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Apostila_Vibração

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_____________________________________________________________________________________________________ 
CVRD - GEOPS / GAVIS / INPEÇÃO ELETROMECANICA - VITORIA - Tel: 3333-5540 
4 
1 - VIBRAÇÃO 
 
1.1- DEFINIÇÃO 
 
A vibração é um movimento oscilante ou de trepidação de uma máquina ou 
de algum elemento de máquina, saindo de sua posição de estabilidade (estática 
ou dinâmica). 
 
Como exemplo, tomemos uma massa suspensa presa ao referencial por 
uma mola, e que se movimenta a partir de sua posição neutra (repouso) até os 
limites superior e inferior, retornando à sua posição neutra, conforme figura 01. 
Neste ponto, estará completo UM CICLO DE OSCILAÇÃO. Dizemos que existe 
VIBRAÇÃO quando este ciclo se repete várias vezes numa unidade de tempo. 
 
 
 Registro de movimento harmônico Movimento harmônico com projeção de um ponto 
 que se move numa circunferência. 
Fig. 01 - Movimento Harmônico 
 
O TEMPO gasto para completar UM CICLO é chamado PERÍODO (T) e, a 
quantidade de ciclos numa unidade de tempo é chamada FREQUÊNCIA DO 
MOVIMENTO (f). 
 
Registrando graficamente este movimento temos o traçado senoidal desta 
“oscilação” ,que obedece às leis cinemáticas do “MOVIMENTO HARMÔNICO 
SIMPLES - MHS”. 
 
 
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5 
Em nossas máquinas temos caracterizado um movimento rotacional que 
segue as leis cinemáticas do “MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME - MCU”, por 
tratar-se de rotação constante no momento da medição. Comparando os 
movimentos MHS e MCU, percebemos que as equações matemáticas obedecem 
aos mesmos princípios e são representadas, de forma simplificada, conforme visto 
na fig.02. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 02 - Sinais de referência 
 
AMPLITUDE 
 Informa a Intensidade da Vibração. Indica até que ponto são boas ou más 
as condições do equipamento. É o nº que indica o valor da Grandeza. 
 
SENSOR DE VIBRAÇÃO 
Usualmente são usados Sensores Piezo-eletrico por apresentarem bons 
resultados em virtude de apresentarem uma faixa de detecção MAIS ELASTICA 
em relação as freqüências de defeito mais comumente detectadas. 
 
 
 
 
 
 
Sensor 
Piezo Elétrico 
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1.2 - ESPECTRO DE VIBRAÇÃO - 
Consiste em transformar uma amostra de vibração no domínio do tempo em 
um espectro no domínio das freqüências, o sinal é decomposto em uma série de 
amplitudes com freqüências determinadas (fig. 03). O espectro é obtido através da 
Transformada de Fourier , na maiorias dos aparelhos de medição de vibração (fig. 
04), utiliza-se o algoritmo denominado "Fast Fourier Transform" (FFT) . 
 
 
 
 
 
 
 
 Fig. 03 - Espectro de vibração Fig. 04 - Coletor 
 
a) Unidades - As unidade que utilizadas são mm/s para velocidade , G’s para 
aceleração e GE para acelerações resultantes da técnica de Envelope de 
Aceleração . Para a faixa de 600 cpm a 60K cpm usa-se velocidade , para a faixa 
superior o mais adequado é utilizar aceleração e para vibrações provenientes de 
rolamentos o mais usual é o envelope de aceleração . 
 
b) Envelope de aceleração - Consiste basicamente na demodulação dos 
sinais de aceleração na faixa de 500 hz a 10khz , de modo a obter-se em baixas 
freqüências as “bateções” provenientes de defeitos de rolamento tais como : 
Gaiola , Esferas ou rolos , pista interna , pista externa ou eventuais folgas . 
 
c) Nível Global - Define o estado geral de vibração de um equipamento , 
conforme a ISO 10816 o mais significativo é a média RMS = 1/TTf(t)2 1/2 , pois 
mostra intensidade geral de vibração de um equipamento. De modo a classificar a 
severidade de vibração de um equipamento, deve-se adotar sempre o maior valor 
de vibração entre os mancais . 
 
