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EEP – ESCOLA DE ENGENHARIA DE PIRACICABA FUMEP – FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE ENSINO DE PIRACICABA PROCESSO DE SOLDAGEM MIG GRUPO: Caio Chiavari Franchesci RA: 201201323 Carlos Eduardo Vaz RA: 201200697 Daniel Rodrigues Carlos RA: 201200716 Fábio Jairo Dias RA: 200700053 Pedro Henrique Bonatti RA: 201200705 Lucas Ruiz Inforsato RA: 201200668 Laboratório De Processos Metalúrgicos Piracicaba Junho de 2015 2 PROCESSO DE SOLDAGEM MIG GRUPO: Caio Chiavari Franchesci RA: 201201323 Carlos Eduardo Vaz RA: 201200697 Daniel Rodrigues Carlos RA: 201200716 Fábio Jairo Dias RA: 200700053 Pedro Henrique Bonatti RA: 201200705 Lucas Ruiz Inforsato RA: 2012668 Prof. Erivelto Marino Relatório da Aula Prática de Processo de Soldagem MIG apresentado para avaliação da Disciplina Laboratório de Processos Metalúrgicos com orientação do Prof. Erivelto Marino. 3 SUMÁRIO 1. Objetivos............................................................................................................... 2. Introdução.............................................................................................................. 2.1 Soldagem a plasma............................................................................ 2.1.1 Equipamentos........................................................................... 2.1.2 Eletrodos.................................................................................. 2.1.3 Consumíveis............................................................................. 2.1.4 A corrente de soldagem.............................................................. 2.1.5 A configuração da corrente.......................................................... 2.1.6 Tensão....................................................................................... 2.1.7 Técnicas de Soldagem Plasma..................................................... 2.1.8 Abertura de Arco....................................................................... 2.1.9 Vantagens e Desvantagens da Soldagem Plasma.......................... 2.1.10 Materiais Soldáveis pelo processo arco plasma............................. 2.2 Soldagem a LASER.................................................................................... 2.2.1 Equipamentos............................................................................ 2.2.2 Consumíveis.............................................................................. 2.2.3 Técnicas de Soldagem a Laser..................................................... 2.2.4 Parâmetros do Material e sua Preparação...................................... 2.2.5 Aplicações e problemática envolvendo aplicações a Laser............. 2.2.6 Vantagens e limitações da soldagem a Laser...................................... 3. Equipamentos........................................................................................................ 4. Materiais................................................................................................................ 5. Procedimento Experimental.................................................................................. 6. Questões................................................................................................................ 6.1 Questão 01....................................................................................................... 6.2 Questão 02....................................................................................................... 6.3 Questão 03....................................................................................................... 6.4 Questão 04....................................................................................................... 7. Conclusão.............................................................................................................. 8. Bibliografia............................................................................................................ 6 6 6 7 9 9 11 11 11 12 12 13 14 14 14 16 17 18 18 19 20 20 20 21 21 21 21 22 22 22 4 LISTA DE FIGURAS Figura 01 – Sistema Básico.......................................................................................................... Figura 02 – Pistola Plasma Manual............................................................................................... Figura 03 – Orifício de tocha plasma............................................................................................ Figura 04 – Soldagem Automática................................................................................................ Figura 05 – Técnicas Plasma........................................................................................................ Figura 06 – Sistemas de baixa corrente........................................................................................ Figura 07 – Princípio de funcionamento....................................................................................... 7 8 8 11 12 13 15 5 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Relação Diâmetro do Orifício/Corrente Elétrica......................................................... Tabela 2 – Gases recomendados para processo plasma em função do material soldado, sua espessura e a técnica utilizada...................................................................................... Tabela 3 – Gases de misturas recomendados para soldagem plasma de chapas em espessuras até 10 mm...................................................................................................................... 8 9 10 6 1 - Objetivos Visualizar o funcionamento do processo de soldagem MIG, os cuidados a serem observados, os parâmetros de soldagem e os equipamentos utilizados. Mostrar ao aluno a importância da utilização de um processo de soldagem com alimentação contínua do metal de adição, na soldagem de metais não ferrosos. O objetivo é fazer uma comparação do resultado do processo utilizando a alimentação contínua do metal de adição com os processos com alimentação manual. 2 - Introdução 2.1 - Soldagem a plasma O processo de soldagem plasma assemelha-se muito ao processo TIG, pelo fato de se utilizar eletrodos não consumíveis e gases inertes. As diferenças são tipo de tocha, tensão do arco elétrico, além dos recursos necessários à fonte de energia. É importante notar que os dois processos possuem regiões com a mesma temperatura máxima, porém, com a constrição do arco, obtém-se uma substancial modificação da concentração de calor na superfície da peça tornando-a mais favorável ao processo de soldagem. O gás de plasma recombinado não é suficiente para a proteção da região soldada e da poça de fusão, deste modo, é fornecido um fluxo gasoso suplementar e independente para proteção contra a contaminação atmosférica. O primeiro fluxo, que constituirá o jato de plasma, circunda o eletrodo e passa através de um orifíciocalibrado constringindo o arco elétrico. O fluxo de gás de proteção corre entre o corpo que contém o orifício e uma cobertura exterior. A Figura 1 abaixo ilustra, em corte, um bocal de uma pistola plasma. 7 Figura 1 – Sistema Básico 2.1.1 - Equipamentos Fontes de energia: A fonte energia utilizada é de corrente constante, podendo ser retificador, gerador ou inversores, utilizando-se corrente contínua, polaridade direta. As fontes para soldagem plasma diferem das de corte, porque no corte a tensão em vazio do equipamento deve ser superior a 200 V. Fontes de tensão em vazio entre 65 V e 80 V podem ser adaptadas para soldagem colocando-se sistemas de abertura de arco piloto, pré e pós vazão. Tocha de Soldagem: As tochas são providas de um punho para o manuseio do soldador, um conjunto de pinças para a fixação do eletrodo, condutos para passagem de gás e água de refrigeração, um bico de cobre com o orifício para a construção do arco elétrico e um bocal de cerâmica para isolação e proteção do operador. A Figura 2 abaixo apresenta uma pistola típica para soldagem manual a plasma. 8 Figura 2 – Pistola Plasma Manual Algumas tochas têm somente um orifício central para a passagem do gás e arco, outras possuem outros orifícios para a passagem do gás auxiliar, permitindo maiores velocidades de soldagem. Figura 3 – Orifício de tocha plasma O diâmetro do orifício central deve ser escolhido de acordo com a corrente elétrica a ser utilizada, como mostra a Tabela 1 abaixo: Tabela 1 – Relação Diâmetro do Orifício/Corrente Elétrica 9 2.1.2 - Eletrodos O eletrodo utilizado é de tungstênio comercialmente puro (99,5%), ou tungstênio dopado com tório ou zircônio, não sendo consumível. 