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PERCEPÇÃO E EXPRESSÃO BIDIMENSIONAL DESENHO

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PERCEPÇÃO E EXPRESSÃO 
BIDIMENSIONAL: DESENHO
CURSO DE LICENCIATURA EM ARTES – EAD
Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho – Profª. Carolina Cabral e Souza; Profª. Fabíola 
Gonçalves Giraldi. 
Meu nome é Carolina Cabral e Souza, sou licenciada em Artes 
Visuais pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). 
Atuo como professora de arte, presto consultoria em ação 
educativa de museus e atuo como coordenadora pedagógica em 
um projeto de arte na cidade de Belo Horizonte. 
E-mail: cabralcarolina@gmail.com
Meu nome é Fabíola Gonçalves Giraldi, sou bacharel em 
Artes Plásticas, licenciada em Educação Artística e estou me 
especializando em Arte-Educação pela Universidade do Estado 
de Minas Gerais (UEMG). Atuo como professora de Educação 
Básica do estado de São Paulo.
E-mail: fabiolagiraldi@yahoo.com.br
Os autores agradecem a colaboração da Profª. Ms. Halima Alves 
de Lima Elusta, pelas suas contribuições aos temas desenvolvi-
dos na Unidade 4 deste Caderno de Referência de Conteúdo.
Os autores agradecem a colaboração do Prof. Newton Gomes 
Ferreira, pelas suas contribuições aos temas desenvolvi dos, 
bem como pela revisão técnica dos conteúdos abordados.
Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
PERCEPÇÃO E EXPRESSÃO 
BIDIMENSIONAL: DESENHO
Plano de Ensino
Caderno de Referência de Conteúdo
Caderno de Atividades e Interatividades
Profª. Carolina Cabral e Souza
Profª. Fabíola Gonçalves Giraldi
Batatais
Claretiano
2014
© Ação Educacional ClareƟ ana, 2011 – Batatais (SP)
Trabalho realizado pelo ClareƟ ano - Centro Universitário
Cursos: Graduação
Disciplina: Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho
Versão: fev./2014
Reitor: Prof. Dr. Pe. Sérgio Ibanor Piva
Vice-Reitor: Prof. Ms. Pe. José Paulo Gaƫ 
Pró-Reitor AdministraƟ vo: Pe. Luiz Claudemir BoƩ eon
Pró-Reitor de Extensão e Ação Comunitária: Prof. Ms. Pe. José Paulo Gaƫ 
Pró-Reitor Acadêmico: Prof. Ms. Luís Cláudio de Almeida
Coordenador Geral de EaD: Prof. Ms. ArƟ eres Estevão Romeiro
Coordenador de Material DidáƟ co Mediacional: J. Alves
Corpo Técnico Editorial do Material Didático Mediacional
Preparação 
Aline de Fátima Guedes
Camila Maria Nardi Matos 
Carolina de Andrade Baviera
CáƟ a Aparecida Ribeiro
Dandara Louise Vieira Matavelli
Elaine Aparecida de Lima Moraes
Josiane Marchiori MarƟ ns
Lidiane Maria Magalini
Luciana A. Mani Adami
Luciana dos Santos Sançana de Melo
Luis Henrique de Souza
Patrícia Alves Veronez Montera
Raquel Baptista Meneses Frata
Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli
Simone Rodrigues de Oliveira
Revisão
Cecília Beatriz Alves Teixeira
Felipe Aleixo
Filipi Andrade de Deus Silveira
Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz
Rafael Antonio Morotti
Rodrigo Ferreira Daverni
Sônia Galindo Melo
Talita Cristina Bartolomeu
Vanessa Vergani Machado
Projeto gráfico, diagramação e capa 
Eduardo de Oliveira Azevedo
Joice Cristina Micai 
Lúcia Maria de Sousa Ferrão
Luis Antônio Guimarães Toloi 
Raphael Fantacini de Oliveira
Tamires Botta Murakami de Souza
Wagner Segato dos Santos
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer 
forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na 
web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do 
autor e da Ação Educacional Claretiana.
Claretiano - Centro Universitário
Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000
cead@claretiano.edu.br
Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006
www.claretianobt.com.br
Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
SUMÁRIO
PLANO DE ENSINO
1 DADOS GERAIS DA DISCIPLINA ....................................................................... 10
2 CONSIDERAÇÕES GERAIS ................................................................................ 11
3 BIBLIOGRAFIA BÁSICA ..................................................................................... 12
4 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR .................................................................... 12
CADERNO DE REFERÊNCIA DE CONTEÚDO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 15
2 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA DISCIPLINA ............................................ 16
3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 52
4 EͳREFERÊNCIAS ................................................................................................ 52
UNIDADE 1 ͵ DESENHO: CONCEITOS INTRODUTÓRIOS, MATERIAIS E 
SUPORTES
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 57
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 58
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 58
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 59
5 FORMAS DE DESENHO ..................................................................................... 60
6 MATERIAIS E SUPORTES .................................................................................. 80
7 A RELAÇÃO ENTRE MATERIAL E SUPORTE ..................................................... 97
8 OUTROS MATERIAIS DO DESENHO ................................................................. 98
9 TEXTOS COMPLEMENTARES ............................................................................ 99
10 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 103
11 CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 104
12 EͳREFERÊNCIAS ................................................................................................ 104
13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 108
UNIDADE 2 ͵ DESENHO: ELEMENTOS
E COMPOSIÇÃO
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 109
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 110
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 110
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 111
5 ELEMENTOS VISUAIS E SUA COMPOSIÇÃO ͳ DESENHO ................................ 111
6 FORMA .............................................................................................................. 113
7 PONTO ............................................................................................................... 116
8 LINHA ................................................................................................................ 121
9 PLANO ............................................................................................................... 133
10 ESPAÇO .............................................................................................................. 136
11 PERSPECTIVA .................................................................................................... 141
12 ELEMENTOS VISUAIS EXPRESSIVOS ................................................................ 151
13 OUTRAS PERCEPÇÕES VISUAIS: EQUILÍBRIO, DIREÇÃO E MOVIMENTO ..... 167
14 TEXTOS COMPLEMENTARES ............................................................................ 174
15 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 177
16 CONSIDERAÇÕES ..............................................................................................178
17 EͳREFERÊNCIAS ................................................................................................ 178
18 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 181
UNIDADE 3 ͵ DESENHOS DE OBSERVAÇÃO, CRIAÇÃO 
E MEMÓRIA ͵ NATUREZA MORTA, 
PAISAGEM E FIGURA HUMANA
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 183
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 184
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 184
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 186
5 O DESENHO DE OBSERVAÇÃO ......................................................................... 187
6 O DESENHO DE MEMÓRIA .............................................................................. 206
7 O DESENHO DE CRIAÇÃO ................................................................................. 208
8 TEMÁTICAS DO DESENHO ............................................................................... 210
9 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 274
10 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 275
11 EͳREFERÊNCIAS ................................................................................................ 275
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 281
UNIDADE 4 ͵ BREVE PANORAMA DO DESENHO NA HISTÓRIA DA ARTE
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 283
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 283
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 284
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 286
5 O DESENHO NA ARTE OCIDENTAL .................................................................. 286
6 PRIMEIROS DESENHOS .................................................................................... 287
7 DESENHOS DO MUNDO ANTIGO .................................................................... 297
8 DESENHOS DA ERA MEDIEVAL ........................................................................ 317
9 O DESENHO NO RENASCIMENTO .................................................................. 352
10 O DESENHO NO NEOCLASSICISMO E NO ROMANTISMO ............................ 391
11 O DESENHO NOS SÉCULOS 19 E 20 ................................................................ 399
12 O DESENHO NOS DIAS ATUAIS ........................................................................ 413
13 TEXTO COMPLEMENTAR .................................................................................. 419
14 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 420
15 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 421
16 EͳREFERÊNCIAS ................................................................................................ 422
17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 432
Claretiano - Centro Universitário
EA
D
Plano de Ensino
PE
1. APRESENTAÇÃO 
Seja bem-vindo ao estudo da disciplina Percepção e Expres-
são Bidimensional: Desenho. 
Esta disciplina, irá experimentar a composição visual por 
meio do desenho e seus elementos, modalidades e temáticas.
Dessa forma, você aluno EaD participará dessa busca por co-
nhecimento, interagindo com seus colegas e tutores e atualizando-
-se sempre que possível, contribuindo, assim, para o seu desenvol-
vimento e o de todo o grupo. 
Bons estudos!
© Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho10
2. DADOS GERAIS DA DISCIPLINA
Ementa
O desenho como veículo construtor de imagens
e de ideias visuais. Introdução à prática do desenho. Princípios bá-
sicos do desenho de observação, criação e memória. Elementos e 
temáticas do desenho. Breve panorama do desenho na arte oci-
dental.
Objetivo geral
Os alunos da disciplina Percepção e Expressão Bidimensio-
nal: Desenho do curso de Licenciatura em Artes, na modalidade 
EaD do Claretiano, dado o Sistema Gerenciador de Aprendizagem e 
suas ferramentas, serão capazes de compreender o desenho como 
pensamento e veículo construtor de imagens e ideias mediante os 
fundamentos básicos da linguagem visual, bem como desenvolver 
a percepção e a expressão por meio de desenhos de observação, 
criação e memória, além de conhecer e apreciar a história do de-
senho na arte ocidental.
Com esse intuito, os alunos contarão com recursos técnico-
-pedagógicos facilitadores de aprendizagem, como Material Didá-
tico Mediacional, bibliotecas físicas e virtuais, ambiente virtual, 
bem como acompanhamento do professor responsável, do tutor 
a distância e do tutor presencial, complementado por debates no 
Fórum. 
Ao final desta disciplina, de acordo com a proposta orienta-
da pelo professor responsável e pelo tutor a distância, terão con-
dições de interagir com argumentos contundentes, além de dis-
sertar com comparações e demonstrações sobre o tema estudado 
nesta disciplina, elaborando um resumo ou uma síntese, entre ou-
tras atividades. Para esse fim, levarão em consideração as ideias 
debatidas na Sala de Aula Virtual, por meio de suas ferramentas, 
bem como o que produziram durante o estudo. 
© Plano de Ensino 11
Claretiano - Centro Universitário
Competências, habilidades e atitudes
Ao final deste estudo, os alunos do curso de Licenciatura em 
Artes contarão com uma sólida base teórica para fundamentar cri-
ticamente sua prática profissional. Além disso, adquirirão as habili-
dades necessárias não somente para cumprir seu papel nesta área 
do saber, mas também para agir com ética e com responsabilidade 
social. 
Carga horária
A carga horária da disciplina Percepção e Expressão Bidimen-
sional: Desenho é de 60 horas. O conteúdo programático para o 
estudo das quatro unidades que a compõem está desenvolvido no 
Caderno de Referência de Conteúdo, anexo a este Plano de Ensino, 
e os exercícios propostos constam no Caderno de Atividades e In-
teratividades (CAI). 
É importante que você releia, no Guia Acadêmico do seu curso, as 
informações referentes à Metodologia e à Forma de Avaliação 
da disciplina Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho. A 
síntese dessas informações consta no Cronograma na Sala de 
Aula Virtual – SAV. 
3. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Neste Plano de Ensino, apresentamos o objetivo geral, as 
ementas, as competências, a duração e a carga horária que serão 
desenvolvidos na disciplina Percepção e Expressão Bidimensional: 
Desenho. Ao iniciar o estudo das unidades, você compreenderá 
como o desenho pode ser pensamento e veículo construtor de 
imagens e de ideias visuais e como seus elementos compositivos 
se desenvolveram ao longo da história da arte.
É importante que você, mediante pesquisa da bibliografia 
indicada, aprofunde os conteúdos apresentados, pois os conheci-
© Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho12
mentos e as habilidades adquiridos nesta disciplina serão funda-
mentais para torná-lo um profissional diferenciado e, ao mesmo 
tempo, atento aos contextos atuais do desenho enquanto lingua-
gem da arte.
Tenha em mente que o sucesso desta etapa depende de 
seu empenho e determinação em realizar as atividades e as inte-
ratividades propostas no Caderno de Atividades e Interatividades, 
procurando construir o conhecimento deforma colaborativa. Não 
deixe de consultar o Guia Acadêmico para certificar-se de como 
será a avaliação final e obter informações sobre a metodologia de 
estudo para as disciplinas do curso.
4. BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ARNHEIM, R. Arte & percepção visual, uma psicologia da visão criadora. 8. ed. São Paulo: 
Livraria Pioneira, 1994.
DERDYK, E. (Org.). Disegno. Desenho. Designio. São Paulo: Senac, 2007.
EDWARDS, B. Desenhando com o lado direito do cérebro. Tradução de Ricardo Silveira. 
Rio de Janeiro: Ediouro, 2002.
5. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
BAYS, J. Desenho em dez lições (Drawing Workbook). s.l.: David & Charles Limited, 1998. 
BELMIRO, A. Perspectiva para Principiantes. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1979.
CERVER, F. A. Desenho para Principiantes. Tradução de Judite Vitorino e Clara Vitorino. 
s.l.: Konemann, 2003. 
COLI, J. O que é arte. 15. ed. São Paulo: Brasiliense, 2000.
DERDYK, E. Formas de pensar o desenho - desenvolvimento do grafismo infantil. São 
Paulo: Scipione, 1989.
______. (Org.). Disegno. Desenho. Designio. São Paulo: Editora Senac, 2007.
______. Formas de pensar o desenho – desenvolvimento do grafismo infantil. 3 ed. 3. 
Impressão. São Paulo: Scipione, 2008.
______. O desenho da Figura Humana. São Paulo: Scipione, 2003.
GOMBRICH, E. H. A história da arte. 16. ed. Tradução de Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: 
LTC, 1999.
IAVELBERG, R. O desenho cultivado da criança – prática e formação de educadores. Porto 
Alegre: Zouk, 2006.
© Plano de Ensino 13
Claretiano - Centro Universitário
JANSON, H. W.; JANSON, A. F. Iniciação à história da arte. 2. ed. Tradução de Jefferson 
Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
KANDINSKY, W. Ponto e linha sobre o plano. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
LICHTENSTEIN, J. (Org.). A pintura: A figura humana, apresentação de Nadeije Laneyrie-
Dagen; coordenação da tradução de Magnólia Costa, São Paulo: Ed. 34, 2004. v. 6.
MARTINS, M. C. PICOSQUE, G. GUERRA, M. T. T. Didática do Ensino de Arte: a língua do 
mundo – poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998.
MAYER, R. Manual do artista. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
PEDROSA, I. Da cor à cor inexistente. 9. ed. Rio de Janeiro: Léo Christiano Editorial Ltda., 
2003.
PIGNATTI, T. O desenho: de Altamira a Picasso. São Paulo: Abril, 1982.
RUDEL, J. A técnica do desenho. Rio de Janeiro: Zahar, 1980.
STRICKLAND, C. Arte comentada: da pré-história ao pós-moderno. Tradução de Angela 
Lobo de Andrade. Rio de Janeiro: Ediouro, 1999.
Claretiano - Centro Universitário
CRC
Caderno de 
Referência de 
Conteúdo
1. INTRODUÇÃO 
A disciplina Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho 
foi dividida em quatro unidades com o objetivo de facilitar a com-
preensão e permitir um melhor entendimento sobre cada tópico. 
Veremos.
 Na Unidade 1, iremos abordar os conceitos introdutórios 
sobre a percepção e a expressão bidimensional do desenho bem 
como suas diferentes formas. 
Você estudará na Unidade 2 os primeiros desenhos realiza-
dos na denominada arte rupestre, os desenhos do mundo antigo e 
os desenhos da era medieval. 
Já na Unidade 3, você observará não somente as mais varia-
das formas de desenhar, mas também, como o estilo de desenhar 
muda de um período para o outro e de um artista para o outro, e 
que, os artistas devolvem em forma de arte a sua visão do mundo, 
ou seja, a percepção da realidade.
© Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho16
Finalmente, na Unidade 4 será apresentado os elementos do 
desenho e sua composição. Para isso, conheceremos a articulação 
entre a percepção e a representação do mundo real, modos pró-
prios de expressão e comunicação visuais mediados pelos diversos 
recursos do desenho, tais como, suportes, materiais, instrumentos 
e processos. 
Além disso, a capacidade de observação e representação, o 
senso de memória e de imaginação serão fundamentais para rea-
lização dos desenhos, no contexto cotidiano. Também, será rele-
vante conhecer o traço, o gesto e a precisão do desenho por meio 
de exercícios, a fim de possibilitar a prática do desenho de obser-
vação. 
Somados aos conteúdos desta unidade, será imprescindível 
mencionar sobre o respeito e a apreciação dos diferentes modos 
de expressão, bem como a crítica aos estereótipos e preconceitos.
Bons estudos!
2. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA DISCIPLINA
Abordagem Geral da Disciplina
Profª. Fabíola Gonçalves Giraldi
Neste tópico, apresenta-se uma visão geral do que será 
estudado nesta disciplina. Aqui, você entrará em contato com 
os assuntos principais deste conteúdo de forma breve e geral e 
terá a oportunidade de aprofundar essas questões no estudo de 
cada unidade. Desse modo, essa Abordagem Geral visa fornecer-
lhe o conhecimento básico necessário a partir do qual você possa 
construir um referencial teórico com base sólida – científica e 
cultural – para que, no futuro exercício de sua profissão, você a 
exerça com competência cognitiva, ética e responsabilidade social. 
Vamos começar nossa aventura pela apresentação das ideias e dos 
princípios básicos que fundamentam esta disciplina. 
Claretiano - Centro Universitário
17© Caderno de Referência de Conteúdo
De acordo com o Dicionário Aurélio (2005, p. 210), a palavra 
desenho pode ser definida como:
Representação de formas sobre uma superfície, por meio de linhas, 
pontos e manchas; com objetivo lúdico, artístico, científico ou téc-
nico; A arte e a técnica de representar, com lápis, pincel, pena, etc. 
um tema real ou imaginário, expressando a forma e geralmente 
abandonando a cor. 
Com base na definição anterior, não é difícil reconhecer 
como desenhos as imagens dispostas nas Figuras de 1 a 5. 
Figura 1.
© Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho18
Figura 2.
Claretiano - Centro Universitário
19© Caderno de Referência de Conteúdo
Figura 3 Ilustração by Raphael Lima.
 