 } 
 
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1.2.1 - NÍVEL GLOBAL 
De acordo com a ISO 10816 , pode ser enquadrado conforme o descrito 
abaixo: 
A/B - Equipamento em condições de operar por um longo período , 
neste estágio o equipamento opera abaixo do nível de alerta ( A1) .O 
estágio A é o esperado para um equipamento perto do 
comissionamento . 
C - Equipamento em condição de operar por um período limitado de 
tempo , até que uma intervenção seja factível , neste estágio o nível de 
alerta ( A1) foi ultrapassado e ainda não foi atingido o nível de perigo ( 
A2 ) . 
D - Equipamento operando em condições perigosas e sujeito a danos , 
deve-se parar o equipamento e providenciar reparo .Neste ponto deve-
se parar o equipamento , principalmente este ponto foi atingido 
repentinamente , caso contrário uma analise mais criteriosa deve ser 
executada 
 
1.2.2 - CURVA DE TENDÊNCIA 
A curva de tendência é a distribuição ao longo do tempo dos valores globais 
de vibração, deve-se sempre estar atento quanto a mudanças bruscas na 
curva de tendência, pois indicam sempre que algo de anormal está 
ocorrendo. Na fig. 05 o rolamento chegou ao fim de sua vida útil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 05 - Gráfico de tendência tambor traseiro TRB18 
 
 
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1.3 - PRINCIPAIS DEFEITOS 
 
A - Desalinhamento 
É uma importante fonte de vibrações em máquinas e pode, muitas das vezes 
passar desapercebido ou ser desprezada. Os tipos mais comuns são: 
 
 Paralelo ou OFF-SET  Misto ou combinado 
 
 
 
 
 
 Angular  Em transmissões por correia 
 
 
 
 
 
 Desalinhamento entre eixos engrenados  Desalinhamento entre mancais 
 
 
 
 
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I - QUADRO ILUSTRATIVO 
ANGULAR 
 Espectro 
 
B 
 Croqui 
 
 
 
 Diagnóstico 
O Desalinhamento Angular é 
caracterizado pela alta vibração 
axial. Caracteristicamente haverá 
alta vibração axial tanto com 1X 
quanto com 2X RPM. Entretanto 
não é incomum que 1X, 2X ou 
3X sejam dominantes. 
PARALELO 
 
 Espectro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Croqui 
 
 
 
 
Diagnóstico 
Desalinhamento Paralelo tem 
sintomas similares ao Angular, 
mas apresenta vibração radial 
alta. 2X é muitas vezes maior 
que 1X, mas sua altura relativa 
para 1X é habitualmente ditada 
pelo tipo e construção do 
acoplamento. Quando o 
Desalinhamento Angular ou 
Radial se torna severo, pode 
gerar picos de alta amplitude em 
harmônicos muito mais altos (4X-
8X) ou mesmo toda uma série de 
harmônicos de alta freqüência 
similar na aparência à folga 
mecânica. A construção doacoplamento influenciará muitas 
vezes a for ma do espectro 
quando o Desalinhamento é 
severo. 
 
 
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II - CASO REAL - Espectro característico de Desalinhamento 
 
A Figura 06, mostra um gráfico evidenciando um desalinhamento entre 
o Motor, acoplamento e Redutor do Tranportador 5PA3. A medição foi 
realizada no mancal 02 (dianteiro), observa-se que a freqüência de 2X RPM é 
maior que 1XRPM, caracterizando um desalinhamento neste sistema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 06 - Gráfico Espectral 
B - Desbalanceamento 
 
O desbalanceamento é um esforço adicional atuante nos mancais de apoio 
de peças rotativas, devido a massas desequilibradas em relação ao eixo de 
inércia, torna-se assim, uma grave fonte de vibração causada por fabricação 
deficiente, desgastes, manutenção incorreta, impregnação de materiais em 
rotores, armazenagem, transporte, etc. 
 
É uma grandeza física proporcional ao módulo do vetor Força Centrífuga 
“FC” gerado por uma massa “M”, distante “R” do centro de rotação de um rotor, 
quando este é submetido a “n” Rotações Por Minuto (RPM). 
É um vetor que muda de direção 360o por volta e agindo sincronamente 
com a rotação do rotor manifesta-se nos mancais sob a forma vibratória com 
freqüência de 1x RPM. 
 
