de Instalações Elétricas de Baixa Tensão(CE-03:064.01). ▪ ITA – 01 – Rev. 03 de Dezembro de 2009 – Cálculo de Demanda para Medição de Cliente em Baixa Tensão. ▪ Padrão de Medição Agrupada de Clientes em Baixa Tensão – Rev.03 – Fevereiro de 2004 Não deve ser esquecido, que as concessionárias de energia, emitem normas técnicas com caráter normativo e nelas poderão ser encontrados outros termos. 2.1.a – Componentes das redes de instalações elétricas em geral a. Entrada Consumidora: é o conjunto de equipamentos, condutores e acessórios instalados entre o ponto de entrega e o quadro de proteção e medição, inclusive. b. Entrada de Serviço: é o conjunto de equipamentos, condutores e acessórios instalados entre o ponto de derivação da rede da concessionária e o quadro de medição ou proteção, inclusive. c. Ponto de Entrega: Ponto de conexão do sistema elétrico da Ampla com as instalações elétricas da unidade consumidora, caracterizando-se como limite de responsabilidade do fornecimento. Primeiro ponto de fixação dos condutores do ramal de ligação na propriedade consumidora. É o ponto até o qual a Ampla se obriga a fornecer energia elétrica, com participação nos investimentos necessários, bem como responsabilizando- se pelos serviços, pela operação e manutenção, não sendo necessariamente o ponto de medição. d. Ramal de Entrada: é o conjunto de condutores e acessórios instalados entre o ponto de entrega e o quadro de proteção e medição. e. Ramal Externo: Trecho compreendido entre a Rede de Distribuição e o limite da propriedade particular com a via pública. f. Ramal Interno: Trecho situado na propriedade particular, desde o limite da via pública até o equipamento de medição. g. Ramal de Ligação: é o conjunto de condutores e acessórios instalados entre o ponto de derivação da rede da concessionária e o ponto de entrega. Existem três modalidades de Ramais de Ligação: 1. Ramal de Ligação Aéreo: a parte externa, aérea, é ligada à rede aérea da Concessionária. UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 7 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 2. Ramal de Ligação Subterrânea: a parte externa, subterrânea, é ligada à rede subterrânea da Concessionária. 3. Ramal de Ligação Misto: composto por duas partes, sendo uma subterrânea e outra aérea. A figura 2 apresenta de forma esquemática os componentes da Entrada de Serviço. Figura 2 – Componentes da Entrada de Serviço Fonte: http://www.corradi.junior.nom.br/instalaele.pdf (01.08.2015) A distribuição de energia elétrica através da rede pública de Baixa Tensão – BT, é apresentada na figura 3. UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 8 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 Figura 3 – Rede Pública de Distribuição de Energia Elétrica Fonte: http://www.corradi.junior.nom.br/instalaele.pdf (01.08.2015) h. Subestação: instalação elétrica destinada à manobra, transformação e/ou outra forma de conversão de energia elétrica. Quando este termo é empregado sozinho, subentende-se uma subestação de transformação. i. Unidade Consumidora: Conjunto de instalações e equipamentos elétricos caracterizado pelo recebimento de energia elétrica em um só ponto de entrega, com medição individualizada e correspondente a um único cliente (é a instalação elétrica que pertence a um único consumidor). Observações Importantes 02: A origem de uma instalação elétrica para uma unidade consumidora é o ponto de alimentação da instalação, a partir da qual se aplica a NBR 5410:2008 e deve-se observar os seguintes tópicos: UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 9 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 1. Quando a instalação é alimentada diretamente por rede pública de BT, por transformador ou por uma subestação da concessionária, a origem corresponde aos terminais de saída do dispositivo geral de comando e proteção; caso esse dispositivo se encontre antes do medidor de energia, a origem corresponde aos terminais de saída do medidor. 2. A origem de uma instalação alimentada a partir de um transformador ou de uma subestação própria corresponde aos terminais de saída do transformador; se a subestação possui vários transformadores não ligados em paralelo, haverá tantas origens e tantas instalações quantos forem os transformadores. 