Figura 4 Desenhos de Leonardo da Vinci.
© Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho20
Figura 5 Desenho, 1971.
E talvez, nas Figuras de 6 a 9.
Claretiano - Centro Universitário
21© Caderno de Referência de Conteúdo
Figura 6 Carla Zaccagnini. 
Figura 7 Schellen-Engel, 1936. Lápis sobre papel cartão, 29,5 x 21 cm Berna, Kunstmuseum 
Bern, fundação Paul Klee.
© Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho22
Figura 8 Autorretrato. 
Figura 9 Guto Lacaz.
Claretiano - Centro Universitário
23© Caderno de Referência de Conteúdo
Mas e as Figuras 10 e 11? Será que podemos chamar de 
desenho ou de “rabisco” mesmo? 
Figura 10 Rabisco aleatório.
Figura 11 Posted by Marcos Leão.
Se desenho é representar algo numa superfície, as Figuras 
de 12 a 24 são desenhos também?
© Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho24
Figura 12 Onde eu era, Ester Grinspum.
Figura 13 Desenhos de Saul Steinberg.
Claretiano - Centro Universitário
25© Caderno de Referência de Conteúdo
Figura 14 Desenhos de Saul Steinberg.
Figura 15 Caminho para o céu.
© Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho26
Figura 16 Desenho de fumaça. 
Figura 17 Desenhos feitos com luz – lanterna.
Claretiano - Centro Universitário
27© Caderno de Referência de Conteúdo
Figura 18 The World Flag Ant Farm, Yukinori Yanagi.
Figura 19 Studies in American Art: Three Flags, 2000, Yukinori. 
© Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho28
Figura 20 Yukinori Yanagi: Alcatraz Wandering Position, 1997. 
Figura 21 Richard Long – Botas Poeirentas - Linha do Sahara – 1988.
Claretiano - Centro Universitário
29© Caderno de Referência de Conteúdo
Figura 22 Uma linha no Japão, monte Fuji, 1979.
Figura 23 Círculo no Sahara, 1988.
© Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho30
Figura 24 Linha feita caminhando, Inglaterra, 1967.
Desenho
Afinal, o que é desenho?
Ass im como arte, definirdesenho não é nossa principal 
meta. Não há porque defini-los, sabemos que existem e que car-
regam muitos significados. Acredito que o que realmente conta é 
entender que são parte da nossa história, e que, por meio deles, 
e no caso, o desenho dentro da arte, conhecemos nossa própria 
história. 
Desde que o homem vive, ele desenha.
E, conforme o homem se transforma, seu desenho também 
muda.
Como sabemos, o homem pré-histórico desenhou em ro-
chas seres humanos, animais, plantas, elementos do seu mundo, 
expressando de uma forma intensa as suas vivências (Figura 25).
Claretiano - Centro Universitário
31© Caderno de Referência de Conteúdo
 