2.1.3 - Consumíveis Gases: Em soldagem plasma, pode-se utilizar-se o mesmo tipo de gás tanto para a formação do plasma, quanto para a proteção adicional da poça de fusão. O argônio tem sido o preferido na soldagem com baixas correntes em função do seu maior potencial de ionização. Ele promove uma melhor limpeza das camadas de óxidos de metais reativos e facilita a abertura do arco elétrico. Podem-se aplicar outros gases inertes como hélio puro ou misturado com argônio, porém estes requerem tensões mais altas para abertura do arco. A utilização do He desenvolve maior energia no plasma, portanto, a refrigeração do bocal do orifício tem que ser muito mais eficiente. A seleção do gás de proteção depende do tipo e da espessura do metal de base a ser soldado. A Tabela 2 ilustra exemplos de seleção: Tabela 2 – Gases recomendados para processo plasma em função do material soldado, sua espessura e a técnica utilizada. 10 Misturas de argônio e hidrogênio também são utilizadas, as principais vantagens do H2 são seu caráter redutor e a sua capacidade de aumentar a composição do arco, reduzindo, assim, o risco de mordeduras e aumentando a velocidade de soldagem. A Tabela 3 abaixo ilustra essa utilização do H2, quando da soldagem de chapas espessas: Tabela 3 – Gases de misturas recomendados para soldagem plasma de chapas em espessuras até 10 mm. Metais de adição: A maioria das soldagens por este processo não requer metal de adição face a sua concentração de calor e facilidade de fusão das partes, porém, caso haja necessidade, o metal de adição apresenta-se na forma de vareta ou arame enrolado em bobinas. Na soldagem manual a técnica de deposição é por gotejamento, sendo adicionado por uma das mãos enquanto a outra controla o banho de fusão. Na soldagem automática bobina de arame á colocada em um alimentador automático com velocidade constante. Este sistema é utilizado quando a corrente de soldagem ultrapassa 100 A, e pode ainda ser aplicado com pré-aquecimento do arame por efeito “Joule” passando-se uma corrente elétrica através deste antes de atingir poça de fusão, como ilustra a Figura 4 abaixo: 11 Figura 4 – Soldagem Automática 2.1.4 - A corrente de Soldagem Pode ser baixa se comparada ao processo TIG. No processo conhecido como microplasma trabalha-se com correntes iniciais em faixas tão baixas quanto 0,1 à 1 A e máxima de 20 A, ou elevadas pois o processo admite a utilização de correntes até 500 A. De uma forma arbitrária, costuma-se demarcar a fronteira de 100 A como o limite de baixas correntes e, acima dela, para as chamadas altas correntes. 2.1.5 - A configuração da corrente Típica é corrente contínua, polaridade direta, porém para soldagem de alumínio, trabalha-se com polaridade inversa ou corrente alternada, está última causa certa instabilidade no arco. 2.1.6 - Tensão A tensão de arco é menos sensível a uma variação do comprimento do arco, garantindo, assim, uma maior estabilidade dos parâmetros sendo superiores à do processo TIG, em valores de 50 V ou maiores. 12 2.1.7 - Técnicas de Soldagem Plasma O processo a arco plasma possui duas técnicas principais, sendo por arco transferido e não transferido, apresentadas na Figura 5 abaixo: Figura 5 – Técnicas plasma Sistema de arco plasma transferido Este é o sistema mais comum, após a abertura do arco piloto entre o eletrodo e o bocal, o arco se transfere para a peça por aproximação, fluindo do eletrodo para a mesma, extinguindo-se o arco piloto. Ao se afastar a pistola da peça, o arco se extingue. Sistema de arco plasma não transferido Neste sistema, o arco piloto é intensificado “soprado” para fora do bocal aproveitando- se o calor gerado pelo mesmo. 2.1.8 - Abertura de arco Para correntes abaixo de 100 A: O sistema utiliza duas fontes de energia, uma pequena para a abertura do arco piloto e a outra para fornecer a corrente de soldagem. 13 Figura 6 – Sistemas de baixa corrente A fonte auxiliar conecta o eletrodo com o bocal. Na partida, o eletrodo é avançado manualmente até tocar no bocal, em seguida é retraído de forma a romper o arco piloto. O arco ioniza o gás formando o plasma, permitindo fluxo normal da corrente de soldagem. Para correntes acima de 100 A: O arco é iniciado pelo auxílio de uma corrente de alta freqüência e elevada tensão, exatamente como no processo TIG. 2.1.9 - Vantagens e Desvantagens da Soldagem Plasma Vantagens: As vantagens do processo de soldagem a arco plasma, em relação ao processo TIG ou outros processos de soldagem convencional são apresentadas abaixo: Maior concentração de energia e densidade de corrente, conseqüentemente, menores distorções, maiores velocidades de soldagem e maiores penetrações. Maior estabilidade do arco em baixos níveis de corrente, permitindo a soldagem de finas espessuras (a partir de 0,05 mm). O arco é mais “homogêneo” e de maior extensão, permitindo melhor