3. Em instalações alimentadas por fonte própria, em BT, a origem é considerada de maneira a incluir a fonte como parte da instalação. 4. É importante observar que, no caso de edificações de uso coletivo residencial ou comercial com vários consumidores, a cada unidade consumidora (apartamento, conjunto de salas, loja, administração, etc.) corresponde a uma instalação elétrica cuja origem está localizada nos terminais de saída do respectivo dispositivo geral de comando e proteção ou medidor, se for o caso. 2.1.b – Componentes e Conceitos Complementares a. Cliente: É toda pessoa física ou jurídica, usuária de energia elétrica e cadastrada na Ampla. b. Concessionária: Agente titular de concessão federal para prestar o serviço público de energia elétrica. c. Consumo Médio: Quantidade de energia consumida (kWh) pelos clientes, dividida pelo número de clientes. d. Demanda: Média das potências elétricas ativas ou reativas, solicitadas ao sistema elétrico pela parcela da potência instalada em operação na unidade consumidora, durante um intervalo de tempo especificado. e. Demanda Diversificada: Demanda fictícia e igual para todos os consumidores, que multiplicada pelo número destes representa a demanda máxima do grupo. f. Fator de Demanda: Razão entre a demanda máxima num intervalo de tempo especificado e a potência instalada na unidade consumidora. g. Fator de Diversidade: Relação entre a soma das demandas máximas individuais e a demanda máxima do grupo de clientes. h. Fator de Localização: Fator de correção da demanda média do consumidor de acordo com a sua localização (bairro / município), em função do consumo médio do bairro. UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 10 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 i. Módulo de Demanda: Demanda média atribuída a cada cômodo de uma residência para definição da demanda total da unidade de consumo ou de um agrupamento de consumidores. j. Potência: Quantidade de energia elétrica solicitada na unidade de tempo, expressa em quilowatts (kW). k. Potência Instalada: Soma das potências nominais, expressa em kW, dos equipamentos elétricos de mesma espécie instalados na unidade consumidora e em condições de entrar em funcionamento. 2.2 – Principais materiais constituintes das Tubulações, Condutores e conexões das redes de instalações elétricas 2.2.1 – Introdução Existem diversos materiais empregados na execução das instalações prediais elétricas e, desta forma, existem vários materiais de uso corrente, que serão detalhados com mais precisão neste subitem, através de explicações mais precisas, as exigências da Norma. Neste subitem serão apresentados os mais diversos materiais e a tecnologiada utilização dos materiais e componentes utilizados nas instalações elétricas prediais. 2.2.2 – Materiais empregados 2.2.2.1 – Condutos São canalizações ou dispositivos destinados a conter condutores elétricos e são divididos nos seguintes tipos e são mostrados na Figura 04, 04a, 04b e 04c: ▪ Eletrodutos ▪ Dutos ▪ Calhas e canaletas (podem ser abertas ou fechadas) ▪ Bandejas ou leitos de cabos (condutos abertos) ▪ Molduras, rodapés e alizares UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 11 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 Figura 4 – Eletrodutos Fonte: http://www.leroymerlin.com.br/tubos-e- eletrodutos Figura 4a – Bandejas ou Leitos de Cabos Fonte: http://www.leroymerlin.com.br/tubos-e-eletrodutos Figura 4b – Calhas e Canaletas Fonte: http://www.ecotel- telecom.com.br/calhas.htm Figura 4c – Molduras, Alisares e Rodapés Fonte: http://www.leroymerlin.com.br/tubos-e-eletrodutos A NBR 5410:2004 corrigida em 2008 estabelece que: “todos os condutores vivos, inclusive o neutro (se existir), do mesmo circuito devem estar agrupados no mesmo conduto”. A mesma Norma “exige” que os eletrodutos ou calhas contenham apenas condutores de um único circuito, exceto nos seguintes dois casos: A – Quando as quatro condições descritas a seguir sejam simultaneamente atendidas: ▪ Todos os condutores sejam isolados para a mesma tensão