Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Escola de Negócios Disciplina Gestão da Inovação Profa. Vera Regina vera.pinto@ibmr.br 1/2015 Escola de Negócios AULA 8 Escola de Negócios Inovações organizacionais Capítulo 11 - Tigre Escola de Negócios Desde Adam Smith... • Busca-se aperfeiçoar as formas tradicionais de realizar tarefas produtivas A partir da observação e da experiência Fonte: Paulo Tigre, Gestão da Inovação – Capítulo 11 Inovações organizacionais Adam Smith (1723-1790) O pai da economia moderna, e é considerado o mais importante teórico do liberalismo econômico Escola de Negócios No último quartil do século XX... • Os mercados começaram a se tornar mais exigentes em relação à diferenciação e à qualidade dos produtos e serviços As organizações passaram – a ter maior orientação para os consumidores – a dar mais atenção às necessidades específicas de diferentes segmentos de mercado Fonte: Paulo Tigre, Gestão da Inovação – Capítulo 11 Inovações organizacionais Escola de Negócios Consequências... • Vem ocorrendo uma ampla reformulação dos processos de negócios de forma a acelerar o fluxo produtivo reduzir custos inovar Fonte: Paulo Tigre, Gestão da Inovação – Capítulo 11 Inovações organizacionais Escola de Negócios Destacam-se 5 inovações organizacionais Sistema just-in-time (JIT) Células de produção Controle da qualidade total (CQT) Reengenharia de processos de negócios Mudanças na organização do trabalho e nas qualificações profissionais Fonte: Paulo Tigre, Gestão da Inovação – Capítulo 11 Inovações organizacionais Escola de Negócios Sistema just-in-time (JIT) Escola de Negócios Desenvolvido diante da necessidade de reduzir custos de produção a partir da eliminação de excessos e desperdício em todas as etapas do processo produtivo Principal objetivo é fabricar e entregar produtos • “apenas a tempo” de serem vendidos • comprar os componentes “apenas a tempo” de serem fabricados Fonte: Paulo Tigre, Gestão da Inovação – Capítulo 11 Sistema just-in-time (JIT) Escola de Negócios Técnica importante para facilitar a customização da produção, pois permite ao mesmo tempo • a individualização do produto • o aumento da velocidade do ciclo de produção Fonte: Paulo Tigre, Gestão da Inovação – Capítulo 11 Sistema just-in-time (JIT) Escola de Negócios • Considerada uma das grandes inovações organizacionais japonesas • Hoje bastante difundido na indústria global Criado por Taichi Ono: engenheiro chefe da Toyota no início da década de 1950 – A partir da sua observação sobre o funcionamento dos supermercados, onde “só se pega aquilo de que se precisa” Fonte: Paulo Tigre, Gestão da Inovação – Capítulo 11 Sistema just-in-time (JIT) Escola de Negócios Pode ser usado dentro da empresa (JIT interno) ou fora (JIT externo) Integrando fornecedores e clientes em diferentes etapas da cadeia produtiva É mais do que uma técnica... É uma filosofia de trabalho para evitar o que adiciona custos e não valor Métodos e ferramentas são combinados para minimizar: excesso, desperdício e irregularidade Fonte: Paulo Tigre, Gestão da Inovação – Capítulo 11 Sistema just-in-time (JIT) Escola de Negócios • A empresa industrial tradicional, geralmente, opera “em crise”, lidando com os problemas à medida que eles aparecem • Os estoques são administrados de forma circunstancial, pois ajudam a encobrir problemas de produção O JIT força o aparecimento de problemas escondidos atrás dos estoques excessivos Fonte: Paulo Tigre, Gestão da Inovação – Capítulo 11 Sistema just-in-time (JIT) Escola de Negócios Segundo Schomberger (1984), são 7 as áreas de desperdícios na produção 1. Superprodução 2. Tempo de espera 3. Transporte 4. Desperdícios no processo 5. Estoques 6. Qualidade 7. Movimento Fonte: Paulo Tigre, Gestão da Inovação – Capítulo 11 Sistema just-in-time (JIT) Escola de Negócios 1. Superprodução Consiste em produzir mais do que o necessário para atender a uma ordem de produção ou fase do processo produtivo É uma forma de encobrir problemas de qualidade, manutenção, comunicação ou deficiências dos fornecedores Fonte: Paulo Tigre, Gestão da Inovação – Capítulo 11 Sistema just-in-time (JIT) Escola de Negócios Exemplo: Confecção • Sabe que pelo menos 10% de suas peças são rejeitadas pelos clientes por problemas de qualidade => então produz 10% a mais • Seus fornecedores, costumeiramente, não cumprem os prazos de entrega => para evitar a falta de matérias-primas, mantém um estoque de segurança Aumento do capital de giro Fonte: Paulo Tigre, Gestão da Inovação – Capítulo 11 Sistema just-in-time (JIT) Escola de Negócios 2. Tempo de espera Ocorre quando partes ou produtos aguardam a