 
 
2 x RPM 
1 x RPM 
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I - QUADRO ILUSTRATIVO 
DESBALANCEAMENTO DE MASSA 
 Espectro 
 
 
 Croqui 
 
 
 Diagnóstico 
O Desbalanceamento de Forças. 
1XRPM sempre está presente e 
normalmente domina o espectro. Pode 
ser corrigida pela colocação, 
simplesmente, de um peso de 
balanceamento em um plano no centro 
de gravidade do Rotor. 
 
 
 
O Desbalanceamento do Rotor em 
Balanço causa elevado 1XRPM tanto 
na direção axial como na direção 
radial. 
 
II - CASO REAL - Espectro característico de Desbalanceamento 
 
A Figura 07, mostra um gráfico evidenciando um desbalanceamento do 
Motor 01, do Transportador F01. A medição foi realizada no mancal 01 (traseiro) - 
Lado da Ventoinha. Observa-se que a freqüência de 1XRPM é de maior Amplitude 
(9mm/s), caracterizando um desbalanceamento do motor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 07 - Gráfico Espectral 
 
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C - ROLAMENTOS 
 
Rolamentos são padronizados mundialmente pelo diâmetro do anel externo, 
diâmetro do anel interno e largura. 
Características como o número de elementos rolantes, diâmetro dos 
elementos rolantes, diâmetro primitivo e ângulo de contato são particulares de 
cada fabricante, o qual, define de acordo com o projeto próprio. 
 
I - DEFEITOS NOS ROLAMENTOS 
 
Existem equações que demonstram como calcular as freqüências de 
defeitos dos componentes do rolamento, usando como parâmetro a geometria 
interna dos componentes. O software Fam da SKF, inserido no Prim4, calcula 
automaticamente estas freqüências, sendo necessário inserir o fabricante e o n.º 
do rolamento. As freqüências característicos de defeitos de rolamento, possuem a 
sua nomenclatura padronizada mundialmente conforme a seguinte descrição: 
a) BPFO = Defeito na Pista Externa 
b) BPFI = Defeito na Pista Interna 
c) BSF = Defeito em Elementos Rolantes 
d) FTF = Defeito em Gaiola 
 
 
 
 
 
 
 
 
ROLAMENTO COM DUPLA CARREIRA DE ROLOS 
 
 
 
Pista 
Externa 
Pista 
Interna 
Rolos 
Gaiola 
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II - CASO REAL - Espectro característico Defeito em Rolamento 
A Figura 08, mostra um gráfico evidenciando um defeito de Rolamento no 
Tambor 05, do Transportador H01. A medição foi realizada no mancal 01 (direito) - 
posição horizontal. 
Observa-se que a freqüência de 700 CPM, caracteriza defeito da pista 
externa do rolamento SKF - 22244 (BPFO). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 08 - Gráfico Espectral 
 
 
 
 
 
 
 
 Rolamento Novo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rolamentos com defeito 
 
 
 
 
 
BPFO 
FTF 
BPFO 
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D - ENGRENAGENS 
 
Vibrações no engrenamento proporcionam vibrações na freqüência 
calculada por número de dentes vezes a rotação do eixo e harmônicos. 
 
 
 
 
Para saber qual eixo contém a engrenagem com defeito (pinhão ou 
engrenagem), observa-se a presença de bandas laterais em torno desta 
freqüência de engrenamento. 
 
a) Esquemático de um Sistema 
 
Em arranjos complexos de engrenagens (fig. 09), onde estão presentes 
várias freqüências de engrenamento, é recomendável esquematizar o arranjo, 
afim de identificar onde está o problema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 09 - Redutor 01 TRF03 
 
 
 
 
Fe = Z x RPM 
 
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b) Calculo da Rotação dos eixos do Redutor 
 
Rotação Eixo de Entrada = Rotação motor = 1180 RPM 
Rotação do eixo intermediário = (1180 x Z1) / Z2 = 342 RPM 
Rotação do eixo intermediário = 342 RPM 
 