Figura 25 Pintura rupestre – Lascaux (15.000 a 10.000 anos A.C).
Culturas como a Egípcia (Figura 26) e a Grega, deixaram re-
gistros de sua história sob a forma de imagens desenhadas, as 
quais nos oferecem meios para a compreensão da sua história, 
pensamento e sabedoria. 
Figura 26 Fragmento do livro dos mortos de Tebas - Egipto (1000 AC).
© Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho32
Já no desenho da Idade Média, vemos o ambiente da época 
com seus personagens ingênuos e “espaços impossíveis”, devido a 
ausência da perspectiva (Figura 27).
Figura 27 Detalhe de um desenho mural de Palau Calades - Barcelona. Idade Média.
No decorrer do Renascimento, o desenho ganha força e se 
desenvolve com perspectivas sublimes e grandiosa sensibilidade 
dos mestres da época. Observe as Figuras 28, 29 e 30.
Figura 28 Paolo Ucello - estudo para 
cálice- Renascimento.
Figura 29 J. V. de Vries “Perspective pas 
altera”, 1604-1605.
Claretiano - Centro Universitário
33© Caderno de Referência de Conteúdo
Figura 30 Leonardo da Vinci - Estudo de perspectiva (detalhe) – Renascimento.
Neste contexto, de acordo com Soares (2013):
Cada cultura possui saberes, códigos e valores próprios e isso con-
diciona os sistemas de comunicação. O desenho de cada período 
histórico é condicionado por aquilo que em determinado momento 
histórico é considerado verdadeiro e digno de importância. Veja, 
por exemplo, como varia a representação de um Cristo na arte Bi-
zantina ou na da Idade Média, do Gótico ou da atualidade. Igual-
mente a representação da figura humana aparece com aspectos 
completamente diversos conforme as épocas históricas devido aos 
conhecimentos que se tinham ou não sobre a anatomia humana, 
ou os ideais de beleza do momento. Também de indivíduo para in-
divíduo, mesmo sendo contemporâneo, o caráter do desenho varia 
caracterizando a capacidade de representação, sensibilidade, per-
sonalidade e interesses de cada um. Mesmo desenhos do mesmo 
indivíduo, por vezes variam bastante de acordo com diversas con-
dicionantes, como a experiência, vivências, estados de espírito, etc. 
Quase sempre um registro desenhado parte de uma experiência 
de observação da realidade. Refletindo sobre o que vê, o homem 
registra o que compreende da realidade e o que julga ser digno de 
interesse.
Do ponto de vista do observador procura-se fazer a decodificação 
do que se vê representado, a partir do que se conhece do mundo, 
fazendo associações automáticas entre o que conhecemos da rea-
© Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho34
lidade e o que vemos representado. O receptor, aquele que analisa 
um desenho, também só perceberá nele o que conseguir ou quiser 
entender. A cultura que cada um de nós possui, vai tornar-nos mais 
ou menos capazes de extrair “leituras” de uma imagem ou dese-
nho. O tipo de sensibilidade, a disponibilidade e curiosidade para 
apreciar a imagem também conduzem a uma apreensão mais rica 
ou mais pobre. 
Veja a Figura 31.
Figura 31 Picasso - Eric Satie - lápis s/ papel, 1920. 
Retome as Figuras 12, 14, 15, 19 e 24 e observe-nas nova-
mente. 
Para muitos de nós, é estranho pensar o que são desenhos. 
Desde pequenos pensamos no desenho como algo "bonito", "per-
feito", uma cópia da realidade, um retrato idêntico daquela pessoa 
famosa, uma paisagem harmoniosa. E tudo isso é desenho sim, 
mas não só isso. 
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A linha
Como nos mostra a história da arte, o desenho também 
acompanha as mudanças da sociedade e explora outros recursos, 
outras técnicas, outros materiais, como podemos ver nos traba-
lhos de Richard Long ou Yukinori Yanagi.
Em seus trabalhos não são utilizados o "lápis e papel". Mas 
ali encontramos a linha. 
E a linha, não é desenho?
A linha é elemento da composição visual e está presente nos 
desenhos. Cada um a concebe de uma maneira, mas ela está ali.
E foi Paul Klee que a deixou sonhar, libertou-a.
Em Paul Klee a arte está ligada mais à essência do que à aparência 
das coisas. Portanto, a arte não representa o mundo, mas o apre-
senta, sendo o artista o elo entre o ser interior e o mundo que o 
envolve (MAC, 2011). 
Observe a Figura 32.
Figura 32 Santa da Luz Interior, 1921. Litografia s/ papel; 38.9 x 26.7 cm. Doação MAMSP. 
© Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho36
Observe a linha na gravura disposta na Figura 32. De acordo 
com MAC (2011):
[...] a linha é o elemento fundamental no processo de construção 
da imagem - lição que se tira das aulas na Bauhaus: ela intervém no 
espaço pictórico, criando o amarelo claro do fundo; da interseção 
entre ambos nasce a figura de uma mulher, cuja cabeça está en-
volta por um círculo, a auréola que deixa de pairar sobre ela para 
envolvê-la e a luz que passa do corpo para o exterior. As linhas e 
a cor expandem-se, ultrapassam seus limites para se fundirem, 
compondo-se num mosaico para daí sugerir o tema. Criar imagens 
assim era ser mais fiel à natureza interior que tentar copiá-la; da 
realidade sensível. Para ele, a natureza cria através do artista.
A linha não precisa mais ser um contorno para dar suporte à 
cor. Todos nós podemos e sabemos desenhar, basta fazer qualquer 
“rabisco” e pronto, temos um desenho. Fácil? 
Não, compreender o desenho contemporâneo talvez não 
seja tão simples assim. Justamente por que crescemos num meio, 
numa sociedade que dita o que é e o que não é desenho. Logica-
mente essa mesma sociedade sabe do desenho contemporâneo, 
mas o acesso a ele é mais complicado. 
É mais fácil lidar com o que já conhecemos e, de certa forma, 
dominamos. Para que ficar falando de novas ideias?
Isso é necessário pois, a Arte é disciplina obrigatória nas es-
colas. Desenho é uma de suas linguagens, é a linguagem expres-
siva. 
E, de que desenhos vamos falar em nossas aulas? De dese-
nhos livres? Afinal, o que é desenho livre? 
Desenho livre é aquele que nada exige do educador, muito 
menos do educando. Entretanto, ensinar é também instruir. 
Apesar do que existe hoje na arte, não podemos confundir 
com “vale-tudismos” e ignorar tudo o que já foi construído. Exis-
tem técnicas, meios, suportes, materiais, conceitos que podem e 
devem ser trabalhados. Só não podemos nos limitar a uns poucos 
que já conhecemos ou que achamos e que nos disseram que de-
vem ser os "melhores".
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"Não sei desenhar" é uma das frases que um professor de 
Arte mais ouve. Mais o que devemos fazer quando escutarmos 
essa frase?
Segundo Sapienza (2004, p. 225 apud Iavelberg (2006, n. p.):
Para saber desenhar, instrumento básico para a elaboração do 
pensamento visual, é preciso adotar uma atitude similar. Exercitar 
diversas formas de desenhar sem se preocupar com um resultado 
final a ser exposto como "obra de arte", por exemplo: criar um ar-
gumento visual para uma conversa; anotar memória e percepções; 
esboçar pensamentos e projetos. Esta experiência é fundamental 
para o desenvolvimento da própria habilidade de desenhar, mesmo 
quando o propósito é obter resultados que possam ser "expostos". 
Esta atitude podeser encontrada nos processos de criação dos 
mais diversos artistas. 
Por que não pensarmos no nosso processo de criação. Esta 
é minha proposta para vocês a partir de agora. Desenhar todos 
os dias. Afinal, desenho “[...] é linguagem constitutiva do próprio 
pensamento, além de ser o registro mais imediato de nossas sen-
sibilidades" (DERDYK, 2007, n. p.).
Lápis e papel é fácil de conseguir, vamos esboçar, projetar, 
brincar, anotar, pensar, criar, rasgar e exercitar. Quem sabe nosso 
caderno de artista não vira mesmo um livro de artista! Pois, cada 
página e cada detalhe é importante.
Por exemplo, das anotações de Artur Barrio para uma expo-
sição, surge um livro, o próprio catálogo da exposição (Figura 33).
© Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho38
Figura 33.
De pensamentos constantes em lugares inconstantes nasce 
o Livro Postal de Tiago Spina (Figuras 34, 35 e 36). 
Figura 34.
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Figura 35.
Figura 36.
© Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho40
O livro de Paulo Bruscky (Figura 37) torna-se a própria obra. 
Observe. 
Figura 37 Livrobjetojogo, 1993. Botões de plástico, cerâmica e metal, zíper, 
linha de algodão e costura sobre tecidos de algodão 3 X 25 x 35,8 cm
Doação Ricardo Resende, 2001 - Acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo.
De acordo com Freire (apud GRAMATOLOGIA, 2008, n. p.):
O pernambucano Paulo Bruscky desafia os rótulos, ou seja, qual-
quer definição é insuficiente para definir esse artista nascido em 
Recife, em 1949. Multimídia, inventor, educador, poeta, fotógrafo, 
arquivista, editor, curador; enfim, em duas palavras: um artista con-
temporâneo. Como artista, sua obra é tão vasta quanto múltipla. 
Desde o final dos anos 1960, vem desenvolvendo suas idéias em 
projetos de performances, objetos, esculturas, instalações multimí-
dia, livros de artista, poesia visual, fotografias, filmes, vídeos, assim 
como em varias invenções. Foi um dos pioneiros da arte postal no 
Brasil, e sua atividade intensa na rede de arte postal resultou num 
dos mais importantes arquivos de arte conceitual e multimídia do 
Brasil, que inclui trabalhos do Fluxus, do grupo japonês Gutai, John 
Cage, entre muitos outros artistas significativos na história da arte 
contemporânea. Muitos dos seus livros de artista foram amplamen-
te distribuídos pelo correio, forma de circulação artística marginal 
completamente alheia ao mercado e ao sistema da arte oficial.
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Se meios e técnicas não definem sua prática artística, a dicotomia 
centro/periferia tampouco esclarece a vasta e diversificada face de 
uma obra que, não por acaso, só muito recentemente vem sendo 
mais conhecida. Observa-se, em sua trajetória, que sua poética ca-
minha lado a lado com uma busca quase quixotesca da ampliação 
das sensibilidades, sempre incluindo mais interlocutores. À mar-
gem do sistema oficial de legitimação, orienta-se para as bordas, na 
direção de um descentramento total de emissores e receptores de 
suas mensagens artísticas. Nos projetos desse artista, cuja influên-
cia do espírito Fluxus é notável, o cotidiano, em suas mais simples e 
insólitas situações, é capaz de propiciar sempre novas experiências.
Com a consciência da perda de um encantamento originário do 
mundo, Bruscky tenta ressuscitar o homo ludens adormecido em 
cada um de nós. Destrona o hegemônico valor econômico e elege, 
como guia de sua poética, a imaginação e o jogo aliados à irreve-
rência e ao humor.
Cada exemplar dentre as centenas de livros de artista que reali-
zou nos meios e técnicas dos mais variados seja como múltiplo ou 
como livro objeto único é mais um terreno aberto à experimenta-
ção. Nos seus livros, o aspecto lúdico e a experimentação sensível, 