visibilidade operacional, maior constância da poça de fusão e menor sensibilidade a variações no comprimento do arco. Menor probabilidade de contaminação do cordão por inclusões de tungstênio e de contaminação do eletrodo pelo material de adição uma vez que o mesmo encontra-se dentro do bocal. Desvantagens: Alto custo do equipamento (2 a 5 vezes mais que o TIG). Manutenção da pistola mais freqüente (orifício calibrado) e cara. 14 Maior consumo de gases. Exigência de maior qualificação da mão de obra. 2.1.10 - Materiais soldáveis pelo processo arco plasma O processoa arco plasma é utilizado para unir a maioria dos metais que podem ser soldados pelo processo TIG. Assim, aços carbono, aços ligas, aços inoxidáveis, ligas refratárias, ligas de titânio, etc., são soldadas convenientemente por este processo. Este processo de soldagem pode, também ser aplicado em espessuras de 0,02 até 6 mm, de forma econômica. Para espessuras de 2,4 a 6 mm é utilizada uma técnica de soldagem conhecida por Key Hole. 2.2 - Soldagem LASER LASER é um dispositivo que produz um feixe de radiação. Ao contrário do que se pensa o que torna este processo altamente interessante não é a quantidade de radiação emitida, e sim a qualidade desta. Devido à qualidade da radiação LASER, sua utilização em soldagem possibilitará a obtenção de determinadas características impossíveis de se obter com outros processos. Entre estas características podemos citar: Elevadíssimas velocidades de soldagem. Ausência de contato entre a fonte de calor e a peça a soldar. Baixa entrega térmica, distorção e ZTA. 2.2.1 - Equipamentos Para que se possa utilizar de forma otimizada, necessita-se uma definição do comprimento de onda e uma direção de propagação do feixe. Basicamente, este é todo o esquema de funcionamento de um laser, ou seja, um dispositivo onde se tenha condições de produzir emissão estimulada e formas de direcionar e calibrar o feixe de fótons produzidos. O equipamento laser é composto basicamente de três sistemas, que são apresentados a seguir: 15 Fonte de Alimentação Está parte do equipamento é a que fornece a energia primária para a excitação dos átomos e principalmente é responsável pelo processo de produção da inversão de população, devido a um sistema de popular preferencialmente um nível específico de energia. Assim, a fonte de alimentação é na verdade uma fonte excitadora. Um dado importante a ressaltar a respeito da alimentação é que: ao contrário do que se pensa e, principalmente é divulgado, o rendimento de um laser é extremamente baixo. Seu grande atrativo não é o rendimento, e sim as qualidades intrínsecas da radiação produzidas e a facilidade de controle que está radiação vai apresentar. Meio Ativo Por meio ativo entende-se o material utilizado (gás, líquido, sólido ou semicondutor), para fazer a conversão de energia elétrica em radiante, uma vez que, devido à excitação e inversão de população, pode-se provocar emissão estimulada nestes materiais. Cavidade Ressonante É o local onde ocorre o processo de amplificação da radiação. Este processo é mantido, devido a realimentação que ocorre em função da própria construção da cavidade, pois está tem dois espelhos que refletem e amplificam o feixe. Um destes espelhos é totalmente refletor, enquanto que o outro, tem um pequeno orfício central medindo aproximadamente 1% da área. São montados de frente um para o outro, sendo que entre eles, será montado o meio ativo como pode ser visto na Figura 7 abaixo: Figura 7 – Princípio de funcionamento 16 Os fótons produzidos ressonarão dentro da cavidade até encontrar-se em direção ao orifício. Quando isto ocorre, os fótons saem na forma de feixe laser. Este mecanismo garante que o feixe seja extremamente direcionado. Na cavidade podem-se encontrar também elementos dispersivos (prismas) que somente permitirão a passagem de determinados comprimentos de onda, uma vez que o meio ativo pode emitir radiação em diferentes comprimentos, o que para algumas aplicações que necessita monocromática (ex: impressora laser), não seria desejado. Este mesmo mecanismo de “filtrar” somente o comprimento de onda desejado poderia ser também conseguido regulando-se a posição dos espelhos, porém teria que ser feito na construção do equipamento. A diferença entre estes dois modos de se “filtrar” a radiação é que no primeiro pode-se ter regulagens na utilização do equipamento, enquanto que no segundo, escolhe-se um comprimento de onda na construção do equipamento, e este será utilizado em