Rotação eixo saída = Rotação intermediário x (Z3 / Z4) 
 = 342 RPM x 25 / 153 
Rotação eixo saída = 55 RPM 
 
c) Calculo das Freqüências de Engrenamento 
 
 Entrada Intermediária 
Fe1 = Z1 x Rotação entrada Fe2 = Z3 x Rotação intermediário 
Fe1 = 35 x 1180 Fe2 = 25 X 342 
Fe1 = 41300 CPM Fe2 = 8500 CPM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Engrenagem Redutor 
Roda de Caçamba 
ER01 
 
Engrenagem 
Redutor Planetário 
Roda de Caçamba 
RC04 
 
 
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I - QUADRO ILUSTRATIVO 
 
Espectro Diagnóstico 
 
 
 
O Espectro Normal mostra 1X 2X, junto com a 
Freqüência de Engrenamento, tendo bandas laterais 
da velocidade de operação em torno dela todos os 
picos são de baixa amplitude, e não são excitadas 
as freqüências naturais das engrenagens . 
 O Indicador chave do Dente Gasto é a Freqüência 
Natural da Engrenagem, junto com bandas laterais 
em volta dela, espaçadas na velocidade de 
operação da engrenagem em mau estado. A 
Freqüência de Engrenamento (Fe) pode mudar ou 
não em amplitude, embora ocorram bandas laterais 
em alta amplitude envolvendo Fe, em geral quando 
o desgaste é perceptível. As bandas laterais podem 
ser melhores indicadores do desgaste que a própria 
Freqüência de engrenamento 
 
 
 
 
 Freqüência de Dentes deEngrenagens são muitas 
vezes sensíveis à carga. Altas amplitudes da Fe 
indicam necessariamente é um problema, 
particularmente se as freqüências de banda lateral 
se mantém em nível baixo as freqüências naturais 
das engrenagens não são excitadas. 
Cada análise deve ser executada com o sistema 
operando com carga máxima 
 
 
 
 
 
 
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II - CASO REAL - Espectro característico Defeito Engrenamento 
 
A Figura 10, mostra um gráfico com a bandas laterais de 600 CPM em torno 
da Freqüência de engrenamento de Entrada. A freqüência de 600 CPM 
corresponde a 0,5xRotação de Entrada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 10 - Redutor 01 TRF02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Engrenagem 
Redutor 
Roda de Caçamba 
RC3PP7 
Engrenagens Satélites 
Redutor Planetário 
Roda de Caçamba 
RC04 
 
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E - FOLGAS MECÂNICA 
I - QUADRO ILUSTRATIVO 
MANCAIS DE BUCHA 
 
 
 Os últimos estágios de desgaste dos mancais de 
bucha são normalmente evidenciados pela 
presença de séries inteiras de harmônicos da 
velocidade de operação (acima de10 ou até 20). 
Mancais de bucha desgastados comumente 
admitirão altas amplitudes verticais se 
comparadas com as horizontais. Mancais de 
bucha com excessiva liberdade podem permitir um 
menor desbalanceamento e/ou desalinhamento , 
provocando vibração alta, que poderia ser muito 
menor se as folgas do mancal fossem apertadas. 
 
 
FOLGAS 
 
 
 
 
 
 
 
A folga Mecânica é indicada pelos espectros dos 
tipos A, B e C. O Tipo A é causado por 
folga/fragilidade Estrutural nos pés, base ou 
fundação da máquina; também pela deterioração 
do apoio ao solo, folga de parafusos que 
sustentam a base; e distorção da armação ou 
base (ex.: pé frouxo). 
 
 
O tipo B é geralmente causado por parafusos 
soltos no apoio da base, trincas na estrutura do 
skid ou no pedestal do mancal. 
 
 
 O tipo C é normalmente provocado por ajuste 
impróprio entre partes componentes para forças 
dinâmicas do rotor. Causa o truncamento da 
forma de onda no tempo. O tipo C é muitas 
vezes provocado por uma folga linear do mancal 
em sua tampa, folga excessiva em uma bucha 
ou de elemento rotativo de um mancal de 
rolamento ou um rotor solto com folga em 
relação ao eixo. Observe também que a folga 
causará muitas vezes múltiplos de sub-
harmônicos a exatamente 1/2 ou 1/3 RPM (.5X, 
1.5X, 2.5X,etc.). 
 