tátil e olfativa, são, mais uma vez, significativos. Muitos de seus li-
vros dirigem-se às crianças, mas também a uma quase arquetípica 
experiência de infância que guardamos por toda a vida.
O Livrobjetojogo (1993) é um livro costurado com retalhos de teci-
dos coloridos, em suas páginas prendem-se aleatoriamente zíperes 
e fechos de formatos diversos. Os botões sugerem os gestos coti-
dianos de abrir e fechar e solicitam a ação de quem interagem com 
eles. A leitura desse livro é feita pelas mãos, convidadas a brincar 
em movimentos guiados pelo acaso, libertas dos automatismos 
dos gestos cotidianos. A percepção tátil desvencilha se, assim, da 
funcionalidade exata das ações práticas e resgata o que de mais 
sensível pode haver no desejo imemorial de ler o mundo.
Observe outros exemplos nas Figuras 38, 39 e 40. 
© Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho42
Figura 38 Ulises Carrión, O silêncio é de ouro (Silence is gold), 1973, caneta hidrográfica e 
grafite s/ fotocópia em cores s/ papel, 25,8 x 18,4 cm - 11fls.
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Figura 39 Joseph Beuys, Códices Madrid, 1974-1975, litografia s/ papel,
22,9 x 15,8 cm (30 obras).
© Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho44
Figura 40 Joseph Beuys, Códices Madrid, 1974-1975, litografia s/ papel, 22,9 x 15,8 cm (30 
obras).
Para ensinar arte é preciso vivenciá-la. Como falar de experi-
ência estética se não experimentarmos também?
Desenhar é várias coisas.
É lançar a linha no espaço, anarquicamente, mas com aquela or-
dem interna que só quem faz sabe. 
É estabelecer um continente, que aparentemente não contém 
nada, mas onde pode caber tudo (e onde cabe o vazio que é nada 
e tudo ao mesmo tempo).
É criar relações entre coisas, dando pesos e valores. 
É falar de objetos e fazê-los falar.
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45© Caderno de Referência de Conteúdo
E finalmente é lançar um olhar para a realidade, procurando e 
achando significados (GRINSPUM In DERDYK, 2007, n. p).
Glossário de Conceitos 
O Glossário de Conceitos permite a você uma consulta 
rápida e precisa das definições conceituais, possibilitando-lhe um 
bom domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área 
de conhecimento dos temas tratados na disciplina Percepção e 
expressão Bidimensional: Desenho. Veja, a seguir, a definição dos 
principais conceitos desta disciplina: 
1) Bidimensional: o termo pode ser aplicado a dois aspec-
tos distintos da produção artística, sendo plano e forma 
de representação. Em relação ao plano, o termo se re-
fere à representação pictórica expressa em suporte de 
duas dimensões: altura e largura, como tela e papel. As 
mais tradicionais técnicas artísticas, como o desenho e a 
pintura, frequentemente, utilizam-se de planos bidimen-
sionais para a sua representação, diferentemente da es-
cultura que se vale ainda de uma terceira dimensão, a 
profundidade. Em relação à forma, as imagens bidimen-
sionais são aquelas representadas apenas com largura 
e altura, sem as ilusões de profundidade (perspectiva). 
Historicamente, até que se descobrissem os fundamen-
tos da tridimensionalidade (com três dimensões: altura, 
largura e profundidade) - como as leis da Perspectiva no 
Renascimento - as imagens eram representadas de for-
mas bidimensionais.
2) Expressão: relacionado ao ato de exprimir, o termo é uti-
lizado na arte para referir-se à manifestação de algo no 
trabalho artístico, seja um pensamento, seja um senti-
mento. A expressão artística, como costuma ser tratada, 
seria a maneira que o autor encontra para exteriorizar 
suas inquietações.
3) Linguagem: é o sistema de signos que serve como meio 
de expressão e comunicação de ideias ou sentimentos. 
Caracterizada em diferentes tipos, a linguagem pode ser 
expressa e percebida de variadas formas e pelos diver-
© Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho46
sos órgãos dos sentidos. Essas expressões podem, ain-
da, ser categorizadasem formas verbais ou não-verbais, 
constituídas por diversos elementos expressivos como 
gestos, sinais, sons, símbolos e palavras. A linguagem é 
a forma essencial de nossa experiência no mundo. Esta-
mos sempre mediados por tipos de linguagem, por sis-
temas simbólicos. Na arte, a linguagem seria a forma de 
expressão eleita por cada artista para representar suas 
impressões do mundo.
4) Linha do horizonte (LH): em relação ao desenho em 
perspectiva linear, corresponde à linha horizontal imagi-
nária na altura dos olhos do observador. Todo desenho 
deve ter uma LH, sutil ou aparente. Ela define o ponto de 
vista do observador. 
5) Percepção: relaciona-se à forma do olhar que é lançado 
sobre o trabalho artístico. A percepção seria a união de 
uma observação cautelosa e as emoções desprendidas a 
partir dali. Cotidianamente, o termo associa-se ao ato de 
notar algo ou alguém, de compreender, talvez. Na arte, 
a percepção significaria algo para além disso. Não seria 
apenas notar ou reconhecer a existência, nem deman-
daria determinada compreensão, mas um olhar diferen-
ciado, uma atenção.
6) Pontilhismo: técnica pictórica na qual o artista aplica o 
método de dividir as cores em seus componentes fun-
damentais e recobrir sua obra com inúmeras pinceladas 
regulares de cores puras. Como resultado, o olhar do 
observador, a uma certa distância, capta a obra em sua 
unidade, e pode ter uma sensação ótica de vibração e 
luminosidade. Essa sensação decorre devido à presença 
dos pequenos pontos de tamanho e cor uniforme, que 
não se fundem, mas reagem uns aos outros em função 
do olhar à distância. O termo peinture au point (pintura 
de pontos) foi cunhado pelo crítico francês Félix Fénéon 
(1861-1944) em uma referência à tela Um Domingo de 
Verão na Grande Jatte (1886), de Georges Seurat (ITAÚ 
CULTURAL, 2011). 
7) Ponto de fuga (PF): “[...] ponto para o qual, na profun-
didade do quadro, parecem convergir os raios ou linhas 
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47© Caderno de Referência de Conteúdo
que se originam no primeiro plano de uma obra com 
perspectiva” (FAULSTICH; OLIVEIRA, 2013, n. p.).
8) Representação: nas primeiras definições de representa-
ção, defendidas por São Tomás de Aquino ainda no sé-
culo 13, prevalecia a ideia de uma imagem que expres-
sasse uma estreita relação entre um dado objeto, sujeito 
ou lugar e o conhecimento que se tem dele. Alguns sé-
culos mais tarde, surgiriam novas interpretações para 
o termo, como sendo, este, não a expressão direta de 
um dado real, mas um meio pelo qual assimilamos este 
real ou sua imagem já conhecida. A evolução da defini-
ção de representação estaria ligada à transformação das 
próprias formas de representação na arte ao longo dos 
anos. Com o surgimento da fotografia, por exemplo, as 
expressões visuais em pintura iriam caminhar para um 
desprendimento das representações figurativas (realis-
tas), passando a práticas mais livres para expressão de 
formas que representam o mundo, o homem e as coisas 
do mundo e do homem.
9) Sfumato: "Termo usado para descrever a justaposição 
sutil de cores ou tons diferentes, de modo que se mes-
clem entre si sem qualquer transição perceptível – se-
gundo as palavras de Leonardo Da Vince, 'sem limites ou 
bordas, à maneira da fumaça'. Da Vince foi um dos su-
premos praticantes do sfumatto; Vasari via a capacidade 
de suavizar os rígidos contornos característicos da pintu-
ra do início do Quattrocento como uma das marcas dis-
tintivas da pintura 'moderna' (CHILVERS, 1996, p. 490).
Esquema dos Conceitos-chave 
Para que você tenha uma visão geral dos conceitos mais im-
portantes deste estudo, apresentamos, a seguir (Figura 1), um Es-
quema dos Conceitos-chave da disciplina. O mais aconselhável é 
que você mesmo faça o seu esquema de conceitos-chave ou até 
mesmo o seu mapa mental. Esse exercício é uma forma de você 
construir o seu conhecimento, ressignificando as informações a 
partir de suas próprias percepções. 
© Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho48
É importante ressaltar que o propósito desse Esquema dos 
Conceitos-chave é representar, de maneira gráfica, as relações en-
tre os conceitos por meio de palavras-chave, partindo dos mais 
complexos para os mais simples. Esse recurso pode auxiliar você 
na ordenação e na sequenciação hierarquizada dos conteúdos de 
ensino. 
Com base na teoria de aprendizagem significativa, entende-
-se que, por meio da organização das ideias e dos princípios em 
esquemas e mapas mentais, o indivíduo pode construir o seu co-
nhecimento de maneira mais produtiva e obter, assim, ganhos pe-
dagógicos significativos no seu processo de ensino e aprendiza-
gem. 
Aplicado a diversas áreas do ensino e da aprendizagem es-
colar (tais como planejamentos de currículo, sistemas e pesquisas 
em Educação), o Esquema dos Conceitos-chave baseia-se, ainda, 
na ideia fundamental da Psicologia Cognitiva de Ausubel, que es-
tabelece que a aprendizagem ocorre pela assimilação de novos 
conceitos e de proposições na estrutura cognitiva do aluno. Assim, 
novas ideias e informações são aprendidas, uma vez que existem 
pontos de ancoragem. 
Tem-se de destacar que “aprendizagem” não significa, ape-
nas, realizar acréscimos na estrutura cognitiva do aluno; é preci-
so, sobretudo, estabelecer modificações para que ela se configure 
como uma aprendizagem significativa. Para isso, é importante con-
siderar as entradas de conhecimento e organizar bem os materiais 
de aprendizagem. Além disso, as novas ideias e os novos concei-
tos devem ser potencialmente significativos para o aluno, uma vez 
que, ao fixar esses conceitos nas suas já existentes estruturas cog-
nitivas, outros serão também relembrados. 
Nessa perspectiva, partindo-se do pressuposto de que é você 
o principal agente da construção do próprio conhecimento, por 
meio de sua predisposição afetiva e de suas motivações internas 
e externas, o Esquema dos Conceitos-chave tem por objetivo tor-
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49© Caderno de Referência de Conteúdo
nar significativa a sua aprendizagem, transformando o seu conhe-
cimento sistematizado em conteúdo curricular, ou seja, estabele-
cendo uma relação entre aquilo que você acabou de conhecer com 
o que já fazia parte do seu conhecimento de mundo (adaptado do 
site disponível em: <http://penta2.ufrgs.br/edutools/mapascon-
ceituais/utilizamapasconceituais.html>. Acesso em: 11 mar. 2010). 
�ARTE� REALIDADE�
LINGUAGENS� Percepção�
DESENHO�
Expressão�
ELEMENTOS�
VISUAIS�
Representação�
Observação�
Materiais�e�
Suportes�
Criação�Memória�
Figura 1 Esquema dos Conceitos-chave da disciplina Percepção e Expressão Bidimensional: 
Desenho. 
Como pode observar, esse Esquema oferece a você, como 
dissemos anteriormente, uma visão geral dos conceitos mais im-
portantes deste estudo. Ao segui-lo, será possível transitar entre 
os principais conceitos desta disciplina e descobrir o caminho para 