definitivo. Além disto, a cavidade ressonante tem outra importante função que é aumentar a eficiência do laser. Isto ocorre porque, devido a pequena saída para os fótons que existe no espelho plano (1% da área), estes são obrigados a aumentar seu tempo de permanência dentro da cavidade. Como está é espelhado em seu interior, este aumento de tempo resultará em um incremento, uma vez que gerará outras emissões estimuladas. Como característica da cavidade, está deverá ter altíssima precisão ótica e mecânica, ausência total de contaminações de superfície, e altíssimo grau de acabamento nos espelhos. Tudo isto para que o ganho que ocorrer na amplificação seja maior do que as perdas que fatalmente ocorrerão (irradiação de calor nas paredes). 2.2.2 - Consumíveis Na maioria das aplicações laser, a soldagem é autógenea, ou seja, não há adição de metal à poça de fusão, certas aplicações especiais há adição de metais, cuja classificação de materiais corresponde basicamente ao processo de soldagem TIG, ou mesmo associado a outros processos por fusão como o processo TIG, Plasma ou MIG, tendo como principal função o recobrimento, uma cobertura final, pois em grandes espessuras há um afundamento da poça de fusão e conseqüentemente é necessária uma pequena adição de metal. 17 2.2.3 – Técnicas de Soldagem a Laser Ao interagir com a matéria, parte da radiação do feixe laser é absorvida, parte refletida. A parte absorvida é de tal ordem de grandeza que aquece o material, levando-o a vaporização ou a fusão, dependendo da densidade de energia aplicada, e configurando duas técnicas de soldagem, a técnica “key-hole” e a técnica por condução. Técnica “key-hole” No caso de vaporização do material, forma-se uma coluna de vapores metálicos partindo do ponto de interação do feixe com o material e avançando em direção ao interior da peça. Esta coluna, semelhante a um furo, recebe o nome de “key-hole” e absorve grande parte da radiação incidente na peça, distribuindo-a posteriormente, a forma do cordão será, portanto, semelhante a um furo. Como o processo é dinâmico, o deslocamento da peça garante a sustentação do “key-hole”, no entanto, deve existir uma velocidade de avanço mínima para que o processo se mantenha. Com o deslocamento do “key-hole”, a massa de material líquido vai-se solidificando e produzindo a soldagem. Técnica por condução Quando a densidade de energia não é suficiente para a vaporização, mas apenas para fusão, ocorre a soldagem por condução, que tem um mecanismo extremamente semelhante ao dos processos de soldagem convencionais, com o calor sendo dissipado lateralmente, a forma do cordão será similar a um V. Transferência Pulsada Para aumentar a potência e conseqüentemente a penetração, um recurso usado é a utilização da transferência pulsada. Nesta transferência, o equipamento fornece potência em dois diferentes patamares, com um mecanismo semelhante ao do processo TIG com corrente pulsada. Este mecanismo é bastante útil na soldagem de materiais como alumínio e cobre. Soldagem de aços galvanizados A soldagem de topo de aços com revestimento de zinco tem sido uma área estudada por alguns laboratórios. Quando se soldam aços com revestimento à base de zinco, há a formação de um plasma muito forte, devido ao baixo ponto de fusão do zinco a à alta pressão de vapor. O plasma formado afeta a absorção da energia envolvida na soldagem, causando a formação e/ou aumento de respingos e porosidade na solda. Soluções para estes problemas incluem controlar a proteção gasosa e o controle da abertura entre as peças, encontrar umafreqüência de pulso para o raio laser e minimizar o efeito nocivo do plasma formado. O 18 método mais usual é o controle da distância entre as chapas a soldar, afim de que os vapores escapem pela zona de fusão. 2.2.4 - Parâmetros do Material e sua Preparação A localização da peça a soldar na direção perpendicular ao feixe é extremamente importante, pois a focalização do feixe faz com que este tenha sua densidade ótima em uma dada distância. Fora dela, o feixe já não é tão concentrado e conseqüentemente, para a mesma potência, apresentará maior dimensão de sangria e menor penetração. A configuração das juntas a ser soldadas e as tolerâncias dimensionais da preparação assumem fundamental importância neste processo, uma vez que, como o feixe é extremamente colimado, qualquer falha na preparação da junta a soldar fará com que o feixe passe pela falha sem interagir com a peça. O material a ser soldado apresenta diferentes