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II - CASO REAL - Espectro característico de bucha folgada 
 
A Figura 11, mostra um gráfico evidenciando um bucha folgada no tambor 
N.º 01 do Transportador D13. Observa-se que a 1XRPM, mais harmônicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 11 - Tambor 01 do TRD13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ROLAMENTO 
 
BUCHA / PORCA 
MANCAL 
 
BUCHA 
FOLGADA 
 
TAMBOR TRA03A TAMBOR TRA04 
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2 - CORRENTE ELÉTRICA 
É uma técnica executada como rotina de monitoração. A coleta dos sinais 
elétricos provenientes das fases de alimentação do Motor é feita com uso de um 
alicate de corrente acoplado ao instrumento Coletor . Esta técnica permite verificar 
a forma de onda da corrente elétrica em motores. Com objetivo de detectar: 
 Trincas ou quebras de barras nos rotores de gaiola; 
 Desequilíbrio entre fases do estator; 
 Qualidade da corrente elétrica de alimentação (rede elétrica, 
transformadores); 
 Excentricidade estática e dinâmica; 
 Oscilação de carga 
I - CALCULO DA FREQUENCIA DE BANDAS, EFEITO DAS BARRAS 
ROMPIDAS EM MOTOR ELETRICO: 
 
a) Escorregamento (S): 
 
S = NS - NR  Onde: NR = Rotação do eixo e NS = 120x Freq. rede 
 
N.º de pólos 
b) Escorregamento (S
U
 ): 
 SU 
 = S . 
 
NS
 
c) Freqüência de Escorregamento (FS ): 
 FS = SU x FR [hz] FR  Freqüência da Rede 
d) Freqüência de Banda (FB ): 
 FB = 120 (1 - NR / NS 
) [hz] 
 
II - ESPECTRO DE VIBRAÇÃO 
 No espectro de vibração a banda característica de um defeito de barras 
rompidas surgirá em torno da rotação do motor. O range deve ser configurado de 
forma a caracterizar a real rotação. 
 
 
 
 
 1800 1500 (RPM) 900 
mm/s 
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III - ESPECTRO DE CORRENTE 
 
 No espectro de vibração a banda característica de um defeito de barras 
rompidas surgirá em torno da Freqüência da rede. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A gravidade do defeito é mensurada pelo calculo segundo fórmula própria e 
consulta a tabela a seguir: 
 
 
 
 
 
 
IV - QUADRO ILUSTRATIVO 
PROBLEMAS ELÉTRICOS 
Espectro Diagnóstico 
 
 
 Problemas no estator geram vibração alta em 2X a 
freqüência da linha (2FL=120Hz). Produzem um 
espaço vazio estacionário desigual entre o Rotor e o 
Estator, o que produz uma alta vibração bem definida 
em freqüência. O Air Gap Diferencial (Entreferro) não 
deve exceder 5% para motores de 
 indução e 10% para motores síncronos. Pés 
amortecidos ou bases isoladas podem acarretar a 
excentricidade do estator. O ferro solto é devido à 
fragilidade ou a folga do suporte do estator. Lâminas do 
estator curto circuitadas podem causar aquecimento 
localizado irregular, o que pode fazer curvar o eixo do 
motor. Produzindo vibração induzida termicamente que 
pode crescer significativa mente ao longo do tempo de 
operação. 
 
 
dB = 20 log (*)Valor fundamental . 
 (**)Valor harmonica Inferior 
TOLERÂNCIAS 
X > 45 dB BOM 
35 < X < 45 dB A1 
X < 35 dB A2 
 
 60 75 (Hz) 45 
I (A) * 
** 
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II - CASO REAL - Espectro característico Problemas Defeito Elétrico 
A Figura 11, mostra um gráfico com a bandas laterais de 1,37 Hz em torno 
da Freqüência de Rede (Fr = 60 Hz). A freqüência de 1,37 Hz corresponde a 
2xFrequencia de escorregamento (fs.). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 11 - Gráfico de Corrente Elétrica - Motor 10 CV 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 Rotor com barras rompidas 
 
 
 
 
 
 
 
 Estator e Rotor do Motor de 1000 CV - TRD13 e TRD01 
 
Valor 
superior 
Valor 
Inferior 
 
Barras 
Para o Exemplo da fig.11 - O 
motor apresenta o nível de 
dB = 43, estando este motor 
com 17 barras rompidas_____________________________________________________________________________________________________ 
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3 - ACESSO AO BANCO DE DADOS 
 
1º) - Abrir o Banco de Dados 
a)- Clicar na área de trabalho do Windows no ícone - Prism4 
 
 
 
b) - Clicar : 
 Arquivo 
  Preferências... 
 Sistema... 
 