nominal. UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 12 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 ▪ Todos os circuitos tenham sua origem em um mesmo dispositivo geral de comando e proteção, sem a interposição de equipamentos que transformem a corrente elétrica, por exemplo, transformadores, conversores, retificadores, etc. ▪ As seções dos condutores fase estejam dentro de um intervalo de três valores normalizados sucessivos, por exemplo: 4 mm2; 6 mm2 e 10 mm2. ▪ Cada circuito seja protegido separadamente contra as sobrecorrentes. B – Quando diferentes circuitos alimentarem o mesmo equipamento, desde que todos os condutores sejam isolados para a mesma tensão nominal e que cada circuito seja protegido separadamente contra as sobrecorrentes. Esta situação é encontrada com maior facilidade, principalmente nos circuitos alimentadores, de telecomando, de sinalização, de controle e/ou medição de um equipamento comandado à distância. 2.2.2.2.a – Eletrodutos São tubos destinados à colocação e proteção de condutores elétricos. Os eletrodutos são tubos cilíndricos cujas características básicas estão relacionadas com o material construtivo, a proteção da superfície, a rigidez, a estanqueidade e espessura de parede sendo classificados em eletrodutos de Policloreto de Vinila - PVC, ferro galvanizado, fibra de vidro e alumínio. As características do ambiente onde será instalado determinam qual material é mais adequado a ser utilizado que outro, suportando melhor as intempéries e resistindo adequadamente às agressões do meio. Para ambientes secos predominam os materiais com melhor acabamento como o PVC, o alumínio e o ferro galvanizado eletrolítico. Em ambientes mais agressivos devido à umidade, gases ou com grau de dificuldade de manutenção elevada são utilizados os eletrodutos de alumínio, ferro galvanizado a fogo e fibra de vidro. Em relação à quantificação, os eletrodutos merecem atenção especial haja vista que a quantificação está relacionada com as distâncias envolvidas no projeto; assim deve-se observar a escala ou cota utilizada no projeto verificando a distância entre os pontos para determinar a quantidade de eletroduto. Por exemplo: a quantificação do eletroduto flexível que interliga o quadro de distribuição à caixa de passagem octogonal no teto será a soma da distância do quadro de distribuição ao teto mais a distância deste ponto à caixa octogonal, (1,8 m+1,4 m = 3,2 m) sendo realizado do mesmo modo para todos os demais pontos e soma-se todos para se obter o total de eletroduto a ser utilizado. Neste item é necessário que seja utilizado um fator de segurança para correções de trajetos dos eletrodutos pois os mesmo UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 13 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 quando na obra fogem um pouco ao traçado do projeto, como sugestão pode-se utilizar, neste caso, 20% de margem de segurança. 2.2.2.1.b – Finalidades ▪ Proteger os condutores contra ações mecânicas e contra corrosão. ▪ Proteger o meio ambiente contra os perigos de incêndio, provenientes do superaquecimento ou da formação de arcos por curto-circuito. ▪ Constituir um envoltório metálico aterrado para os condutores (caso o eletroduto seja metálico), o que evita perigos de choques elétricos. ▪ Funcionar como condutor de proteção, proporcionando um percurso para a terra, caso o eletroduto seja metálico. 2.2.2.1.c – Classificação dos Eletrodutos Os eletrodutos podem ser classificados entre rígidos e flexíveis, conforme apresentados nas figuras 5, 5a e 5b. Figura 5 - Eletroduto Rígido Figura 5a - Eletroduto Flexível Corrugado Figura 5b - Eletroduto Flexível Plano Fonte: http://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/eletrodutos-rigidos-flexiveis-corrugados-e-flexiveis-planos- saiba-especificar_7274_10_0 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 14 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 2.2.2.1.d – Materiais utilizados na fabricação dos eletrodutos Vários materiais podem ser empregados na fabricação dos eletrodutos, tais como: ▪ Aço Carbono: O tubo eletroduto metálico rígido é feito a partir de bobinas de aço carbono em acordância