propriedades e entre elas a absortividade do material é extremamente importante, pois dará uma indicação para determinar quanto de radiação será refletida ou absorvida pelo material e com isto qual a potência de feixe necessária e se será pulsado ou não. 2.2.5 – Aplicações e problemática envolvendo aplicações a Laser A soldagem a laser possui um aporte de energia muito concentrado, produzindo uma solda estreita e profunda. A penetração é facilmente controlada pelo ajuste dos principais parâmetros, como: potência e taxa de pulso. Fazendo isto é possível executar uma solda interna ou externa aos painéis do automóvel, sem distorções ou descoloração da parte externa do painel do mesmo. Em algumas aplicações o uso do robô para laser de CO2 tem propiciado uma movimentação e posicionamento sobre a peça de trabalho muito precisa. Está vantagem da soldagem com laser é que tem propiciado a popularização de sua utilização na indústria automobilística. O interesse em soldagem laser de chapas metálicas tem aumentado consideravelmente, devido possuir um alto potencial de redução de custos. Algumas vantagens resultam da alta flexibilidade do processo, outras resultam da natureza do processo de não possuir contato com a peça, enquanto que outras advêm do resultado de soldas de qualidade com altas velocidades. 19 Outros benefícios incluem o fato da inexistência de retrabalho. O processo laser permite soldagem por um só lado, com isto abrem-se novas soluções em projetos. Outra vantagem é a eliminação do flange de 15 mm necessário à soldagem por resistência. Isto pode causar redução de peso da ordem de 40 Kg em um corpo de um carro típico. Problemática envolvendo aplicações a Laser Enquanto as instalações de soldagem a laser continuam a aumentar em número, as mesmas proporções de problemas aumentam também. Alguns deles podem ser resumidos a seguir: Sistemas robotizados, ópticas flutuantes ou articuladas em braços de robôs, devem ser empregadas para guiar o raio laser, com sistemas de espelhos refletores. Fibras ópticas não podem ser usadas atualmente por laser de alta potência de dióxido de carbono. As juntas para raio laser devem ter tolerâncias muito estreitas. A focalização do raio tem que ser normal à superfície e a posição da distância focal deve ser exata e durante todo o tempo deve ser mantida. Isto necessita um sistema de sensores de alto desempenho e em alguns casos também um sistema de sensoriamento por contato. O alto nível de automação requer produção em larga escala. É necessária mão-de-obra especializada. O alto custo do sistema de laser (está decaindo lentamente a razão de 7% ao ano) requer cuidadosa análise econômica, para os benefícios das aplicações oferecidas. A tecnologia enfrenta problemas de expansão devido ao alto investimento inicial comparado a processos convencionais, além disso, os sistemas lasers são vistos como complexos e caros para se comprar e fazer a manutenção. 2.2.6 - Vantagens e limitações da Soldagem a Laser Vantagens: Aporte de Energia concentrado minimiza os efeitos metalúrgicos sofridos pela ZTA, e muito menos distorções. Soldagens em um único passe. Não requer metal de adição, sendo livre de eventuais contaminações por este. Como é um processo que não há contato com a peça, favorece a soldagem em locais de difícil acesso. 20 Permite soldar peças muito finas, e em pequenas distâncias, entre cortes. O laser pode ser automatizado. Limitações: Baixa eficiência aproximadamente menos que 10%. Oferece dificuldade para mudar o ponto focal. O equipamento é de baixa potência. Limitação de espessura pela potência do equipamento. Problemas com refletividade em alguns materiais. As juntas têm estreitas tolerâncias de ajuste. 3 - Equipamentos - Fonte de Tensão - Cilindro de Gás - Manômetro - Bobina de Metal de Adição - Tocha, bocal e bicos de soldagem 4 - Materiais - Serão utilizadas chapas de alumínio 5 – Procedimento Experimental Após uma breve discussão sobre a soldagem MIG o professor nos explicou que neste tipo de processo existem três tipos de transferências, sendo elas a de curto circuito que a soldagem é feita sob baixa corrente elétrica, a globular que se usa média corrente elétrica e a soldagem do tipo spray que consiste no uso de alta corrente elétrica. Também foi mencionado alguns cuidados a serem tomados durante o processo, como a posição que a tocha deve ficar durante a soldagem, posicionado a 90° com a chapa a ser soldado para que o gás tenha uma melhor eficiência durante o processo. Com isso foi