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www.cers.com.br OAB PRIMEIRA FASE - XVII EXAME Direito Constitucional Flavia Bahia 1 PONTOS ESPECÍFICOS ADI ADC ADO ADPF DO PODER JUDICIÁRIO 1- CONCEITO Ao lado das funções de administrar e legislar, ao Estado também compete a função judicial, ou jurisdicional, dirimindo as controvérsias que surgem quando da aplicação das leis. O Judiciário, porém, como as demais funções do Estado, possui outras atribuições, denominadas atípicas, de natureza administrativa e legislativa. Ex: concessão de férias de seus membros e elaboração de seus regimentos internos. 2- ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO a) Supremo Tribunal Federal (art. 101 e ss) O Supremo Tribunal Federal compõe-se de 11 (onze) membros, divididos em duas Turmas, que se encontram no mesmo plano hierárquico. O Presidente da República escolhe livremente o candidato, que será sabatinado pelo Senado Federal, devendo ser aprovado pela maioria absoluta de seus membros (art. 52, III, “a”, e art. 101, parágrafo único, CF). São requisitos para a escolha dos 11 (onze) ministros do STF: - idade: 35 a 65 anos; - ser brasileiro nato (CF, art. 12, § 3º, IV); - ser cidadão (no gozo dos direitos políticos); - notável saber jurídico e reputação ilibada. Suas competências são definidas nos arts. 102 a 103 da Constituição Federal*. b) Superior Tribunal de Justiça (art. 104 e ss) O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, 33 (trinta e três) ministros escolhidos pelo Chefe do Poder Executivo, porém não livremente, pois obrigatoriamente, deverão ser: - 1/3 de Juízes dos TRF´s (Tribunais Regionais Federais); - 1/3 de desembargadores dos Tribunais de Justiça Estaduais; - 1/3 divididos da seguinte maneira: 1/6 de advogados; 1/6 de membros do Ministério Público Federal, Estaduais e Distrital. São requisitos para o cargo de Ministro do STJ: - idade: 35 a 65 anos: - ser brasileiros nato ou naturalizado; - notável saber jurídico e reputação ilibada. Suas competências são definidas no art. 105 da Constituição Federal. 3- GARANTIAS DA MAGISTRATURA (art. 95) Vitaliciedade - o Juiz, após dois anos de exercício, só pode perder o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado. Antes dos dois anos, estando o magistrado no período de estágio probatório, a perda do cargo pode operar-se por deliberação do Tribunal a que o Juiz estiver vinculado; www.cers.com.br OAB PRIMEIRA FASE - XVII EXAME Direito Constitucional Flavia Bahia 2 Inamovibilidade – esta garantia proíbe que os juízes sejam removidos do local em que se encontram, mesmo sob a forma de promoção, sem o seu consentimento, salvo motivo de interesse público (art. 93, VIII, e 95, II, CF), caso em que haverá deliberação por maioria absoluta dos membros do Tribunal a que estiver vinculado ou do CNJ, assegurada ampla defesa. Refere-se não apenas à comarca, mas até mesmo à vara na qual o juiz serve; Irredutibilidade de subsídio – almeja garantir aos magistrados a necessária tranqüilidade para o exercício do cargo, protegendo-os de perseguições governamentais de natureza econômica. 4- VEDAÇÕES – Garantias de imparcialidade (art. 95, parágrafo único, I, II, III, IV e V) exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério; receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; dedicar-se à atividade político-partidária; receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos tres anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. REFORMA DO PODER JUDICIÁRIO – ALGUMAS ALTERAÇÕES EMENDA CONSTITUCIONAL 45/2004 a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação (art. 5º, LXXVIII); a possibilidade de se criarem varas especializadas para a solução das questões agrárias. (art. 126); a “constitucionalização” dos tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos desde que aprovados pelo quórum qualificado das emendas constitucionais (art. 5º, § 3º); a submissão do Brasil à jurisdição do Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão (art. 5º, § 4º); a federalização de crimes contra direitos humanos, objetivando o deslocamento de competência para a Justiça Federal (art. 109, V-A e § 5º); previsão do controle da Magistratura por meio do Conselho Nacional de Justiça (art. 92 , I-A § 1º); previsão do controle externo do Ministério Público por meio do Conselho Nacional do Ministério Público (art. 130 –A); ampliação de algumas regras mínimas a serem observadas na Elaboração do Estatuto da Magistratura, todas no sentido de se dar maior produtividade e transparência à prestação jurisdicional, na busca da efetividade do processo (art. 93); ampliação da garantia de imparcialidade dos órgãos jurisdicionais (art. 95, § parágrafo único, IV e V); a extinção dos Tribunais de Alçada, passando os seus membros a integrar os TJ´s dos respectivos Estados e uniformizando assim a nossa Justiça (art. 4º da EC 45/2004); transferência de competência do STF para o STJ no tocante à homologação de sentenças estrangeiras e a concessão do exequator às cartas rogatórias (art. 102, I, “h”(revogada); 105, I, “i”); criação da Súmula Vinculante do STF (art. 103-A); a aprovação da nomeação de Ministro do STJ pelo quórum de maioria absoluta dos membros do Senado Federal (art. 104, parágrafo único); ampliação da garantia de imparcialidade dos membros do MP (art. 128)
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