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como indiretos e vice-versa. Depende da formulação de proposta de preços apresentada pelo cliente ou pelo consultor. O importante é que todos os insumos sejam apropriados ao custo de elaboração do serviço. 1.5.2 Seleção da Modalidade de Contratação É extremamente importante a escolha do tipo de contrato, e caberá, na maioria das vezes, ao cliente (órgão público ou particular) esta incumbência. Pois, sabemos que o preço estabelecido tem funda- mental influência sobre o prazo de execução e a qualidade dos serviços prestados. Entretanto, em função do tipo de serviço, podemos preliminarmente definir o tipo de contratação, conforme identificado a seguir: Preços de Serviços de Engenharia e Arquitetura Consultiva 14 É fundamental especificar claramente o critério de medição para cada caso no memorial descritivo ou edital de concorrência. 1.6 QUALIDADE DO ESCOPO DOS SERVIÇOS A definição correta e precisa do escopo das atividades é fundamental à elaboração consciente do preço de venda dos serviços, e é responsabilidade do interessado na contratação apresentar tais informações. Portanto, a perfeita caracterização do escopo do trabalho, consiste na identificação clara dos seus ob- jetivos e especificação adequada de todos os produtos que deverão ser produzidos e entregues ao in- teressado, com sua cronologia, e demais informações que possam propiciar ao prestador de serviço a identificação fiel com o orçamento. O preço de venda dos serviços será calculado a partir da análise adequada destes dados recebidos do cliente. O preço adequado e justo para um determinado serviço é diretamente proporcional à qualidade do esco- po oferecido pelo interessado na contratação. 1.7 ROTEIRO DE CÁLCULO DO PREÇO DE VENDA O roteiro de cálculo do preço de venda dos serviços previsto nesta metodologia é o seguinte: 1º passo) Elaborar a planilha de serviços e quantidades, o que é feito através da listagem das atividades e da determinação das quantidades de insumos (mão de obra e despesas gerais) necessárias ao perfeito desenvolvimento dos trabalhos. É de suma importância a qualidade da planilha de quantidades elaborada para a definição do preço de venda dos serviços. Em muitas ocasiões o próprio interessado na execução do trabalho elabora a planilha de quantidades e preços e a fornece para todos os prestadores de serviço, assim, garante a uniformidade das propostas, para efeito de julgamento de preços entre os concorrentes. 2º passo) De posse da planilha de quantidades devemos levantar os custos básicos que serão necessá- rios definir para a elaboração do orçamento. Estão incluídos como custos básicos ou insumos: • salários e encargos sociais; • veículos; • preços de equipamentos técnicos; • materiais de consumo (papel para impressão, combustível, cartucho de impressora, microcomputa- dores e acessórios, softwares etc.); • diárias e viagens etc. 3º passo) Calcular os valores do multiplicador “K” para os diferentes tipos selecionados para o serviço. É necessário determinar quais os tipos de multiplicadores serão utilizados. Encontramos multiplicadores para salários, despesas gerais, despesas reembolsáveis ou despesas efe- tuadas diretamente pelo cliente. Paulo Roberto Vilela Dias 15 4º passo) Calcular o orçamento da proposta. O orçamento será o resultado da soma dos produtos das quantidades de serviços multiplicadas pelos preços unitários atribuídos aos mesmos. 5º passo) Montar a planilha de serviços e quantidades, de acordo com as exigências do cliente ou com sua própria definição, caso o cliente não tenha feito nenhuma exigência a respeito. Será obrigatório mon- tar esta planilha. Como descrito anteriormente, são duas as situações previstas para a montagem da planilha de venda de serviços de engenharia, isto é: 1ª alternativa) o cliente padronizou a forma de apresentação da proposta, cabendo desta maneira ao prestador de serviço, elaborar a mesma dentro das especificações do contratante. Pode-se condicionar tanto o processo de cálculo do preço de venda dos serviços quanto a própria forma de apresentação, através de formulários pré-estabelecidos. 2ª alternativa) o cliente não definiu o padrão de apresentação da proposta, assim, cabe ao prestador de serviço elaborar uma proposta clara, objetiva e com o maior detalhamento possível, de maneira a facilitar a análise pelo contratante e futuras negociações quando da efetivação da contratação. É interessante, que a forma de apresentação da proposta de preços não suscite nenhuma dúvida quanto ao seu conteúdo e valores, evitando-se desgastes em futuras negociações. 1.8 FLUXOGRAMA DO CÁLCULO DO PREÇO DE VENDA Apresenta-se no ANEXO 2, o fluxograma de elaboração do cálculo do preço de venda de serviços de en- genharia para os tipos aqui especificados. ANEXO 1 Folha de Apropriação de Hora Técnica (horas gastas pelos profissionais em cada atividade do contrato) DIAS DO MÊS / ATIVIDADE 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 TOTAL MENSAL 0 MÊS / ANO : TOTAL MENSAL DE HORAS TÉCNICAS FOLHA DE APROPRIAÇÃO DE HORAS TÉCNICAS FUNCIONÁRIO : CATEGORIA PROFISSIONAL : Preços de Serviços de Engenharia e Arquitetura Consultiva 16 ANEXO 2 Fluxograma de elaboração do cálculo do preço de venda de serviços de engenharia Memorial Descritivo Edital ou Condições de Participação Estudo dos Dados Fornecidos pelo Cliente Visita Operacional ao local dos Serviços Elaboração da Planilha de Quantidades Definição dos Insumos Básicos/Pesquisa de Mercado Calculo dos valores de ''K'' Calcular o custo da Proposta Cálculo dos Valores de ''K'' Montar a Planilha de Venda de Proposta Fluxograma de Calculo no Preço de Venda Paulo Roberto Vilela Dias 17 2 CLASSIFICAÇÃO DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS Na maioria dos tipos de serviços prestados escolhidos para estudo neste livro, a mão de obra é o fator preponderante do custo total, portanto, é fundamental analisarmos adequadamente os custos envolvidos com pessoal. É muito importante nestes tipos de prestação de serviços de engenharia a classificação das categorias profissionais comumente adotada, entretanto, uma vez que não existe nenhuma definição oficial sobre o assunto, esclarecemos que o próprio escopo do serviço poderá especificar as categorias profissionais, bem como as características mínimas exigidas para cada uma. Aliás, é o que efetivamente deveria ocorrer, entretanto de modo geral, é omitida a especificação exigida para cada categoria profissional nos editais de licitações. Isto faz com que o proponente fique exposto ao bom senso da comissão de julgamento da concorrência ou, posteriormente, da fiscalização do contrato. Devemos analisar a classificação das categorias profissionais em função do plano de cargos e salários de cada empresa, bem como, este deverá estar em consonância tanto com a classificação profissional de seu sindicato quanto com o dissídio coletivo que rege as relações entre patrões e empregados. Entre- tanto, as especificações definidas nas convenções trabalhistas são sempre muito acanhadas, portanto, são difíceis de serem adotadas na prática, sem, no entanto, esquecermos que os editais de concorrências podem e devem especificar as exigências mínimas para cada categoria profissional. Assim, resolvemos adotar uma classificação de categorias profissionais própria, usando a nossa expe- riência no assunto, que pode ser adotada em qualquer situação, esclarecendo que a mesma está de acordo com os princípios observados em editais e licitações recentes para casos análogos. 2.1 CLASSIFICAÇÃO DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS SUGERIDA A classificação das categorias profissionais mais comumente encontrada no meio da engenharia é a seguinte: PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR: DIRETOR