 
 
 
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2º) - Escolha do Banco de Dados 
a) - Clicar 
 Browser 
Selecionar pasta que contem Banco de Dados. Exemplo: . 4 area2 
Clicar no arquivo prismdb. dbd 
 
b) Clicar no ícone , após troca de tela selecionar, o arquivo desejado. no 
exemplo selecionar meio ambiente em seguida clicar sobre o ícone . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 - CARREGAR MICROLOG 
 
1º) - Ligar Microlog e selecionar modo transfer , conforme instruções a seguir 
: 
a)- ligue o Microlog tecle e veremos a seguinte tela : 
 
 
 
 
b) - tecle ou para acessar o menu transfer e veremos na tela : 
 
 
 
 
 
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c) - tecle veremos na tela : 
 
 
 O coletor está pronto para ser carregado pelo micro para coleta . 
 
d) Limpar e configurar Microlog 
Clicar no programa em: 
 Transfer 
Estatus 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Surgirá a seguinte tela abaixo: 
 
 
 
 
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Em seguida clicar sobre e responder yes a pergunta “about 
to clear Microlog , please confirm ”, retorne clicando no ícone 
 . 
 
e) Enviar rota para Microlog 
clicar em: 
 Transferir 
 Descarregar  A Partir da Hierarquia Ativa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5 - DESCARREGAR MICROLOG - 
1º) - No menu principal clicar sobre Transfer e em seguida sobre 
EnviaPC .conforme indicado na tela a seguir : 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Surgirá a tela a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2º) Selecione a rota desejada, no exemplo acima a rota é a Pier02, em 
seguida clique sobre o ícone e aguardar finalização do processo 
 
3º) A Seguir clicar sobre " processar dados Enviado PC" que se tornará ativo 
no Menu do Programa Transfer. 
 
 
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6 - VIZUALIZAR DADOS 
1º) Abrir gráficos 
seleciona o ponto desejado, em seguida clique sobre o ícone para 
visualizar a Tendência. E no ícone para visualizar o espectro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TENDENCIA 
 
 
 
 
 
 
ESPECTRO 
 
 
 
Tendência 
Espectro 
 
 
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7 - DEFINIÇÃO DAS MEDIÇÕES 
 
São realizados medições em 3 Planos definidos como pontos de medição 
a) HORIZONTAL - são medições realizas na Radial. 
b) AXIAL - são medições realizas na face. 
c) VERTICAL - são medições realizas na parte superior. 
 
I - MANCAL DE TAMBORES - 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II - MANCAL DE MOTORES - 
 
SENSOR 
VERTICAL 
AXIAL 
HORIZONTAL 
 
HORIZONTAL 
 
AXIAL 
VERTICAL 
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8 - NOMENCLATURA 
 
I - PADRÃO DE IDENTIFICAÇÃO 
 
Ex. TB 0 2 – 1 H ENV 
 
 
 Indica o Parâmetro da Medição - Envelope 
 
 Indica a Posição Horizontal 
 
 Indica o Ponto de medição 
 
 Tambor n.º 02 
 
II - DISTRIBUIÇÃO DOS PONTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Os números da figura indicam os pontos de medição 
 
 
 
Fluxo da correia 
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9 - REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS 
 
1 - Curso Especial de Analise de Vibrações – Engrenagens e Rolamentos – 
Fundação de Pesquisa e Assessoramento a Indústria – Itajubá – MG – 2001 
 
2 – Análise de Vibração – Engefaz- Cosmópolis – SP – 1999 
 
3 – Tecnologia de vibrações – Analista de Máquinas I – SKF Reliability Systems – 
Cajamar – SP - 2002

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