próxima operação; máquinas e operadores aguardam o suporte técnico; ou produtos acabados esperam para serem transportados ou vendidos Esse tempo perdido é resultado de fluxos ineficientes As economias de velocidade facilitadas pelo JIT permitem eliminar tempos mortos e atender mais rapidamente aos clientes Fonte: Paulo Tigre, Gestão da Inovação – Capítulo 11 Sistema just-in-time (JIT) Escola de Negócios 3. Transporte O transporte e a movimentação de materiais são atividades que não agregam valor ao produto produzido são necessárias devido às restrições do processo e das instalações, que impõem grandes distâncias a serem percorridas pelo material ao longo do processamento. Fonte: Paulo Tigre, Gestão da Inovação – Capítulo 11 Sistema just-in-time (JIT) Escola de Negócios 4. Desperdícios no processo Processos deficientes geram rejeitos, aparas, resíduos etc. Tais desperdícios refletem problemas de manutenção ou design do produto inadequado ao processo de montagem Fonte: Paulo Tigre, Gestão da Inovação – Capítulo 11 Sistema just-in-time (JIT) Escola de Negócios 5. Estoques Considerado o maior item de desperdício, resultam da superprodução ou de compras excessivas, feitas para aproveitar preços baixos, oferecer segurança ao processo produtivo ou devido a uma linha de produtos muito diversificada. O problema dos estoques altos é que exigem áreas de armazenagem, imobilizam capitais e estão sujeitos à perecibilidade física e tecnológica Fonte: Paulo Tigre, Gestão da Inovação – Capítulo 11 Sistema just-in-time (JIT) Escola de Negócios 6. Qualidade Os erros e defeitos levam ao desperdício na forma de material, tempo perdido em retrabalho, estoques de segurança para cobrir falhas etc. Deve-se buscar fazer certo da primeira vez Fonte: Paulo Tigre, Gestão da Inovação – Capítulo 11 Sistema just-in-time (JIT) Escola de Negócios 7. Movimento Um dos princípios fordistas de produtividade é não deixar máquinas e trabalhadores parados. • Mas, manter máquinas operando não significa necessariamente maior produtividade • Na maioria das empresas manufatureiras, os custos das matérias-primas e componentes costumam ser maiores do que os custos diretos de mão-de-obra. Diante de uma queda eventual nas encomendas, é preferível deixar trabalhadores parados a manter estoques ociosos. Fonte: Paulo Tigre, Gestão da Inovação – Capítulo 11 Sistema just-in-time (JIT) Escola de Negócios i. Ao invés de “empurrar” a produção, ela deve ser “puxada”a partir das necessidades da demanda • A produção só começa quando o cliente faz o pedido Isso só é possível quando a área de produção tem capacidade e confiabilidade para responder rapidamente aos pedidos O lead time (tempo necessário para fabricar um produto ou serviço) precisa ser adequado às necessidades do cliente Fonte: Paulo Tigre, Gestão da Inovação – Capítulo 11 Diferenciais do JIT Escola de Negócios ii. É importante reduzir o tamanho dos lotes de produção • As teorias convencionais de engenharia de produção adotam o conceito de “lote ótimo”, definido com base em cálculos sobre os custos de setup Para o JIT, por princípio, lote ótimo é sempre o unitário (como meta ideal, a exemplo do “estoque zero”) Ao fabricar apenas um produto de cada vez, produz-se apenas o que for efetivamente vendido O fluxo produtivo deve ser o mais fluido e linear possível Fonte: Paulo Tigre, Gestão da Inovação – Capítulo 11 Diferenciais do JIT Escola de Negócios Uma planta ágil e flexível que permita a fluidez dos processos requer que: • As máquinas sejam ajustadas rapidamente para passar de um produto a outro (setup) • O acesso a materiais seja garantido sem estoques excessivos • Equipamentos, ferramentas e pessoal estejam disponíveis na hora certa em quantidade suficiente para responder rapidamente às necessidades da demanda • A qualidade seja assegurada de forma a evitar retrabalhos e paradas de emergência Fonte: Paulo Tigre, Gestão da Inovação – Capítulo 11 Diferenciais do JIT Escola de Negócios iii. Identificar e solucionar problemas sistematicamente • Nesse processo adota-se a técnica “kaizen” (melhoramento contínuo), utilizando o controle de qualidade total • Problemas de qualidade devem ser assumidos por todos, evitando que as responsabilidades sejam passadas adiante O controle da qualidade é feito pelos próprios operadores, em vez de constituir uma função específica Fonte: Paulo Tigre, Gestão da Inovação – Capítulo 11 Diferenciais do JIT Escola de Negócios A resolução dos problemas requer a participação e a mobilização dos trabalhadores por meio de; • Sugestões • Círculos de controle de qualidade • Treinamento sistemático Contrariando Taylor, os engenheiros