construir o seu processo de ensino-aprendizagem. 
© Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho50
O Esquema dos Conceitos-chave é mais um dos recursos de 
aprendizagem que vem se somar àqueles disponíveis no ambien-
te virtual, por meio de suas ferramentas interativas, bem como 
àqueles relacionados às atividades didático-pedagógicas realiza-
das presencialmente no polo. Lembre-se de que você, aluno EaD, 
deve valer-se da sua autonomia na construção de seu próprio co-
nhecimento. 
Questões Autoavaliativas
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões 
autoavaliativas sobre os conteúdos ali tratados, as quais podem 
ser de múltipla escolha, abertas objetivas ou abertas dissertati-
vas. 
 Responder, discutir e comentar essas questões, bem como 
relacioná-las com a prática do ensino de Desenho pode ser uma 
forma de você avaliar o seu conhecimento. Assim, mediantea re-
solução de questões pertinentes ao assunto tratado, você estará 
se preparando para a avaliação final, que será dissertativa. Além 
disso, essa é uma maneira privilegiada de você testar seus conhe-
cimentos e adquirir uma formação sólida para a sua prática profis-
sional. 
As questões de múltipla escolha são as que têm como resposta 
apenas uma alternativa correta. Por sua vez, entendem-se por 
questões abertas objetivas as que se referem aos conteúdos 
matemáticos ou àqueles que exigem uma resposta determinada, 
inalterada. Já as questões abertas dissertativas obtêm por 
resposta uma interpretação pessoal sobre o tema tratado; por isso, 
normalmente, não há nada relacionado a elas no item Gabarito. 
Você pode comentar suas respostas com o seu tutor ou com seus 
colegas de turma.
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51© Caderno de Referência de Conteúdo
Bibliografia Básica
É fundamental que você use a Bibliografia Básica em seus es-
tudos, mas não se prenda só a ela. Consulte, também, as bibliogra-
fias apresentadas no Plano de Ensino e no item Orientações para o 
estudo da unidade.
Figuras (ilustrações, quadros...)
Neste material instrucional, as ilustrações fazem parte inte-
grante dos conteúdos, ou seja, elas não são meramente ilustra-
tivas, pois esquematizam e resumem conteúdos explicitados no 
texto. Não deixe de observar a relação dessas figuras com os con-
teúdos da disciplina, pois relacionar aquilo que está no campo vi-
sual com o conceitual faz parte de uma boa formação intelectual. 
Dicas (motivacionais)
O estudo desta disciplina convida você a olhar, de forma 
mais apurada, a Educação como processo de emancipação do ser 
humano. É importante que você se atente às explicações teóricas, 
práticas e científicas que estão presentes nos meios de comunica-
ção, bem como partilhe suas descobertas com seus colegas, pois, 
ao compartilhar com outras pessoas aquilo que você observa, per-
mite-se descobrir algo que ainda não se conhece, aprendendo a 
ver e a notar o que não havia sido percebido antes. Observar é, 
portanto, uma capacidade que nos impele à maturidade. 
Você, como aluno do curso de Licenciatura em Artes na mo-
dalidade EaD, necessita de uma formação conceitual sólida e con-
sistente. Para isso, você contará com a ajuda do tutor a distância, 
do tutor presencial e, sobretudo, da interação com seus colegas. 
Sugerimos, pois, que organize bem o seu tempo e realize as ativi-
dades nas datas estipuladas. 
É importante, ainda, que você anote as suas reflexões em 
seu caderno ou no Bloco de Anotações, pois, no futuro, elas pode-
rão ser utilizadas na elaboração de sua monografia ou de produ-
ções científicas.
© Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho52
Leia os livros da bibliografia indicada, para que você amplie 
seus horizontes teóricos. Coteje-os com o material didático, discu-
ta a unidade com seus colegas e com o tutor e assista às videoau-
las. 
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões 
autoavaliativas, que são importantes para a sua análise sobre os 
conteúdos desenvolvidos e para saber se estes foram significativos 
para sua formação. Indague, reflita, conteste e construa resenhas, 
pois esses procedimentos serão importantes para o seu amadure-
cimento intelectual.
Lembre-se de que o segredo do sucesso em um curso na 
modalidade a distância é participar, ou seja, interagir, procurando 
sempre cooperar e colaborar com seus colegas e tutores.
Caso precise de auxílio sobre algum assunto relacionado a 
esta disciplina, entre em contato com seu tutor. Ele estará pronto 
para ajudar você. 
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
DERDYK, E. (Org.). Disegno. Desenho. Desígnio. São Paulo: Senac, 2007.
DICIONÁRIO AURÉLIO BÁSICO DA LÍNGUA PORTUGUESA, 1995. 
GRINSPUM, E. Do desenho. In: DERDYK, E. (Org.). Disegno. Desenho. Desígnio. São Paulo: 
Senac, 2007.
IAVELBERG, R. O desenho cultivado da criança – prática e formação de educadores. Porto 
Alegre: Zouk, 2006.
4. EͳREFERÊNCIAS 
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ABAAAe0skAE/curso-completo-desenho-mozart-couto>. Acesso em: 4 out. 2013.
Figura 2. Couto (2013, p. 44). Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/
ABAAAe0skAE/curso-completo-desenho-mozart-couto>. Acesso em: 4 out. 2013.
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Figura 6 Carla Zaccagnini. Disponível em: <http://www.porta33.com/exposicoes/col/
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Kunstmuseum Bern, fundação Paul Klee. Disponível em: <http://quinta-del-sordo.
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Figura 8 Auto-retrato. Disponível em: <http://br.geocities.com/gisabeavis/bio.htm>. 
Acesso em: s. d. 
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Figura 11 Posted by Marcos Leão. Disponível em: <http://www.observatorio.blogger.
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www.dukemagazine.duke.edu/dukemag/issues/070801/images/art8.jpg>. Acesso em: 
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Figura 23 Círculo no Sahara, 1988. Disponível em: <http://www.richardlong.org/
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Figura 24 Linha feita caminhando, Inglaterra, 1967. Disponível em: <http://www.
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Figura 25 Pintura rupestre – Lascaux (15.000 a 10.000 anos A.C). Disponível em: <http://
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Figura 27 Detalhe de um desenho mural de Palau Calades - Barcelona. Idade Média. 
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Figura 28 Paolo Ucello - estudo para cálice- Renascimento. Disponível em: <http://
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Figura 29 J. V. de Vries “Perspective pas altera”, 1604-1605. Disponível em: <http://
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Figura 30 Leonardo da Vinci - Estudo de perspectiva (detalhe) – Renascimento. Disponível 
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Figura 31 Picasso - Eric Satie - lápis s/ papel. 1920. Disponível em: <http://odesenho.
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Figura 32 Santa da Luz Interior, 1921. Litografia s/ papel; 38.9 x 26.7 cm. Doação 
MAMSP. Disponível em: <http://www.mac.usp.br/projetos/seculoxx/modulo1/
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Figura 34. Disponível em: <www.tiagospina.com>. Acesso em: s. d.
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Figura 36. Disponível em: <www.tiagospina.com>. Acesso em: s. d.
Figura 37 Livrobjetojogo, 1993. Botões de plástico, cerâmica e metal, zíper, 
linha de algodão e costura sobre tecidos de algodão 3 X 25 x 35,8 cm
Doação Ricardo Resende, 2001 - Acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo. 
Disponível em: <http://4.bp.blogspot.com/-JFNI5M1nqtc/TffUkAKwJYI/AAAAAAAAALI/
CX9l6TDBMWs/s1600/bruscky+livro.jpg>. Acesso em: 4 out. 2013.
Figura 38 Ulises Carrión O Silêncio é de ouro, 1973 Silence is Gold
caneta hidrográfica e grafite s/ fotocópia em cores s/ papel,
25,8 x 18,4 cm - 11fls. Disponível em: <http://www.mac.usp.br/exposicoes/00/
aconceitual/exposicao/livros/index.html>. Acesso em: s. d. 
Figura 39 Joseph Beuys Códices Madrid, 1974/75 litografia s/ papel,
22,9 x 15,8 cm (30 obras). Disponível em: <http://www.mac.usp.br/exposicoes/00/
aconceitual/exposicao/livros/index.html>. Acesso em: s. d. 
Figura 40 Joseph Beuys Códices Madrid, 1974/75 litografia s/ papel,
22,9 x 15,8 cm (30 obras). <http://www.mac.usp.br/exposicoes/00/aconceitual/
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Claretiano - Centro Universitário
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Claretiano - Centro Universitário
1
EA
D
Desenho: Conceitos 
Introdutórios, Materiais 
e Suportes
1. OBJETIVOS
• Reconhecer e interpretar determinados conceitos intro-
dutórios relacionados à percepção e à expressão bidi-
mensional do desenho.
• Apontar as formas de desenho. 
• Identificar e analisar o desenho e a opacidade no dese-
nho por meio de textos complementares. 
• Reconhecer e usar o desenho e os meios de representa-
ção como instrumentos de conhecimento e de interroga-
ção.
• Conhecer e identificar a articulação entre percepção e re-
presentação do mundo visível.
• Conhecer e explorar diferentes suportes, materiais, ins-
trumentos e processos, adquirindo gosto por sua experi-
mentação e manipulação, com abertura de novos desa-
fios e ideias.
© Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho5858
• Respeitar e apreciar modos de expressão diferentes, 
abandonando estereótipos e preconceitos.
• Observar e contemplar o desenho no cotidiano. 
2. CONTEÚDOS
• Percepção e expressão bidimensional do desenho: con-
ceitos introdutórios.
• Formas de desenho. 
• Textos complementares sobre desenho e opacidade no 
desenho. 
• Materiais e suportes do desenho. 
3. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE
1) Tenha sempre a mão o significado dos conceitos explici-
tados no Glossário e suas ligações com o Esquema dos 
Conceitos-chave para o estudo de todas as unidades 
deste CRC. Isso poderá facilitar sua aprendizagem e seu 
desempenho.
2) O desenho é uma linguagem que pode ser expressa de 
várias formas. Atente para as diversas formas presentes 
ao seu redor e tente reconhecer como ele se manifesta. 
Procure descobrir as características dos desenhos des-
cobertos e tente relacioná-los entre si. Compartilhe suas 
descobertas!
3) Para compreender melhor a dimensão que o desenho 
pode assumir, pesquise sua conceituação em diferentes 
culturas e suas variadas expressões. Além disso, no nos-
so caso específico, poderemos pensar em suas realiza-
ções bidimensionais.
4) No decorrer do estudo desta unidade, recomendamos 
que leia o texto de Júlio Costa Feliz A Gravura em enca-
vo: Gravura em metal (ver E-referências). 
Claretiano - Centro Universitário
59© U1 - Desenho: Conceitos Introdutórios, Materiais e Suportes
5) Antes de iniciarmos, é importante que você conheça um 
dos personagens que marcaram as Artes e que integrará 