com parâmetros ANSI C80.1 e padrões UL6. Seu número de certificado UL6 é E308290. Seu diâmetro pode ser feito a partir de 1/2" a 6", e seu comprimento pode ser de até 3050 mm ou de acordo com os requerimentos do cliente. Ambas as finalizações do eletroduto metálico rígido são feitas em filamento, com um engate em um final e um protetor de capa plástica no outro. A cor do protetor varia de acordo com o tamanho do tubo eletroduto, e os detalhes são exibidos na segunda tabela abaixo. Esse tipo de tubo eletroduto metálico destaca uma superfície galvanizada à quente, a qual assegura uma proteção contra corrosão de exceletíssima qualidade. A superfície interna do eletroduto metálico rígido é extra suave, tornando os movimentos de empuxe e pressão de forma fácil e assegurando uma maior capacidade de filamento e cloqueando qualquer risco de obstrução do fio. A superfície suave também reduz a fricção entre a parede do tubo e o fio. O eletroduto metálico possui propriedade físicas e mecânicas que asseguram um ciclo de vida extendido, se tornando excelente para uso ou armazenagem sem a ocorrência de problemas de qualidade. É também ideal para uso em más condições climáticas mesmo com grande uso mecânico. É capaz de resistir à quebra, descamação, danos ou impactos resultante da dobra. O eletroduto metálico rígido é durável, forte e fácil de cortar, formatar e colar. O tubo eletroduto de aço possuicaracterísticas de ductibilidade para uma fácil dobra, corte e filamento no trabalho de campo. Para um transporte fácil e seguro, os tubos eletrodutos são cobertos por lâmina PVC e amarrados com fitas de aço. ▪ Alumínio: Produzido em alumínio extrudado Schedule 40 sem costura e com gravação na barra, conforme apresentado nas figuras 6, 6a e 6b, sabendo-se inclusive que existe uma série de conexões e conduletes, ver Figura 06a e 06b deste material O eletroduto de Alumínio é indicado para ambientes de alta corrosão. É constituído de placas rígidas de alumínio com luva e protetor de rosca (BSP ou NPT) em barras de 3 metros. Possui maior resistência devido ao valor de sua parede que pode variar entre 2,77mm a 7,11 mm e diâmetros externo e interno de, respectivamente, 21,34 a 168,28mm e 15,80 a 154,05mm. ▪ PVC: Utilizado nas instalações de baixa e média tensão, em área interna ou externa, embutido ou não, o Eletroduto PVC é rígido, composto de um material isolante e que não propaga chamas. e está disponível em bitolas de 1/2 a 4". Tem sua fabricação UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 15 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 baseada na NBR 15465:2007 – Emenda 1:2008 – Sistemas de Eletrodutos Plásticos para Instalações Elétricas de Baixa Tensão – Requisitos de Desempenho. ▪ Plástico com fibra de vidro: Eletrodutos pultrudados em Plástico Reforçado por Fibra de Vidro (PRFV) e resina termofixa com teor mínimo de fibra de 65% e 35% de resina. Os eletrodutos são produzidos através do processo de pultrusão e seguem o padrão de parede Schedule 40, nas bitolas padrões entre ¾ e 4”. Dimensões especiais poderão ser produzidas sob consulta aos fornecedores. As peças de eletrodutos são fornecidos em barras de 3000 ou 6000mm (comprimentos especiais podem ser fabricados, sob consulta) com as pontas lisas para sistema de encaixe, através de adesivo estrutural epóxi. Para fornecimento de eletrodutos com rosca nas pontas, faz-se necessário a utilização de adaptadores cola-rosca nas pontas dos eletrodutos. Qualquer processo de fabricação de eletrodutos por pultrusão, seja de empresas brasileiras ou do exterior, consiste na fabricação de perfis com fibras de vidro longitudinais (roving) e transversais (mantas de fibra) + resina. Pelo fato do material ser composto de fibra e resina, não se torna possível a confecção de rosca diretamente na ponta dos eletrodutos, pois haveria uma secção das fibras longitudinais e transversais, ocasionando a fragilização e desestruturação da ponta do eletroduto. Por conta deste aspecto inerente aos materiais compostos, é necessária a utilização de adaptadores cola/rosca na ponta destes eletrodutos. ▪ Polipropileno: Eletroduto rosqueável fabricado em polipropileno. Utilizado