e especialista não têm o monopólio das boas ideias – Sugestões oferecidas por operários podem constituir uma importante fonte de melhoria da qualidade e de inovações incrementais Fonte: Paulo Tigre, Gestão da Inovação – Capítulo 11 Diferenciais do JIT Escola de Negócios Vídeo https://www.youtube.com/watch?v=GXxkX4eCZgE Escola de Negócios AULA 9 Escola de Negócios Destacam-se 5 inovações organizacionais Sistema just-in-time (JIT) Células de produção Controle da qualidade total (CQT) Reengenharia de processos de negócios Mudanças na organização do trabalho e nas qualificações profissionais Fonte: Paulo Tigre, Gestão da Inovação – Capítulo 11 Inovações organizacionais Escola de Negócios Células de produção Escola de Negócios A necessidade de dar respostas rápidas a novos problemas deu origem a esquemas mais flexíveis de organização do trabalho que permitem um maior grau de autonomia local e de auto- organização. As células podem incorporar diferentes especialistas, a exemplo de técnicos em manutenção, qualidade e projetos em uma única unidade produtiva, visando a reduzir a burocracia e facilitar a integração de diferentes habilidades para o cumprimento de objetivos Fonte: Paulo Tigre, Gestão da Inovação – Capítulo 11 Células de produção Escola de Negócios Diferentemente da tradicional organização funcional da produção, a nova tendência é reuni- las de acordo com os produtos ou famílias de peças Exemplo: em vez de colocar juntos os equipamentos do mesmo tipo (prensas, furadeiras, equipamentos de soldagem etc.), as máquinas são agrupadas em mini fábricas visando à fabricação de linhas de produtos, peças ou subconjuntos similares Fonte: Paulo Tigre, Gestão da Inovação – Capítulo 11 Células de produção Escola de Negócios Células de produção Escola de Negócios Células de produção Escola de Negócios Diferentemente da tradicional organização funcional da produção, a nova tendência é reuni- las de acordo com os produtos ou famílias de peças Exemplo: em vez de colocar juntos os equipamentos do mesmo tipo (prensas, furadeiras, equipamentos de soldagem etc.), as máquinas são agrupadas em mini fábricas visando à fabricação de linhas de produtos, peças ou subconjuntos similares Fonte: Paulo Tigre, Gestão da Inovação – Capítulo 11 Células de produção Escola de Negócios Células de produção https://www.google.com.br/search?q=exemplo+de+c%C3%A9lula+de+manufatura&es_sm=93&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei= DD1UUtLEF4Pk8gTYyYCwCQ&ved=0CDkQsAQ&biw=1024&bih=679&dpr=1 Escola de Negócios Células de produção https://www.google.com.br/search?q=exemplo+de+c%C3%A9lula+de+manufatura&es_sm=93&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei= DD1UUtLEF4Pk8gTYyYCwCQ&ved=0CDkQsAQ&biw=1024&bih=679&dpr=1 Escola de Negócios Com esta nova organização, obtém-se: • Melhor qualidade • Redução do ciclo de produção e do movimento dos materiais, uma vez que as máquinas estão dispostas a uma pequena distância entre elas • Redução de estoques • Simplificação da programação e controle da produção • Melhoria na satisfação dos trabalhadores, principalmente quando são gratificados em função dos resultados obtidos por sua célula Fonte: Paulo Tigre, Gestão da Inovação – Capítulo 11 Células de produção Escola de Negócios Diferenças entre as células e as técnicas tayloristas • Buscam assegurar total flexibilidade • A hierarquia é substituída por estruturas mais horizontais e autônomas de produção • O planejamento cede espaço para a descentralização • A especialização rígida dos trabalhadores dá lugar à polivalência e à distribuição da inteligência • As células não precisam ser permanentes: certas tarefas têm caráter temporário e é necessário garantir a maior flexibilidade possível • Uma mesma pessoa pode fazer parte de diferentes células ao mesmo tempo Fonte: Paulo Tigre, Gestão da Inovação – Capítulo 11 Células de produção Escola de Negócios Diferenças entre estruturas organizacionais Fonte: Paulo Tigre, Gestão da Inovação – Capítulo 11 Células de produção Organizações tradicionais -costumam se agrupar por funções (produção, vendas, finanças) -o contato entre as gerências torna-se burocrático e as decisões centralizadas são demoradas e nem sempre garantem a eficiência Organizações por células -visam a promover a integração horizontal da empresa, colocando as diferentes funções necessárias à execução de um processo dentro de uma mesma unidade -atuando de forma não centralizada, as células geralmente conseguem atender mais rapidamente a seus objetivos a um custo menor Escola de Negócios Tarefas Just-in-time Gerdau Escola de Negócios Tenham uma ótima semana!!!
Compartilhar