feito uma demonstração da soldagem. E posteriormente cada aluno soldou uma peça. 21 6 – Questões 6.1 - Quais os gases, e suas aplicações, utilizados nesse processo? São utilizados gases inertes, ou seja, um gás normalmente monoatômico como Argônio ou Hélio, e que não tem nenhuma atividade física com a poça de fusão. O hélio sem mistura apresenta vantagens quanto à condutibilidade térmica, tensão e calor do arco. No entanto, é pouco usado por causa da forma indesejável com que transfere metal, além dos respingos e formato do cordão de solda que produz. Por isso, é comum o uso de misturas de gases que pode melhorar o arco elétrico, a transferência do metal e o formato do cordão. Os gases de proteção formados por He e Ar ou misturas deles apresentam maior aplicação em metais não ferrosos. A adição de pequenas quantidades de gases ativos ao argônio melhora consideravelmente a transferência do metal, diminui a ocorrência de respingos e mordeduras e aumenta a penetração da solda. 6.2 - Este processo é utilizado somente para soldagem de metais não ferrosos? Caso não seja, quais os tipos de metais e peças que podem ser soldadas utilizando este processo e quais os cuidados a serem tomados? Não, é também utilizado em soldagem de ferros de baixa liga, soldagem de aços inoxidáveis e soldagem de alumínio. O uso do processo MIG é atualmente uma unanimidade nas mais diversas áreas e aplicações, como exemplo soldagem de carrocerias automotivas e eixos cardans. Alguns cuidados devem ser tomados antes do início da soldagem como: Proteção do operador, Preparação da região a ser soldada, Preparação do aterramento da máquina de solda, Proteção das regiões adjacentes à região a ser soldada, Inspeção da tocha de soldagem, Inspeção do arame de solda, Regulagem dos parâmetros (tensão / corrente / avanço do arame) e Posicionamento do cabo da tocha. 6.3 - Qual o tipo de transferência metálica mais indicada para soldagem em todas as posições? Justifique. Transferência por curto-circuito, a soldagemcom transferência por curto-circuito são utilizados arames de diâmetro na faixa de 0,8 mm a 1,2 mm, e aplicados pequenos comprimentos de arco (baixas tensões) e baixas correntes de soldagem. É obtida uma pequena poça de fusão de rápida solidificação. Essa técnica de soldagem é particularmente útil na união de materiais de pequena espessura em qualquer posição, materiais de grande espessura nas posições vertical e sobre cabeça, e no enchimento de largas aberturas. A soldagem por 22 curto-circuito também deve ser empregada quando se tem como requisito uma distorção mínima da peça. 6.4 - Compare este processo com o processo se soldagem TIG. A soldagem TIG junta metais reativos usando um eletrodo de tungstênio não- consumível. Gás inerte, geralmente argônio, é lançado ao mesmo tempo como eletrodos para produzir uma solda sem contaminantes do ar. Tungstênio não é o preenchimento, ele apenas cria o arco entre o eletrodo e o metal, mais de um “preenchedor” pode ser usado se necessário. Já a soldagem MIG combina dois metais usando um fio de enchimento com uma corrente para produzir o eletrodo. Gás inerte também é utilizado simultaneamente para proteger a solda de quaisquer contaminantes do ar. 7 – Conclusão Realizado a prática no laboratório de solda sobre o processo de soldagem MIG foi possível notar que se trata de um processo que embora fora descoberto a muitos anos atrás ele possuí uma ampla aplicação nas indústrias atuais e apresenta significativas vantagens quando comparado a outros processos como por exemplo não há a necessidade de remoção da escória, existe uma alta taxa de deposição do metal de solda e possuí alta velocidade de soldagem. Obviamente nem tudo é perfeito, como qualquer outro processo este também apresenta certas limitações como por exemplo seu custo é um pouco mais elevado quando comparado a solda por eletrodo revestido, como se trata de uma soldagem utilizando gás não pode ser aplicado em qualquer local e sua manutenção não é tão simples pois consiste de roldanas, bicos de contato bocal, regulador de gás e é um processo que não é tão eficaz quando usado em metais muito espesso. 8 - Bibliografia http://www.infosolda.com.br/biblioteca-digital/livros-senai/processos/193- soldagem-a-laser-tecnicas-de-soldagem.html http://www.infosolda.com.br/artigos/processos-de-soldagem/326-soldagem-a- plasma-paw.html http://www.infosolda.com.br/artigos/processos-de-soldagem/356-soldagem- laser.html
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