o estudo desta unidade: 
Alexander Calder
Alexander Calder (1898-1976), também conhecido por Sandy Calder, escultor e 
artista plástico norte-americano, famoso por desenvolver móbiles. Para conhecer 
um pouco de sua obra, assista aos vídeos: 
• Alexander Calder Mobile in Philadelphia. Disponível em: <http://www.youtu-
be.com/watch?v=7daTukUjx3E>. Acesso em: 3 set. 2013.
• Modernist mobile. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=Mm7z
Kd3uc6o&feature=related>. Acesso em: 3 set. 2013.
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
O que vem a sua mente quando o assunto é desenho? O que 
é desenho? Você sabe desenhar? Você gosta de desenhar? Quais 
são as características de um desenho? 
Há inúmeros questionamentos que se pode fazer sobre o de-
senho. Desse modo, em busca por respostas, você será convidado 
a estudar os conceitos introdutórios e a reconhecer as formas que 
um desenho pode assumir e, principalmente, a refletir sobre o sa-
ber ou não desenhar – o termo foi grifado justamente para que 
possamos trilhar por esse caminho lembrando que, desde bem pe-
quenos, desenhamos, até mesmo ousamos "grafitar" um pedaço 
de parede com caneta ou o que estivesse à mão, especialmente 
quando não havia ninguém olhando... 
Nesta primeira unidade, poderemos refletir também sobre o 
próprio conceito de desenho e sobre a opacidade que se faz pre-
sente nele com base nas ideias de Guto Lacaz e de Sérgio Finger-
mann. 
Desejamos queseus estudos sejam tão motivadores quanto 
o ato de desenhar!
© Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho6060
5. FORMAS DE DESENHO
Antes de falar sobre os conceitos de desenhos vamos iniciar 
nossa conversa pelo tema “formas de pensar o desenho”, tema 
que dá título ao livro de Edith Derdyk, que fala do desenvolvimen-
to do grafismo infantil. 
Mas como você já é adulto, deve estar se perguntando para 
que, neste momento, falar do desenho infantil? Justamente por-
que foi durante nossa infância que tivemos os primeiros contatos 
com o desenho, mesmo não lembrando deles. E é nesta fase que 
desenhamos, assim como tudo que fazemos, com espírito livre, to-
talmente aventureiro, cheio de curiosidade, ousadia, experimen-
tação.
Acontece que, quando adultos, parece que perdemos algo 
disso tudo, e aproveitando as palavras de Edith Derdyk (2008, p. 
10-11), podemos tentar explicar um pouco como “ficamos” adul-
tos:
Gente grande é diferente. É produto acabado, conhece seus limites, 
cresce dentro de uma roupa que se torna cada vez mais apertada. 
A vida sedentária lhe dá ares envelhecidos. O passado é memória 
acumulada: fatos inegáveis. O futuro é um rio de margens feitas. O 
presente são representações de afirmações. A emoção cotidiana 
tudo engrandece, colorindo ilusoriamente algo que o tempo se en-
carrega de encobrir. A cada ano que passa, tem a impressão de que 
a Terra gira mais rápido, desafiadoramente. O tempo é cerceado 
pelo cotidiano. A imensidão do céu já não a afeta tanto fisicamente, 
nem existencialmente. As luzes da cidade constroem um cenário 
atemporal. O que não a espera?
A intensidade do presente é uma lembrança que habita a nossa 
infância, quando os dias eram tão compridos e densos, quando o 
tempo e o espaço carregavam uma sensação de amplidão. A todo 
instante surgiam pequenas grandes fronteiras a serem ultrapassa-
das, gerando uma noção de porvir: o carrinho ali adiante, os pássa-
ros no alto do muro, o botão do elevador ali acima, o objeto sedu-
tor daquela estante...
E é com este "objeto sedutor daquela estante" que convida-
mos você a olhar e pensar o desenho. Não é para voltarmos a ser 
Claretiano - Centro Universitário
61© U1 - Desenho: Conceitos Introdutórios, Materiais e Suportes
crianças, mas por que não tentar resgatar esse "não medo" e arris-
car a desenhar como se soubéssemos fazer isso "perfeitamente", 
desde sempre?
Vivenciar as coisas é o que nos leva adiante, é o que nos 
permite aprender e construir conhecimentos. E também criar! Se-
gundo Derdyk (2008, p. 11):
O que nos impede de exercer o nosso desejo criativo? A concepção 
de nós mesmos, como um ser acabado e estável, agarrado a uma 
idéia de eu, tal como a tábua de salvação no meio do mar, é um em-
pecilho para nos lançarmos. A vivência pode significar um caminho 
aberto para o desconhecido, ampliando a nossa consciência.
Portanto, iniciamos nossas percepções sobre o desenho as-
sim: Eu sei desenhar! Afinal, quando usamos a mesma frase na 
negativa, meio caminho já está emperrado... E é por isso que antes 
de falar no desenho propriamente dito, aquele desenho que nos 
vem à mente quando nele pensamos, vamos tentar esquecê-lo, 
pelo menos por enquanto, e explorar diferentes formas que temos 
de pensar o desenho. 
Vamos começar a construir nossos conhecimentos sobre o 
desenho reconhecendo os principais conceitos que farão parte de 
toda nossa trajetória de busca por conhecimento sobre esse tema:
a) Percepção: “[...] ato, efeito ou faculdade de perceber” 
(DICIONÁRIO MICHAELIS, 2007). 
b) Expressão: Segundo o Dicionário Michaelis (2007):
1. ato ou efeito de exprimir. 2. ato ou efeito de espremer. 3. mani-
festação do pensamento. 4. maneira de exteriorizar pensamentos, 
comoções e sentimentos. 5. aspecto facial, determinado pelo esta-
do físico ou emocional. 6. manifestação. 7. representação animada 
de sentimento. 8. Personificação. 9. Caráter. 10. Significação.
c) Bidimensional: “[...] que tem duas dimensões, largura 
e altura; sem profundidade” (DICIONÁRIO MICHAELIS, 
2007).
d) Desenho: tudo...
Tudo? Com assim tudo? Vejamos! 
© Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho6262
Como sabemos, desenho é desenho e tem características 
próprias. De acordo com o Ferreira (1995, n. p.), desenho é: “Re-
presentação de formas sobre uma superfície, por meio de linhas, 
pontos e manchas, com objetivo lúdico, artístico, científico ou téc-
nico”. 
Além disso, pode ser entendido como: “A arte e a técnica 
de representar com lápis, pincel, pena etc. um tema real ou ima-
ginário, expressando a forma e geralmente abandonando a cor”. 
Por exemplo, o desenho de um modelo vivo, o desenho abstrato 
(FERREIRA, 1995, n. p.).
Mas será que podemos pensar somente nessa conceituação 
quando abordamos o desenho enquanto linguagem da arte? 
Para responder a essa questão, precisamos primeiro nos in-
dagar sobre o que é linguagem e o que é arte. 
As palavras de Mirian Celeste Martins (MARTINS, 1998, p. 
36-37) esclarecem um pouco a questão da linguagem:
Quando falamos em linguagem, logo nos vêm à mente a fala e a es-
crita. Estamos tão condicionados a pensar que linguagem é tão-so-
mente a linguagem verbal, oral ou escrita e, do mesmo modo, que 
ela é a única forma que usamos para saber, compreender, interpre-
tar e produzir conhecimento no mundo, que fechamos nossos sen-
tidos para outras formas de linguagem que, de modo não-verbal, 
também expressam, comunicam e produzem conhecimento. 
O que é, então, a linguagem? Pode-se dizer que linguagem é um 
sistema simbólico e toda linguagem é um sistema de signos.
Somos rodeados por ruidosas linguagens verbais e não-verbais – 
sistemas de signos – que servem de meio de expressão e comuni-
cação entre nós, humanos, e podem ser percebidas por diferentes 
órgãos dos sentidos, o que nos permite identificar e diferenciar, por 
exemplo, uma linguagem oral (a fala), uma linguagem gráfica (a es-
crita, um gráfico), uma linguagem tátil (o sistema de escrita braile, 
um beijo), uma linguagem auditiva (o apito do guarda), uma lin-
guagem olfativa (um aroma como o perfume de alguém querido), 
uma linguagem gustativa (o gosto apimentado do acarajé baiano), 
ou as linguagens artísticas. Delas fazem parte a linguagem cênica 
(o teatro, a dança), a linguagem musical (a música, o canto), e a 
linguagem visual (o desenho, a pintura, a escultura, a fotografia, o 
cinema), entre outras.
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63© U1 - Desenho: Conceitos Introdutórios, Materiais e Suportes
Nossa penetração na realidade, portanto, é sempre mediada por 
linguagens, por sistemas simbólicos. O mundo, por sua vez, tem o 
significado que construímos para ele. Uma construção que se reali-
za pela representação de objetos, idéias e conceitos que, por meio 
dos diferentes sistemas simbólicos, diferentes linguagens, a nossa 
consciência produz.
Quando nos damos conta disso, vemos que a linguagem é a forma 
essencial da nossa experiência no mundo e, conseqüentemente, 
reflete nosso modo de estar-no-mundo. Por isso é que toda lingua-
gem é um sistema de representação pelo qual olhamos, agimos e 
nos tornamos conscientes da realidade.
E Arte? Bom, se linguagem não é tão simples de explicar, de-
finir Arte é um pouco mais complicado e, na verdade, não é esta a 
intenção, pelo menos, não neste momento. O importante é saber 
que Arte é linguagem, é conhecimento humano, conhecimento 
que vem sendo construído desde as pinturas feitas pelo homem 
nas cavernas. 
E, nesse contexto, desenho é uma das linguagens da Arte, 
um saber a que todos têm o direito de ter acesso. Segundo Villa-
nova Artigas (apud DERDYK, 2008, p. 18): “O desenho é linguagem 
também enquanto linguagem é acessível a todos".
Por essa razão, iniciamos pensando no desenho como 
“tudo”, ou seja, tudo aquilo que podemos e conseguimos exprimir 
aodesenhar, todas as maneiras que podemos perceber o desenho 
no mundo. 
Retomando o que apresentamos inicialmente, desde crian-
ças temos uma ideia sobre o que é um desenho. Aliás, antes mes-
mo de saber ler e escrever, já fazemos uso dessa linguagem para 
nos expressar. Segundo Derdyk (1989, p. 19):
A criança enquanto desenha canta, dança, conta histórias, teatrali-
za, imagina, ou até silencia... O ato de desenhar impulsiona outras 
manifestações, que acontecem juntas, numa mesma unidade in-
dissolúvel, possibilitando uma grande caminhada pelo quintal ima-
ginário. 
Viktor Lowenfeld é um dos autores que procuram refletir so-
bre a relevância de pais e educadores observarem e compreende-
© Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho6464
rem as fases e transformações dos desenhos infantis, a fim de con-
tribuírem em seu processo de criação. Lowenfeld (apud PILLOTTO, 
S. S. D.; SILVA, M. K.; MOGNOL, L. T. 2011) denomina a primeira 
como "Estágio das Garatujas": "[...] acontece por volta dos dois 
aos quatro anos de idade. Nesta etapa, a criança faz rabiscos de-
sordenados, ao acaso. A organização e o controle do traçado são 
percebidos aos poucos por ela, havendo uma evolução gradativa 
que vai dos riscos às formas controladas. Nesse estágio, a criança 
passa por várias fases de desenvolvimento, explorando seu corpo 
e espaço”.
Para exemplificar e contextualizar essa ideia observe as gara-
tujas das Figuras 1 e 2:
Figura 1 Garatuja desordenada.
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65© U1 - Desenho: Conceitos Introdutórios, Materiais e Suportes
 