para passagem de fiação em instalações elétricas de baixa e alta tensão, em construções prediais, comerciais e industriais novas ou reformas. Seu diâmetro pode variar entre ½” a 4” e comprimento de 3m. ▪ Polietileno de alta densidade: Podem ser comercializados, semirrígidos e isolantes, que são indicados para instalações de baixa tensão, em área interna ou externa, embutido. UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 16 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 Figura 6 – Eletroduto Metálico Rígido http://www.jatosistema.com.br/alarme-incendio/eletroduto-metalico-rigido.html Figura 6a – Acessórios para eletrodutos metálicos http://www.eletricrs.com.br/produtos/detalhes/tramontina/acessorios/ACESSRIOS-PARA- ELETRODUTOS/516/ Figura 6b – Conduletes para eletrodutos metálicos http://ralteceletro.com.br/eletrodutos-e-tubulacoes UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 17 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 2.2.2.1.e – Proteção contra corrosão Para proteger os eletrodutos metálicos contra a corrosão, pode-se utilizar vários processos, tais como: ▪ Cobertura de esmalte a quente ▪ Galvanização ou banho de zinco a quente ▪ Cobertura externa de composto asfáltico ou plástico ▪ Proteção interna e/ou externa adicional de tinta epóxica 2.2.2.1.f – Modalidades de Instalação e Tipos usados Os eletrodutos podem ser instalados conforme apresentado na Tabela 02. Tabela 02 – Instalação dos Eletrodutos Local Tipos Lajes e Alvenaria Eletrodutos metálicos rígidos ou de plásticos rígidos Enterrados no Solo Eletrodutos rígidos não metálicos ou de aço galvanizado Enterrados – Embutidos em concreto Eletrodutos rígidos não metálicos ou metálicos galvanizados ou revestidos de epóxi Aparentes – fixados por braçadeiras Fixados nos tetos, paredes ou elementos estruturais Eletrodutos rígidos metálicos ou de PVC rígido Aparentes – em prateleiras ou suportes tipo mão francesa Eletrodutos rígidos metálicos ou de PVC rígido Aparentes – Locais com atmosfera agressiva Instalados em locais onde a atmosfera contenha gases e vapores agressivos. Eletrodutos de PVC rígido ou metálicos com pintura epóxica Ligações de ramais Empregados nas ligações de motores e equipamentos sujeitos a vibrações. Eletrodutos flexíveis metálicos, também conhecidos como conduitis) formados por uma fita enrolada em hélice. Podem ser revestidos por uma camada protetora de material plástico, quando se teme a agressividade de agentes poluentes ou líquidos agressivos. Fonte: CREDER, 2018 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 18 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 Nota Importante 1: A NBR 5410 não faz referência ao uso de tubos de plástico flexível como eletrodutos. Em construções modestas e em obras de reforma, instaladores parem ignorar o que a Norma menciona o uso de tubos flexíveis de plástico. Nota Importante 2: Para os eletrodutos rígidos, a NBR 5410 menciona em seu texto a NBR 6150 aplicável para eletrodutos de PVC rígido. E, não faz nenhuma referência aos eletrodutos de materiais não metálicos flexíveis. Entretanto, esclarece que os eletrodutos metálicos flexíveis não devem ser embutidos nem utilizados nas partes externas das edificações ou de qualquer forma expostos ao tempo. 2.2.2.2 – Eletrodutos Metálicos Rígidos São normalmente encontrados no comércio em varas de 3m de comprimento, rosqueadas nas extremidades, e com uma luva em uma das extremidades. São encontrados eletrodutos dos seguintes tipos: ▪ Leve Esmaltado: denominados eletrodutos comuns. Podem ser encontrados no mercado nos tipos Leve I, Leve II e Leve III ▪ Pesado ▪ Extra ▪ Pesado Galvanizado ▪ Leve I Galvanizado Nota Importante 3: O tamanho nominal do eletroduto, no caso dos tipos leves LI, LII e LIII refere-se ao diâmetro externo, variando o diâmetro interno de acordo com a espessura do tubo. UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNESA - CAMPUS MACAÉ - RJ INSTALAÇÕES PREDIAIS ELÉTRICAS – CCE0225 APOSTILA GERAL – REVISÃO 4 19 Documentos/Rodolfo Torres/Estacio 2019 1/InstalacoesEletricas/Apostila Geral Revisada/Revisao 4 2.2.2.3 - Dutos
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