Figura 2 Garatuja ordenada. 
No entanto, nossa ideia de desenho vai sendo deturpada 
conforme vamos estabelecendo contato com o mundo “real”, com 
determinados adultos, com alguns professores da educação in-
fantil etc., uma vez que, mesmo sem saber ler e escrever, somos 
“obrigados” a “aprender a desenhar”... 
Você pode estar se perguntando: Se desenhar é algo que de-
veríamos saber, porque não aprender desde cedo? Na verdade, 
o que devemos questionar é a maneira como aprendemos sobre 
esses desenhos; geralmente nos é imposto algo estereotipado, e o 
ato de desenhar deixa de ser explorado nas suas muitas possibili-
dades. Se desenhar nos impulsiona a outras manifestações, como 
essas poderão acontecer se há limites impostos sobre elas? Como 
pode a criança explorar seu próprio mundo se há barreiras para 
isso? 
Como você já pode ter imaginado, são barreiras como essas 
que nos impedem, como adultos, a perceber o desenho no mun-
do. Desse modo, limitamo-nos ao desenho que nos foi imposto, e 
é esse tipo de desenho que devemos esquecer neste momento, o 
desenho “perfeito”, um desenho que não explora a criatividade e 
se limita às técnicas. 
© Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho6666
As técnicas são importantes e falaremos muito sobre elas. 
Elas nos permitem construir as formas do desenho. Mas a criati-
vidade nos permite construir formas de ver e fazer o desenho, e 
precisamos dessas duas coisas...
Para desafiar sua criatividade, convidamos você a perceber 
os desenhos que se apresentam nas Figuras 3 e 4:
 
Figura 3 Explorando as formas que um desenho pode assumir, de Saul Steinberg.
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67© U1 - Desenho: Conceitos Introdutórios, Materiais e Suportes
 
Figura 4 Exploração de formas em um desenho, de Saul Steinberg.
Analise e reflita sobre essas imagens (Figuras 3 e 4): parecem 
estranhas, criativas, diferentes ou interessantes? 
Observe esta outra forma de desenho (Figura 5) e faça a 
mesma reflexão: 
Fonte: Derdyk (2007, p. 30). 
Figura 5 Desenho realizado com a técnica de nanquim sobre papel, de Waltercio Caldas.
© Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho6868
Podemos verificar, ainda, formas diversificadas de desenhos. 
Observe as Figuras 6, 7, 8 e 9: 
 
Figura 6 d8.
Figura 7 Family Tree, de Zhang Huan.
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69© U1 - Desenho: Conceitos Introdutórios, Materiais e Suportes
 
Figura 8 Detalhe da obra Luzes, praças e pontes, de Carmela Gross. Giz sobre quadro-negro. 
 
Figura 9 Célula filamentosa seca, de Franklin Cassaro.
© Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho7070
Segundo Derdyk (1989, p. 20), podemos entender
[...] o desenho como linguagem para a arte, para a ciência e para 
a técnica, é um instrumento de conhecimento, possuindo gran-
de capacidade de abrangência como meio de comunicação e de 
expressão. As manifestações gráficas não se restringem somente 
ao uso do lápis e papel. O desenho, como índice humano, pode 
manifestar-se, não só através das marcas gráficas depositadas no 
papel (ponto, linha, textura, mancha), mas também através de si-
nais como um risco no muro, uma impressão digital, a impressão 
da mão numa superfície mineral, a famosa pegada do homem na 
Lua etc.
Existem os desenhos criados e projetados pelo homem, existem os 
sinais evidenciando a passagem do homem, mas também existem 
as inscrições, desenhos vivos da natureza: a nervura das plantas, 
as rugas do rosto, as configurações das galáxias, a disposição das 
conchas na praia. Estes exemplos nos fazem pensar a respeito das 
idéias que se têm do desenho, ampliando suas possibilidades ma-
térias de realização.
Com base nessa ideia sobre desenho, vejamos o que se es-
condem nas formas apresentadas nas Figuras 10, 11 e 12:
 
 
Figura 10 Impressão digital.
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71© U1 - Desenho: Conceitos Introdutórios, Materiais e Suportes
 
Figura 11 Fios de cabelo.
 
Figura 12 Ameba se locomovendo.
© Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho7272
Há ainda formas de desenhos que podem ser vislumbradas 
na natureza. Observe com atenção algumas destas formas (Figuras 
13 a 19).
 
 Figura 13 Folhagens.
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73© U1 - Desenho: Conceitos Introdutórios, Materiais e Suportes
Figura 14 Nervura de folha.
 
Figura 15 Água.
© Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho7474
 
Figura 16 Dunas de areia.
 
Figura 17 Andorinhas.
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75© U1 - Desenho: Conceitos Introdutórios, Materiais e Suportes
 
Figura 18 Teia de aranha.
 
Figura 19 Gotas de orvalho em teia de aranha.
© Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho7676
Conseguiu visualizar o desenho presente nessas imagens? 
Então, vamos continuar analisando o desenho pelo desenho, 
observando outras imagens (Figuras 20, 21 e 22).
 
Figura 20 Minhocas.
Figura 21 Veias e artérias.
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77© U1 - Desenho: Conceitos Introdutórios, Materiais e Suportes
Figura 22 Alfabeto hindi.
Após observar essas imagens, podemos nos indagar: será 
que somos efetivamente capazes de “olhar” e enxergar desenhos 
nessas imagens? O que sentimos ao apreciá-las?
Sabemos que nossas vivências direcionam nossos olha-
res, nossos pensamentos e nossas opiniões. Dessa forma, ao nos 
fechar ou ao trancar nossa porta de acesso aos novos mundos, 
permanecemos estagnados, acreditando que nos basta o conheci-
mento que já temos ou aquilo que conhecemos.
© Percepção e Expressão Bidimensional: Desenho7878
Entretanto, quando abrimos nossa porta para a arte, temos 
a chance de mergulhar em um mundo de diferentes possibilidades 
perceptivas. Segundo Borba e Goulart (2006, p. 50), ter acesso à 
arte abre-nos:
[...] caminhos para a experiência estética, provocando novas for-
mas de sentir, pensar, compreender, dizer e fazer. Significa pro-
mover o nosso encontro com diferentes formas de expressão e de 
compreensão da vida.
Nesse sentido, antes do encontro com uma obra de arte, é 
importante vivenciar arte. 
Mas, e para nós, futuros educadores, o que é preciso para 
ensinar arte? Será que basta apenas conhecê-la?
De acordo com as ideias dos autores que

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